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História Escolhas e Consequências - De volta à juventude


Escrita por: _L0ver

Notas do Autor


ORA, ORA.

Olha só quem voltou? Isso mesmo! Eu mesma! Atualizaçãozinha de sábado. <3

E declaro, oficialmente, essa linda estória fora do hiatus! Isso mesmo, já fiz todo o curso dela e agora vai viver apenas de atualização. Os capítulos são bastantes complexos de escrever, então perdoem se eu demorar muito.

O final da 4 temporada vai ser a mais importante, pois vai ser a base do que vai acontecer no resto da fic. Como sabem, eu não vou colocar todos os arcos. Somente os mais importantes.

É isso! Esse capítulo ficou bem grandinho, aproveitem! E sim, lá vem treta!

Capítulo 26 - De volta à juventude


Fanfic / Fanfiction Escolhas e Consequências - De volta à juventude

– Nós vamos morrer. – Lydia falou com uma face de discórdia e os lábios frisados.

– Tá falando isso como banshee ou só como uma super pessimista? – Stiles bateu as mãos levemente olhando ao redor daquela pequena praça que se encontravam vários compradores e vendedores, parecia mais uma feirinha.  

Tudo começou quando Scott fora ao Loft de Derek e não descobriu ninguém lá além de balas com crânios mexicanos no chão, que quando levadas até Lydia, revelaram o fato de que Derek poderia estar vivo ou morto, pois de forma estranha a Banshee não estava sentindo sua morte... Nem sua vida.

Stiles quase teve um ataque cardíaco, é claro, com sua mente hiperativa e sempre trabalhando, é óbvio que as piores situações já chegaram em sua mente. Como tortura, morte, ou poderiam saber demais e usar acônito.

Ele e Lydia caminharam para a porta de madeira estranhamente alta que havia dois seguranças. Tirando uma carta com um crânio cravado nela, apontou primeiro para os dois, em seguida para a câmera, já que os dois homens se entreolharam como quem sabiam sobre o que a carta se tratava.

A porta se destrancou e os dois adolescentes entraram, estranhando o ambiente, que era uma enorme festa com gente de toda idade, bebendo e se remexendo como malucos. Lydia crispou os lábios pintados de um vermelho claro e puxou Stiles para uma bancada provavelmente do Batman. O castanho olhava em volta sentido uma sensação estranha, como um vácuo nele, um vazio, mas não sabia do que era. E sentiu sua nuca arder.

– Aceitam uma bebida? – Um homem estranhamente tatuado chegou por trás dos dois, sorrindo ainda mais quando Lydia soltou um “Não, obrigada” – Adolescentes não cruzam a fronteira para recusar um drink.

– Não estamos aqui para beber. – A ruiva rosnou tirando uma das balas de sua bolsa e jogou dentro do copinho de vidro que carregava uma bebida espessa muito provavelmente alcoólica. O líquido transbordou.

O homem entendeu na hora, soltando um “por aqui” enquanto saia do ambiente festeiro e era seguido pelos dois, que se entreolharam balançando suas cabeças.

O plano estava em ação.

Stiles e Lydia foram levados para uma sala escura, onde uma mulher estava sentada em uma cadeira confortável atrás da mesa e dois seguranças estavam ao seu lado.

Lobo e Banshee foram obrigados a sentarem em devidas cadeiras para tratarem do assunto com a mulher, mas a mesma estava com assuntos furados falando sobre músicas joviais, e os dois morderam os lábios em ansiedade e raiva.

– Sabemos que está com ele. – Lydia começou não dando bola para o assunto da velha, e a mesma fechou a cara – Ouvimos que você tem um preço.

E no mesmos instante, Stiles tirou barras e mais barras de notas amarradas uma na outra, ao todo eram 5 delas.

– 50 mil pelo Derek. – Stiles manteve a voz calma, mas estava com o coração retumbando de raiva e ansiedade.

– Nossa... Onde jovens arrumaram tanto dinheiro? – Eles ficaram em silêncio. – Máfia japonesa?

A mulher calavera falou olhando diretamente para Stiles que manteve a posição firme. Lydia tremeu ao ouvir sons de armas sendo engatilhadas. O ômega continuava encarando a caçadora diretamente nos olhos, e desta vez não fez questão de esconder o rosnado alto de timbre grosso que saiu de sua garganta encarando os outros na sala, Lydia estava ali e iria protegê-la se fosse o caso.

– Foi um erro virem aqui, Lobito.

– E quem disse que viemos sozinhos? – Stiles juntou as sobrancelhas se fazendo de desintendido, pois sabia que Malia, Scott e Kira estavam naquele salão, camuflados na multidão. A mulher fechou a cara.

– Você trouxe mais lobos aqui? Seu–

– Trouxemos um Alfa. – Stiles envergou a coluna desafiando a caçadora, e Lydia colocou a mão sobre seu cotovelo, o impedindo de dar qualquer primeiro passo. Com certeza os caçadores ali tinham prata e acônito, e poderiam matá-lo em alguns tiros.

