1. Spirit Fanfics >
  2. Errando que se acerta >
  3. Esposos

História Errando que se acerta - Esposos


Escrita por: soobinpagodeiro

Notas do Autor


Oi, meus amores! 💕🤲 Como estão? Bem? Espero que sim, bebês. Se cuidem, ok? Tô mandando, rum. 🔫 Enfim... eu não tô preparada pra esse capítulo, vou ser sincera. Eu real chorei horrores com ele e foi extremamente emocionante escrevê-lo, assim como o do nascimento da Seori, já que ambos marcam pontos cruciais na história.

Mas é isso, gente, acredito que vocês já saibam o que vai acontecer pelo título! 💕🥺 Porém, antes de irem ler, deixem eu jogar um avisinho:

O grupo para interação sobre a fanfic no WhatsApp está aberto, então quem quiser entrar, só me pedir o link pela MP. Também queria dizer que eu tenho outras redes sociais, como o Twitter (meu @ é @/jmpatrono) e o Wattpad (meu @ é @/camsrfxs).

Então, quem quiser conversar comigo ou me conhecer um pouquinho mais, tá aí, babies.

E CLARO: NÃO ESQUEÇAM DE FAZER STREAM E VOTAR! 💕

Por fim, tenham uma boa leitura! 💕🤲 Até mais, babies! 💕🤍🌸💛

Capítulo 15 - Esposos


Fanfic / Fanfiction Errando que se acerta - Esposos

Era o grande dia.

Faziam três meses que eu e Soobin organizávamos todos os preparos necessários para o nosso casamento, começando por entrar em contato com a empresa que organizaria as decorações, e demais coisas, e a igreja onde entraríamos. Nem eu, nem ele éramos religiosos, porém, papai sim era, e eu tinha certeza de que ele gostaria de estar me vendo casar numa igreja, então eu pedi ao alfa e nós entramos em um acordo. Também fizemos a lista de convidados e entregamos certinho para a empresa, a qual logo após um mês, nos enviou uma amostra do convite, que era uma carta simples de cor branca, mas continha um lindo laço amarelo fechando-a e flores rosas ao redor, pelas laterais, e uma no centro, juntamente ao laço.

Havia as informações, como data e local, e também os nossos nomes — o que não poupamos de fazer uma leve brincadeira, colocando como: "Soobin e Yeonjun, os papais da Seori, te convidam para o seu casamento". Estava lindo e não poderíamos nos sentir mais satisfeitos.

Por fim, os convites foram enviados a todos os listados, e começamos a receber recomendações da empresa sobre quais arcos de flores utilizar, sobre nossas vestimentas, em relação a entrada e qual buquê eu iria querer. No caso, para contradizer a todos — ou especificamente os padrões —, eu e o alfa tínhamos preparado uma surpresinha para esse momento.

Nós, tanto eu quanto Soobin, escolhemos um arco de orquídeas brancas e amarelas, pois elas simbolizavam algo extremamente significativo para nós. As brancas eram delicadas e elegantes, mas, em especial as amarelas, totalmente apaixonantes e chamativas; ou melhor, intensas. E nossos ternos não ficaram para trás, o meu de cor branca e o dele de coloração preta, ambos tendo uma "mini saia", só que a minha era mais longa do que a do meu alfa. Mas com certeza, nós dois ficamos muito lindos com aquelas roupas, essas que estávamos vestindo naquele exato momento.

— Você está nervoso, amor? — indagou Soobin, perto de mim, enquanto éramos maquiados por Taehyun e Hueningkai. O alfa loiro reclamou com meu noivo, afirmando que ele deveria manter-se quieto. Ri baixinho, sentindo o pincel de sombra passar pela minha pálpebra esquerda.

— Estou sim, Binnie. Mas também emocionado — respondi, tentando não abrir meus olhos, pois não queria atrapalhar o trabalho que meu amigo fazia.

— Eu também, meu bem.

