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História Ereri Riren: I'm in love with a criminal - Capítulo XI


Escrita por: Biagawa e Gallowmer3

Notas do Autor


Bom dia, Boa tarde, Boa noite meus leitores.
Em primeiro lugar, nos desculpe pelo longo tempo sem postar nenhum capítulo. Os ultimos meses estavam corridos com o fim dos meus estudos/trabalho e estudos do @Alfa_Ackerman. Mas no fim foi bom pra dar uma noção bem realista do tempo que o Eren ficou desaparecido xD assim vocês sofreram junto com o Levi hahaha
Enfim, voltamos e segue um capítulo novinho pra vocês. Não é tão longo, mas ta bem pesado e triste então recomendo uns lencinhos enquanto forem ler.
No mais, uma ótima leitura! E obrigado a todos que nos esperaram.

Capítulo 11 - Capítulo XI


Fanfic / Fanfiction Ereri Riren: I'm in love with a criminal - Capítulo XI

Levi acordou lentamente com o sol invadindo o quarto através da janela. Abriu os olhos ainda bem sonolento, tateando o outro lado da cama onde supostamente estaria Eren.

Mas não estava.

Aquilo causou no Ackerman certa estranheza, ainda que não acreditasse que fosse algo digno de muita preocupação. Achou que ele poderia estar no banheiro, ou já ter se levantado para comer alguma coisa. Assim, o mafioso deixou a cama em busca do namorado.

Estava bastante cansado e com o corpo levemente dolorido após aquela semana terrível, mas depois de uma maravilhosa noite regada a sexo com Yeager, Levi havia dormido como nunca, e agora sentia esses efeitos.

- Eren? - Chamou por ele ao deixar o quarto, iniciando sua busca ao longo da casa. Quarto de hospedes, banheiro, cozinha, sala, procurou por tudo, mas não havia nenhum sinal do detetive.

Mas ao checar a falta da chave de Eren no chaveiro principal, Levi se dava conta que o namorado havia saído. Ao voltar para o quarto, pegava seu celular, discando o número de Yeager. Mas não recebia nenhuma resposta.

Aquilo começou a incomodar o mafioso.

Se vestiu com as roupas do chão, seguindo para fora do apartamento com a chave reserva que havia na casa. Ainda tentava ligar para Eren, mas após a quinta chamada não atendia, Levi percebeu que algo estava errado.

Foi quando desceu até a portaria do prédio.

- Eren Yeager, do terceiro andar, ele saiu faz tempo? - O mafioso questionava ao porteiro, que o olhava com naturalidade.

- Yeager? Não, na verdade eu não o vi hoje.

- Não? Como não?

O porteiro deu de ombros.

- E o carro dele?

- Creio que continue no estacionamento.

Levi respondeu qualquer coisa, deixando o porteiro para trás para poder seguir até o elevador. Desceu para o andar subterrâneo, onde buscava pelo carro de Eren. De fato, ele ainda estava lá.

- Que merda está aconteceu? - O Don perguntava meio que para si mesmo, até que, andando pelo estacionamento, acabava avistando no chão, não muito longe de onde estava, o molho de chaves de Eren.

Aquilo não estava certo, e Levi tinha experiência suficiente para perceber aquilo.

Foi quando sentiu o seu celular vibrar no bolso da calça. Era uma mensagem vinda do celular de Eren, o que momentaneamente trouxe um sentimento de alívio para Levi. Contudo, isso não durou muito.

Viu então que a mensagem se tratava, não de um texto, e sim de um arquivo de imagem. Ao abrir a foto, se deparava com seu Eren amordaçado, com os olhos vendados, e as mãos e os pés presos a uma cama.

No corpo do detetive, em sua roupa, já era possível ver algumas manchas de sangue.

E literalmente do dia para noite, foi como se o mundo de Levi tivesse acabado. Ver a pessoa a quem mais amava daquela maneira, sem saber o que mais ainda poderia acontecer, foi algo que despertou no Ackerman um ódio que nunca antes havia sentido.

Com as mãos tremendo, tentou ligar novamente, mas não havia resposta.

E sem mais perder tempo, Levi deixava o apartamento através do estacionamento, indo até o seu carro que se encontrava estacionado do outro lado da rua. Ali, Levi pegava sua arma que estava no porta luvas, checando o carregamento da mesma para depois engatilhá-la.

- Eu vou te matar, Zeke. - Dizia com os olhos faiscando, ligando o carro. - EU VOU TE MATAR!