A calavera deu sinal para seus homens, e os mesmos falaram algo no Walk Tok, para os homens de fora atacarem os companheiros dos dois. Mas Stiles e Lydia sabiam muito bem que nesse momento, seus amigos estavam dando uma boa lição nos caçadores.

Eles ficaram em silêncio até a mulher tentar contatar um homem chamado Severo, mas a voz que saiu do aparelho foi de Scott

Stiles, tira 10 mil da mesa. – E assim o lobo fez.

– Qual é, me dá logo o Derek, você não vai querer ele. Já viu como ele é chato? O péssimo senso de humor? A cara amarrada? 

A caçadora ficou quieta por um tempo olhando pela grande janela da sala, até perguntar o que era a lua escura, e Lydia, como sempre, respondeu imediatamente, cientificamente e miticamente.

– Eu me pergunto... Depois de tantas perdas, por que vocês estão fazendo tudo isso por alguém como Derek Hale. – Ela se virou encarando os dois jovens, andando ao redor deles, Stiles e Lydia tiveram um calafrio na espinha, se lembrando, obviamente, de Allison.

– Porque não gostamos de perder. – Stiles murmurou.

– Não. É mais do que isso, mijo. – Ela sorriu colocando as mãos no ombro dele, e o ômega encarou Lydia levemente – Eu sinto o cheiro de ômega desvirginado de longe. E assim como não acreditei em como aquele inútil do Derek mentiu ao dizer que não tinha ninguém, eu também não acredito em você. Ainda mais enquanto eu colocava uma Serra elétrica na garganta dele e do maldito do tio dele!

Stiles em respostas rosnou em alto e bom som, seus olhos dourados brilhando em um dourado brilhante se levantando de supetão já pronto para rasgar a garganta dela em pedaços. Lydia gritou seu nome o pedindo para se acalmar, mas ela mesma fora impedida de se levantar.

Os caçadores, é claro, colocaram suas armas na direção de Stiles que se deteve no andar. Rosnando de forma tão agressiva que os caçadores foram forçados a colocar o dedo no gatilho. Mas mesmo assim, a velha ainda sorriu.

– Você tem a alma dele consigo, Lobito.

Lydia gritou uma negação quando uma bala acertou o pescoço de Stiles. Não era uma bala de acônito, mas sim um sonífero. Stiles despencou no chão não muitos segundos após ter sido atingido, e Lydia teve seu braço agarrado e puxado para fora da sala, olhando para trás, ela viu o corpo do seu amigo ser jogado como um saco de batatas de um homem que estava na sala.

E tudo só piorou. Scott, Malia e Kira – Que estavam um tanto quanto grudadas, algo que Scott poderia dizer que era estranho na opinião do alfa – estavam atravessando um corredor extenso quando sentiram algo diferente no ar.

– Estão sentindo esse cheiro? – Malia indagou, inalando. Scott fez o mesmo e soltou uma exclamação raivosa e surpresa.

– É acônito! Não respirem! – Tarde mais. Caçadores chegaram e mesmo com os três conseguindo de início os derrotar, caíram no chão tossindo e fracos pelo acônito, e a mesma mulher calavera da sala surgiu lá.

– Devia ter mais cuidado com quem caça há 40 anos.

– Só... Queremos... O Derek... – Scott tossiu, seu pulmão cada vez mais congestionado.

– Estão muito longe de casa, Lobito. – A mulher sorriu, levantando as sobrancelhas quando Scott a encarou depois de um tempo, refletindo.

– Também não sabe onde ele está...

Scott, de forma raivosa, fora apagado com uma arma elétrica.

-

Cada choque mais forte que o outro que Kira era forçada a dar. Scott tensionava o maxilar tentando não gritar, mas doía, doía demais.

– Onde está Derek Hale?! – A calavera gritava, e Scott estava sentindo lembranças e mais lembranças surgirem em sua mente, de quando tudo começou, de Peter o mordendo, Derek implicando consigo, Stiles sendo mordido...

E de Kate.

Lydia chorava ao lado de Scott não querendo que seu alfa passasse por tudo isso. Scott era o líder da alcateia e fez de tudo para que sua Beta não fosse eletrocutada, e também deu segurança para Kira fazer o que pediram, pois ele aguentaria. E ele estava tentando.

– Scott. Se não me dizer logo, serei forçada a ligar o botão da Lydia, e talvez trazer seus outros amigos aqui para assistirem e participarem da diversão.

Stiles e Malia. Estavam presos, agora ele lembrou. Mais de seus betas agora estavam sendo ameaçados, droga! Ele precisava se concentrar! Mas... Mas o que estava pensando era impossível. Não poderia ser. A não ser que...

– Kate... É a Kate.

