História EreRi - Koe - A sétima badalada.

<Quebra do tempo –Alguns dias depois...>

Ao vê-lo parado bem na minha frente, eu simplesmente travei, era para ser apenas mais um final de dia na faculdade, mas ele apareceu bem na hora, ao lado dele, o diretor Erwin que tinha nos parado no meio do corredor para comentava algumas cosias com os meus colegas de classe, mas nos dois ficamos nos encarando por um segundo, coisa que pareceu minutos.

-Enfim, só queria dizer isso mesmo, tomem cuidado na volta para casa.

-Sim! –Todos concordavam e seguiam a direção para a saída, já eu continuava parado, encarando ele, mas ele não fez o mesmo e logo foi embora. Ao ver que ele ia embora, me apressei e ao chegar perto, retirei o guarda-chuva que estava carregando por esse tempo todo, toquei em seu ombro, o mesmo parou rapidamente e me encarou.

Mostrei o objeto, juntamente com uma pequena mensagem pronta, onde dizia que eu queria agradecer por aquele dia, ele parecia aliviado e deu um leve sorriso, agradecendo em seguida e depois seguiu seu caminho, eu por outro lado fiquei o observando partir. Não sabia o que estava acontecendo, esse tal Rivaille tinha algo....

*

O caminho para casa nunca mudava, mas por algum motivo lá estava eu, Yrmi, Berthold e Connie, no centro da cidade a espera de um dos amigos de Connie. Em meu celular, mensagens do professor de Libras, dizendo que não teria aula hoje por causa de um problema pessoal, ou isso era sorte ou eu estava me metendo em uma encrenca.

-Vai ser divertido! Eu juro! Eles são legais e sabem se divertir! –Da última vez que ouvi isso, perdi minha voz...

-Ora Connie. Dá um tempo! Se lembra que temos um TCC para fazer? –Yrmi tinha razão, temos pouco tempo para finalizar aquele TCC e sem falar que precisamos fazer os últimos ajustes nas partes teóricas.

-Ah Yrmi! Corta essa, vamos. Por favor! –Connie praticamente implorava para Yrmi que apenas fazer um “tch” com os lábios. –Oba! Vocês não vão se decepcionar. Aliás, fico feliz que também tenha vindo, Berthold!

-Eu só vim por causa do Eren....

-Credo Berthold! Falando assim parece que você depende do Eren para tudo! –Yrmi ria bem alto. –Olha, se você for do tipo que curte homens, nada contra! –Yrmi ria.

-E-Eu...  

-Olha, eles chegaram! –Connie apontava sem nenhuma descrição para duas pessoas vindo em nossa direção. –Pessoal conheçam o Reiner e a Annie, eles são meus amigos do time de basebol.

-Oh! Eren! –Reiner vinha diretamente na minha direção, me dando um abraço. –Não sabia que era amigo desse cara aí. –Ele ria.

-Oh! Como conhece o Eren, Laina?

-Já disse para não me chamar assim, cabeça de ovo. –Reiner fazia cara feia para o Connie que apenas ria e pedia desculpas. –Eu e o Eren nos conhecemos desde criança, eu ia sempre no hospital por causa do velho, ai acabamos nos esbarrando as vezes, no final das contas acabei indo trabalhar no hospital do pai dele.

-Você faz medicina e nunca me contou, seu bosta! –Connie dava um leve tapa no peito de Reiner e o mesmo ria.

-Você nunca me perguntou! –Ele ria mais alto. –Bem, é um prazer conhecer vocês. Espero que sejamos amigos também. Ah! Eren, essa aqui é a Annie. –Ele apresentava a mulher que estava do lado dele. –Ela é minha prima, então tomem cuidado! –O sorriso medonho do Reiner era estranho.

-É bom conhecer, vocês. –A voz dela era mais grave que das demais meninas, mas era muito boa. –Reiner falou bastante sobre você, Jeager. –Ela estendia sua mão e eu prontamente a apertava.

-Certo! Agora que todos se conheceram, vamos curtir! –Connie começava na frente.

<Quebra do tempo – Duas horas depois>

Já era por volta das sete da noite quando resolvemos voltar para casa, por incrível que pareça, todos se deram bem com todos, principalmente o Berthold, ele se deu muito bem com a Annie. Conversaram bastante e eu notei uma pontada de ciúmes do Reiner.

-Se desse, você estaria falando um monte pra mim. –Reiner me encarava enquanto caminhávamos. –Vai, escreve aí o que te incomoda. –Ele parava de andar, deixando todos irem na frente e nós deixando.

Comecei a escrever tudo, como estava com preguiça de pegar meu caderno de notas na bolsa, resolvi escrever pelo celular mesmo. Demorei um pouco para poder escrever tudo e depois enviei para ele, rapidamente ele leu a mensagem em seu celular e sorriu.

-É, eu me preocupo muito com ela. Annie é a minha única prima e meio que.... Eu considero ela como irmã mais nova, já que não tenho irmãos. –Voltamos a caminhar, agora, um pouco mais distante de todos. –Annie é fantástica e eu.... Tenho medo dela se machucar, sabe como é, né? Eu quase perdi um irmão, não quero que ela se vá. –Eu continuava a escrever no celular e enviava para Reiner. –Acha que tenho ciúmes? Eren hahaha. É, posso até ter um pouco, mas se ela gostou dele, o que eu posso fazer. Pelo que vi Berthold é um bom rapaz.

