História Erase This - Não Viva Em Vão

Uma vida sem amor é uma vida sem sentido
Estarei feliz aonde for se você estiver comigo

Matt investia contra meu corpo com força, agarrada aos lençóis da cama me contorci embaixo dele, deixando os gemidos altos escaparem de minha garganta. Fechei os olhos com força ao ser atingida pelo orgasmo. Matt continuou a me estocar mais algumas vezes, até que senti seu liquido me preencher. Ele desabou em cima de mim, o abracei com as pernas e os braços, beijando seu ombro. Assim que sua respiração se normalizou, Matt rolou na cama, saindo de dentro de mim e de cima de mim. Me virei e me agarrei ao seu braço. Estava sonolenta, por motivos além do sexo, mas não podia dormir, assim logo que o suor se secou de meu corpo, me levantei. Matt perguntou por que eu me levantara e enquanto tirava minha roupa da minha mochila, respondi:

– Já ta tarde, já tem varias pessoas ai na sua casa, não vamos ficar trancados aqui né Matt... – me dirigi ao banheiro e deixei a porta aberta. Me enfiei no chuveiro e apesar de meus músculos estarem todos relaxados e pedindo para continuar embaixo da água, tomei meu banho rápido. Sai do chuveiro e enrolada a toalha voltei ao quarto. – vai Matt! Levanta porra... – ralhei com ele. Ele sorriu pra mim de olhos fechados. Peguei a toalha do meu cabelo e fazendo uma espécie de chicote com ela, bati em seu pé.

– Ei! Pára Mad! – riu se sentando na cama.

– Vai logo amor... – pedi enxugando meu corpo. – a Belle ta sozinha com as irmãs susto, coitadinha dela...

– Como se você estivesse realmente preocupada, até dez minutos atrás tenho certeza que não era Anabelle que estava na sua cabeça... – sorriu malicioso e antes que eu pudesse jogar a toalha em sua cara, se levantou. – relaxa Madson! – passou por trás de mim e deu um tapa forte na minha bunda, tentei bater em seu braço mas rindo ele correu pro banheiro. Neguei com a cabeça e vesti minha roupa. Um biquíni preto, uma calça de praia preta e um bolero trabalhado, preto. Coloquei uma rasteirinha e munida do secador, da mãe de Matt, entrei no banheiro.

De dentro do Box, cheio de espuma na cabeça, Matt sorriu para mim, dizendo que eu estava linda. Sorri para ele e respondi que ele também estava divino, nu. Caímos na gargalhada e logo eu secava meu cabelo. Matt saiu do banho e começou a me atazanar, fazendo caretas no espelho. Mirei o vento quente e forte na sua cara até que ele foi para o quarto se trocar.

Terminei de secar o cabelo e passei minha maquiagem, nada elaborado, apenas lápis de olho e um batom do tom da minha pele, o que deixou minha boca levemente apagada. Queria passar gloss, mas Matt odiava quando eu passava. Voltei para o quarto e Matt já vestido, uma bermuda xadrez escura e uma regata preta com chinelos, me esperava. Ao me ver Matt começou a fazer uma dançinha no ritmo da música que estourava na casa, muito ridícula. A musica era boa, Green Day, mas ele estava patético dançando. Passei perfume e abraçando ele o dirigi para porta. Ele continuou dançando o que me fez gargalhar alto, chegamos a sala e vários amigos estavam por La. A maioria das pessoas estavam bêbadas já.

Matt gritou perguntando se tinham deixado bebida para nós dois e rindo foi em direção a cozinha com o outro Matt, Barry. Me joguei no sofá entre Johnny e Jimmy, que riam, fumavam e bebiam. Roubei a garrafa de Jimmy e apesar dele gritar querendo sua filha de volta, virei o conteúdo.

Chegamos a praia que contava com algumas pessoas. A decoração para o lual estava linda, as garotas tinham caprichado. Assim que coloquei meus pés, alcoolizados, na praia, Valary e Michelle surgiram na minha frente, soltei a mão de Matt e pedi para ele ir pegar uma cerveja para mim, assim ele foi e eu pude conversar com elas mais calma, ou não.

– Madson! Cadê a sua irmã com os copos?! – perguntou Michelle com aquela voz esganiçada.