Ele disse em um sussurro afirmativo quando a energia parou, dando a ele tendo de respirar.

A caçadora sorriu, mandando seus homens pararem com a tortura.

– Okay, Malia. Você tem que se concentrar, é normal ficar confuso com cheiros e sons. Vamos eu te aju–

E inesperadamente, a coiote juntou seus lábios com os de Stiles, agarrando seus ombros.

O lobo esbugalhou os olhos, soltando grunhidos desconfortáveis dando tapinhas nos ombros de Malia, a afastando em um estalo, murmurando frase atrás de frase interrogativas e demonstrando seu sentimento de insatisfação, coisa que Malia não ligou muito pois não estava entendendo uma palavra de tudo que ele dizia.

Mas então, Stiles se jogou sentado no chão apertando sua cabeça em dor.

– Stiles! – Malia exclamou tocando o braço de Stiles que estava apertando sua cabeça como se algo nela estivesse martelando seu cérebro. O comprimindo. Se sentia cada vez mais estranho! O vazio dentro de si só aumentava, e agora... Agora sentia Scott. Sentia sua dor como se fosse parte de si. Ele sentia seus olhos resvalarem no dourado e seu castanho natural, suas unhas doerem pra saltar, ele estava com um instinto insano de quebrar aquela porta e proteger Scott. Como um beta.

Mas não poderia ser isso? Podia?

– Não. Ele não pode ter dito isso... – Stiles sussurrou sentado no chão tão confuso, tão cheio de sentimentos! Tantas lembranças vieram a tona. A morte de Peter que o matou por dentro... Era mais um de seus demônios que estava de volta? Deus. Onde estava Peter? Ele precisava saber se ele estava bem.

– Como assim? Quem é Kate?

– Kate... É uma caçadora. Uma Argent.

-

– Kate era a tia da Allison–é a tia da Allison. – Lydia falou do banco de trás do jipe de Stiles. Logo depois de eles saírem das mãos dos calaveras, breaden fora enviada por eles para ajudá-los a encontrar Derek e Kate em la iglesia. E agora estavam seguindo a mercenária que estava em sua moto bem na frente.

– Eles devem saber. – Scott olhou para Stiles. De todos ali, ele era o que mais sabia de tudo sobre os Hale e sua história. O castanho suspirou.

– Kate foi a responsável por botar fogo na casa dos Hale, e matar praticamente toda a família dele. – Stiles apertou o volante entre os dedos, os nós dos mesmos estavam brancos e ele estava tensionado de raiva.

– Alguns sobreviveram, como Peter e a Cora. – Scott complementou.

– Foi ela que matou Peter e fez de mim um ômega. – Stiles cuspiu a última parte, dando o assunto como encerrado apenas pelo seu timbre raivoso.

– Stiles... – Lydia começou. Mas deixou o assunto para depois quando estivessem sozinhos, sentia que seu amigo precisava conversar. Kira abaixou a cabeça dando-se por satisfeita da explicação e Malia estava mais do que confusa, deixaria para perguntar tudo depois.

De repente, o jipe enguiçou, e os jovens saíram do carro para ver o que tinha os atingido.

– Scott. Não podemos demorar! Se ficar noite, vai ser muito perigoso!

Scott encarou Stiles, mas o castanho já sabendo o que ele ia dizer, o interrompeu.

– Vai. Vamos ficar bem.

– Mas... O Derek–

– Se Derek estiver em perigo, vocês não vão ter que se preocupar em proteger alguém fraco. Ele precisa mais da força de um Alfa do que de um Ômega. – Disse baixo abrindo o capô de seu jipe. Scott engoliu em seco, mas resolveu acatar a opinião.

– Espera, Scott! – O alfa se virou deparando-se com a kitsune o encarando receosa, e com as letras gaguejadas, pediu-o para tomar cuidado. E Scott, sem graça, respondeu que tomaria.

Então, deixando os adolescentes para trás, subiu na moto e foi em direção a seu destino.

– Okay... Vamos direto ao assunto. – Lydia deu uma checada em suas unhas para depois apoiar-se no jipe e olhar Stiles.

– Como assim? – Malia que tomou frente.

– Você. Por que está agindo estranho? Eu sei que você... Não é uma pessoa estável, mas está ainda mais ansioso que antes!

– É verdade. Quer dizer, você parece... Agitado. – Kira corou.

– Eu só... Me sinto estranho. – O lobo tocou a nuca, sentindo arder.

– Mas–Mas o que diabos- deixe-me ver isso! – Lydia de forma irritada afastou a gola da camisa de Stiles, exclamando depois de ver uma grande mordida que está ali sangrando, Stiles soltou um “ouch!”

– Wow. Quem foi que te mordeu? Um tubarão? – Malia riu.