Quando saiu com o carro, demorou apenas alguns instantes para já alcançar uma velocidade considerável. Mas era como se estivesse em transe. Sentia seu coração bater tão forte que parecia que ia sair do peito. Suas mãos tremiam ao volante, mas aquilo não iria lhe impedir de meter uma bala bem no meio da testa de Zeke.

Como havia dito para Eren através da carta, Levi sabia onde o Bestial se escondia, e agora estava indo direto para ele. Não se importava que fosse uma armadilha ou não, ia matar Zeke. Tinha que matá-lo.

O Don estava tão concentrado em seu ódio, que sequer prestava atenção no caminho, e só se deu por si quando já havia chegado ao destino. Tratava-se de um velho galpão próximo à saída da cidade. Pegou sua arma, para então deixar o carro e partir em direção à entrada do galpão.

Se esgueirou através de alguns escombros que ali havia, já mantendo a arma em punho, pronto para atirar na primeira cabeça marleyana desprotegida, mas conforme foi se aproximando da entrada do local, percebeu que tudo estava estranhamente quieto.

E quando adentrou ao galpão, o encontrou completamente vazio.

O silêncio daquele lugar o fez abaixar sua arma. O teor de adrenalina em seu sangue baixou, e Levi começou a sentir ainda mais o peso do mundo sobre os seus ombros. Olhou em volta, encontrando alguns sinais de que algumas pessoas tinham estado ali recentemente, mas deixado o local há pelo menos algumas horas.

Sem se dar conta, as lágrimas começaram a descerem pelo rosto do Ackerman, e não demorou para ele desabar no chão, enquanto socava o solo algumas vezes. - Merda, merda, MERDA! - Sua voz ecoava pelo local abandonado.

Se tivesse deixado Eren para invadir o local e matar Zeke como havia dito que faria, talvez conseguiria evitar aquilo. Mas tinha escolhido passar a noite com Eren, e aquela era a consequência. Levi não podia fazer mais nada.

Chorou sozinho por mais alguns minutos, até conseguir reunir forças para se levantar. Ao fazê-lo, pegava novamente o celular, mas desta vez discava um número diferente.

- Quatro-Olhos. - Levi dizia assim que a outra pessoa do outro lado da linha atendia. - Precisamos nos ver.

**

 

Quatro meses se passaram.

Após aquele incidente com Eren, Levi sentiu algo mudar dentro de si. O Don não pensava mais em tentar ser uma boa pessoa, ter uma família e ser feliz com quem amava, isso fazia parte de um outro Levi que já não existiria mais. Agora, o mafioso apenas queria matar qualquer um que se colocasse em seu caminho e fazer uma grande pilha com os seus cadáveres, na qual o topo estaria a cabeça de Zeke.

Iniciava-se a caçada contra todos os gangsters da cidade, que poderiam ter algum tipo de afiliação a Zeke. No decorrer daqueles quatro meses, a família Ackerman havia se tornado sinônimo de morte, de modo que todas as noites novos corpos aparecessem pela cidade, com sinais severos de tortura.

***

Os gritos do homem ecoavam para fora daquela sala escura, enquanto era questionado qual era o paradeiro de Zeke. Seu nome era Bertolt Hoover, um rapaz alto e magro, de cabelos escuros. Estava sendo torturado com ferro quente, além de já ter tido todas as suas unhas arrancadas.

- Baixinho, vamos fazer uma pausa. - Dizia a voz de uma mulher, após marcar a pele da vítima com o ferro.

A outra figura ao lado da mulher apenas assentia, dando as costas para deixar a sala.

Era Levi, vestido com um avental, longas luvas de borracha e uma máscara cirúrgica. Com o intervalo de mais uma sessão de tortura, Levi ia para o banheiro, onde começava a se lavar. O sangue de Bertolt deslizava para pia, enquanto o mafioso esfregava uma mão na outra. Estava prestes a descobrir onde Zeke se escondia, e não pouparia esforços até encontrá-lo. Lavava as mãos infinitas vezes, até que uma pessoa aparecia diante da porta do banheiro. Era um dos novos associados à família Ackerman, Armin Arlert.

- Senhor Levi, o senhor está bem? - Ele perguntava com certa preocupação. - Hange-sama comentou que o senhor não tem se alimentado.

- Estou. - Levi secava as mãos, sem dar muita atenção para o garoto. Mas era verdade, Levi já havia perdido uma quantidade considerável de peso, e começava a apresentar alguns sinais de que sua saúde não andava das melhores.

Quando se virava para Armin, Hange aparecia atrás dele com um amplo sorriso no rosto. Assim como Levi, a morena tinha as roupas completamente encharcadas de sangue.