– Desculpa cara, não tenho bolso... – respondi dando de ombros, apesar de estar xingando Anabelle mentalmente.

– É sério Madson – chamou Valary, estreitei os olhos em sua direção – ela saiu faz mais de uma hora pra comprar copo e não voltou... – terminou.

– Ela não falou onde ia comprar? – perguntei com os braços cruzados.

– Não... – continuou Valary – a gente achou que ela tinha ido pra casa se arrumar primeiro, mas já ligamos na sua casa e ninguém atendeu. – bufei e coloquei a mão na testa, eu ia matar Anabelle. Logo Matt voltou e cumprimentou as irmãs, me entregou a cerveja e bufei novamente.

– Ta, certo, eu vou com Matt comprar os copos... – virei o conteúdo na boca – sabem algum mercado aqui por perto? – perguntei as irmãs.

– Zacky falou que Anabelle ligou lá em casa... – falou Matt chamando a atenção de nós três – ela ia esperar Sam fechar sei lá o que, e depois vinha...

– É, mas nós precisamos de copos agora! – ralhou Michelle – não podemos esperar ela fazer sei lá o que com não sei quem... – Matt deu de ombros e tomou sua cerveja.

– Ta bom! Ta bom! – falei pegando a mão de Matt – eu e Matt vamos comprar a porra dos copos... – Matt gemeu insatisfeito. – ou você quer que eu vá andando sozinha à noite por essas ruas? – perguntei mal humorada.

– Nem pensar... – resmungou me puxando da areia.

Entramos em seu carro e Matt manobrou para irmos ao mercado que ele dizia ser o mais próximo. Perguntei novamente o que Zacky havia dito e ele me contou.

– Porra cara! – gritei irritada – essa Anabelle é uma irresponsável Matt, como assim ela fala que vai comprar copos e depois decide ficar de agarração com o cenoura?! – virei mais da minha cerveja – essa menina não tem nada na cabeça, ela vai ver quando eu encontrar ela... – Matt riu e colocou a mão na minha coxa – fazer esse papelão bem com as vacas? Ela tinha que se mostrar melhor que uma garotinha desesperada por pic... – parei de falar quando entramos na rua do mercado, que estava parada por policiais e duas ambulâncias.

– O que será que aconteceu? – perguntou Matt.

– Sei lá... – respondi – o mercado é depois dessa confusão toda?

– Não, é bem no meio... – respondeu parando o carro.

– Ei, aonde você vai? – perguntei quando ele desceu do carro.

– Comprar copos? – perguntou de volta me esperando na calçada. Abri o carro e fui até ele, perguntando se os policiais deixariam nos passar... Matt deu de ombros e saiu caminhando de mãos dadas comigo.

Logo chegamos à confusão toda e Matt abriu espaço entre os curiosos, até que chegamos à linha de segurança. Enquanto Matt falava com o policial mais próximo, meus olhos curiosos correram o local, e um grito entalou em minha garganta ao olhar a garota com um rasgo na cabeça sendo colocada na maca. Puxei o braço de Matt o mais forte o possível e quando ele perguntou para mim o que era apenas apontei para o corpo desmaiado. Matt xingou alto e antes dele explicar ao policial a minha reação, passei por debaixo da facha e corri até a ambulância, lagrimas escorriam por meu rosto e meu coração estava disparado. Um paramédico segurou minha cintura tentando me afastar da garota, e finalmente consegui fazer minha voz sair, gritando:

– É a minha irmã!

Logo o paramédico me soltou após olhar para o policial que conversava com Matthew, passando agora o que havia acontecido com mais detalhes. Cai ao lado de Anabelle e chorando observei os paramédicos colocarem gazes no ferimento em sua cabeça, enquanto amarravam seu corpo a maca de transporte e um outro trazia um balão de ar para ela. A levaram para a ambulância e quando ia subir, Matt me segurou.

– Eu tenho que voltar pra praia, avisar todo mundo sobre o que aconteceu, certo? – perguntou segurando meu rosto banhado a lagrimas. – vou correr para o hospital, me espera lá. – me deu um forte beijo na testa e assim que suas mãos saíram de meu corpo, corri para dentro da ambulância.

Se viver requer coragem então?
Viva para ser feliz e não viva em vão