– Eu tenho cara de quem vai pra praia? Essa- Essa é a marca do... – Em real, Stiles estava encabulado e corado por dizer aquilo, então deixou que as meninas mesmo entendessem o recado. E parece que deu certo, porque Lydia abriu a boca e abriu mais os olhos, não proferiu nenhum som. Kira quase deixou cair a espada – E... Eu não consigo sentir ele, eu costumava sentir. Saber que...

– Está vivo. – Stiles suspirou concordando. Mas seus olhos viraram para a direção da floresta que agora estava escura, pois a noite cairá. Ele e Malia viraram a cabeça e seus olhos brilharam.

– O que foi? Malia? – Kira indagou pegando no ombro da loira.

– Stiles, ouviu isso? – Ele concordou – Tem algo aqui... Não estamos sozinhos.

Longe dali, Scott e Breaden andavam por todo o interior da iglesia, e no mais absoluto silêncio.

– Por que não beijou sua namorada? – Breaden perguntou enquanto levantava sua arma perto do peito, olhando ao redor do ambiente totalmente destruído. Havia várias pedras jogadas ali e plantas grandes e crescidas.

– Ahn? Ah... Ela não... Não é minha namorada.

– Você já tem alguém, então? – A morena comentou como quem não queria nada, eles andaram por um corredor extenso e sujo, e Scott sentia cada vez o ar ficar mais tenso.

– Digamos que sim. Ele... Ele e eu estamos um pouco distantes. – Scott corou quando notou que havia falado dele. De Isaac.

– Você se arrepende de não ter falado com seu namorado, se nós formos morrer aqui? – Scott abriu a boca não sabendo o que responder – Devia ter beijado seu namorado.

Como um vulto, uma criatura coberta e crânios adentrou o local, assustando os dois que nunca viram um ser como aquele!

Breaden não demorou a começar a atirar na criatura, recarregando e esvaziando suas balas nela, mas não parecia surgir algum efeito.

– Scott! Scott, atrás de mim! – A mercenária gritou ao ver o adolescente encher o peito e começar a atacar a criatura. O ser demonstrava não sentir as garras afiadas e grossas que eram usadas contra si, e ao invés disso, jogou Scott para o outro lado do salão.

– Corre! – Sim, era a única saída deles. Scott fora agarrado pela mulher e levado para surpreendentemente, um beco sem saída. Scott gruniu não tendo tempo para pensar, pois ouvia os passos esqueléticos virem a todo vapor.

Então, tomado por uma súbita adrenalina. Rugiu o mais alto que pôde, seus olhos brilhando no vermelho. Seu uivo fora tão forte que o teto caiu, junto de parede atrás deles, que revela um círculo com vários desenhos talhados.

– O Deus jaguar. Achamos o Derek, pelo visto. – Breaden olhou para Scott quando se aproximaram. O alfa tocou na parede a analisando, para então dar um belo soco na mesma. A quebrando em pedaços mostrando-se oca.

De lá de dentro, uma mão trêmula surgiu, tremendo tanto que parecia estar tendo um colapso. Ela chegou a centímetros da abertura da parede, e Scott e Breaden estavam com certeza aterrorizados.

– Ah, meu Deus.

Stiles dirigia rápido enquanto tocava o braço de Malia para tirar um pouco de sua dor mesmo com os protestos da jovem.

– Nunca mais saia assim, Malia! Nós achamos que fôssemos perder você! Ou que tivesse fugido! – Sua voz era grossa, mais como uma repreensão.

– Eu não ia embora sem você. – Stiles corou, ele realmente não esperava aquele tipo de resposta e realmente não sabia o que dizer, então pra desconversar ele só soltou um “é sério?” de forma descrente. Oh, Deus, de todo o período que ele pôde ser cortejado, tinha que ser logo agora? Logo agora que ele tinha alguém?

Alguém que ele nem sabia se estava vivo.

Sua ansiedade voltou como uma bala assim que se deu conta, seu coração doendo. Quando menos percebeu, seu jipe já estava na central da Iglesia, e ele se viu saindo do carro rapidamente quando avistou Scott e Breaden saindo para fora da construção. Arrastando um corpo.

Ele correu, assim como os outros, e parou a alguns centímetros do corpo tremulante. Derek estava vivo! Seu peito caiu em alívio, mas algo estava errado.

– Derek?

O lobo, com as mãos tremendo, tocou de leve as maçãs do rosto do corpo, que logo se retraiu. De desconfiança e medo. Stiles puxou as mãos em confusão. Por que ele estava agindo assim?

Foi quando ele notou.

Meu Deus.

– É esse? Esse é o Derek? – Malia perguntou.

–... Mais ou menos. – O rapaz trêmulo levantou a cabeça. Ele não se parecia nada com o Derek. Cabelo mais curto, sem barba, sem músculos e sem o típico olhar de peixe morto.

. . .