Eu nem conseguia acreditar, mas estávamos ali, em nosso quarto, sendo preparados pelos nossos amigos, que já encontravam-se arrumados, para o nosso casamento, o nosso matrimônio. Minhas mãos suavam e tudo que eu queria era chegar naquela igreja e deixar meu voto. E claro, voltar para casa com a minha família e mimá-los pelo resto da semana, especialmente uma neném de quatro meses que dormia tranquilamente nos braços de Beomgyu. O beta havia se encarregado de Seori naquele dia e só voltaria a me entregá-la na festa, quando eu já estivesse mais livre e pudesse alimentá-la sem mais emoções ou estresse.

— Calma, casalzinho. Já vai chegar a hora, não se emocionem tanto ou vão acabar chorando e isso não vai ser legal — disse Kai, permitindo que eu abrisse meus olhos após ele terminar o esfumado dali. Sorri ao ver o seu sorriso, assim como seus olhos lacrimosos, fato que me fez levantar e abraçá-lo calorosamente.

— 'Tá tudo bem, Hyuka. A maquiagem não é nada em comparação a felicidade que estamos tendo de poder realizar esse sonho — falei, me separando e olhando ao redor, vendo todos ali, pelo menos, meus amigos, minha filha e Soobin, meu noivo e futuro marido daqui a alguns minutos.

Me sentia extremamente feliz e satisfeito com tudo aquilo.

E foi assim que Taehyun finalizou com Soobin e nós trocamos olhares, rapidamente nos aproximando e falando um para o outro o quanto estávamos belos. Nossos sorrisos, com certeza, iriam rasgar nossa face.

— Você está incrível, meu doce. Estou ansioso por te beijar e mostrar para todo mundo o quanto você me faz feliz — sussurrou, bem próximo do meu rosto. Eu sorri, sentindo como minhas bochechas ganhavam uma cor avermelhada e esquentavam.

— Eu também, Binnie. Quero muito mostrar para as pessoas a pessoa maravilhosa que você é comigo, e o quão, mas o quão feliz você me faz, meu amor — exclamei de volta, rodeando rapidamente seu colo e deixando um selar em seus lábios. Sorrimos.

Enfim, nos voltamos para os meninos e eles nos observavam com emoção, cada um sorrindo. Hueningkai, ainda que tentando parecer forte, era o mais abalado e tinha os olhos transbordando algumas lágrimas, enquanto o outro casal do cômodo, além de mim e Soobin, permaneciam calmos, mas sabíamos que eles também estavam afetados.

— Obrigado, meninos. Vocês nos acompanharam até aqui e somos realmente gratos por todo o apoio que nos deram, e nos dão. Nós amamos vocês, não esqueçam disso — começou Soobin, a voz tremendo um pouco, porém firme o suficiente para entendermos com perfeição. Em seguida, eu prossegui:

— Hoje é um dia extremamente importante nas nossas vidas, e tenho certeza que não só na minha e na de Soobin, como na de vocês, já que sempre estiveram conosco e são os maiores apoiadores do nosso relacionamento. — Respirei fundo, controlando a vontade de chorar. — Obrigado. Muito obrigado por cuidarem de nós.

Todos sorriram, todos agradeceram, todos formamos um abraço apertado e todos seguimos para a igreja com uma imensa vontade de chorar e de gritar em felicidade. Todos estávamos felizes.

Eu e Soobin fomos em carros separados, assim como pegamos rotas diferentes; enquanto eu fui com Kai e Beomgyu, ele foi com Taehyun. Nossos pais já estavam lá, principalmente mamãe, que tinha chegado uma semana antes para não perder absolutamente nada e ainda ajudar nas coisas que faltavam. Nós decidimos não encher a casa e já pedimos para todos irem diretamente para a igreja, enquanto nossos amigos nos ajudavam.

