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História Erase This - All About Us


Escrita por: CrazyGates e CrazyShadows

Capítulo 74 - All About Us


Fanfic / Fanfiction Erase This - All About Us

– Tá estranha hoje Ana, o que foi? – perguntou Sam enrolando uma mecha de cabelo meu entre os dedos, enquanto eu tamborilava os dedos na areia fofa.

– Nada não. – respondi sem emoção encarando o horizonte e vagueando em pensamentos sobre um garoto de olhos cor de chocolate.

– Pensa que me engana né? – indagou circundando minha cintura com os braços e me colocando em seu colo. – Não queria vir à praia? É isso? – apoiou o queixo em meu ombro.

– Acho que estou com efeitos da ressaca ainda... – murmurei suspirando e ele riu logo depois mordendo meu pescoço divertidamente.

– Pensei que a senhorita não bebia mais. – disse roçando o nariz atrás de minha orelha fazendo-me arrepiar. Virei ficando de frente para o mesmo e deixando uma perna de cada lado de sua cintura.

– Bebo socialmente ok? – entrelacei as mãos atrás de sua nuca trazendo-o mais para perto.

– Esse seu “beber socialmente” ainda vai te transformar numa alcoólatra. – ri de seu comentário.

– Aí eu tenho você para me levar pro A.A.A! – sorrimos e eu toquei meus lábios nos seus levemente, logo depois aprofundando o beijo.

– Te algemaria ao pé da minha cama até ter minha Ana de volta. – comentou enquanto eu passava a mão em suas bochechas vermelhas pelo Sol.

– Não pode me manter em cárcere privado.

– Eu posso tudo senhorita Anabelle!

– Convencido? – perguntei ao vento sem esperar resposta. – Não, não, quase nada... – ironizei seguindo a frase de um grito quando o mesmo nos arrancou do chão num solavanco.

– Hora de se molhar um pouquinho.

Correu para o mar e deixou-me no chão quando a água já batia em nossas canelas, olhei travessa para o mesmo e lhe chutei uma boa quantia de água ele retribuiu e começamos uma guerra de espirros de água gelada que poderia ser eterna.

De repente ele se curvou feito um príncipe e eu repeti o gesto feito uma princesa entrando em sua brincadeira. Sua mão foi estendida e eu a aceitei, ele nos guiou para fora da água e começamos a dançar sem música no meio da praia quase deserta.

– Dançando sem música Sam? Pirou de vez? – perguntei arqueando uma das sobrancelhas e ele me girou.

– Quem disse que não tem música? Ouça as ondas do mar, elas são a música... – falou me encarando nos olhos e eu sorri de seu devaneio.

– Você às vezes é muito estranho... – comentei passando os braços por seu pescoço e encostando nossos corpos.

– Shhh... Ouça, ouça as ondas. – pediu baixinho em meu ouvido e eu fechei os olhos permitindo-me acreditar que talvez o mar possuísse a tal “música”.

O puxei mais para perto afogando meu rosto em seu ombro e ficando de ponta de pé para alcançar sua altura, ele me levantou do chão e nos girou. Já com os pés na areia novamente nos separamos e selamos os lábios.

– Eu te amo Ana, te amo muito... – declarou com os olhos castanhos penetrando os meus verdes e um sorriso estampado nos lábios.

– Amo você Sam, demais... – acrescentei antes de ter seus lábios nos meus novamente.

Passamos o resto da tarde na praia e parte da noite também, voltei para casa acompanhada do ruivo já se passava das 20h. Não dei atenção aos murmúrios de mamãe falando algo sobre janta no micro-ondas, apenas segui para o quarto.

Lá tomei mais um banho tirando a areia de meu corpo, e coloquei qualquer pijama antes de enfiar-me debaixo das cobertas. Nunca fui de dormir cedo, mas especialmente no dia eu estava mais cansada do que em qualquer outro.

Na manhã seguinte acordei mal-humorada com os gritos de mamãe e Mad e segui emburrada para a aula, o primeiro intervalo passei trancada na sala da diretora por ter dormido na aula de história e xingado a professora quando a mesma tentou me acordar.

O segundo intervalo eu pude sair, entupi-me de chocolate e refrigerante como sempre, e me guiava até os meninos que estavam sentados em roda, quando sem querer ouvi os “sussurros” de Mad para Brian.

“Vai lá falar com ela seu idiota!” Ralhava minha irmã com o moreno que exibia uma careta no rosto.

“Não vou porra nenhuma!” Rebateu bravo fazendo bico.

“Vai sim ou esqueceu da minha ameaça de ontem?”

“Vem me capar e eu capo teu ogro!”

“Puta que o pariu Brian! Custa você ir conversar com a pirralha?” Pediu suplicante enquanto eu já sentia o nó se formar em minha garganta.

“Custa! Custa muito! Ela que vá conversar com o cabeça de fósforo, estou pouco me fodendo pra essa criança!”