Derek estava deitado em uma maca em uma sala da clínica de Deaton, ele estava em sono profundo, sua mão estava sendo agarrada por Lydia que comentava o quanto ele estava frio, e Scott perguntava para seu chefe se aquilo era permanente.

Mas Stiles? Stiles tinha uma cadeira sem encosto que mais parecia um banco ao lado da maca. Sua testa estava deitada na de Derek sem impedir sua respiração calma e regular, e Stiles passava seus dedos sobre os de Derek que agora estavam anos rejuvenecidos. Os olhos do lobo brilhavam dourados cintilantes.

Aquele foi o único momento que Stiles pôde chegar menos de um metro perto do moreno, pois a viagem inteira no jipe para a clínica, ele se manteve mais fechado possível olhando pela janela, e quando ele caiu em um sono profundo, o ômega pôde enfim sentir novamente o cheiro vivo de Derek. Até claro, ele levantar sua cabeça ao ouvir Deaton exclamar um “nossa”.

– Como assim “Nossa”? É daquele tipo “nossa quer dizer que sabe exatamente tudo que está acontecendo”? Por que é disso que nós precisamos?

– Acho que você está superestimando minhas habilidades. – Deaton sorriu nervoso. Stiles suspirou voltando a única posição confortável, que era seu rosto colado com o do seu alfa, que já não lembrava dele.

– Ele vai ficar seguro aqui. Vocês deveriam ir para casa dormirem um pouco. É noite de colégio.

– Seguro da Kate? – Stiles murmurou com raiva.

– Se ela está viva como vocês dizem, não vai conseguir ultrapassar o portão.

– Por que Kate faria isso com ele?

– Conhecendo Kate, por um motivo que não faria bem a ninguém além dela.

– E mal para todos.

E então o druida explicou que Derek provavelmente não acordaria em um bom tempo. No fim, Scott convenceu Stiles a se desprender de Derek – algo que o deixava extremamente desconfortável, ainda mais por deixar Lydia ali sozinha. Pelo que ouviu, Derek poderia acordar furioso, e Lydia tinha um histórico ruim de ser atacada por lobisomens –

– Stiles? – Deaton o chamou e Stiles lhe dirigiu o olhar – Eu juro que pesquisarei sobre sua marca com Derek. Ele provavelmente vai se sentir estranho também. A marca ainda está nele também, só que ele não lembra como ela foi feita. Aconselho você que se mantenha atento aos sintomas. Ser negligenciado pelo alfa... Bem, pode ser muito doloroso. Também tentarei fazer algo quanto aos seus olhos, pode deixar.

Stiles engoliu em seco e agradeceu Deaton profundamente, sinceramente, não sabia o que seria de si sem ele.

Na manhã do outro dia, ele e Scott subiam as escadas do pátio da escola.

– E então, ela apareceu no meu quarto! É sempre assim. Foi umas 5 vezes por semana.

– E o que acontece?

– Isso. – Então ele levantou a parte de trás de sua camiseta, mostrando vários arranhões ali.

– Nossa. Derek vai ficar uma fera quando voltar ao normal.

– Não tem porquê ele ficar porque já falei com a Malia.

– Já? E o que ela fez?

– Eu sou a âncora dela, Scott, é o pior momento, mas eu sou de alguma forma. Não podia deixar ela sair e matar todo mundo. Deixo ela dormir na minha cama e eu durmo em um colchonete que Peter usava.

– Bem... Não sei, então não vai ter problema, eu acho.

– Muito obrigado pelo seu apoio. – Stiles balançou as mãos no ar em derrota. Sua marca ainda ardia e isso o deixava de mal humor.

.

- Ah... – Stiles resmungou arrepiado quando sentiu uma ponta afiada subindo pela linha de sua coluna e então voltando novamente para baixo. Por que Derek estava o arranhando dessa maneira? Poderia suportar essa mania estranha se aquela coisa afiada não estivesse fazendo mais pressão a cada passada! – O-ouch! Derek! Mas o que diabos—WAH!

Stiles exclamou quando virou de costas com a visão meio embaçada e deu de cara não com seu namorado musculoso e grande. Mas sim com a prima dele! Seu susto foi tão grande que ele se arrastou para trás, dando um jeito de se embaralhar no lençol e ir então de encontro ao chão, soltando alguns palavrões raivosos. Malia levantou sua coluna não sabendo o porquê de tanto alarde.

– O que foi?

– Malia?! Mas... Mas o que você-

– Não conseguia dormir.

– 70% da população contam ovelhas ou tomam leite pra cair no sono! Por que você veio, sabe, aqui?

Malia demorou um pouco pra responder.

– Talvez eu faça parte dos... 40%?

– 30.

– 30.

Stiles abanou suas mãos e pés tentando se livrar do cobertor. E quando feito, levantou desajeitadamente.

– Diga a verdade.

– Ah... Quando eu venho aqui... Eu sinto que- que eu não vou sair e matar todos que que vejo. É como se seu cheiro me desse segurança.