- Deixa que eu falo com o nanico.

Armin assentia, deixando os dois para que conversassem a sós. Neste momento, Hange se aproximava para passar um dos braços sobre os ombros de Levi.

- Nos conhecemos há anos, Levi, desde que me tornei a sua maior fornecedora de armas. Sendo assim, lá vai o meu conselho sincero: Você não vai poder resgatar a sua donzela se não se alimentar direito. - Dizia ela de um jeito caloroso. - Você vai cair duro no chão qualquer dia desses.

- Não vou. - Levi se desvencilhava dela, fechando a cara no mesmo momento. - Era só isso?

- Se não quer fazer isso pelo Eren, faça pela Senhora Kuchel. - Desta vez, Hange falava um pouco mais séria. - Não pode preocupa-la. Sabe que a saúde dela tem piorado...

Ao ouvir aquilo, Levi desviava os olhos, ficando em silêncio.

- Acho que deveria ir falar com ela.

O Ackerman dava um longo suspiro. - Não vou agora, ela deve estar dormindo.

- Com os gritos do Bertolt ecoando pela casa inteira? - Hange ria, apenas para descontrair. - Até parece.

Levi franziu a testa, dando-se por vencido. Tratou-se então de retirar suas vestes de torturador para seguir para fora do banheiro e, pouco depois, em direção às escadas que levava ao quarto de sua mãe.

A verdade era que Levi andava evitando o contato com ela, desde que Eren havia sido tirado dele. Levi não apenas tinha voltado a ser um gangster fora de lei, como agora fazia coisas ainda mais terríveis, e o Don sabia que aquilo não tinha mais volta. Levi a evitava, para evitar o olhar de decepção de sua mãe.

Batia algumas vezes no quarto antes de entrar, fazendo-o em silêncio caso Kuchel estivesse dormindo. Mas ela, de fato, não estava.

A mulher estava deitada em sua cama. Havia emagrecido consideravelmente no decorrer daqueles quatro meses, estava pálida e visivelmente frágil.

Ainda sem dizer nada, Levi se aproximava da cama, se sentando em uma cadeira que ali havia. Os olhos azuis de Kuchel logo se colocaram sobre o filho, e ele pode sentir que não havia nenhuma decepção em seu olhar, apenas uma profunda tristeza.

- Você vai encontrá-lo, querido. Eu sei que vai.

Ao ouvir aquilo, Levi abaixou um pouco a cabeça e viu sua visão ficar embaçada. Mas não ia chorar, pois lágrimas não fariam nada por Eren. Sentiu então sua mãe colocar uma das mãos sobre a de Levi, em um gesto de apoio.

- Como a senhora está se sentindo hoje? - Levi perguntava ao levantar um pouco a cabeça, ainda que sem olhar para a mãe.

- Ah, eu estou bem. - Kuchel respondia com um pequeno sorriso, ainda que Levi, de alguma forma, sentisse que ela estava mentindo. Sabia que a saúde de sua mãe só estava indo de mal a pior. - Quanto a você... sabe, você não precisa ser forte o tempo todo.

O filho não respondeu, e assim passaram os próximos minutos em silêncio. Levi simplesmente não sabia o que dizer, e Kuchel, por sua vez, respeitava o silêncio do filho. Ainda assim, aproveitavam a companhia temporária um do outro, a sua maneira.

Foi quando alguém bateu na porta, e sem demorar muito, a abria. Era Hange, e ela tinha uma expressão séria, ainda que logo sorrisse ao ver Kuchel. - Hoy, Madame Ackerman! A senhora está radiante hoje. Perdão por interrompê-los, mas posso roubar o baixinho por alguns instantes?

Levi se levantou da cadeira, despedindo-se da matriarca para seguir Hange até a porta. Sabia que era algo de suma importância para ela interrompê-los daquela maneira, especialmente após ela própria ter insistido tanto para Levi falar com sua mãe.

- O prisioneiro diz que tem algo para nos contar.

O Don sentiu a urgência daquilo, seguindo a passos rápidos até o local onde Bertolt estava sendo mantido.

- Ande, pirralho. Desembucha de uma vez. - A voz séria e impaciente de Levi ecoou pela sala de tortura enquanto se mantinha de frente para o Marleyano completamente ensanguentado, assim como um dos olhos fechado e inchado devido a um soco que Levi havia desferido contra ele por causa de sua impaciência.

