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História Eroda - Story of My Life


Escrita por: Kashi_

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 57 - Story of My Life


 

57 – Story of my life

Draco Pov

Eu realmente me divertia com aquilo que estava acontecendo com grande frequência no trabalho.

Era comum Ronald caminhar daquele jeito, se esgueirando pelos corredores, com os olhos ao redor quase como se algo muito maligno e perverso pudesse pular sobre ele.

Na realidade, esse algo era Blaise Zabini, o colega de Harry.

Ronald pouco havia conversado com ele no dia da festa, e afirmou que em momento algum o homem disse verbalmente estar interessado nele.

Mas também, não era como se fosse necessário, já que todas as vezes que olhava para o ruivo, ficava nítido em sua expressão e ele se quer parecia tentar disfarçar.

Ronald tinha um grande problema com suas habilidades de fala e interação no que dizia respeito a romance e paqueras.

Ele sempre entrava em pânico, e essa era uma das situações mais bizarras do mundo.

Porque ele estava fugindo do homem desde então, por não saber como lidar com as investidas que não eram bem investidas.

A realidade era que ao deixar claro seu interesse em Ron, mas sem fazer qualquer coisa para ir adiante com isso, ele havia enlouquecido o ruivo.

Era algo como ‘Eu quero, você sabe que eu quero, mas eu não vou fazer nada sobre isso e você vai ter que viver eternamente com a ideia de que eu quero’

Bem, ao menos era isso que Ronald dizia. A intenção de Zabini era unicamente enlouquecer ele.

— Ronald, isso é ridículo — Avisei quando ele passou a caminhar atrás de mim, como se me usasse de proteção, só saindo dali quando chegamos ao nosso andar, onde apenas pessoas autorizadas poderiam estar — Porque você, de uma vez por todas, diz que não está interessado?

— Eu não vou procurar aquele cara para dizer isso —  Falou totalmente ofendido e eu revirei os olhos.

— Mande uma carta, ou qualquer coisa assim. Quer que eu diga para Harry falar para ele?

— Não! Não vamos nunca tocar nesse assunto!

— E você vai se esconder para sempre?

— Sim! — Concordou, e eu revirei os olhos, enquanto seguíamos caminhando até onde Harry estava me esperando.

Assim que me viu, ele sorriu ao se aproximar de nós, já passando os braços ao meu redor e aconchegou a cabeça no meu ombro, espalhando seu cheiro ao meu redor, e aquele calor por meu coração.

— Oi — Disse baixinho, e eu ri ao cercar ele com os braços.

— Oi —  Respondi, sentindo como o dia parecia ter se tornado mais bonito só com a presença dele.

— Vocês estão ficando cada vez piores — Ronald reclamou, e Harry riu, dando de ombros.

— Como está, Rony?

— Bem — Ele deu de ombros, ainda girando os olhos pelo salão, e Harry soltou um risinho daqueles cheios de ironia e sabedoria, que me faziam crer veemente que ele tinha uma veia sonserina muito presente.

— Ele está de folga hoje — Informou, divertido.

— Eu não estava procurando ele — O ruivo se defendeu, fechando a expressão quando nós dois começamos a rir.

— Uma hora vocês dois vão ter que conversar — Reforcei, porque era cômico demais como Blaise perturbava o ruivo.

Não apenas a presença dele. A ausência também deixava Rony um tanto aéreo, como agora onde ele parou de olhar ao redor, mas manteve os olhos no chão, com o cenho muito franzido, tal como se estivesse tentando resolver uma questão muito complexa.

— Eu não tenho nada para conversar com aquele cara — Respondeu por fim — Só... vamos logo sair daqui — Pediu, e nós concordamos ao caminhar em direção a saída.

— Você não quer vir conosco? — Harry disse por fim quando estávamos na calçada, e Ronald negou com a cabeça.

— Não, eu tenho que ir visitar minha mãe hoje. Ela anda um pouco sozinha depois que Gina começou a viajar com as Harpias.

— Ah, tudo bem então. Mande um abraço para seus pais.

— Pode deixar — Ele sorriu, ainda com um ar estranho ao acenar de um jeito atordoado e se afastar pela rua cheia de pessoas.