No meio do caminho, uma música começou a tocar na rádio — a qual Beomgyu ligou um pouco baixinho, para que a neném, dessa vez adormecida em meu colo, não acordasse — e meus olhos não evitaram lacrimejar, já que as vozes de um certo grupo de artistas cantando juntos me faziam imensamente bem e eu morria de saudades de escutá-los.

Ali, naquele exato momento, tocava "Gotta Be You".

"I'll be here, by your side

No more fears, no more crying

But if you walk away

I know I'll fade

'Cause there is nobody else"

Quando me apaixonei por Soobin, tudo que eu queria era ele, ele. Não havia outra pessoa, além dele, em meu campo de visão, por mais que tivesse ficado com outras pessoas. De qualquer forma, o meu amor sempre pertenceu a ele e eu só conseguia comprovar isso a cada dia. Bem ali. Enquanto minhas mãos seguravam nossa filha e minha mente corria uma maratona, ansioso e nervoso, e não de uma maneira ruim. Era de emoção, de pura agitação e comoção.

Saber que finalmente estaria unido — apenas de forma carnal, já que sempre fui e sempre seria unido a ele sentimentalmente — com o meu amor trazia uma sensação completamente intensa, gostosa e suave ao mesmo tempo, como estar curtindo a praia num dia de sol. Estar na água, ouvindo o som das ondas e sentindo a brisa marinha arrebatar sua face, enquanto uma doce e confortável maré te carrega, sempre te trazendo de volta quando necessário.

"It's gotta be you

Only you

It's gotta be you

Only you"

Tudo que eu queria era Soobin. Choi Soobin. Binnie. Papai Binnie. Bobão. Alfa bobo. Cafajeste. Meu alfa. Meu homem. Meu amor.

Tudo que eu precisava era ele, tanto quanto Seori. Eram eles, sempre seriam eles, depois de tudo. Porque sim, eu finalmente tinha a minha família. Éramos uma família agora. E nada poderia mudar, pelo menos, não enquanto eu estivesse vivo.

E, com esse pensamento, senti como várias borboletas voavam dentro de mim, ao perceber o carro sendo estacionado na frente do grande local religioso, ouvindo ao longe as falas e risadas, onde todos, ou a maioria, se divertiam e ansiavam à minha espera. Soobin já havia chegado, como combinado.

— Vamos lá? — Hueningkai se virou, dirigindo uma grande expressão de estímulo, junto ao seu sorriso bonito de sempre. Balancei a cabeça positivamente, entregando minha bebê com cuidado de volta a Beomgyu, esse que também sorriu e me desejou boa sorte.

— Vamos!

Já era por volta das duas horas da tarde, estava fazendo um pouco de calor quando descemos, mas nada que não desse para aturar. Eu rapidamente segurei a barra da minha saia e mordi os lábios, meditando bons pensamentos para que não ficasse ainda mais angustiado. Por fim, liberei os dentes daquela área e começamos a caminhar para dentro. Nós três estávamos lado a lado, mas logo nos separamos quando, na frente da igreja, se encontrava mamãe, sorrindo alegremente enquanto aguardava a minha chegada. Sorri, indo até ela.

— Mãe! — Abracei-a com força, meus braços em volta de sua cintura ao mesmo tempo que ouvia sua risada baixinha. — Você está linda! — elogiei em seguida, me afastando e avaliando seu vestido de cor verde-claro com detalhes em branco e os fios castanhos enrolados em ondulações leves.

— Não fale assim… Eu fico tímida, ok? — Riu. — Mas você é a atração aqui, meu filho. Você está incrível hoje, e todos os dias!

Corei até as orelhas, sorrindo docemente em direção a mais velha e agradecendo pelas palavras.

— Não tem de quê, meu bebê. É só a verdade… — Suspirou desiludida, de repente me abraçando com ainda mais força. — Você cresceu tanto… Olha só, um homem formado, pai e agora, casado. Eu fico feliz por ter contribuído de forma positiva na sua vida, filho. Eu realmente estou orgulhosa e, como disse antes, fui a primeira a comprar o vestido.