- Eu sei onde o Zeke está. - Ele falou com certa dificuldade e com a voz rouca devido à falta de água, já que estava mantido ali durante alguns dias. Bertoldt era alguém bastante próximo de Zeke, logo, com certeza possuía alguma informação relevante.

- Vejo que fiz bem em não arrancar a sua língua. - O Don falou indiferente, ainda que fosse visível a ansiedade e angústia nos olhos do Ackerman. - Anda, desembucha.

- Ele está se escondendo em um galpão abandonado na cidade de Port Washington. Fica há uma hora daqui. - O rapaz deu algumas tossidas. Estava bastante fraco devido às sessões intensas de tortura consecutivas. - Devem ter muita gente guardando aquele lugar, então não vai ser fácil de entrar.

Assim que conseguiu a informação que queria, Levi virou de costas para o rapaz, pronto para sair daquela sala e finalmente ir em busca de seu Eren, ignorando as últimas palavras sobre a dificuldade em adentrar o lugar. Apenas queria ter Eren de volta, e assim o faria sem se importar com as consequências.

- E-ei, Levi. O que fazemos com ele? - Perguntou Hange, que fez Levi parar na porta do cômodo por alguns segundos, ainda que de costas à amiga e ao garoto preso contra a cadeira. No instante seguinte, Bertoldt passou a suplicar por sua vida, em lágrimas.

Com total desprezo, Levi apenas sacava sua arma do bolso, virando-se um pouco apenas para mirar na cabeça do garoto. O som do tiro ecoou pela mansão, e em questão de segundos, Bertoldt não era nada mais que um cadáver.

---**---

O percurso que em tese demoraria cerca de uma hora para que Levi chegasse até o galpão, durou apenas 30 minutos, já que o mafioso dirigiu seu carro acima da velocidade permitida na rodovia, cantando pneu em muitas ocasiões e recebendo xingos de outros motoristas por ultrapassá-los sem qualquer segurança. Logo atrás de seu carro, seguiam-se mais três, igualmente pretos como o seu, onde o resto de seus parceiros o seguiam, também em alta velocidade. Reuniu o máximo de pessoas que conseguiu em pouco tempo, já que não iria arriscar perder aquela chance de resgatar Eren ao ir sozinho para aquele galpão.

Assim que avistou o local, Levi finalmente reduziu a velocidade, já que queria pegar Zeke de surpresa e evitar que ele fugisse novamente com Eren. Sabia que aquela seria sua única chance, e não a desperdiçaria em hipótese alguma.

Levi então saiu de seu carro, engatilhando suas duas pistolas que levava em ambas as mãos, indo na frente para verificar se o caminho estava limpo. Espantosamente, não tinha ninguém vigiando ou protegendo a entrada do local.

- Fiquem atentos. Pode ser uma emboscada. - Falou o Ackerman para Hange e o resto do grupo que o seguiam logo atrás. Assim como ele, todos estavam armados.

Novamente para a surpresa de Levi, assim que adentraram o enorme galpão deram de cara com um estranho silêncio, o que deixou o Ackerman mais inquieto.

- Não ouço nada. - Falou Hange com uma expressão séria, mostrando que tentava escutar qualquer sinal de som naquele lugar, não tendo sucesso nenhum. O único barulho dali era do vento que cantava ao passar pelas janelas quebradas do local, completamente vazio.

- Chefe. Tem uma escada. - Falou Oluo, um dos companheiros fiéis de Levi. - Eu não acho que ele esteja aqui embaixo, então vamos subir. - Levi concordou com aquilo, e silenciosamente e de forma ágil, o Ackerman subiu as escadas sem fazer qualquer barulho, apontando ambas as armas para frente, pronto para atirar em quem aparecesse ali.

No entanto, novamente deram de cara com um corredor completamente vazio, onde tinha algumas portas dispostas para os lados.

- Vamos, não podemos perder tempo. - Dito isso, Levi e seus companheiros rapidamente abriram todos os quartos, apontando suas armas assim que as portas eram arrombadas para qualquer ameaça que surgisse ali. Mas novamente, não encontraram nada.

- Essa é a última porta. - Falou Hange no final do corredor, com Levi logo ao seu lado. A mulher pôde notar que as mãos do menor tremiam levemente, e ela percebeu em seu olhar que o amigo estava pronto para perder as esperanças. - Não desista, Levi. Sei que ele está aqui. - Ela deu um breve sorriso, colocando a mão sobre o ombro do amigo, transmitindo confiança para ele. Pôde notar que ele forçou suas mãos a segurarem as armas, e notou que elas pararam de tremer.