— O que ele tem?

— Não faço a menor ideia. Ele diz que está normal, mas parece tão... distante — Comentei, e Harry suspirou.

— Bem, quando ele quiser conversar sobre, ele vai nos procurar.

— A última vez que tentei forçar ele a dizer algo, Ronald ficou semanas me evitando. É melhor deixar ele vir quando se sentir confortável. Hã... Seus padrinhos já estão lá?

— Sim. Eles foram direto para a casa de Hagrid.

Concordei com a cabeça, sorrindo ao ver a animação de Harry.

Ele simplesmente adorava Hagrid, e os dois sempre tinham muito a conversarem juntos. Adoravam quase os mesmos assuntos, e embora Hagrid não fosse o tipo de pessoa que conhecesse muito sobre livros, ele tinha uma inteligência que deixava Harry deslumbrado sobre suas vivências, aventuras e maluquices.

Eu não costumava gostar dele na época que era aluno em Hogwarts. O achava meio atrapalhado e desajeitado, e como professor ele era uma bagunça total.

Mas ao estar presente na ordem, eu passei a notar como todos gostavam daquele cara. Afinal, era impossível não simpatizar com ele.

Harry costumava a dizer que se alguém não gostava de Hagrid, então essa pessoa definitivamente tinha um problema muito sério.

Assim que estávamos em um local reservado, Harry nos fez aparatar.

Existia entre nós certa curiosidade sobre ele conseguir ou não aparatar dentro da escola, mas decidimos não arriscar fazer isso. Era Hogwarts, e não queríamos correr o risco de Dumbledore saber que existia tanto poder dentro de Harry.

Não foi surpresa alguma encontrar Hagrid com Sirius e Remus nos esperando na entrada do castelo, e eu apenas conseguia sorrir ao ver o olhar fascinado de Harry mirando as torres, a estrutura de pedra, e a magnificência do castelo.

Ainda assim, desgrudou os olhos de tudo aquilo, deu um abraço apertado em Hagrid, quase sumindo no meio do corpo do gigante, e cumprimentou os padrinhos, enquanto entrávamos na escola.

— Sabe, Harry, tenho absoluta certeza que Dumbledore não iria se opor se você quiser dar uma volta pelo castelo hoje — Hagrid disse enquanto caminhávamos para sua casa, e nós olhamos de canto para Harry, que ainda parecia deslumbrado.

— Não — Ele negou, virando o rosto para nós, com um pequeno sorriso — Está tudo bem. Eu... quero conhecer junto com os outros alunos.

— Saber onde fica cada coisa não seria uma má ideia — Ele insistiu, e Harry riu.

— Em ‘Hogwarts, uma história’, tem um mapa. Acho que já decorei o suficiente — Piscou de lado, nos fazendo rir.

— Eu já consigo imaginar o gigantesco cartão de biblioteca que você terá — Hagrid disse rindo — Um hábito de família, não é? — Deu um tapinha nas costas de Remus, que pareceu ser mais forte do que ele pretendia, porque Lupin tropeçou dois passos para frente.

— Sim, Moony e Lily que passaram os genes nerds e chatos — Sirius respondeu, revirando os olhos.

— Mas Harry é atrevido como você — Hagrid devolveu para ele, que abriu um sorriso orgulhoso que nos fez rir — Hã...bem, é isso — Ele voltou a dizer assim que paramos na frente de sua cabana, com aquela excentricidade de sempre.

Tal como eu me lembrava na época da escola, o que me fez dar um pequeno sorriso, girando os olhos ao redor do terreno.

Pouca coisa havia mudado ali.

Quantas desgraças eu havia passado ali dentro daquele mesmo terreno? Quantas tristezas, mágoas e dores?

Bem, de qualquer forma, isso não doía. Não mais.

Eu era um cara diferente agora. Um feliz.

Voltar ali com minha família me fez sentir como se estivesse concertando as coisas, para aquele Draco do passado, que tantas vezes esteve chorando escondido nas margens da floresta negra.

Hagrid realmente deveria estar ansioso para nossa chegada, porque havia uma mesa nos fundos da casa, já posta com um lanche para nós, que logo nos acomodamos ali.