— Assim você vai me fazer chorar antes da hora, mamãe — falei, um sorriso pequeno em meu rosto, sentindo como meus olhos ardiam e tinha uma vontade gigantesca dentro de mim de levar aquele momento para sempre. Porém, havia outra coisa ainda mais importante para fazer.

— Não, não chore, meu amor. — Passou os dedos delicadamente sobre minha bochecha. Após, ouvimos como Beomgyu me chamava e uma música matrimonial começava a tocar. — Está na hora, hum? Vamos entrar.

Assenti, segurando seu braço com força enquanto respirava fundo. Enfim, começamos a caminhar em direção a porta da igreja; todos já estavam lá dentro, cada um posicionado em seu devido lugar.

E, quando finalmente paramos na frente da entrada, as grandes portas abriram espaço, me dando visão das pessoas, das decorações, de como tudo estava bonito. Soobin se posicionava no lado esquerdo, um buquê de rosas azuis sendo abraçado por suas mãos, enquanto os meus padrinhos, Beomgyu — segurando Seori — e Wooyoung, do lado direito, tendo um espaço vago para mim. Taehyun e Jungkook — que aliás, tinha trazido Jisoo, sua filha, e essa estava com Jimin, ambos sentados na primeira fileira — ao lado de Soobin. Minha avó, junto de sua esposa, e San, sentavam-se na primeira fileira de cadeiras, com os rostos virados para trás, me observando. Todos estavam tão sorridentes.

Admirando tudo aquilo, não podia me sentir mais gratificado.

[...]

Sete meses atrás…

— Você acha que um dia vamos nos casar? — indaguei de repente, olhando para meu namorado, que estava organizando algumas coisas do trabalho nas suas pastas coloridas, enquanto eu repousava na cama, um grande barrigão sendo acariciado por minha mão direita.

Seori estava calma naquele dia, para não se dizer adormecida, coisa que já sabia identificar. A feto vivia agitada quando estava acordada, mas quando dormia, uma calmaria se expandia dentro de mim, só não sendo tão boa por eu acabar me sentindo mais cansado e pesado.

— Claro que vamos, amor. Que tipo de pergunta é essa? É mais que óbvio que sim — respondeu, ainda concentrado em seus afazeres, até mesmo utilizando seu óculos que pouco usava, a não ser que a visão estivesse irritada.

Naquela semana, Soobin tinha trabalhado bastante e mesmo quando chegava em casa, não parava de trabalhar. Eu não reclamava, compreendia que era sua rotina e sabia que, uma hora ou outra, ele passaria firme e forte por esse período exaustivo.

— Como tem tanta certeza? — perguntei, fazendo bico. Ele finalmente tirou o olhar dos papéis em suas mãos e me observou com uma expressão confusa. — Quer dizer, até lá nós poderemos estar separados… ou, até mesmo, você se apaixonar por outra pessoa. Sempre há possibilidades.

— Junnie… — falou, em tom de repreensão. — Não fica de paranoia, bebê. Isso não vai acontecer, vai por mim.

— Se você diz…

[...]

E agora estávamos ali.

Eu sempre fui todo errado, cheio de defeitos e rodeado de traumas que me tornaram o que sou. Por mais que amasse intensamente o outro, não confiava em suas palavras pelas dores passadas, pela insegurança, pelo medo. Porém, Soobin nunca foi um fraco soldado. Ele me acolheu e beijou cada uma das minhas cicatrizes, prometendo cuidá-las todos os dias, coisa que realmente fazia. Coisa que realmente fez. Ele cuidou, passou remédio e ainda colocou um curativo de coelhinhos por cima.

Como o coelhinho que ele me deu no dia do parque, esse que eu tinha guardado em nosso guarda-roupa e às vezes dava para Seori em noites que queria um pouco de privacidade só com Soobin, pois nele tinha o meu cheiro e isso a acalmava.

