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História Erase This - Going Through Changes


Escrita por: CrazyGates e CrazyShadows

Notas do Autor


Parabéns ao nosso lindo M. Shadows. (: Que os nossos amores da vida real possam ser tão lindos quanto ele quando chegarem aos 32.

Capítulo 133 - Going Through Changes


Fanfic / Fanfiction Erase This - Going Through Changes

Entrei furiosa naquele que era "meu quarto". Aquela porcaria não se parecia com nada que poderia ser minha em nenhum momento ou lugar no planeta terra. Descontei parte da minha raiva em um Coelho de pelúcia que estava postado em cima de uma penteadeira. Observei o redor e me joguei na cama de casal. A única coisa boa naquele quarto.  

Fui tirando as almofadas de traz de mim e a única que ganhou o privilegio de ficar comigo na cama foi uma pequena roxa clara com algumas caveirinhas brancas.  
Suspirei e me arrastei até o telefone que ficava no criado mudo ao lado da cama. O puxei do gancho e após confirmar que a linha estava vazia disquei os números que havia decorado já, aguardando alguém atender.  

 
- Alo? - sorri pela primeira vez naquele dia. 

 
- Oi Matt...  

 
- Mad! Já chegou a Los Angeles? - perguntou animado e pude ouvir o som dele se jogando na cama do hotel. 

 
- Já... - gemi desanimada - e já quero ir embora... 

 
- Por que amor? - perguntou risonho.  

 
- A situação é pior do que eu imaginava, Anabelle sofreu algum tipo de trauma cerebral e virou um tipo nojento de patricinha metida. Acredita que ela foi me buscar de limusine na rodoviária? - perguntei a esmo indignada, Matthew gargalhou do outro lado comentando que minha cara devia ter sido impagável - e eu to morta de fome, ela me fez comer frango e mato amor!! - choraminguei teatralmente - me salva Matthew... 

 
- Calma querida, mais alguns dias e eu chego aí... - gemi fraco novamente, sentindo a saudade apertar meu peito me fazendo esquecer Anabelle Louca e tudo mais. 

 
- To morrendo de saudades... - confessei baixinho.  

 
- Eu também...  

 
- Vem logo pra cá, eu vou enlouquecer daqui a pouco... - uma lagrima desceu meu rosto e funguei num misto de saudades, raiva e tantas coisas que não poderia enumerar. 

 
- Não chora amor, já, já eu chego aí... - tentou me tranquilizar, mas naquele momento confuso tudo o que eu queria era me esconder em seus braços até que aquele pesadelo acabasse e minha verdadeira irmã aparecesse.  

 
- Eu vou... - funguei tentando inutilmente secar as lagrimas que desciam - tentar. 

 
- Ta tão ruim assim? - perguntou pesaroso. 

 
- Muito pior do que você imagina...  

 
- Quer falar sobre isso?  

 
- Agora não... - sequei as lagrimas tendo sucesso em reter o choro, não queria preocupar Matt. 

 
- Certo... Viu seu pai já? - perguntou por educação uma vez que odiava o patriarca... 

 
- Nem quero ver...  

 
- Ele é seu pai Mad... Independente do que eu ache dele você devia aproveitar os dias que estão perto de novo. - Matt era tão, ridiculamente, idiota e perfeito que me fez rir. 

 
- Eu sei amor... Vou tentar - pude ouvir o riso dele do outro lado e acrescentei - mas só porque você pediu... 

 
- Já é um começo. - pontuou. 

 
- Sim... - me virei de barriga para cima na cama e pude ouvir pelo telefone Kim chamar ele. 

 
- Vou ter que ir Mad... - avisou triste. 

 
- Tudo bem... - suspirei melancólica novamente - te amo ta?  

 
- Eu sei, e também te amo.  

 
- Vem logo... - segurei mais forte o telefone como se isso me fizesse ficar mais próxima a ele. 

 
- Vou tentar... Tchau Mad. 