Foi algo engraçado perceber que embora o meio gigante fosse alguém que cativasse muito as pessoas, ele era alguém solitário.

Ficou claro na maneira como ele fazia de tudo para nos deixar feliz ali, com aquele lanche, falando coisas sem parar, que ele dificilmente tinha visitas.

Pareceu totalmente empenhado em fazer daquilo um momento legal, e embora fosse difícil ter certeza, ele parecia ter penteado os cabelos, o que era algo totalmente inesperado para mim.

Harry verdadeiramente o adorava, e o considerava um de seus melhores amigos, no mesmo patamar que Hermione. Ele sempre mandava cartas, sem muitas palavras, porque Hagrid não gostava de ler, mas enviava muitas fotos de coisas aleatórias de seu dia a dia para complementar as informações.

No aniversário dele, no final do ano passado, Harry havia lhe presenteado com uma câmera fotográfica, e era normal desde então receber muitas cartas com fotos da escola, de animais que Hagrid criava, e todas as coisas que aconteciam.

Eu ainda me lembrava da sequencia cômica de fotos, chamadas pelo homem de ‘ultra-secretas’, pois havia conseguido um ovo de dragão. Ele nos mostrou diversas fotos no animal chamado Norberto, até que estivesse grande demais para ser escondido em casa e Harry o aconselhar a enviá-lo para o irmão de Ronald, na Romênia.

Ainda assim, ficou na minha mente aquela foto de Hagrid, com parte da barba queimada, sorrindo muito amplamente para a câmera, segurado o Norberto em um abraço que quase fazia o dragão filhote sumir.

Ele não tinha muita ideia de como tirar fotos, então sempre colocava o rosto muito em evidência, e as fotos dele soavam hilárias.

Eu me divertia com isso, não havia como negar.

— ... E eu gostei muito daquele livro que você me enviou! Foi muito útil. Eu não li muita coisa, mas vi as figuras, e eram todas ótimas! — Ele disse para Harry, que riu ao assentir, mastigando lentamente aquele biscoito caseiro que Hagrid fez e que parecia um pedaço de pedra, de tão duro.

— Ele é seu? — Harry questionou quando um cachorro passou correndo ao redor, e Hagrid sorriu.

— Canino ainda está vivo? — Questionei impulsivo, surpreso ao reconhecer, porque quando eu estudava ali ele já era bem velho, e Hagrid riu da minha indiscrição.

— Sim, ele é meu. E sim, está vivo. Canino viverá bem uns cem anos, começo a achar — Ele disse rindo, mas pareceu se lembrar de algo porque se ergueu de uma maneira atrapalhada que fez a mesa quase virar — Eu tenho algo a te mostrar, Harry! Estava quase me esquecendo! Foi para isso que o chamei, vem, venham todos — Disse agitado, e nós passamos a segui-lo, e de uma maneira muito engraçada, eu notei como Sirius e Remus pareciam silenciosos, cochichando em seu próprio mundinho.

Vez ou outra Sirius apontava algo, dizendo ‘Ei, Moony, você lembra?” Então Remus concordava, e eles começavam a rir.

Eles realmente tinham uma conexão que ultrapassava muitas coisas, e eu sempre me perguntei se... no começo, eles eram como eu e Harry.

Quero dizer...

As pessoas olham para aqueles dois juntos e... Combina. E sabe que vai durar para sempre.

Algum dia eu e Harry poderíamos ser... aquele tipo de casal? Que por mais que não faça sentido... Seja o certo?

Abaixei os olhos para nossas mãos entrelaçadas, e sorri minimamente, querendo acreditar que sim.

Algum dia seriamos aquele casal.

— Esse lugar é incrível — Harry cochichou, atento a orla da floresta, muito deslumbrado com tudo o que via, e isso me fez rir.

Ainda não tinha acreditado que Sirius concordou em Harry vir visitar Hagrid sem qualquer exigência que não fosse ele estar presente. Afinal, ainda não confiávamos em Dumbledore.

— OH! — Harry bradou energético, e eu ergui o rosto quando ele soltou minha mão, olhando quase escandalizado para um grande hipogrifo nas proximidades.

Ele encarava o grande grupo um pouco desconfiado, mas Hagrid fez um som engraçado, totalmente alheio a isso.