E nossa, como era bom ter tantas lembranças com Soobin e Seori. E naquele instante, teria mais uma.

Sorri pela décima vez ao dia — ou mais, quem sabe —, começando a caminhar, nervoso, olhando diretamente para Soobin e apertando o braço que se enroscava com o de mamãe.

Mas foi rápido.

Foi tão rápido que quando percebi, já estava ali, no altar, de frente para ele, admirando seus olhos, que encadeiavam qualquer um de tanto brilharem. Ele deixou um selar em minha testa e me entregou o buquê, esse que rapidamente peguei, as lágrimas lutando por caírem e eu lutando para segurá-las.

É agora… — murmurou, bem perto do meu rosto. Balancei a cabeça, afirmando, enquanto ia para o meu lugar, esperando o padre iniciar seu discurso e a música parar de tocar.

Após alguns segundos, a melodia finalmente acabou e a voz grossa do mais velho chamou a atenção de todos.

Bom dia — desejou, sendo respondido por todos, inclusive por mim e Soobin. — Hoje temos o matrimônio de duas pessoas muito queridas por todos que estão aqui, sim? — Sorriu, dirigindo sua vista para nós. — Fico feliz por recebê-los. Desejo uma ótima união para o resto de suas vidas.

Suas palavras tinham sinceridade.

Nós agradecemos, realmente gratos, e o discurso principal se iniciou. Contudo, em algum momento, eu parei de ouvir suas palavras ao que meus olhos só conseguiam centrar-se no rosto adorável do outro Choi, e esse em mim, às vezes sussurrando coisas inaudíveis disfarçadamente. Mas enfim, a fala desejada por parte da vossa senhoria chegou.

— Choi Soobin, você aceita Choi Yeonjun como seu legítimo esposo, prometendo ser fiel, amá-lo e respeitá-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os anos de sua vida, até que a morte os separe?

— Sim — respondeu, sem rodeios, gerando um sorriso do tamanho de um elefante em meu rosto. Sentia como tudo em meu interior se alegrava, uma chama de felicidade deslizando por todos os lados.

O sacerdote me olhou em seguida. Era minha vez. Respirei fundo.

— Choi Yeonjun, você aceita Choi Soobin como seu legítimo marido, prometendo ser fiel, amá-lo e respeitá-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os anos de sua vida, até que a morte os separe?

Foram precisos apenas alguns segundos para que eu respondesse, totalmente confiante, me aproximando do mais alto e segurando suas mãos, focando meus olhos em seus olhos: — Sim.

— Bem, para finalizar, desejam dar algum discurso? — indagou o padre, e rapidamente assentimos. Soobin deu início.

— Yeonjun, meu amor, eu te amo tanto. Não sabe o quanto me faz bem, feliz e satisfeito com a pessoa incrível que é, com suas birras, seu jeitinho tonto e brincalhão, suas implicâncias. Tudo em você é perfeito para mim. Eu te amo por completo, cada partezinha que te compõe e prometo que, daqui em diante, tentarei ser melhor, por mim, por você e pela segunda pessoa mais adorável para mim, a nossa pequena bebê, nossa Seori. — Levou uma das mãos até minha bochecha, limpando algumas lágrimas que haviam começado a sair. Eu não tinha conseguido segurar mais. — Você é tudo para mim. Por favor, deixe-me estar contigo até o fim de nossas vidas.

Me segurei muito para não pular em seus braços, gritando repetidos "sim!", já que, de qualquer forma, nossos votos já tinham sido dados, então estava tudo bem.

Ele já sabia a minha resposta.

Agora era meu turno.