 
- Tchau... - murmurei e deixei o fone cair em meu pescoço quando a linha ficou muda. 
Coloquei o telefone no lugar e girei na cama, abracei um travesseiro e fiquei olhando o dia ensolarado pela janela, aos poucos a letargia tomou conta de meu corpo e me rendi ao sono. 
... 
Acordei com meu estômago roncando de fome, definitivamente eu não era do tipo que conseguiria viver com comida saudável... Girei a cabeça e pude ver pelo sol já baixo que tinha dormido bastante. Respirei fundo e me arrependi de ter dormido de jeans, a calça fora do lugar me incomodava e com esse pensamento abri o zíper e a chutei para longe.  

Procurei com os olhos minha mala e a achei ao lado da porta, bem que ela podia ser mágica e voar até onde eu estava, pensei enquanto me levantava e ia ate ela. A coloquei em cima da cama e revirando seu conteúdo procurei um short de moletom que geralmente usava para malhar, mas que também era ótimo para se ficar em casa. 

 
Descalça, sai do quarto em direção as escadas. Aquele lugar era ridiculamente grande, não entendia essa mania de grandeza do meu pai, talvez precisasse compensar algo, ri sozinha enquanto ia à direção em que acreditava ser a cozinha. Coçando a cabeça fiz uma careta ao pisar no chão frio, olhei em volta e suspirei aliviada ao não ver nenhuma empregada no cômodo, não estava acostumada com gente me bajulando e também não gostava. Ter meus passos vigiados por alguém não estava na minha lista de coisas agradáveis.  

 
Abri a geladeira à procura de alguma comida de verdade. Ao lado de uma torta havia um bolo de chocolate com cobertura que fez minha boca salivar. Tirei o bolo da geladeira e após deposita-lo na bancada sai em busca de um prato e talheres.  

Por sorte não demorei a achar tudo que precisava, voltando a geladeira para buscar minha velha companheira Coca-Cola, beijei a garrafa feliz por ter um rosto conhecido e murmurando um agradecimento a Deus por permitir que ela existisse enchi meu copo. Cortei um bom pedaço do bolo e coloquei no prato, me encostei à bancada e gemi ao apreciar o doce em minha boca.  

 
- Eu proíbo vocês dois de mudarem, jamais deixem de serem perfeitos meus amores... - falei sozinha com os braços em volta do copo de Coca e do bolo - o que seria de mim sem vocês?  

 
- Você realmente é filha do seu pai... - saltei ao ouvir a voz melodiosa próxima de mim. Olhei para Angélica e me contive em olhar feio para a morena - posso me juntar a você? - perguntou e ainda muda dei de ombros, observando-a buscar outro prato e se colocar na minha frente, cortando um pedaço do bolo para si.  

 
Comemos em silencio por algum tempo, apenas o som dos talheres preenchendo o ambiente. Acabava o meu pedaço quando Angélica voltou a dizer: 

 
- Anabelle chamou algumas amigas para dormir aqui hoje, eu sei que você esta chateada com ela, mas tente relevar tudo isso... Ela só quer te mostrar que está bem aqui.  

- Bem sutil ein... – respondi revirando os olhos. Peguei meu prato e copo e os coloquei na pia – talvez eu fique no meu quarto, quem sabe eu dou sorte e tenho dor de cabeça. – dei de ombros. Angélica negou com a cabeça com um sorriso de canto e avisou: 

- Seu pai chega daqui a pouco e vamos jantar, melhor você tomar um banho... – aconselhou. Olhei entediada para ela, dividida entre manda-la para o inferno e simplesmente sair andando. Decidi pela segunda opção.  

Voltei ao quarto e contive um rosnar na garganta quando vi Anabelle sentada na minha cama. Ela sorriu falsamente para mim e cruzei os braços. Ana arrumou o cabelo atrás da orelha e começou a falar de suas amigas, não me dei ao trabalho de responder e só balançava a cabeça a incentivando a continuar o monologo. Até que depois de um suspiro ela perguntou: 

- Já falou com Matt?  

- Sim... – respondi e continuei a tirar minhas roupas e as colocar no guarda roupa.  

- E ele vai vir mesmo pra cá?  

- Algum problema com isso também Anabelle? – retornei a pergunta deixando claro em meus olhos que ela estava muito próxima ao limite.  

- Claro que não... Só preciso saber quantas pessoas esperar para a festa... – se apressou em sorrir novamente. 

- Hn... – puxei uma toalha felpuda e peguei a roupa que colocaria.  

