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História Eros e Psique - Capitulo I


Escrita por: mandy_pandinha

Notas do Autor


♢ E já começamos pegando fogo.

Capítulo 1 - Capitulo I


Fanfic / Fanfiction Eros e Psique - Capitulo I

Por entre uma pequena fenda esculpida pelo tempo na rocha maciça das paredes do pequeno casebre um par de olhos verdes espiava. A aurora ainda não havia raiado no horizonte e com a festa da noite anterior todos estavam cansados ou embebidos de mais em vinho para se preocuparem com as cinco figuras saltitantes em capas puídas que se espreitaram entre risinhos abafados até a lateral da sala de uso pessoal do rei.

Tera foi a primeira a espreitar os olhos pela fenda, no momento perfeito em que a porta se escancarou e por ela adentraram o rei, sua nova e jovem rainha, o velho conselheiro curvado pela idade e os quatro generais poderosos vindos de Atena para os quais a festa foi dedicada.

Todos dentro da luxuosa sala tinham os rostos corados pelos divertimentos da noite e nos olhos a cobiça, fosse por poder, sexo ou ambos. O rei, com cerca de sessenta anos não era de nenhuma forma o mais belo na sala, seu rosto trazia as marcas das batalhas que havia lutado, profundas e escuras, cravadas na pele, foi o primeiro a falar:

“Pronto Felipe! ” A voz forte ecoou pelo cômodo, mas todos os outros permaneceram em profundo silêncio. “Ora homem! Diga logo! O que quer tanto falar comigo? ”

O mais alto dos generais deu um passo à frente e os primeiros raios da manhã beijaram-lhe a face, revelando um típico rosto forte ateniense.

“Primeiramente rei Heitor, temos as questões da exportação de peixes que nos últimos anos… ”

Enquanto o homem falava e o rei escutava atentamente, outro dos generais deliciava-se com os gracejos da rainha. Esta, em pé próxima a ele e de costas para os demais, deixava o vestido deslizar pelos ombros suavemente revelando ao jovem general a visão de seus seios redondos e farto de bicos escuros entumecidos. A boca da jovem Tera salivava ao espiar a cena pelo telhado.

“Quero ver também… ” Sussurrou Júlia para a irmã e a muito custo ocupou seu lugar.

 “Se é só isso meu caro, diga a Theonio que aceito o acordo e pagarei as taxas e vamos todos dormir agora. O sol já surge no horizonte e a ressaca vem junto com ele. ” Resmungou o rei.

“Não se trata apenas disso, o senhor já deve imaginar. ”  A voz de Felipe cortou o ar e a sala mergulhou em profundo silêncio à espera da resposta do rei.

Heitor respirou fundo e todos se viraram para encara-lo, até mesmo as meninas no telhado seguraram o ar aguardando a resposta.

“Psique? ” A voz do rei saiu tal qual um sussurro e o general enviado apenas concordou com a cabeça. Ouviu-se os sons de coisas sendo arremessadas, porcelana sem dúvida, estilhaçando nas paredes. “DIGA QUE ENTRE NA FILA! ”. Berrou a plenos pulmões e a porta bateu num som oco.

No telhado as pequenas figuras se encolheram voltando seus rostos angelicais para a linda Psique cujas lagrimas de ódio desciam pelas bochechas.

 

“Diga ao meu pai que preciso falar-lhe. ”

Pronunciou a voz jovem e cortante para um dos guardas na porta do jardim privado. Mesmo depois de tanto tempo, o homem demorou para distinguir as palavras atordoado pela beleza de sua soberana e saiu aos tropeços para avisar o rei.

Psique o fuzilou com os olhos projetando nele toda raiva que outros tão tolos quanto estavam gerando aos seus nervos. Ela remoera a nova sansão feita na sala privada naquela manhã durante todo o dia, o ódio a consumindo cada vez em que pensava no quão ridículos e mesquinhos podiam ser os homens. Mais um rei queria se casar com ela, desta vez o parceiro comercial e militar mais valioso de seu próprio reino, a sansão que Felipe ameaçou naquela sala não seria nada perto do que poderiam realmente fazer a sua cidade estado.

O soldado sinalizou com uma batida e as grandes portas de metal enferrujado foram abertas ruidosamente. O jardim privado fora projetado nos mínimos detalhes pela antiga rainha, uma arquiteta e paisagista sublime, as plantas formavam em outrora um degrade de tons roxos, laranjas e vermelhos que desembocavam numa vista colossal para o mar, agora, as antigas flores estavam murchas e sem vida e as estatuas dos deuses, antes brancas em mármore, eram tomadas pelo musgo e carcomidas pelo tempo, o mar era a única beleza que restara intacta depois de sua morte.