Dessa forma, o Ackerman finalmente abriu a porta. Não fez como as anteriores ao chutar a madeira com força. Dessa vez, ele apenas girou a velha maçaneta, vendo que a porta se destrancou no mesmo instante de modo que a abrisse bem devagar. Tinha medo de não encontrar nada e não ter sucesso em sua busca, mais uma vez. Não aguentaria passar mais um dia sequer longe de Eren, sem saber o que havia acontecido com ele, ou pior, encontrá-lo naquele cômodo, morto, com seu corpo já em decomposição.

Assim que finalmente abriu toda a porta, pôde ver uma cama no canto do quarto onde um corpo estava amarrado sobre ela, com cordas que envolviam seus braços e pernas de maneira dolorosamente forte. Viu como os pés de quem estava ali sangravam, um sangue seco de provavelmente há alguns dias que havia sido coberto por tecidos apenas para que ele não morresse pela perda de sangue. Seus olhos foram subindo com certa dificuldade por não aguentar ver aquela cena diante de si. As roupas dele haviam sido rasgadas aparentando devido ao uso de algum chicote, que se chocou contra sua pele inúmeras vezes, o fazendo sangrar ainda mais e tingir todo o tecido de vermelho.

Era Eren. Seu amado Eren.

Ele estava desacordado, com algumas manchas de sangue ao redor de seu rosto coberto por seus cabelos, ainda mais longos do que Levi podia se lembrar que estavam.

- Eren!! – Gritou por fim assim que saiu daquele choque, vindo por correr na direção de seu amado a passos rápidos, tropeçando algumas vezes por não olhar para o chão. Assim que finalmente o alcançou, Levi tentou desamarrar seus pulsos com certa dificuldade, uma vez que suas mãos voltaram a tremer, e o medo de que Eren já não estivesse vivo o consumia cada vez mais. - Eren! Eren! Olha pra mim. Acorde! - Falou com a voz trêmula várias vezes enquanto o pegou em seu colo, aninando o corpo dele em seus braços e o apertando com força. - Por favor, Por favor, não faça isso comigo. - Implorou com a voz falhando, tendo dificuldade em olhar de fato para seu namorado devido a quantidade excessiva de lágrimas que inundavam os seus olhos. - Acorda, Eren. Eren!! - Falou mais alto, e finalmente notou o peito dele subindo e descendo com certa dificuldade, mas que era um sinal claro de que ele ainda respirava. - T-temos que levá-lo até um hospital. AGORA! - Gritou para seus companheiros, e estes rapidamente se aproximaram para soltar os pés enfaixados do moreno, de modo que Levi pudesse pegá-lo no colo.

Em poucos segundos todos saíram daquele galpão, e Levi apenas apertava ainda mais o corpo de Eren contra o seu. Notou o quão magro ele estava, já que não oferecia nenhuma dificuldade para o menor em levá-lo em seus braços até o carro, e isso apenas fez com que o Ackerman se sentisse ainda mais culpado por tudo aquilo. Não sabia dizer como conseguiu chegar até o carro e nem percebeu quem tomou o banco do motorista para que ele fosse no banco traseiro junto de Eren. Sua mente não estava completamente sã, já que o desespero tomava conta de si. Tinha medo que Eren não sobrevivesse durante o caminho, e só de pensar naquilo, Levi sentiu que iria enlouquecer.

- Estamos indo para o hospital, meu amor. Por favor, fique comigo... - Falou ele mais uma vez para o homem desacordado em seus braços. E finalmente notou que Eren reagiu de alguma forma ao segurar a mão de Levi que tocava seu rosto.

- Le...vi... - Eren sussurrou para ele, e foi quando o moreno finalmente ergueu o rosto para si, que Levi conseguiu ver a pior forma de tortura que Zeke poderia ter feito. Os olhos esmeraldas que Levi tanto amava, que ele tanto gostava de ver olharem para si de forma apaixonada, não estavam mais lá. No lugar, pôde notar buracos fundos em seus orbes, causados por queimaduras horríveis que haviam arrancado o que era mais de precioso para alguém. Os olhos, e consequentemente a visão de Eren, tinham sido tirados de si da pior forma possível, e Levi sequer conseguiu reagir diante aquilo. Seu corpo inteiro tremia enquanto ele apertou com força o corpo de seu amado, sentindo mais lágrimas caírem de seus olhos.

Eren estava cego. E a culpa era sua.

 


Notas Finais


De novo, nos desculpe pela demora. E obrigado a todos que continuaram a ler e comentar durante esse periodo <3 amamos vcs


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