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História Erase This - We Come Out At Night


Escrita por: CrazyGates e CrazyShadows

Notas do Autor


Aeee, presente para o final de semana. Aviso que a partir do próximo capítulo tudo vai ficar BEM conturbado, com grandes doses de drama, e brigas épicas ahahaah
Espero que vocês gostem!
Bjoos

Capítulo 161 - We Come Out At Night


O despertar ao lado de Matthew foi no mínimo estranho, ele tinha sido carinhoso, mas se mantinha esquivo como se estivesse com medo de que eu lhe fizesse alguma pergunta. Não conseguia entender o porque disso. Almoçamos juntos, de forma habitual e depois o garoto seguiu para o parque enquanto eu permaneci em casa para realizar algumas tarefas escolares. 

Desde o incidente minhas notas tinham caído drasticamente, se eu não me esforçasse um pouco ameaçava repetir o ano e certamente mamãe comeria minha alma por isso. Pensava que mais cedo ou mais tarde ela iria me abordar para uma conversa em relação a meus estudos e seria melhor se eu já tivesse provas concretas de que estava tentando melhor. 

Comecei pelas tarefas de história, geografia e literatura, depois resolvi alguns exercícios de matemática, para enfim desistir. Não conseguiria terminar com toda a matéria acumulada em um domingo, teria que elaborar um plano para resolver ao longo dos dias da semana, ia ser mais difícil do que eu pensava, mas estava confiante em recuperar as notas. 

Enfiei a primeira roupa que achei para ir ao parque, fazia uma tarde linda em HB e estava ansiosa para sentir um pouco de ar fresco. Caminhei vagarosamente pelas ruas, contemplando os raios solares que se aplicavam tímidos sobre a minha pele, havia uma sensação estranha se acumulando em meu estômago, um vazio gigante que gritava, mas era diferente de fome… parecia um pressentimento ruim. 

Afastei qualquer pensamento negativo, foi fácil tomar essa atitude principalmente depois de colocar os pés no parque e avistar os meninos nos nosso local habitual. Apressei o passo para chegar logo até eles. 

- Se não é a nossa CDF favorita chegando! - exclamou Jimmy sem nem mesmo se mexer e eu chutei de leve seu pé. 

- Eu to ferrada de notas, preciso me esforçar o mínimo a partir de agora. - rebati enquanto acenava um oi geral para o resto e me dirigia até Matt que estava sentado recostado na árvore ao lado de Johnny. 

- Nossa se você tá ferrada, não sei o que vai ser de mim… sinceramente Mad, conta outra! - revirei os olhos com a afirmação de James, antes de lhe mostrar a língua. 

    Sentei entre as pernas de Matt que prontamente envolveu os braços em minha cintura, antes de depositar um beijo carinhoso em meu ombro. Joguei a cabeça para trás retribuindo o gesto em seu pescoço que foi a pele mais próxima que consegui alcançar. 

- Belle e Brian não apareceram ainda? - questionei tomando  a atenção de todos. 

- Que nada, o cachorrinho foi levar a donzela para o castelo descansar… sabe como é, noite de intensas emoções. - respondeu Jimmy numa sequência exagerada de expressões faciais que arrancaram risadas de todo mundo. 

- Você devia escrever histórias! - exclamei divertida. 

- Eu escrevo músicas meu bem, é muito melhor! - ele segurava um caderno nas mãos orgulhoso, como se fosse um prêmio importante. 

- Passa pra cá, quero ver como está essa ideia mirabolante. - prontamente ele repassou para os meninos até que chegasse em minhas mãos. 

    Passei os olhos rapidamente pelas palavras soltas, algumas rabiscadas e substituídas, outras eram frases completas que tinham sido esmagadas pelo lápis. Foquei numa estrofe em particular. 

 “Clouds swallow the moon, and I'm alone, thinking good times, and why'd they go?”

    Falei a frases em voz alta antes de virar para Jimmy e dizer:

- Não conhecia esse seu lado poético, ao mesmo tempo achei muito dramático, o que há com meu Romeu? - indaguei colocando a mão sobre o peito, tentando soar artística. 

- Ei essa parte não é minha, foi seu namorado que completou a ideia, ta?! - exclamou ao mesmo tempo em que sentia Matt enrijecer atrás de mim, engoli em seco ainda sem entender o que de fato aquilo significava. 

- O importante é que a música tá praticamente pronta, só precisamos ajustar as letras com os acordes, espero que o Brian não falte hoje a noite. - era Zacky falando, pela primeira vez, devia estar finalmente se recuperando da ressaca. 

- Se ele faltar eu mesmo capo o garotinho e dou um sacode na Belle. - completou Rev arrancando risadas de todo mundo, pra variar. 

    Continuamos conversando sobre amenidades, a noite passada e o futuro promissor da banda. Matthew continuava igualmente calado, apenas rindo em conjunto vez ou outra, seu estado começava a me preocupar. 

    Quando cada um se perdeu em conversas particulares virei para meu namorado, o surpreendendo, e só então de pertinho consegui observar suas orbes verdes contornadas por um vermelho intenso, indicando que ele provavelmente tinha usado algo antes de eu chegar. 

- O que acontece com você, hein? - indaguei segurando seu rosto em minhas mãos antes de selar nossos lábios rapidamente, mas ele apenas me retribuiu com um pequeno sorriso, provando que não queria conversar - Vem, vamos caminhar um pouco. - sugeri me levantando e o auxiliando a imitar meu movimento. 

