História EreRi - Entrelaçados pelo destino. - Fim. . .

<Tempo atual –Apartamento de Nanaba/ 23:30hrs.>

Ainda não acredito que eu estou acordado, esperando por ele.... Meu corpo continua quente, mesmo eu tendo acabado de tomar banho, ainda sinto os toques dele. Às vezes, só de lembrar, meu corpo estremece.

Mas o que foi que a gente fez? Não éramos apenas amigos? Também não achei que ele gostasse de homens.... Aquilo que ele disse.... Mesmo eu sendo, homem ou mulher, ainda... continuo sendo muito lindo.... Que tipo de frase foi essa?!

Eu deveria ir dormi, isso sim. Ele disse que era para eu o esperar, que ele voltaria.... Bem, já se passou duas horas e nada.... Ah! Eu realmente deveria espera-lo? Ah.... Que droga! Peguei meu celular e abri o aplicativo de mensagens.

Abri em nossa conversa e quando pensei em digitar algo, a campainha toca. Me levantei e fui ver quem era, ao abrir, vi que era Mike e ele estava bastante encharcado.

-Veio.... Correndo na chuva? –Dei espaço para ele entrar.

-Mais ou menos. –Ele entrou, junto com ele, tinha uma mochila em mãos. –Posso tomar um banho?

-Ah... Ok, fica à vontade. –O seguia até a porta do banheiro. –Precisa de algo?

-Hum, não. Obrigado. –Ele fechou a porta e eu voltei para o quarto, me sentando na cama e pegando meu celular para ver se tinha algo interessante. Bem, agora ele parece normal... Ele trouxe uma mochila, então.... Ele pretende dormi aqui? Me levantei novamente e fui até a sala, onde ele deixou a mochila.

Será que eu devo olhar? Mike costuma tomar banhos rápidos, ou seja, já devo ter perdido um bom tempo se era para eu ver o que tem na mochila. Caminhei pelo corredor até o banheiro, podia ouvir a água do chuveiro, mas poderia ser também a chuva de fora.

Acho que ainda dá tempo.... Me virei para voltar a sala, contudo, não ouvi mais o barulho do chuveiro. Ah, droga! Voltei ao quarto sem fazer muito barulho e peguei meu celular, fingindo ver algo interessante.

Ouvi seus passos pela casa, passando pelo quarto e indo à sala, depois ele ficou na porta, apenas me encarando e eu resolvi dar alguma atenção a ele.

-Você dorme no futon? –Ele se aproximou, deixando a mochila de lado.

-Ah, sim... –Sei que Mike dorme em uma cama e tal, mas minha tia sempre foi do estilo mais “tradicional”. –Hum... Mike, eu... –Deixei meu celular no canto. Quando voltei para encara-lo, ele estava a centímetros do meu rosto.

Antes que pudesse me afastar, ele segurou meus braços e me puxou a um beijo. A sensação voltava ao meu corpo, o beijo era algo diferente, não sei. Parecia quase um vício, poderia simplesmente fechar os olhos e aproveitar.

Mas ele me empurrou, me deixando deitado. Continuávamos os beijos e eu podia jurar que sentia a mão dele sobre a lateral do meu corpo, suas mãos eram bem grandes, sem falar na forma que ele estava me prendendo, não era sufocante, mas fazia peso contra todo meu corpo, me impedindo de me mexer.

-Mi..ke... –Estava começando a ficar sem ar e acho que ele também, pois parava de me beijar e me acariciava com uma das mãos.

-Não sei como conseguiu me conquistar tão fácil assim. –Ele ria.

-Hã? Como assim? –Tentava recuperar o folego.