Ah, Stiles entendia agora. Suspirando, ele sentou na ponta da cama encarando Malia de forma cautelosa.

– Você está dizendo que sou sua âncora.

– Minha o que?

– Âncora. É como chamamos pra aquilo que te dá sanidade. As vezes é a dor ou algum sentimento forte. Ou até mesmo alguém. Você diz que eu sou sua âncora. Assim como meus pais e Derek são pra mim.

– E isso é ruim?

– Eu não tenho certeza disso.

Suspirando, o lobo levantou da cama mudando de plano. Ele não podia expulsar Malia no meio da madrugada, ainda mais com o perigo de matança.

– Pode ficar com a cama. Tem meu cheiro, vai ser como se fosse eu. Eu arranjo um colchão.

Malia não recusou, e sim balançou a cabeça em concordância como um paciente ouve atentamente as ordens de um médico. E ela fez isso. Deitando de forma aconchegante na cama que tinha todo o cheiro forte de Stiles, sentindo seu coração pulsar.

Deitada e quieta, ela assistiu Stiles sair do quarto e voltar com um pequeno colchonete e mais lençóis. Ele se deitou para dormir depois de assegurar que Malia se sentia bem, e desejou boa noite.

– Stiles?

– Hm?

– Você acha... Que Derek vai lembrar de você?

Stiles encarou Malia um tanto duvidoso e amedrontado, batendo seus dedos contra o peito coberto pelo lençol nervosamente.

– Eu... Espero que sim.

Dado por encerrado, a coiote enfim caiu no sono. Stiles se sentia confuso. Derek lembraria de si? E se ele lembrasse, ele culparia Stiles por estar ajudando Malia? Afinal, ele não estava fazendo nada errado. Estava?

Ele parou de pensar no assunto, tudo que queria era dormir

.

Xerife Stilinski estava andando pela sua delegacia quando ouviu um de seus agentes e Parrish falarem algo enquanto olhavam o monitor, que agora mostrava a ficha de um cidadão, de Derek.

– Eu olhei 8 vezes, Parrish, as digitais dele. Só deu isso. Derek Hale.

– Disse Hale? – John indagou, se aproximando dos dois. A foto mostrada no computador era de um homem adulto e com barba, mas então desviou o olhar para o rapaz sentado com a expressão confusa, ele tinha sido tirado de suas algemas após concordar em ajudar os agentes, como Parrish pediu.

O xerife se aproximou – bem perto até – de Derek sentado ali, e franziu o cenho, analisando bem ele. Derek virou sua face aos poucos, com uma careta mais confusa ainda. Por que aquele homem o encarava daquele jeito?

John foi e voltou do computador para Derek umas 3 vezes, e sua expressão aumentava de medo a cada uma delas.

Aquele não parecia nem um pouco o namorado do seu filho.

Foi quando Stiles e Scott adentraram a delegacia quase caindo no piso, e ele suspirou já entendendo, dando um sinal para os agentes, dizendo que ele cuidava daquilo.

Depois de uma conversa rápida com Scott e Stiles, que quase fez o xerife esganar os dois ali mesmo, o mais velho saiu da sala se recuperando ainda do fato que fez ele quase acreditar em viagem no tempo, decidindo que tomaria um café e avisaria Peter que Stiles definitivamente estava proibido de sair de Beacon Hills pelos próximos anos.

Stiles estava sentado sobre a mesa da sala de seu pai, prestando atenção em algumas cartas da casa eachen que diziam “segundo aviso”, sua mente divagou do som da conversa dos dois ali. Era de quando ele foi internado na casa, quando estava sob o controle do nogitsune.

O que seu pai estava escondendo dele?

– Você é um alfa! – Derek exclamou quando Scott brilhou seus olhos no escarlate, o lobo alterava seu olhar entre Scott e Stiles, ele sabia que eram lobos, ele sentia o cheiro. Sentia o cheiro forte de Scott que mostrava confiança, mas o cheiro de Stiles era mais adocicado, que ao seu ver, era bem melhor.

Ele estava familiarizado com aquele cheiro, mas não sabia de onde, sentia seu coração pulsar e algo em sua nuca arder. Derek parecia procurar algo, tentar de lembrar de algo que parecia estar esquecendo, mas não conseguia lembrar, reconhecer.

– Querem que eu confie em vocês? – Ele falou baixo, encarando os dois, que assentiram. Stiles queria muito dizer a verdade para ele. Sobre tudo, mas Derek agora era um adolescente e provavelmente não reagiria tão bem quanto o adulto carrancudo que namorava Stiles.

Scott e Stiles conversavam ao longe enquanto Derek assinava alguns papéis que passou na delegacia, e ficou decidido que Stiles levaria Derek para a casa de Scott e o alfa iria ver Peter.

Stiles profundamente ficou receoso. Pois não sabia que Derek iria reagir, e também pelo fato que Kate ainda estava solta.