    Caminhamos entre as árvores por um tempo, apenas apreciando a brisa do entardecer, o sol já era menos intenso e estava tímido entre as nuvens, tornando o clima um pouco mais frio, mas eu estava devidamente agasalhada com um moletom grosso que tinha pego antes de sair. 

    Andamos até a maior árvore distante de outras pessoas, sentei encostada nela, levando Matthew a fazer o mesmo e ficar entre as minhas pernas. Talvez por estar cansado demais, ele se acomodou descendo o tronco e descansando a cabeça em meu colo, aproveitei para levar as mãos por seus cabelos que tinham crescido uns três dedos nos últimos meses, compridos demais ao que estava habituada. Mesmo assim iniciei um carinho transportando todos meus sentimentos a ele, algo estranho acontecia com meu porto seguro e eu precisava acalmá-lo. Em pouco tempo cochilamos, na atmosfera tranquila que nos envolvia. 

    Fomos acordados pelos meninos que clamavam ensandecidos que Matthew levasse todo mundo embora, todos estavam com fome e planejavam pedir pizzas na casa do grandão antes de começar a ensaiar.

- Você vem? - estávamos estacionados já, em frente a casa de Matthew, quando pela primeira vez ele resolveu falar depois de tanto tempo. 

- Depois amor, primeiro vou ver a Belle. - comentei lhe retribuindo com um sorriso antes de selar nossos lábios rapidamente e sair do carro. 

    Esbarrei com Brian nas escadas que descia afobado em direção a saída, provavelmente com medo de tomar esporro dos meninos caso atrasasse, estava pronta para tomar o caminho do quarto de Belle, quando vi por cima do ombro que a mesma se encontrava no meu próprio quarto, sentada sobre minha cama. Uma atitude extremamente não usual vindo dela. 

- Ei o que você tá fazendo aqui? - indaguei caminhando em sua direção e ela me lançou um meio sorriso.

- Te esperando pra conversar. - respondeu dando de ombros e eu aproveitei para tomar um lugar ao seu lado. 

- Vai, me conta tudo sobre a sua noite! - exclamei empolgada, segurando a suas mãos e obrigando que ela virasse para mim na cama. 

- Foi ótimo, o Brian é incrível, tudo que que eu sempre sonhei. - respondeu numa animação forçada - É que não é sobre isso que eu vim falar… - iniciou enquanto seus olhos rolavam para nossas mãos entrelaçadas. 

- Ué Belle, que outro assunto importante nós teríamos? - questionei confusa e ela me olhou brevemente, formulando as palavras. 

- Mad aconteceu uma coisa hoje… Mas eu não quero que você leve pro lado errado o que eu vou te dizer ta? - ela parecia extremamente cautelosa em cada sílaba. 

- Desembucha logo menina! - a encorajei. 

- Hoje no parque… Eu e Brian vimos o Matt com três líderes de torcida.... - o clima descontraído foi substituído por uma tensão imensa, ao mesmo tempo em que eu travava a respiração tentando processar tudo que ela falava - Uma em especial estava muito em cima do Matthew, agindo de forma estranha… - continuou e eu já sentia o sangue em minhas veias queimar. 

- Dando em cima dele? - perguntei, enquanto soltava nossas mãos e cerrava as minhas em punho. 

- É.. não… quero dizer… - ela começava a gaguejar, e eu a me retorcer de raiva. 

- Seja clara Anabelle. - proferi incisiva, a mesma respirou fundo antes de continuar. 

- Ok, ela estava dando em cima sim… - admitiu, e eu automaticamente soquei o colchão ao meu lado lado, fazendo a cama vibrar - Mas calma, ele não estava retribuindo… Ele saiu de perto da menina… - meus ombros relaxaram um pouco com a última informação, mas ainda assim o ciúme explodia em meus órgãos -  O que eu quero dizer te contando isso é que achei muito estranha a situação toda, e deve ter haver com o time de basquete… Então você precisa conversar com ele Mad. - sugeriu antes de puxar novamente minhas mãos, as segurando carinhosamente. 

- Eu sei que tem algo errado, já percebi há alguns dias… e nesta madrugada uma garota ligou pra ele… deve ser essa vadia. - murmurei entre dentes, algumas lágrimas se acumulavam em meus olhos, a garota me puxou para um longo abraço. 

- Mad, fica tranquila, o Matt nunca faria algo do tipo com você, ele deve estar passando por algum problema com esse pessoal e não quer te contar, no máximo é isso… sério. - me tranquilizou, impedindo que eu saísse dos seus braços, acabei relaxando em seu aperto. 

- Obrigada Belle, vou resolver tudo isso com ele. - proferi mais calma enquanto nos separamos. 

- Que milagre encontrar minhas meninas em casa. - era mamãe, entrava em meu quarto vindo abraçar nós duas - Uma ótima ocasião para ter a conversa que eu preciso. - acrescentou nos olhando e plantando a dúvida em minha cabeça. 

    Imediatamente lembrei das notas ruins e soltei um suspiro, cansada, a última coisa que precisava agora era uma discussão sobre desempenho escolar. 

- Espero vocês na cozinha. - disse antes de sair pelo quarto. 

- Qual a merda que fizemos dessa vez? - indagou Anabelle preguiçosamente, saltando da cama. 

- Não quero nem pensar nisso agora. - proferi rolando os olhos, seguindo seu movimento para fora do quarto. 

    O nó em meu estômago que havia sentido mais cedo tinha voltado, e algo me dizia que tinha haver não só com essa conversa, mas com mais coisas que precisaria enfrentar ainda mais tarde.

 



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