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História Erase This - Big Girls Dont Cry


Escrita por: CrazyGates e CrazyShadows

Notas do Autor



Capítulo 20 - Big Girls Dont Cry


The path that I'm walking, I must go alone
I must take the baby steps til I'm full grown,full grown
Fairy tales don't always have a happy ending do they
And I forseek the dark ahead if I stay



A expressão meiga de Madson me dava nojo, ela e Matthew se beijando parecia tortura para mim... Não consegui esconder minha aversão a eles, estava estampado em minha cara o quanto aquele novo casal me dava nos nervos.

Entrei em casa sem esperar por ela e fui logo para o banheiro. Como eu queria um quarto só para mim, um lugar para eu gritar, gritar para tirar esse aperto do meu peito. Joguei água no rosto tentando esfriar os pensamentos, e quando sai ela observava boba as estrelas pela janela.

Tentei ignorá-la jogando a roupa que vestia em qualquer canto e vestindo meu pijama, amarrei os cabelos num coque e desarrumei a cama para poder deitar...

– Nossa eu nem acredito que ele me beijou Ana... Eu pensei que ele só iria brigar, mas quando eu joguei na cara dele que só aquietaria se ele ficasse comigo ele finalmente me beijou e nossa o beijo dele é... – não deixei que ela terminasse, eu poderia vomitar na sua cara se ouvisse mais uma vez sobre “beijo”, que os dois explodissem se beijando.

– Madson vamos conversar amanhã ok? – deitei na cama e virei de costas para ela, ignorando qualquer expressão que ela tinha feito.

Provavelmente ela deve ter dormido antes do que eu, ou talvez não, deveria estar preocupada pensando no Matthew... Tentava afastar o beijo deles de minha cabeça, mas era impossível, a cena tinha grudado em meus neurônios e não sairia tão cedo.

– Bom dia! – exclamou Mad com um sorriso de ponta a ponta quando me viu abrir os olhos, não respondi. – Nossa mal-humorada... – ela disse com a voz idêntica a de mamãe.

– Poupe-me do seu excesso de alegria, parece uma sirigaita com fogo só porque deu uns amaços no troglodita. – pulei da cama e fui até o banheiro, ela ainda me encarava surpresa.

– Sirigaita? – ela indagou escorando-se no batente da porta observando-me escovar os dentes, virei os olhos. – O que foi agora Belle? Eu pensei que nós estávamos bem...- cuspi a pasta, e enxaguei a boca.

– E nós estamos apenas encontre outro para contar sobre seus “pegas” com o príncipe encantado, não encantado. – lancei um sorriso para ela.

– Desde quando você não gosta de um romancezinho? – ela perguntou enquanto eu passava-a deixando para trás.

– Hoje não ok? – ela assentiu e eu fui procurar algo para vestir.

– Mas eu preciso contar para alguém... –ela se contorcia extasiada de felicidade.

– Conta pro Johnny. – murmurei de costas para ela.

– Eu quero contar para você. – ela ficaria insistindo até finalmente me falar, resolvi não prolongar mais o assunto e encarar a tortura.

– Vai fala. – sentei na cama com a melhor expressão de tédio.

– Então, ele me tirou do balcão sabe, ai ele me levou para o corredor... – depois de uma meia – hora detalhando cada parte do beijo deles ela finalmente parou e eu com certeza escondi todos os meus sentimentos através de uma expressão monótona – Nossa, você continua com essa cara!

– Com que cara você queria que eu estivesse? – perguntei arqueando uma das sobrancelhas.

– Ah, poderia estar comemorando comigo. – ela sorriu meiga e se jogou ao meu lado na cama.

– Parabéns Mad finalmente você conseguiu ficar com o ogro... Uhul. – as palavras saiam tediosas de minha boca.

– Que bicho te mordeu hein? Meu Deus... – ela se levantou e foi para a porta atravessando-a cantando uma canção feliz, finalmente me deixando em paz.

Tranquei a porta pela qual ela passou, e sentei no chão organizando e digerindo os fatos em minha cabeça, eu sabia que podia deletar os detalhes sórdidos de minha mente, e assim faria.

Liguei o rock no último volume, deitei e fechei os olhos, eu precisava sentir as emoções vazando de meu corpo, precisava sentir a música me renovando... Mudar, mais uma vez, mudar para gelo, pois o fogo nunca me trouxe benefícios.

Quando dei por mim o CD do Pantera já tinha acabado, abri os olhos e respirei fundo, eu estava pronta, pronta para encarar a situação normalmente, como se nada me afetasse... como se eu fosse de ferro.

– Anna seus amigos estão ai. – ouvi mamãe do outro lado da porta e vi minha oportunidade para por em prova minhas novas, ou não, habilidades emocionais.