- Vou pedir para arrumarem o quarto de visitas perto do seu... – avisou se levantando da minha cama. 

 - Pra que? – perguntei franzindo o cenho. 

- Pro Matt ué... – explicou como se fosse obvio.  

- Ele vai ficar no meu quarto. – cruzei os braços. 

- Papai não vai permitir. – espelhou minha posição.  

- Eu não vou pedir permissão... – sorri sarcástica, Ana abriu a boca para continuar a discussão e com a face em branco rumei para o banheiro, fechando a porta em sua cara maquiada.  

...  

Desci as escadas usando minhas pantufas e meia, o mesmo short que usava mais cedo e uma camiseta preta lisa, bagunçava meus cabelos para o excesso de água sair quando entrei na sala de jantar e uma careta automática apareceu em meu rosto. Anabelle e Angélica continuavam perfeitamente arrumadas e papai sentava na cabeceira da mesa vestindo camisa social ainda abotoada, o terno repousando no encosto da cadeira. Sua expressão congelou um segundo e olhando de relance para sua mulher se levantou e andou em minha direção. Deixei os braços ao lado do corpo e tentei manter a expressão em branco.  

- Filha... Você esta... – olhou para Angélica novamente – bonita! – e sorriu forçado ou não, não sei dizer.  

- Obrigada pai... Casa legal... – dei de ombros olhando para uma parede qualquer. Eu não agia tão friamente com meu pai antigamente, mas depois de tantas brigas com ele por causa de Matt o afastamento havia sido inevitável. Um sussurro em minha mente me lembrou do que Matt havia dito, ele era meu pai. Suspirei cansada e para terminar com aquela cena desconfortável de vez dei os dois passos que nos separavam e o abracei.  

- Estava com saudades Madson... – murmurou afagando minhas costas. Não respondi pois não estaria sendo completamente honesta, simplesmente me afastei e sentei no lugar da mesa que devia ser meu.  

Revirei os olhos ao ver que a mesa era arrumada de forma tradicional. Ele na ponta, Angélica ao seu lado direito, eu ao lado esquerdo e Anabelle ao meu lado. Ela devia sentar normalmente onde eu estava, mas como era mais nova, teve que se mudar. Com esse pensamento um sorriso arrogante surgiu em minha face e olhei para ela, mostrando que ainda que tentasse, seria sempre a pirralha. Ana revirou os olhos e devia ter algum comentário acido na ponta da língua, mas foi impedida por nosso pai que voltou a falar:  

- Suas amigas vão vir mesmo dormir aqui hoje Belle? – fiz um muxoxo baixo que passou despercebido, imaginava a trupe que minha irmã queria me apresentar.  

- Sim, pedi para arrumarem uns colchões na sala de TV para ficarmos mais confortáveis. – sorriu meiga. Papai olhou em duvida para ela, mas deu de ombros e endireitou a postura quando trouxeram o jantar.  Assim que viu a comida fez uma careta.  

- Eu tinha pedido lasanha para Madson hoje, não tinha? – perguntou à empregada. 

- Sim, mas a senhorita Anabelle pediu para mudar o cardápio para algo mais leve... Mas se o senhor quiser, eu já tinha preparado a lasanha, é só esquentar e eu trago. – explicou. 

- Por favor... – suspirei aliviada, empurrando o prato com grelhado e salada para frente. Olhei para Belle que continuava a comer em silencio.  

- Vou ligar para mamãe enquanto isso... – avisei já me levantando da mesa. Papai tomou fôlego para me impedir, mas angélica sorriu e pegou sua mão, o distraindo.  

Vaguei pela sala até achar uma porta que me levou ao escritório dele. A deixei aberta e sentei na poltrona que reclinou levemente quando me encostei. Puxei o fone e disquei o numero de casa, aguardando mamãe atender.  

Conversei com ela um pouco, comentando sobre a casa, sobre como queria matar Anabelle, sobre a nova mulher de meu pai, e ela até que riu quando comentei que ele parecia mais calmo, dizendo que no começo do casamento deles ele também era assim. Escondi a breve tristeza que batia em meu coração ao ouvi-la falar sobre quando eles estavam juntos. Não era justo, mamãe continuar solteira enquanto ele já havia rodado... Ouvi leves batidas na porta e girei na cadeira, Belle sorriu e disse que minha comida me esperava, se aproximou e pediu para falar com mamãe também. Despedi-me e passei o telefone para ela, que se sentou onde eu estava. Rumei para a sala de jantar e angélica e papai conversavam enquanto comiam.  