Quando os dois saíram da delegacia, Stiles chamou Derek para onde seu carro estava, e o menino o seguiu?

– Você tem um jipe? – Derek falou sorrindo divertido, e Stiles pediu forças, se Derek falasse algo do seu querido carro, ah, ele ia se ver com ele quando voltasse ao normal.

– Tenho. Por que? – Disse enquanto abria a porta, com Derek fazendo o mesmo e se sentando no banco do passageiro.

– Acho que ele... Combina com você. – O moreno prendeu a risada apoiando seu cotovelo na janela olhando o lado de fora, entrando em sua bolha de silêncio. O ômega ligou o carro e dirigiu para as estradas, ficando cada vez mais incomodado com o silêncio, ele era um garoto hiperativo e ansioso com TDH! É claro que ele queria falar alguma coisa, perguntar alguma coisa, mas mesmo com seu filtro nada com para situações constrangedoras, agora ele resolveu ficar calado.

– Você é o que? – Derek indagou depois de um tempo olhando pela janela.

– Como assim?

– Seu cheiro. Ele é diferente. Não é um beta, mas também...

– Não sou um alfa? – Stiles riu amargo – Eu sou um ômega.

Derek direcionou o olhar pra ele de forma surpresa. Ele nunca havia visto um ômega!

– Achei que Scott fosse o seu alfa.

– Ele não é.

– Como foi que... Você sabe. – O menino juntou as mãos meio envergonhado, ele estava curioso.

O castanho mirou Derek por alguns instantes antes de voltar-se para a estrada. Ele parecia tão diferente... Tão meigo, puro, alguém que não tinha sua felicidade destruída. Stiles apertou o volante com raiva, era tudo culpa da vadia da Kate. Tudo!

– Meu pai foi morto por uma caçadora. Ele era meu alfa.

– Eu sinto muito.

– Tudo bem. Ele está comigo, de qualquer jeito. – Stiles disse, não iria dar muitos detalhes. Deixaria que Derek interpretasse da sua maneira. Os dois chegaram na casa de Scott, o castanho estacionou seu carro e entrou na casa.

– É o seguinte: Ficaremos aqui, e não falaremos com ninguém, ninguém, tá ouvindo?

– Preciso falar com você?

– Não. Q-quer dizer, se quiser.

– E quem vai falar com ele? – Derek apontou para um homem que havia entrado na cozinha com alguns embrulhos. Stiles se assustou dando um passo pra trás.

– Você tá ficando mais alto, cara! – Stiles falou apontando para Rafael, que o olhava com tédio.

– Cadê o Scott? Combinamos de jantar. Comprei muita comida! Estão com fome?

– Sim-

– Não. Nenhum dos dois está com fome, mas obrigado. – Stiles respondeu forçando um sorriso. Aquele homem... Depois de tanto tempo, ele estava de volta tentando consertar as coisas com Scott? Que engraçado.

– Eu tô morrendo de fome! – Derek dizendo fazendo bico encarando Stiles, confuso. E o castanho crispou os lábios sem saber o que responder. Quem tinha a fama de fazer manha era ele! Mas admitia que gostou daquilo.

– Bem, seu amigo pode comer com a gente. Qual o seu nome?

– De-

– Miguel! Meu primo, Miguel. Do México. – Stiles colocou as mãos no ombro de Derek, dando tapinhas falsos. Derek logo entendeu e sorriu divertido, olhando o homem alto. Ele balançou a cabeça em confirmação.

Usted és natural del Mexico, Miguel? – Rafael perguntou.

– Ah, meu Deus.

E Derek o respondeu na mesma moeda. Em espanhol. Deixando Stiles boquiaberto dando uma risada confusa e nervosa enquanto Derek ia de forma animada comer os bolinhos de ovos oferecidos pelo agente.

Enquanto estavam comendo, Derek teve a brilhante ideia de perguntar sobre o incêndio da mansão Hale. E Stiles tinha seu coração a mil por segundo, tanto que sua feição empalideceu quando Derek o encarou com tanta raiva que sentiu seus olhos queimarem. E pediu entre dentes para conversar no andar de cima.

Engolindo em seco, Stiles concordou subindo atrás de Derek que a cada degrau parecia que iria explodir. Ele era só um menino, Stiles repetia para si mesmo. Não tinha porque temer. Mas ainda sim, o cheiro de Derek... Era o mesmo. E ainda era o seu alfa. Ele sentia o medo.

Quando adentraram o quarto de Scott, Stiles prendeu um grito na garganta quando foi jogado contra a parede, sua cara colada nela, e Derek falava com raiva rente ao seu ouvido.

– Você mentiu.

– Eu não menti! Eu omiti verdades. Verdades vitais, pensando bem. – Stiles respondeu rápido, sentindo seu corpo inteiro tremer e sua respiração ofegante.