Desci as escadas, e dei de cara com minha mãe.

– E a Madson?

– Ela está tomando banho.

Segui para a porta e ao abrir lá estavam Jimmy, Brian, e Matt. Recebi os três com um sorriso enorme e os abracei.

– A Mad tá por ai? – perguntou Matt e eu passei pela primeira prova, exibindo um lindo sorriso e respondendo.

– Ela está no banho... – ele sorriu o mesmo sorriso bobo dela, que por acaso, causava-me náuseas.

– Vocês estão a fim de ir à praia? – perguntou Brian.

– Claro, vou avisar Mad, a gente passa na casa do Matt e vamos ok? – eles assentiram e eu voltei para dentro.

Subi par ao quarto onde minha irmã dançava numa música imaginária, ela ainda tinha a toalha enrolada no corpo e quando me viu entrar sorriu.

– Os garotos passaram ai, vamos à praia. – ela assentiu e foi para o armário.

– Qual biquíni você acha que eu devo usar? – perguntou erguendo o biquíni cinza e o roxo nas mãos.

– O roxo. – respondi enquanto ajeitava o meu branco tomara que caia no corpo.

Joguei um vestido transparente por cima que tinha mangas curtas, o vestido era mais uma saída de banho, de um tecido leve. O sol não raiava, mas ao lado de amigos como os nossos era sempre bom ir de biquíni à praia.

Mad vestiu uma saia curta jeans, e em cima jogou um cardigã de linha fino numa tonalidade bege transparente.

– Oi Bri! – exclamei quando ele veio atender a porta.

– Nossa vocês estão umas gatas... – ele disse e logo Matt apareceu atrás dele, esquecendo-se da plateia em volta e agarrando Mad para um beijo, ri da situação enquanto via James voltar com o cachorro de Matt na coleira.

– Vamos levar o cachorro? – indaguei.

– Ideia do Brian. – virei os olhos.

– E então vamos? – perguntei e o casal apaixonado ouviu, separando-se e entrelaçando as mãos.

Eu e os outros dois garotos andávamos na frente, Matt e Mad ficavam cheios de carinhos um com o outro pelo caminho e consequentemente paravam provocando um ao outro... Típico casal adolescente.

Na praia deixamos o cachorro com Jimmy e sai para caminhar na beira do mar com Brian.

– O que aconteceu com você ontem?- perguntou chutando a areia molhada.

– Que horas? – perguntei disfarçando.

– Bom, depois que você viu o Matt e a... – não deixei que ele terminasse.

– Eu estava brava com o recente surto da Mad. – respondi dando um meio sorriso e ele mesmo não acreditando inteiramente preferiu não insistir no assunto.

Um silêncio se acumulou e junto com um silêncio um nó veio em minha garganta, estávamos apenas eu ele na imensidão da praia e as ondas quebrando formando uma melodia relaxante... Uma lágrima rolou por minha face e eu sequei prontamente, engolindo o resto delas.

– Você está chorando? – perguntou virando para mim.

– Não foi só...

– Um cisco que caiu no seu olho. – ele completou rodando os olhos – Não me venha com essas frases de cinema. – ri.

– Eu estou bem. – disse afirmando mais para mim mesma.

– Sei que não vai adiantar insistir, mas eu estou aqui e posso te ouvir se você quiser ok? – assenti e voltamos a andar.

– Vem cá, vamos sentar. – sentei na areia e ele se juntou a mim.

– Esconder o que você está sentindo não vai adiantar de nada. – ele murmurou olhando para o horizonte.

– E você é a pessoa indicada para falar isso certo? – fui obrigada a encará-lo, mas como o mesmo não olhava para mim voltei-me para o mar.

– Eu não escondo meus sentimentos, apenas oculto os que são inconvenientes.

– E quais seriam os sentimentos inconvenientes? – indaguei virando meu corpo totalmente para ele e ele virou-se também pegando minha mão e brincando com ela.

– Amor, amor proibido para falar a verdade. – seus olhos encontraram os meus e ali eu vi amor.

– Amor proibido pode ser excitante. – mordi o lábio.

– Sabe Belle, você mudou muito desde que te conheci. – ele entrelaçou a mão na minha.

– Para melhor ou pior? – sorri.

– Para melhor, muito melhor. – sua outra mão acariciou minha bochecha, corei sorrindo e ele sorriu também.

Perdi-me na imensidão do mar de chocolate em minha frente, nossos rostos se aproximaram e rocei minha bochecha na dele, fechando os olhos com o contato. As mãos dele seguraram minha cintura e me puseram em seu colo, acabava de perceber que ele tinha o costume de fazer isso e eu era apaixonada por esse costume...

It's time to be a big girl now
And big girls don't cry
Don't cry,
Don't cry,
Don't cry



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