Ao contrário do que eu provavelmente faria comumente, engoli em seco e voltei a caminhar para meus amigos. Ele poderia me ferir, mas não seria capaz de me derrubar mais uma vez.

Estava cansada de ser tão afetada por suas ações, era hora de mudar. Hora de não se importar mais assim como ele tinha deixado de se importar. Daquele dia em diante eu esqueceria Brian, assim como esqueci Matt.

O garoto dos olhos castanhos que escondia o mistério por debaixo do brilho que refletia em suas orbes poderia ser encantador, mas minha dignidade brilhava mais do que o sentimento que eu alimentava pelo mesmo.

– O que você acha Belle, da gente ir patinar no aniversário do gordo? – perguntava Johnny animadamente.

– Mas o aniversário dele é só mês que vem. – comentei me sentando ao lado de Jimmy.

– Bom, não importa... Só queremos saber, o que você acha? – perguntou o anão mais uma vez.

– Por mim tudo bem.

– Eu acho perfeito! – exclamou Mad pondo-se entre as pernas de Matt.

– Então já sabemos o que faremos no seu aniversário bolota! – Rev lançou uma piscada para Zacky que revirou os olhos.

11 de Dezembro...

Eu e Mad nos arrumávamos para a patinação no gelo, atrás da casa de um dos vizinhos de Johnny tinha um lago congelado e era lá que iríamos. Encapotava-me com três blusas de frio, mais jaqueta grossa e ela fazia o mesmo.

As semanas tinham passado tão rápido que era quase impossível dizer realmente a quantidade de fatos que haviam acontecido... Apenas a mesma coisa de sempre, os meninos de porre, Matt e Mad no romance exagerado, Zacky finalmente deixando a Gena oxigenada de canto e Brian farreando com suas vadias.

Pouco tempo e eu já me sentia pensando menos nele, era como se meu cérebro finalmente tivesse entendido a mensagem de que a junção “Haner+Harley” não era uma boa combinação.

E se ainda fosse possível eu estava mais próxima de Sam, tão próxima que parecia que Mad começava a aceitar melhor nosso namoro. Ou pelo menos fingia, afinal as tardes de folga dele em minha casa e na dele devia fazer com que a mesma fosse obrigada a aturá-lo.

– Estão prontas? – perguntaram em coro Matt e Zacky no corredor, assenti com a cabeça enquanto colocava o gorro, corri para fora do quarto pulando em cima do aniversariante.

– PARABÉNS ZACKYZINHO VOCÊ SABE QUE É GORDO MAIS SEXY QUE EU JÁ VI NA VIDA, E SABE TAMBÉM O QUANTO EU TE AMO! – enchi seu rosto de beijos enquanto o mesmo ria seguido de Matt que observava a cena agarrado a Mad.

– Tá bom, tá bom Belle, já entendi isso! – murmurou me afastando, sorri amarelo assistindo Mad cumprimenta-lo.

– Aqui tá o nosso presente pra você Z. – disse a mesma entregando uma caixa para ele, para falar a verdade nem sabia o que era.

– Obrigada meninas. – agradeceu sorrindo enquanto descíamos pela escada, eu empoleirada em seu pescoço.

– Zacky você vai comigo no carro né? – pedi pulando o último degrau.

– Vou? – perguntou arqueando uma das sobrancelhas, o peguei pela mão.

– Vai sim! Vai sim! – exclamei pulando e o puxando para fora deixando o casal rindo atrás.

– Zacky hoje você está fodido... Já deu pra perceber que a dona Anabelle não vai sair da sua cola! – exclamou Johnny nos seguindo pelo quintal, mostrei a língua para o mesmo.

Do outro lado da rua estava o carro de Brian, acenei para Jimmy que colocou metade do corpo para fora da janela e gritou “AE GORDO ATÉ VOCÊ CATANDO A ANABELLE” revirei os olhos e vi Zacky rir antes de mostrar o dedo do meio para o mesmo.

Seguimos para o carro e aguardei Matt abrir as portas, levando Zacky junto comigo. Johnny seguiu para o carro de Brian e eu irritei a todos cantando uma música irritante durante todo o trajeto.

Essas semanas haviam me deixado mais animada, não havia um momento sequer em eu parava quieta, apenas na hora de dormir.

Estava feliz, completa, radiante... E bem, mais do que bem!

Estacionamos em frente a uma casa abandonada. Peguei meus patins no porta-malas e seguimos por entre a vegetação até chegar até o tal lago.

A primeira volta foi tranquila, a não ser pelas crises de riso com Zacky caindo no chão, e Jimmy tentando dar saltos feito aquelas garotas patinadoras profissionais. Gritos e mais gritos eram ouvidos...

Logo após a terceira volta fui perdendo algum dos sentidos e quando menos esperava, cai de joelhos no chão. Minha vista estava turva e a respiração fraca, senti um par de mãos me chacoalhar pelos ombros e depois fui arrastada para fora do lago.



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