-Primeiro foi o modo que nos conhecemos, em um lugar deserto, você esperando um ônibus e eu.... De tocaia esperando meu assassino. –Ele parava para respirar. –Depois disso. Você foi a minha casa, interagiu com a minha gata e assim começou. –Ele se aproximava de mim, fazendo com que nossas testas se tocassem. –Me fez acreditar que o que eu sentia por você era amizade, bem forte... Mas quando saímos, conversamos... Quando você me contou sobre sua vida. Eu me senti especial.

-Mike....

-Fiquei com raiva quando você disse tudo sobre seu pai. Então.... Eu pesquisei sobre ele, muito mais a fundo. E depois disso. –Ele fechava os olhos. –Fui atrás dele. –Eu estava sem palavras. –O achei em uma cadeia, um preso à beira da morte.

-O.. Que você fez? –Agora parecia que meu coração tinha parado de vez.

-Eu falei com ele.

-Você... O que? –Ele se separou de mim e se sentou. –Por que?

-Ele me disse que sentia muito por ser um pai tão cruel. Disse que os dias dele estariam contados pois, ele levaria pena de morte. Pediu perdão a sua tia e a sua mãe, por causa dele, ela começou a beber para esquecer a dor de todas as vezes que ele batia nela e quando ela se deu conta, resolveu te deixar com sua tia. Você já tinha sofrido demais nas mãos dela e nas mãos de seu pai.

-Mike, já chega, eu... –Não vou aguentar ouvir tudo...

-Porem, sua tia odiou a ideia de ter que cuidar de você. Então quando sua mãe partiu, ela te devolveu para seu pai... O resto, você já sabe. –Meu peito doía ainda mais, agora as coisas faziam mais sentido. –Nanaba? –Eu não aguentava mais, estava chorando e muito. Saber que minha mãe só queria.... Me proteger....

Narrador-On

O policial levantava o rosto do loiro e o abraçava. Mesmo se esforçando para parar, as lágrimas eram mais fortes e resistir, fazia à vontade ser ainda mais forte. Após alguns minutos, o Cabo já estava em seu estado normal e a única coisa que restava era o vermelho nos olhos.

-Tudo bem?

-Sim... –Sentia vergonha de ter chorado na frente de Mike. –Hum.... Obrigado por ter feito isso. –O loiro não fazia contato visual com o mais velho. –Mas Mike, por que? Pra que tanto trabalho por mim?

-Porque eu te amo. –Isso fez o mais baixo o encarar muito surpreso. –Quando eu disse há quatro meses que você era alguém especial, que gostava da sua presença e que ficava pensando em você. Eu nunca menti, eu sempre achei e ainda te acho a pessoa mais especial. Não quero te ver sofrer, mesmo sabendo que você é uma pessoa incrivelmente forte.  A única coisa que te peço.... É me corresponder.

O mais novo então entendeu, seu coração batia mais forte por causa de Mike, seu corpo ficava quente e seu rosto ficava vermelho por causa dele e o que o Cabo sentia naquele momento, era culpa do policial que se declarava a sua frente.

Com as mãos tremulas, tocou o rosto do outro. Sentiu algo diferente, pela primeira vez, era diferente de medo, como se fosse uma adrenalina correndo de seu coração até as pontas dos dedos.

Seus rostos se aproximaram e um beijo inocente foi dado, o mais baixo cedeu passagem e Mike pode se aventurar, o beijo foi se aprofundando cada vez mais e de um foram para muitos, as poucas roubas nem eram mais necessárias e aos poucos os dois puderam se tocar sem qualquer barreira para os impedir.

-Hum... Mike! –Gemeu ao ser lambido mais uma vez. –Ah.... –Sentiu sua ereção aumentar enquanto o outro o provocava lambendo seu corpo. –Mi... –Apertou os lençóis quando seu membro foi tocado e estimulado. Enquanto o loiro era distraído, Mike banhava seus dedos em lubrificante.