— Ai, Soobin… — Ri, emocionado, ouvindo algumas pessoas rirem comigo de fundo, enquanto enxugava as lágrimas que tinham caído levemente para não borrar a maquiagem. — Você é o meu amor todo. Estar aqui com você é um grande passo e não sabe a imensidão de alegria que corre dentro de mim em poder realizá-lo. Eu te amo muito, tanto que dói, e estou agradecido por cada momento, cada risada, cada beijo, cada sorriso, cada amor que me deu. Também por ter me dado a Seori, pois, sem ela, não teríamos nos encontrado outra vez e tampouco estaríamos aqui nesse momento. Nossa Seori, com certeza, é o maior motivo do nosso amor. — Acariciei seu rosto, sabendo que meus olhos exalavam doçura. — Muito obrigado, amor. Obrigado por tudo. Eu estarei contigo até o resto das nossas vidas. Mas me diga você, vai estar comigo?

Ele sorriu ladino.

— Para essa pergunta, eu já dei a resposta.

E daí, nosso discurso finalizou, nós trocamos as alianças — a minha com as iniciais "CSB" gravadas, enquanto a dele tinha "CYJ", minhas iniciais — e o padre simpático deu o veredito:

— Pode beijar o noivo!

E Soobin não demorou a me atacar, literalmente.

Seus braços passaram por baixo das minhas axilas e me abraçaram, levando-me para perto do seu corpo e beijando meus lábios, levemente e amorosamente, uma troca afetiva e carinhosa entre nossas bocas. Finalmente, estávamos casados. Éramos os seres mais felizes de todo o mundo. Eu sentia que iria explodir a qualquer momento de amor; de carinho; de alegria; de satisfação; de tantos sentimentos que ficava difícil citar.

Por fim, todos levantaram e aplaudiram, alguns gritando "viva os noivos!", e outros apenas berrando coisas nada compreensíveis. Eu e o meu esposo rimos enquanto nos separávamos e olhávamos ao redor, percebendo rostos felizes, rostos chorosos, e alguns uma mistura dos dois. Wooyoung, que tinha pego o meu buquê em algum momento dos votos, veio até mim e me entregou-o novamente.

— Obrigado, Woo — agradeci, sorridente, e o mais velho se aproximou, abraçando-me pelos ombros.

— Eu te vi crescer… Quando você se tornou tão independente assim, Yeon? — perguntou em meu ouvido, coisa que me gerou graça, e eu dei leves batidinhas em suas costas, afastando-me um pouco.

— A cada vez que você piscava, eu crescia um ano, foi isso.

— Ah, nunca deixando de ser um palhacinho, em…

— Claro, você nunca deixa de ser um tiozão. — E recebi um tapa. Fiz minha melhor expressão de indignação, mas não durou tanto, uma vez que logo caímos em riso.

No final, eu e Soobin fomos agradecer ao realizador do matrimônio, e ele foi um amor. Depois, recebemos ainda mais parabenizações, especialmente da nossa família e amigos, e seguimos para fora do local, onde eu iria fazer a velha e clichê tradição de jogar o buquê para alguém dali. Porém, eu e o alfa gostávamos de inovar, e não fiz isso sozinho, na verdade, tanto eu quanto o maior jogamos o buquê.

E para a nossa surpresa, caiu nas mãos de Yebin, que finalmente havia trazido sua namorada consigo, e eu adorei conhecê-la. Minji era uma ômega, um doce de pessoa e adorável, realmente parecida fisicamente com Dahyun, porém, mais baixa e de fios coloridos em um tom de castanho bem claro.

A alfa ficou toda vermelha, assim como sua namorada, mas essa última logo gargalhou com a reação da mais velha, sendo seguida pelo restante de nós.

Mas para terminar aquele momento, tiramos várias fotos — essas que iam para o nosso álbum de casamento — e fizemos alguns vídeos de recordação. Seria uma linda e preciosa lembrança daqui a alguns anos. E eu tinha certeza de que Seori adoraria vê-las.

[...]