“Pai? ”

A jovem proferiu encontrando-o debruçado sobre uma coluna. Juntou-se a ele na contemplação do oceano, a essa hora o sol já quase se punha totalmente e as primeiras estrelas surgiam próximas a lua crescente.

“Eu preciso mesmo mandar concertar a fresta do telhado. ” Brincou o homem comendo algumas flores de lavanda que ainda cresciam teimosamente.

“Pode fazer isso quando me incluir nas reuniões. ” Zombou Psique de volta sorrindo para o pai, ultimamente se esforçava para sorrir o menos possível perto dos outros e se sentiu estranha em fazê-lo depois de tanto tempo.

“Não sei o que fazer minha filha…” Suspirou o velho homem com os olhos marcados pela idade ainda mais cansados pela noite mal dormida.

“Creio que agora não haja mais saída. ” A menina apanhou uma das flores e põe-se a comer também enquanto falava. “Atena é nossa maior parceira comercial e militar, as retaliações que podem fazer a nós são sem dúvida muito maiores do que qualquer cidade estado. ”

“É o sexto rei que lhe propõe casamento. ” Comtemplou o pai.

“Não se trata mais de mim pai, ou da minha beleza. É uma guerra por poder. Aquele que me tiver vai atestar sua superioridade sobre os outros. ” Psique se debruçou serrando os punhos até suas juntas das mãos tornarem-se brancas com o esforço.

“Com certeza se trata em parte disso minha filha, mas posso atestar que sua beleza tem muito peso nesta questão. É uma dádiva e uma maldição. ” Os olhos de ambos se encontraram e o rei pôde comtemplar no rosto da filha a perfeição dos deuses. As mais velhas eram inegavelmente lindas, com os olhos verdes da mãe, a pele leitosa e corada, proporções delicadas, mas Psique…. Podia-se ficar encantado se olhasse tempo demais. Os olhos eram como de um felino a comtemplar a presa sob suas garras, azuis claros com impresionantes circulos dourados. Cativante até os mínimos detalhes…

“Venho pensando numa solução meu pai. ” A menina proferiu liberando o rei do transe que assentiu para que ela lhe falasse. “Se estes homens desejam tanto minha mão em casamento e ameaçam nosso país caso o senhor não conceda, penso que talvez devamos jogar o jogo ao invés de sucumbir. ”

“O que sugere? ” Questionou o pai divertindo-se com a inteligência da filha.

“Sugiro que ditemos as regras. Se querem um jogo de poder, podemos dar isso a eles. Um torneio, três tarefas, eu serei a jurada. Aquele que se destacar mais, além de inflar o ego, terá minha mão. ”

Heitor conhecia bem o gênio calculista da filha e viu algo queimar no fundo dos olhos na menina, jamais entenderia aquele ser de luz e trevas que se prostrava a sua frente, precisou piscar algumas vezes para absorver a genialidade de suas palavras.

“Mas e se um reino menor se sair melhor? ” O pai apontou a falha.

“Não creio que se sairá, mas caso isso ocorra sei que terá meios para burlar os resultados. Isso sem contar o fato que ao final eu sei que deverei escolher Atena. ” A jovem, de dezoito anos recém completos, nem sequer piscou.

 

Os meses avançaram após o anuncio do torneio, a cidade fervilhava. Comerciantes vinham de toda Grécia e além, trazendo mercadorias exóticas e requintadas. A cidade fora cercada por tendas dos reinos vizinhos, cinco pretendentes aceitaram o torneio e trouxeram seus exércitos reluzentes prontamente ansiosos por colocar as mãos no prêmio.

A guarda de Psique era constante, fora colocada na torre mais afastada, os únicos que podiam vê-la eram o pai, as irmãs, a madrasta e três dos generais mais confiáveis do rei.

Júlia, a mais velha das três irmãs se se regozijava com os belíssimos comandantes que lhe dispunham elogios pela beleza e se tornara a anfitriã principal do evento. Seu ego, sempre ofuscado pela beleza da irmã, agora reluzia em vaidade. Muitos dos reis que vieram prestar respeito e comunicar suas presenças encantaram-se com ela.

Tera, a irmã do meio, por sua vez, não dispunha da mesma atenção para com os convidados. Deleitou-se muito mais em ajudar a madrasta com a preparação das cerimonias e banquetes. De fato, o afeto entre elas crescia a cada dia, Tera tentava guardar no peito a tempestade de desejo pela esposa de seu pai. Um jarro que estava cheio e prestes a transbordar.