-Fica calmo. –Começou com o primeiro dedo. Não viu tanta diferença de expressão no menor, isso o fez ficar um pouco incomodado. Já no segundo, viu o mais novo se mexer um pouco incomodado. Ao olhar o cabo, viu que Nanaba estava com o olhar longe e o rosto virado para o lado. Então o policial se aproximou e beijou sua testa, chamando a atenção do outro.

-Desculpa. –Ele sorria sem graça. –Eu sempre fiz isso.... Para não ter que encarar ele. –Confessou. –Virou até habito, eu realmente sinto muito. –Sua testa foi beijada novamente.

-Você não precisa mais fazer isso, pois, eu serei o único daqui pra frente. –Se aproximou mais e o beijou, o beijo quente atiçava ainda mais os corpos.

O terceiro dedo, penetrava com mais dificuldades que o segundo, isso incomodou ainda mais e trouxe dor ao mais baixo. Sua respiração estava descompassada, então desfez o beijo e tentou controlar seu corpo que se tencionava sozinho.

Apertou os lençóis e se controlou aos poucos, pequenos espasmos ainda mostravam sinais de dor, contudo, menos intensa que antes.

-Quero que isso seja especial, quero fazer você se sentir bem. –Confessou. –Quero te mostrar que isso é muito bom.

-Então... –O loiro sentiu que poderia realmente pedir tudo. –Eu quero você, quero te sentir, Mike. –Corou mais continuou com a voz firme. O mais alto o beijou mais uma vez e aos poucos retirou seus dedos de dentro do menor que gemeu baixo pelo desconforto.

Antes de começar a penetra-lo com seu membro, o policial colocou uma quantidade exagerada sobre a mão e colocou sobre seu membro, o massageando. Logo depois ficou sobre ou outro.

-Pronto? –Perguntou e o outro assentiu, ao começar a penetra-lo, já sentiu o aperto, Nanaba precisou cobrir a boca pata abafar o grito da voz. O loiro forçava um pouco mais, enquanto o mais novo apertava com força o lençol e tentava respirar para poder se acalmar, seu coração parecia que iria explodir.

-Mi..ke. –Sentiu o maior parar de se mexer e se apoiar a cabeça em seu peito. Sentiu lágrimas escorrer pelo seu rosto, sentiu ainda mais aquele membro pulsar dentro de si. Por um segundo, se lembrou de Gelgar, quis se enterrar por lembrar de algo tão desagradável.

-Nanaba. –A voz rouca colocava o loiro de volta a realidade, encarou os olhos claros e viu o quão lindo era aquele homem que estava consigo.

Os dois se aproximavam e se beijavam, as pernas do cabo entrelaçavam com a cintura do outro. Os beijos se intensificaram até os dois perderem o fôlego, mas não se separavam, hora se beijavam, hora marcaram o corpo um do outro.

-Hm! –O mais novo gemia quase sem controle de seu corpo, mesmo querendo, ele não podia se controlar.

As mordidas que recebia o fazia estremecer por completo e isso atiçava ainda mais o policial que nunca pensou que poderia fazer isso com o jovem soldado.

-Estou terminando. –Sussurrou no ouvido do outro que apenas assentiu, confirmando que também estava perto já que estava sendo masturbado na mesma velocidade. Nanaba sentiu seu corpo estremecer, como se fosse uma corrente eletrica passando, desde a cabeça até a ponta de seus pés.

-Ah... –Respirou pesadamente após liberar seu sêmen sobre o abdômen do outro, por instinto seu corpo se contraiu e isso fez Mike se desfazer dentro do mesmo, isso fez o cabo aranhar ainda mais as costas do outro. –D-Desculpa. –Lamentava o loiro por ter aranhado com muita força.

-Está tudo bem. –O mais alto sorriu e beijou o outro. –Fico muito feliz que você não tenha fugido...

-Por que.... Diz isso? –Nanaba respirava pesadamente, tomando controle de sua respiração enquanto o outro saia dentro de si.

-Por causa do seu passado. –Ele acariciava o rosto do outro com delicadeza.