A festa ocorria normalmente, como qualquer outra. Os convidados, em sua maioria, dançavam naquele momento, outros comiam besteiras, após o jantar e o corte do bolo — outro instante recheado de risos e aplausos, especialmente na hora que Soobin pôs chantilly no meu nariz e deixou um beijinho para tirar, sendo gravado pela câmera —, e poucos mantinham-se em seus celulares.

Eu finalmente estava tendo um merecido descanso, sentado em uma cadeira mais afastada, enquanto amamentava Seori, que havia acordado um tempo depois, estalando em choro, provavelmente pelo barulho, o qual piorou quando chegamos no local da festa.

Soobin andava por aí, distraindo alguns, cumprimentando outros e voltando de vez em quando para deixar um selar em meus lábios e brincar com a bebê.

Naquele instante, todos estavam entretidos e eu decidi sair um pouco para respirar, após terminar de dar de mamar para a neném, que mantinha uma expressão tranquila, abrindo às vezes a boca, exibindo a banguelice e apertando os olhinhos pela claridade.

Eu e o papai casamos hoje, sabe, amor? — contei para a bebê, vendo seu rostinho fofucho, não resistindo a acariciá-lo levemente. — Sempre foi um desejo nosso… Estamos tão felizes. Você também 'tá, 'né, meu docinho? Mesmo que não entenda, eu sei que sim. E sabe o melhor? A causa foi você, neném. Eu e o papai Binnie estamos juntos porque você começou a se desenvolver dentro de mim, e agora está aqui, conosco. Obrigado, minha princesinha. Minha RiRi.

Deixei um beijinho sobre seus castos fios pretinhos, sorrindo e terminando por olhar para o céu. A noite tinha chegado e, com ela, as estrelas brilhavam lindamente, iluminando todo aquele azul-escuro.

Senti certos braços rodeando minha cintura por trás, ao mesmo tempo que um queixo pousava sobre meu ombro. Fechei os olhos, suspirando, aproveitando os carinhos que as mãos do alfa começaram a fazer em minha barriga inchadinha.

— Acho que estamos esperando outro presente…

Comentei, corajoso, notando como o corpo atrás de mim enrijecia aos poucos, parecendo ainda trabalhar a informação dada. Não podia ver, mas sabia que sua expressão era de puro choque.

— Isso é sério, Junnie? Quer dizer...

Atrapalhei sua fala, soltando uma risada baixinha e me virando, finalmente visualizando o rosto expressivo do mais alto, que, naquele momento, evidenciava uma emoção e surpresa totalmente compreensíveis.

— Sim — respondi, plantando um rápido selar em sua boca avermelhada.

— E-eu…

— Já sei que está feliz, Binnie. Não se force a expressar nada, amor. Eu estou de três semanas, na verdade. Descobri anteontem, mas esperei para te contar hoje — rapidamente expliquei-lhe, sorrindo confortante para o outro, que retribuiu, abraçando meus ombros e evitando chocar com Seori, que ainda estava ali, observando tudo caladinha, apenas balbuciando coisas incompreensíveis pelo sentido comum dos mais velhos.

— Oh, bebê, eu realmente estou um poço de felicidade. Que notícia incrível… Muito obrigado por me fazer a pessoa mais feliz do mundo, Junnie.

— Eu que devo te agradecer, Binnie. Obrigado por fazer tanto por mim. Te amo.

E como dois belos chorões, nós choramos. Mais uma aventura estava por vir.

— Te amo mais.

"One more, one more, can we try?

One more, one more time

I'll make it better

One more, one more, can we try?

One more, one more,

Can we try one more time to make it all better?"


Notas Finais


E aí, nenéns, o que acharam? Eu espero que tenham gostado! Nos vemos na próxima! 🤲💕🥺

Essa é a última att do mês, pois preciso me concentrar totalmente nos meus estudos para as minhas provas, então já vou avisando que a próxima att só mês que vem! 💕🤲 Enfim, se cuidem, bebam água, se alimentem direitinho e até mais, dengos! 💛🌸🤍


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...