 

A nova rainha, Dione, era um ser caprichoso e luxurioso. Crescera sob a repressão do pai e da mãe, frios e cruéis, que trataram de casa-la com o homem mais poderoso que podiam arranjar. Heitor, o rei, encantou-se por ela em uma de suas visitas aos generais, era um bom homem, mas ela tinha a mesma idade de sua filha mais velha e não conhecia nada da vida quando foi obrigada aceita-lo.

Seu marido era claramente velho e asqueroso, no entanto, ela encontrou mais indulgencia no palácio do que em casa. Em seu novo lar era dona de si, sentia o peso, mas também as inúmeras regalias da coroa que usava. Depois de conceber o príncipe herdeiro e tirar esse fardo dos ombros, aprendera com maestria a ser infiel sem deixar rastros.

A luxuria se tornara seu maior prazer. Talvez por esse motivo, depois de tanto tempo experimentando todos os tipos de homens e prazeres que estes podiam lhe proporcionar, desinteressou-se. O fogo parecia ter se apaziguado dentro de seu ser.

Culpou a idade, estava com vinte e cinco anos agora, culpou as preocupações com o reino que seu filho iria herdar e as idiotices do marido.

Mas fora no último mês, enquanto redecorava o salão voltado para o sul com a ajuda de uma das filhas do marido que o fogo em seu amago pareceu renascer. Ela tentou se convencer que havia imaginado coisas, porém podia jurar que Tera lhe encarava os seios com a expressão de mais puro desejo.

O pensamento não a deixou dormir à noite e a perturbou por cerca de uma semana. Já tinha esquecido na semana seguinte quando o seguinte fato aconteceu:

Com a chegada do verão os dias estavam quentes e abafados. Depois de discutir com o marido sobre as proporções e custos que o evento geraria foi até seus aposentos e pediu as amas que enchessem sua piscina particular. Enquanto esperava impaciente, tirou as roupas de deitou-se confortavelmente num dos divãs da sala ao lado.

Era uma esplendorosa visão, não uma beleza típica daquela região, exótica. A pele era parda, os olhos negros, assim como os cabelos, estes, lisos indo até os quadris fartos. Sentia-se irritada ainda, mas sua luxuria estava a flor da pele por estar nua.

Ouviu-se uma batida leve na porta e a ama correu para atender, Dione implorou aos deuses que não fosse seu marido a porta. Ele com certeza iria querer possui-la e ela não estava nenhum pouco disposta para um parceiro sexual tão ruim.

No entanto sentiu um calor se espalhar por seu baixo ventre e prontamente o bico de seus seios ficaram entumecidos quando ouviu uma voz feminina doce e melodiosa a porta.

“Entre Tera! ” Gritou a rainha sem olhar para a porta, ficou ouvindo com expectativa os passos e o farfalhar das saias da menina se aproximarem de onde estava. De maneira muito oportuna a ama veio avisa-la que o banho estava pronto e questionar se sua rainha precisava a de ajuda para banhar-se. “Não ama. Vá. Estou indisposta, não quero ser perturbada por ninguém hoje. ”

Dione pode ouvir quando a velha mulher deixou o cômodo e então se virou para a menina de olhos verdes que corou ao contemplar seu corpo desnudo e olhou para o chão.

“Não quero incomoda-la madrasta. Posso voltar outra hora. ” A rainha vibrou com a reação de embaraço e teve suas suspeitas plenamente confirmadas.

“Oh não, minha querida Tera. Estou cansada da companhia de outros, sua presença é formidável, insisto que nada me deixaria mais feliz que ter sua companhia essa tarde. ” A menina ainda não ousava levantar os olhos, mas abriu um lindo sorriso. A madrasta põe-se a admira-la mais atentamente.

Não era a mais bonita das três, seu rosto era infantil, o nariz largo ao contrário do das irmãs, mas os lábios eram mais delicados. Sua estatura era a menor e era mais robusta. Seios grandes e fartos e por isso suas roupas eram sempre as mais recatadas. O cabelo castanho claro e cacheado como o de Júlia caia em cascata pelas costas de maneira muito puritana. A rainha umedeceu os lábios e se lembrou que deveria dizer alguma coisa.