— Tãntanrarãm! — Esticou os braços exibindo o animal como uma mãe orgulhosa — Ele não é uma beleza?

— Um hiprogrifo! Você... tem um hipogrifo?! — Harry disse surpreso, cheio de deleite ao caminhar apressado para mais perto, e Sirius ameaçou dizer algo para Harry, mas Remus pousou a mão no ombro dele, negando com a cabeça.

Eu mesmo não quis dizer nada, e vi que eu e Remus estávamos certos quando ele se aproximou o suficiente para fazer uma reverência para o animal, que logo foi correspondida.

Diante disso, Harry apenas abriu aquele sorriso que fazia minhas pernas ficarem engraçadas e se aproximou sem medo para fazer carinho.

Não foi surpresa nenhuma o bicho ter se inclinado para ele, porque Harry era aquele tipo de pessoa que atraia os animais com muita facilidade.

Bem, isso era o que eu dizia, embora as pessoas gostassem de jogar na minha cara que 99% da população animal que os Black’s tinha, havia sido presente meu.

Aparentemente se você dá peixes, um cachorro e uma coruja para seu namorado, você já é considerado obcecado.

— Esse é o Bicuço — Hagrid disse, sorrindo amplamente — Ele gostou de você, Harry!

— Hagrid, isso é incrível! — Remus disse, com aquele ar de estudioso, porque passou a analisar os movimentos do animal — Você o cria aqui? Ele tem um porte grande!

— Sim, tem algum tempo. Queria que o Harry o conhecesse antes de movê-lo para outro lugar. Nas nossas últimas cartas, estávamos conversando sobre animais exóticos que teríamos vontade de criar, e ele disse algo sobre hipogrifos.

— Você vai dar ele embora? — Questionei surpreso, devido ao apego óbvio que o homem tinha sobre o animal, ainda mais com o drama que foi no dia que se despediu de Norberto. Eu lembrava perfeitamente como ele havia ficado chateado, e como pelas semanas seguintes Harry enviou caixas de chocolate para fazê-lo se animar.

— Sim, sim. Tive um problema ao apresentar ele em uma aula no último ano letivo, e um garoto enjoado e metido a besta fez uma reclamação formal no Ministério por causa de um arranhãozinho de nada. Dumbledore acha melhor eu não o usar nas aulas, e movermos ele para outro lugar.

— E já sabe para onde... vai enviá-lo?

— Não tenho muita certeza. Queria um lugar confortável, na natureza, com muitas plantas... Mas agora tenho pouco mais de um mês, então... é complicado. Dumbledore está procurando uma fazenda ou algo assim. Bicuço não conseguiria se dar bem em vida selvagem. Ele é tão doce, e... os outros hipogrifos não podem compreendê-lo bem, podem brigar com ele...!

Remus, por um instante se virou para o marido, e nós dois piscamos ao ver que Sirius não estava mais ao nosso lado, e sim junto a Harry e bicuço, rindo e fazendo carinho no animal, que parecia feliz de estar recebendo tanta atenção.

Remus sorriu, soltando em seguida um pequeno suspiro.

— Eu deveria ter pego a câmera — Se lamentou, me fazendo rir de sua mania de querer tirar tantas fotos daqueles dois quanto fosse capaz.

— Moooony? — Os dois entoaram em um choramingo cantado, com uma expressão idêntica pedinte que me fez rir novamente.

— O que?! —  Ele exclamou, sem que nada precisasse ser dito — Não! Absolutamente não!

— Mas Moony! — Sirius bradou, ofendido.

— Não, nós não podemos ter um hipogrifo! — Ele insistiu, e Hagrid riu junto a mim.

— Não se preocupem! Vou arranjar um lugar para deixá-lo, onde possamos ir visitar — Garantiu, observando sorridente como aqueles dois estavam rendidos pelo animal — Podem dar uma volta, se quiserem — Sugeriu, e mal terminou a frase antes que Sirius ajudasse Harry a subir, e em seguia Harry fizesse o padrinho levitar apenas com um aceno de mãos, para montar também.

