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História Erase This - Missing


Escrita por: CrazyGates e CrazyShadows

Notas do Autor


Eaí gente, galera que esta começando a ler, por favor se apresentar ein!
E quem já lia e esta relendo desde o começo, pode comentar de novo também kkkk
Beijos

Capítulo 5 - Missing


Eu sou tão sem importância?
Eu sou tão insignificante?

Ouvi a porta do quarto dos meus pais se fechar e pude então chorar sem reservas, sabendo que Belle estava bem, eu poderia me preocupar apenas em tentar sobreviver até amanhã.

Eu estava procurando por Matt quando Jason, um amigo dos meninos, me disse que ele estava no andar de cima, tinha ido procurar um chapéu de cowboy do pai, algo do gênero... E a idiota aqui foi atrás, queria perguntar especificamente para ele se ele tinha visto Belle, ou qualquer coisa idiota que surgisse na minha mente na hora...

Mas eu nunca perguntei nada. Por que ele estava ocupado, fodendo a vadia Dibenedetto, eu realmente nunca tinha ido com a cara dela na escola, a partir daquele momento era oficial meu ódio por ela.

Minha mente parecia ter travado, porque por mais que eu tentasse racionalizar alguma coisa, a única imagem que eu via era dos dois, juntos em cima daquela cama. Os gemidos dela, a voz rouca dele.

O ciúme me corroia. A raiva queimava em minhas veias. A dor se alastrava em meu peito.

Lembrar das mãos dela no corpo dele, dos braços dele em volta dela, das bocas se unindo.

Era para ser eu ali! Não ela! Aquele deveria ser meu lugar... Não dela...

Meu coração se apertou e um soluço escapou de meus lábios, me fazendo me perguntar se algum dia poderia me livrar daquela dor sufocante. Se algum dia eu poderia ver ele novamente e não sucumbir a essa dor.

O sorriso dele enquanto estava com ela.

Outra pontada em meu peito que me fez encolher na cama, enquanto apertava meu peito contra o coração, talvez se ele parasse de bater a dor passaria...

Acabei dormindo enquanto chorava por ele...

Na manhã seguinte acordei com os olhos de uma panda, a maquiagem borrada e o cabelo bagunçado. Enfiei-me no chuveiro de roupa e tudo, mamãe só voltaria daqui a dois dias, o que significava que eu teria tempo de pendurar a roupa mais tarde.

Ou talvez eu a queimasse, já que as lembranças associadas a ela não eram boas.

Uma parte de mim queria correr para a casa dos Sanders e brigar com Matt, outra queria que eu desse a volta por cima, achar algum cara e fazer loucuras com ele e a parte dominante queria apenas dormir o resto do dia... Talvez desaparecer do mundo, sem ver nem falar com ninguém.

Por motivos óbvios, deitei e fingi que dormia, quando na realidade apenas olhava as paredes, tentando manter minha mente em branco. Pude ouvir Belle gritando comigo umas duas ou três vezes do outro lado da porta, mas ignorei. Não queria falar com ela, não queria falar com ninguém.

Depois que ela tinha saído para comprar algo para comer, peguei algumas de suas roupas e joguei na cama da mamãe, aproveitei e desci até a cozinha para pegar bolachas e coca cola.

Mas pelo jeito ela havia me enganado, pois assim que pisei no chão da sala, Anabelle voou para cima de mim me abraçando.

– Ei, Belle, preciso respirar – murmurei tentando afastá-la de mim.

– Mad! Eu tava preocupada com você saco, por que não abriu a porta pra mim? – perguntou enquanto me segurava pelos ombros, ficando na ponta dos pés para compensar a diferença de altura.

– Eu só quero ficar sozinha um pouco Belle, pra digeri o que aconteceu ontem... – expliquei, controlando meu humor. Ela não merecia que eu fosse uma completa idiota, ela não tinha culpa.

– Eu também vi Mad... Queria que você não tivesse presenciado aquilo irmã... – me abraçou de novo.

– Eu também... Mas me conta, como foi a festa pra você? – me soltei do abraço e fui procurar meus melhores amigos no momento.

– Ai! Foi um saco! Um cara tentou me agarrar Mad, foi assustador! – dramatizou Belle, enquanto sentava-se à mesa da cozinha – mas Brian apareceu e me salvou... e tinha todas aquelas pessoas pulando e suando e se pegando por toda parte. Mad, por favor, nunca mais me leva em uma festa assim, eu preferia ter ido pra casa da vovó! – finalizou seu relato da festa.

– Sabe... Eu também teria preferido ir... – comentei enquanto saia da cozinha.

Armada de açúcar e líquido rumei para o quarto com duas bolachas na boca e me deitei. Deixei tudo em cima da mesa e fiquei observando o teto, não demorou muito para meu dialogo interior começar e para variar, eu era a minha juíza, minha advogada de defesa e acusação, vítima e acusada.

você é uma idiota, como achou que poderia ter chances com ele? Não passa de uma pirralha sem graça, de aparelho e atitude de garoto”

“Matt não é assim, ele gosta de mim...”

“Do mesmo jeito que ele gosta do Zacky ou do Brian, e pode ter certeza que ele não ficaria com nenhum dos dois. Alias, acho que nenhum garoto em sã consciência ficaria com você, nem estando todos bêbados naquela casa nenhum homem chegou perto de você, o que você passa para afastar homens desse jeito Madson? Talvez funcione com mosquitos também”

“Mas... cala a boca! O que eu posso fazer? Eu sou assim, não sei agir de outra forma... a culpa é daquela coisa que estava com ele”

“Não, nós duas sabemos que nenhum dos dois tem culpa além de você, que se ilude com nada e ainda acha que tem direito de sofrer com essas ilusões, sabe você é uma completa inútil, ninguém sentiria a sua falta se você sumisse...”

“Não é verdade, Belle sentiria”

“Sua irmãzinha mais nova que é mais bonita que você te esqueceria em dois tempos, seus pais tem a ela, eles sairiam dessa por ela, seus amigos ficariam de luto por uns dias e depois lembrariam de você como a garota – ou seria garoto? – que não passava de uma inocente iludida pelo vizinho. E claro, Matthew não teria muito tempo para chorar, já que se ficasse um pouquinho triste, teria os braços de Valary para se consolar, ou talvez rir da sua cara de idiota...”

– Cala a boca! – gritei sozinha, correndo para o banheiro e vomitando o que tinha comido antes.

Sentei-me no chão do banheiro e continuei chorando copiosamente...

“eu tenho dó de você...” Foi meu ultimo pensamento antes de pegar uma tesoura no armário da pia e começar a cortar meu braço.

Às vezes eu fazia isso... Quando não suportava o que sentia. Era uma boa forma de extravasar sem machucar a ninguém, além da única pessoa que precisava.

Observei o sangue escorrer de meus braços e imaginei que parte da dor saia junto dele, aos poucos minha visão foi escurecendo e finalmente me entreguei à inconsciência bem vinda.

E se eu sangrar, eu sangrarei,
Sabendo que você não se importa.
E se eu tiver que dormir apenas para sonhar com você
Eu acordarei sem você lá,
"Algo não está faltando?"
Algo não está...



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