“Minha querida… ” Proferiu numa voz melodiosa. “Está tão quente hoje, não concorda? ” Tera assentiu corando ainda mais. “Rogo que não me deixe sozinha minha amada Tera, venha banhar-se comigo. ”

Ousou a rainha. A menina ficou atônita, parecia que havia perdido o chão. Dione riu internamente e prostrou-se diante dela levantando-lhe o queixo.

“Não há motivo para vergonha, pequena. ” Sussurrou como uma serpente mergulhando nos olhos da afilhada. Com a mão livre, soltou suavemente as amarras que prendiam o vestido casto da menina que caiu pesadamente aos pés da mesma. “Venha! Venha se banhar comigo! ”.

Dione correu alegremente pelo quarto puxando consigo a menina. A mulher mais velha entrou na banheira e se deliciou com a temperatura morna, que a deixou ainda mais excitada. Ficou feliz pela agua, pois caso contrário a afilhada a veria pingando de desejo.

Tera tentava esconder o corpo sem sucesso com as mãos e ficou quieta em um dos cantos, sua expressão de embaraço provocou o riso de sua admiradora. A rainha estava sedenta para fazer amor com ela, mas sabia que se fosse muito abrupta poderia assusta-la.

“O que queria me contar querida? ” Resolveu perguntar por fim.

“Eu… Eu vim te perguntar se precisava de ajuda… ” Respondeu a menina fracamente.

“Oh, que pena… ” Começou a rainha novamente. “Achei que estivesse com saudades. ” Tera corou e olhou para a madrasta assustada, mas ainda assim nadou para mais perto.

A garota parecia prestes a chorar e Dione temeu que tivesse entendido mal, uma dor de cabeça tomando sua mente.

“Na verdade, eu… Eu… ” A menina estava completamente vermelha e chorava soluçando agora. “Gosto muito de você rainha Dione. ”

A madrasta ficou paralisada pensando no que havia ouvido e no que deveria dizer.

“Tera… Eu também gosto muito de você querida. ” Resolveu dizer o que julgou mais seguro.

“Não! ” A voz de Tera foi estridente e ecoou pelo cômodo vazio. “Gosto tanto que até dói! Eu acho que… Eu a amo Dione! ”

Um longo silêncio se estendeu enquanto as mulheres se olhavam mutuamente travando suas próprias lutas internas sobre como responder aquela situação. Tera começou a chorar ainda mais, foi se distanciando aos poucos até sair da piscina. Sentia-se envergonhada e a pior das criaturas por ter feito com que sua amada a desprezasse, estava pegando as roupas pesadas do chão quando ouviu o barulho da água atrás de si e no momento seguinte foi empurrada para a enorme cama sendo pressionada com força pelos seios que haviam sido seu maior objeto de desejo nos últimos tempos.

Precisou de alguns momentos para registrar o que estava acontecendo, mas quando deu por si foi saudada pelos lábios carnudos e suculentos da madrasta. Elas começaram uma dança de beijos e caricias desesperadas.

Dione se sentia tão excitada quanto ficara nas suas primeiras traições, pôde finalmente fartar-se dos seios cheios de bicos rosados demoradamente, arrancando gemidos incontroláveis de sofreguidão da pura Tera.

Seu desejo concentrado junto aos pelos claros no centro das cochas da afilhada. Sem protestar a menina obedeceu quando sua rainha ordenou que abrisse bem as pernas e então foi ao olimpo com a sensação divina que experimentou pela primeira vez. Dione saboreou a carne encharcada querendo que o momento durasse para toda eternidade.

A flor de Tera era linda, bem aberta, rosada e agora escorria deliciosamente. A pequena menina se contorceu-se nos lenções molhados por diversas vezes gritando o nome da madrasta enquanto a língua quente e úmida lambia e chupava- lhe o sexo. O corpo da virgem contorceu-se como se algo grandioso estivesse prestes a acontecer, uma dádiva a chegar… Sua mente ficou em branco e ela urrou de prazer desfalecendo e soltado seu suco nos lábios bem desenhados de Dione.

A rainha se deitou ao lado dela, esperou admirando a face alva tomada pelo tom de vermelho e acariciou suavemente seus cabelos, enrolando os cachos em seus dedos. Tera sorriu estonteante e se inclinou para mais um beijo, sentindo seu próprio cheiro nos lábios de sua amada. A menina parecia apaixonada e tanta devoção só atiçou a outra mulher.

Dione puxou duas almofadas para trás de si e ergueu as pernas em seu máximo, mostrando sua própria flor cercada de pelos escuros para Tera.

“Agora venha! ” Ordenou ela com o tom que costumava usar com os súditos em anúncios oficiais. “Encha de amor sua rainha. ”



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