Em meio das nossas conversas, eu notei um brilho estranho mais para frente e logo depois gritos do Connie. Decidimos correr para ver o que estava acontecendo e quando chegamos perto, vimos Annie e Yrmi batendo em um homem com força.

-O que está acontecendo aqui?! –Reiner perguntava bem preocupado.

-Esse cara veio do nada e tentou roubar o celular da Annie. –Respondia Berthold. –Mas aí ela revidou nele, dando um soco, ai a Yrmi resolveu se juntar a ela e agora estão assim.

 -Seu merda! –Yrmi pisava no homem, mesmo tendo feito algo errado, sentia um pouco de dó, ele foi logo assaltar duas mulheres de temperamento difícil.

–Vamos ligar para a polícia! -Connie rapidamente começava a ligar com o seu celular enquanto Yrmi ainda pisava em cima do homem.

*

Levi –On

O dia inteiro passei com dor de cabeça, tomei remédios e nenhum passava a dor, resolvi por fim ir até o hospital, lá Hanji me disse que era uma pequena complicação em meu ciclo. Ao que parece meu corpo está liberando muitos feromônios e mais um monte de besteiras e os remédios sozinhos não conseguem combater isso. Para resumir essa merda toda fodida, estou mais suscetível a ter um desmaio ou um ataque de orgasmo... Das duas, a menos pior seria desmaiar....

Como eu não queria nenhum, nem outro, optei por voltar para casa usando o metro. Era melhor ter um desmaio aqui do que em uma rua isolada do mundo. Mas a outra possibilidade me deixava muito tenso.

Fiquei por um bom tempo olhando para o chão e me afastando das pessoas, quanto mais longe, melhor. Mas eu sabia que estava sendo observado, Alfas. Malditos comedores de cu sejam. Pelo que eu percebi, eu estou diante de dois.... Eles não param de me observar, como se eu fosse um pedaço de carne pronto para ser devorado. Terei que ser paciente, minha estação está chegando...

-Ei... –Essa não, lá vem. –Está tudo bem? –Eu encarei quem estava perguntando, um velho se sentava ao meu lado. –Percebi que está sozinho. –Ele sorria.

-Agora é obrigatório ficar junto de alguém?

-Se não quiser ser comido por lobos, melhor ser acompanhado. –O velho sorria. –Como se chama, meu jovem? –Ele estava carregando consigo uma garrafa de metal, também cheirava a bebida, era um velho e bêbado.

-Rivaille.

-Oh, meu nome é Dot, Dot Pixis, prazer. –Ele estendia sua mão. –Vamos, não me deixe assim. –Ele ria e insistia no aperto de mão, para acabar logo com isso, apertei sua mão. –Então, Rivaille, acho melhor você descer no próximo ponto. –Ele começava a sussurrar. –Você está chamando atenção demais aqui, já tem umas quatro pessoas de olho em você e o número só aumenta. –Eu me surpreendia com tal coisa, e, ao analisar realmente estava sendo vigiado, não por apenas homens, mulheres fixavam o olhar em mim. –Vamos?

-Como posso confiar em você se.... –Ele mostrava discretamente um emblema de polícia que estava dentro de sua blusa.

-Segunda divisão do distrito de Maria, espero que confie em mim agora. –Eu assentia com a cabeça. –Perfeito. Você tem alguém para te ajudar?

-Não.

-Nenhum conhecido, parente ou amigo que more perto? –Negava com a cabeça. –Vai ser complicado, seus amiguinhos já estão quase espumando pela boca. –A porta do metro se abria. –Espere... –Ele segurava meu braço. –Se prepara. –De repente começou o sinal para o fechamento da porta. –Rápido! –Ele me puxava para fora do vagão e algumas pessoas tentavam nos seguir, mas eles eram parados pela porta. –Ufa. –Ele ria. –Conseguimos.

-Obrigado.

-Não há de que, mas lembre-se de não usar transportes públicos quando isso acontecer.

-Certo... –Desviava o olhar para o chão, estou ficando suscetível.

-De qualquer forma, me perdoe por ter te tirado do metro.

-Não precisa se desculpar, eu agradeço por ter me ajudado. –Droga, droga! Eu estou ficando fraco, minha respiração está ficando acelerada. –Se me der licença...

-Sem problemas. Tome cuidado na volta. –O velho sorria e pegava sua garrafa para beber.

Eu comecei a andar para longe da estação, ainda faltava quase um ponto para chegar em casa, mas pelo jeito era melhor ir andando na rua do que com as pessoas a minha volta. Era quase sete e meia da noite.

Antes que pudesse começar a andar de volta para casa, sentia uma tontura forte, precisei me apoiar na parede e depois comecei a sentir uma forte dor na perna esquerda. Tentei me acalmar, eu não queria simplesmente desmaiar aqui. Em meus pensamentos, nem notei quando duas mãos tocaram meus ombros, quando me virei, vi que era aquele garoto.

-Eren? –Ele assentia em sim com a cabeça, por um segundo havia esquecido que ele não falava. –O que... –Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, ele me puxava para si e colocava meu braço em volta de si, depois me mostrava uma mensagem em seu caderno.

-“Você não parece bem, vou te levar ao hospital. ”

-Não... –Eu o puxava para que ele me escutasse bem. –Me leve para casa!