Foi totalmente rápido, impulsivo e quase combinado entre eles, como se apenas estivessem esperando um convite e segundos depois haviam dois gritos totalmente elétricos de empolgação entre as árvores.

— E ele jura por deus que Harry dormir na sua casa é o maior perigo que nosso garoto pode enfrentar — Remus resmungou, negando com a cabeça ao revirar os olhos, e isso me fez rir.

Para quem vivia dizendo que sempre pensava na segurança do afilhado, Sirius havia sido rápido demais em jogar o garoto nas costas de um hipogrifo selvagem.

Enquanto eles se divertiam com aquilo, nós continuamos ali conversando com Hagrid, e ele contou um pouco mais sobre o acidente com o aluno, e sobre como não sabia qual animal iria usar para causar uma boa impressão no primeiro dia de aula.

Realmente demorou um bom tempo antes que os três voltassem, e assim que aconteceu, eu e Remus franzimos o cenho ao ver Harry descer e se aproximar de nós, com os cabelos e vestes molhadas e bagunçadas.

— O que houve? — Questionou ao se aproximar, e Harry piscou, alisando as roupas e cabelo com as mãos, e isso os fez secar.

— Nada — Respondeu ao dar de ombros, e Remus fechou a expressão para Sirius.

— O que aconteceu?

— Nada, Moony. O garoto está ótimo. Você está ótimo, não está?

— Sim, estou ótimo! — Harry disse sorrindo, se aproximando de mim, observando Remus seguir para perto do marido.

— Ele te derrubou no lago negro, não derrubou? — Questionei baixinho, e Harry riu.

— É, ele derrubou. Acho que nos empolgamos demais nas piruetas.

— Você está bem?

— Sim, não foi nada demais. Ele não demorou a perceber que tinha me derrubado. Bem... não demorou muito — Nós dois rimos, enquanto eu passava os braços ao redor dele, com aquele misto de preocupação e diversão.

— ... Nosso filho no lago negro?! — Remus bradou escandalizado, e Sirius começou a caminhar para trás, receoso.

— Foi só um pouquinho!

Hagrid começou a rir, tentando intervir por Sirius, enquanto eu e Harry assistíamos aquela confusão engraçada.

— Você gostou mesmo dele, não é?

— Sim. Eu gosto de animais. Tinha muitos livros sobre eles em Eroda — Deu de ombros, e eu o abracei apertado, sorrindo.

— Você está com um cheiro muito estranho — Informei, torcendo o nariz e ele riu.

— Você deve me amar nos bons e maus momentos, Draco — Alertou, nos fazendo rir juntos.

— Mesmo quando você estiver cheirando peixe?

— Especialmente se eu estiver cheirando a peixe— Insistiu, mas ainda assim passou as mãos pelos cabelos e roupas, que fez o cheiro sumir, e dar uma aparência limpa para si mesmo — Será legal ter Bicuço em casa até Dumbledore achar um lugar para ele.

— Mas Remus não deixou — O lembrei, e Harry riu.

— Mas ele vai. Moony não sabe dizer não para Sirius — Ele deu de ombros, e nós caminhamos para perto deles — Ele não sabe dizer não para ninguém, para ser sincero.

— ... Temporariamente!

— É, mas eu não quero ele dentro de casa! — Remus insistiu, e Harry piscou de lado para mim.

— Ele te convenceu tão rápido assim? — Questionei para Remus, que revirou os olhos.

— Se você quer ser engraçadinho, posso parar de convencer Sirius a deixar você e Harry dormirem no quarto dele quando fica em casa — Rebateu, e eu ergui as mãos em rendição ao entender que ele estava irritado.

— Obrigado, Remus. Eu vou arrumar um lugar para ele o mais rápido possível. Eu prometo — Garantiu Hagrid, e eu vi como Lupin apenas sorriu.

— Tudo bem. Fique tranquilo, Hagrid — Disse amável, como sempre, mas logo em seguida se virou para Sirius e Harry — Vocês é que vão cuidar dele, e limpar a sujeira!

— Ok, ok! — Concordaram, revirando os olhos em gestos gêmeos, e eu sempre achava engraçado perceber como Harry tinha muitas das manias de Sirius.

— Animado para o ano letivo, Harry? — Hagrid questionou, e eu vi os olhos do meu doce se iluminarem.