-Hum... Obrigado Mike. –Sorria. –Agora... –Ele corava e o loiro ficava curioso. –Poderíamos tomar um banho? É que... –O mais novo sentia o liquido escorrer por duas pernas.

-Claro, meu amor. –O policial beijava a testa do outro que corava ainda mais. –Que fofo ver você assim.

-É estranho ver você assim, carinhoso. –Confessou sorindo.

-É que estou muito feliz. –O policial colocou o outro em seu colo e o levou ao banheiro.

-Sei andar, ok? –Mike o botava no chão, nisso, Nanaba sentia uma forte dor em seu quadril.

-Não se esforce demais. –O mais velho abraçou o outro por trás. –Ok? -E então beijou o pescoço do menor.

-Hum... –Ele concordou com a cabeça e os dois tomaram banho juntos para depois irem dormi. –Mike? –Agora os dois já estavam deitados, apenas se encarando e esperando o sono.

 -Sim? -O policial abria seus olhos.

-Eu.... Quero.... Me juntar a polícia. –Disse, deixando agora o policial sem fala. –Posso? -Sorriu tímido.

-Claro que pode. –Abraçou o outro. –Mas, e o exército? -O encarou confuso.

-Pedirei demissão. –Sorriu e foi seguido logo depois.

<Quebra do tempo -Dia seguinte/ Apartamento de Eren –10:30hrs>

Os raios de sol passavam pela janela descoberta e atingiam o médico, incomodado com a luz, se virou para o outro lado, mas foi abraçado pelo jovem de olhos verdes.

-Hum, Eren. –Reclamou baixo, ainda com muito sono. –Me larga... –Reclamou ainda mais baixo.

-Levi-san, você precisa acordar. –Acariciou o rosto do outro com um sorriso radiante. –Quero te mostrar uma coisa. -Beijava a testa de Levi.

-Hum? –O mais velho tentou voltar a dormir, mas o outro o enchia de beijos para ele acordar. –Ah, merda. O que você quer? –Se levantou da cama, ficando sentado e tentando encarar o outro que sorria.

Eren se aproximava ficando ao lado do outro e o beijando no rosto. Depois disso ele retirava seu celular e tirava uma foto com o médico morrendo de sono, após isso, Levi apenas saia da cama e ia ao banheiro, ao voltar, ainda estava com sono, a noite tinha sido bem difícil, já que eles ficaram praticamente a noite toda acordados.

-Vem aqui, Levi-san. –Sorria o jovem médico com uma caixa de madeira em mãos.

-O que é isso? –Ele questionava bocejando e se sentando na cama, Eren deixava a caixinha ali e Levi a analisava.

-Aqui. –Ele retirava seu colar e entregava ao médico. –Abra.

-Deixa eu adivinhar. –Agora Rivaille sorria. –Está tão feliz assim, pois eu vou abrir a caixa? –O mais novo concordava. –O que tem aqui que é tão legal para você ficar assim? –Eren dava de ombros ainda sorrindo. -Se for alguma merda, eu te jogo da janela. -Avisou, então ele usava a chave para abrir a caixa.

-Levi-san. Antes de abrir... –Eren colocou a mão para impedi-lo de abrir e foi interrompido pela voz sonolenta do outro.

-Tem algo que eu preciso saber? –Questionou, mas o mais novo negou.

-Só quero que saiba que eu te amo. –Isso foi o suficiente para Rivaille sorrir.

-Ok, agora sei que tem algo nisso. –O jovem médico retirou sua mão, deixando o outro abrir, quando o fez, se surpreendeu. –Serio? –O outro concordava.

-Isso é muito importante para mim. –Beijou a testa do mais velho. –Estou te dando pois, quero que deixe sempre contigo, ninguém nunca viu, então... –Ele sorria sem jeito.

-Ok, eu cuido disso. –Sorria sendo abraçado loo em seguida por Eren.