Me sentei e ignorei a conversa deles, me concentrando na comida. Estava boa, não tanto quanto a minha, mas agradável. Vez ou outra alguma pergunta era feita para mim e eu respondia brevemente, não estava no melhor humor para conversar. Mas como sempre minha tentativa de guardar meu caos para mim era impedida.  

- Seu namorado Madson, como esta? – perguntou papai após dar um gole em seu vinho. 

- Ótimo, amanhã ou depois ele vem pra cá me buscar... – respondi automaticamente.  

- Vou pedir para arrumarem o quarto de visitar então. – sorriu angélica.  

- Não precisa! – me apressei em dizer – Ele fica no meu...  

- O que?  - perguntou papai e pude ouvir a descrença em sua voz.  

- Ah por favor, pai, eu não tenho mais dez anos, eu e Matt vivemos dormindo juntos, já viajamos juntos e tudo mais, você acha mesmo que ele dormir em outro quarto ou não vai mudar alguma coisa? – falei de uma vez, não estava afim de longas discussões.  

- Madson! – elevou um pouco a voz, deixei os talheres no prato e coloquei o braço na mesa, apoiando minha cabeça na mão e o olhando extremamente entediada. – Não me interess...  

- Tudo bem, a cama é grande o bastante para vocês dois? – o interrompeu Angélica, sorrindo e pude ver por baixo da mesa sua mão alcançar a perna de meu pai.  

- É sim... – sorri para ela, feliz que ela tivesse cortado o idiota do meu pai.  

- E a decoração do quarto, Ana que escolheu e parecia feliz com ela... – continuou enquanto levava seu vinho aos lábios.  

- Não é exatamente o que eu colocaria no meu quarto... Mas enfim... – dei de ombros.  

- Se você quiser podemos mudar a decoração! – se apressou em dizer, preocupada em me agradar.  Fiz uma careta e balancei as mãos. 

- Não se preocupe, eu vou dando meu jeito nele aos poucos... – expliquei. 

- Nem pensar, amanhã mesmo antes de irmos viajar – olhou para papai que assentiu – vamos até o shopping escolher algumas coisas que você goste.  

- Ta... – concordei para me livrar daquilo tudo.  

A campainha soou e ouvi Anabelle descer as escadas correndo gritando que atenderia. Deixei a mesa sob o pretexto de ter que me trocar para a tal festa do pijama de minha irmã e ambos sorriram para mim.  

Passei pela entrada sem olhar em direção das vozes, indo direto para a escada e seguindo para meu quarto. Joguei-me de bruços na cama e fiquei algum tempo assim, até alguém bater na minha porta, gritei para que entrasse e virei na cama.  

- Você não vem Mad? – perguntou Belle usando um robi rosa.  

- Vou, só vou me trocar...  

- Okay, estaremos te esperando. – sorriu e saiu do quarto. Revirei os olhos e rolei para fora da cama.  

Tirei do armário meu pijama do Jack, que Matt havia me dado. Uma calça comprida preta cheia de caveirinhas brancas e vermelhas, uma regata bem aberta nas costas que deixava minha tatuagem a mostra e acabava em meu umbigo, deixando a bolinha brilhante do piercing aparecendo quando eu me mexia. Calcei minhas pantufas que também eram do Jack e fui para o banheiro escovar os dentes. Após fazer minha higiene, penteei o cabelo que já estava seco e parei um segundo olhando minha aliança brilhar no jogo de luz do banheiro. Tão pequena e tão cheia de significados... Sorri e a beijei, saindo depois do banheiro apagando as luzes.  

Desci as escadas e distraída fui em direção a sala de TV. Parei atrás da porta e contei até dez, teria que enfrentar tudo isso, se não era capaz de Belle ir até meu quarto com as amigas. Suspirei e abri a porta, encontrando minha irmã e seu exercito de Barbie.  



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