— Bastante! Espero que seja um bom ano!

— Será. Hogwarts é... mágica. Você vai adorar. Eu costumava gostar bastante das aulas. Eles ensinam um bocado de coisas boas. Às vezes... eu queria ter continuado... Ao menos as aulas de história da magia. E também as de herbologia. Eram as minhas favoritas.

— Ei, se você quiser, posso te dar algumas aulas — Harry sugeriu com um sorriso enorme — Eu tenho dispensa dessas disciplinas, porque já tenho os NIEMS nelas. Então sei bastante coisa.

— Ah, não, não. Você... realmente terá muito trabalho a fazer.

— Vai ser divertido! É uma razão para vir te ver sempre, o que acha? Eu provavelmente iria pirar se ficasse só estudando o tempo inteiro. E... vou sentir falta de casa. Dos padrinhos, de Draco. Pode ser legal para nós dois. Um hobbie. O que acha?

— Bem... sendo assim, não... não imagino razão para não acontecer. Seria legal. Eu gostava de ouvir sobre as grandes guerras bruxas. Achava interessante. Uma loucura, mas interessante.

— Então fica combinado assim!

Sorri, sentindo aquela pontinha de alegria por Harry e sua bondade.

— E... acha que vai ficar bem? Sem todos eles?

— Eu vou sentir falta — Harry disse, girando os olhos entre os padrinhos e eu — Mas vamos ficar todos bem. É estranho, estar na escola sendo um adulto, deixar a família para trás, e meu namorado... Mas tudo estará me esperando quando eu voltar.

— E vocês vão manter um relacionamento a distancia? — Hagrid disse surpreso, olhando momentaneamente para mim.

— É claro —  Respondi, vendo ele assentir com um sorriso.

— Eu não entendo muito sobre relacionamentos —  Ele disse, dando de ombros com simplicidade.

— Não gosto de chamar de relacionamento a distância — Harry interveio, torcendo o nariz. 

—  Mas vai funcionar para nós. Harry pode sair da escola nos finais de semana, por ter idade. Vamos nos ver sempre nos feriados, mandar cartas, e... bem, somos muito unidos. Não haverá distância alguma entre nós — Conclui o pensamento, e nós dois trocamos um sorriso cheio de promessas.

— Isso é muito legal, meninos. E podem ficar tranquilos, todos vocês! Harry ficará bem comigo — Ele sorriu, cheio de si, e de uma forma engraçada, eu realmente senti segurança.

Costumava ter uma visão muito preconceituosa e fechada sobre Hagrid, mas o conhecer melhor havia mudado muitas coisas na minha mente.

Eu gostava dessa sensação de que estava me livrando de tabus. Que estava crescendo e aprendendo coisas novas.

Que o mundo era um lugar tão aberto e amplo, que sua mente poderia se desenvolver cada dia mais.

Era uma das coisas boas da vida. Aprender.

— Juntos, nós somos imbatíveis — Harry disse por fim, sorrindo ao entrelaçar nossos dedos.

E naquele instante, eu realmente pensei que éramos um bom casal.

Não como Sirius e Remus.

Éramos bons como...

Harry e Draco.

E isso parecia incrível.


Notas Finais


PESSOAL! Um avisinho rápido aos que estão me enchendo de cobranças por lemon:
HARRY TEM 17 ANOS! Eu não vou fazer cena de lemon enquanto ele não completar 18, então acalmem-se ok? Eu já disse que a fic tem lemon sim. Só que é na hora certa.

Agora... O que estão achando? O draminha blon do comecinho do capítulo kkkkk Eu amo o Ronald meu deus! Todo bobão fugindo, tem como não amar?
E vocês adoraram o Hagrid? Ele é muito importante para a fic, e Harry o considera melhor amigo!
E agora teremos o bicuço indo se refugiar com wolfstar. Ahhh, eu amo mostrar na fic como sou totalmente apaixonada pelo meu wolfstar, então faço o Draco ficar babando na relação perfeita deles.
Espero que estejam gostando da fic!
Estamos quase chegando perto do fim, perceberam? Logo chegaremos no cap 60, e ela vai até o 75....
Preparados para o fim?????


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