Derek encarava aquele lobo com raiva. Aquele ômega era da sua altura, mas sua cabeça estava abaixada. Parecia receoso. Derek rosnou enquanto sentia o mesmo cheiro intenso de antes. O mesmo cheiro que não conseguia reconhecer.

Stiles prendeu a respiração quando sentiu o nariz do lobo atrás de si percorrendo o redor de seu rosto e pescoço, inalando com força seu cheiro.

Ele teria lembrado de si?

– O que é isso? – Derek tocou uma marca na nuca de Stiles que agora sangrava, manchando a gola da camiseta branca de Stiles, que resmungou ao toque sem delicadeza na sua marca.

– A marca do meu alfa.

– Seu... Alfa...

Derek crispou os lábios, já tinha ouvido falar da tal marca, a marca de almas gêmeas, mas nunca havia visto uma. Quando seu dedo passeou pelos buracos dos dentes que sangravam, sua nuca ardeu e ele largou Stiles de forma bruta, balançando a cabeça para espantar aquela tontura.

– Eu não quero falar com você. Quero falar com um alfa! Quero falar com Scott! – Stiles poderia dizer que Derek estava fazendo birra, mas não tinha qualquer motivação para refutar como queria. Com a expressão calma mas o que mesmo tempo, querendo muito dar alguns tapas em Derek, ele concordou.

– Eu vou chamar ele. Não sai daí. – Stiles saiu apressado do quarto, voltando alguns segundos depois deixando Derek confuso – Ah, achei que...

Stiles saiu resmungando, descendo e pegando seu telefone, mas antes tomando um belo copo d’água, respirando fundo umas 3 vezes até ligar para Scott. No segundo toque ele atendeu. Com Scott falando sobre toda a conversa que teve com Peter e Malia. Sobre Kate ter voltado Derek para o tempo em que confiava nela.

– Ele tá no seu quarto. E tá uma pilha de nervos. Achei que lidar com adolescentes era mais...

Stiles só entrou no quarto a tempo de ver a silhueta de Kate, que sorriu para ele antes de pular a janela. As pernas de Stiles ficaram bambas ao mesmo tempo em que ele apertou seu punho, tremendo de raiva. Apertando o telefone quase o quebrando.

– Você tava certo.

.

– Kate... Eu não acho uma boa ideia. Eu não devia mostrar o cofre pra ninguém que não seja da minha família.

– Já falamos sobre isso, Derek!

– Como sabe o que tem no cofre?

– Porque você me contou! Não se lembra?

– ... Não. – Derek relutou enquanto a mulher tocava suas bochechas, o encarando nos olhos. Ele se sentia tão confuso. Ele amava Kate. Mas agora... O cheiro dela parecia mais uma fumaça. Não conseguia sentir ou achar atrativo. Não conseguia olhar ela com os mesmos olhos. Ele nem mesmo sentiu algo quando Kate juntou seus lábios, e então o convencendo de abrir o cofre.

Quando o fez, os dois desceram as escadas, e Derek tirou o que sua namorada tanto desejava.

Kate segurava o triskelion como de fosse um objeto amaldiçoado, o girando.

– Não parece muita coisa.

– Porque não é. – Os dois foram surpreendidos quando uma pessoa começou a descer as escadas. Um homem alto e grande, que trajava uma camiseta branca e jeans simples. Derek reconheceu seu cheiro de imediato, mas não entendia porque estava tão diferente. Kate fechou a expressão, passando para raiva.

– Bom plano, Kate. O templo asteca, os Bersekers, Derek voltando pra adolescência... Tudo pra colocar as mãos nessa porcaria.

– Tio Peter? – Derek indagou, não sabendo se ficava confuso pela aparência diferente do seu tio e o assunto estranho, ou o fato de que havia encontrado alguém de sua família. Alguém que confiava.

– Vamos, Kate, vira o triskelion. Vai descobrir que tá escrito “made in china”. Esse amuleto é só um objeto físico pra se concentrar, pra treinar. Talia usou para treinar a Laura. E eu usei para treinar o Derek. – Peter sorriu na direção do sobrinho.

– É mentira. – Kate disse antes deles ouvirem um rugido ensurdecedor. Derek olhou na direção da escada enquanto Kate agarrava sua camisa – Me diz que é mentira.

– Vocês ouviram? É o Scott, ele-

– Me fala!

– Eu não sei! E não tô nem aí!

O menino correu na direção das escadas e do som esquelético que ouvia, em direção aos adolescentes que estavam ali lutando contra dois Bersekers. Derek correu quando avistou dois dos monstros. Ele não tinha medo. Seu tio o ensinou muito bem a treinar e sua mãe e irmã também, como lhe disseram para não temer nada.

Scott estava estirado no chão, assim como Malia e Kira. Os três acharam que era seu fim até o outro lobo chegar. Atacando os monstros com toda a força e destreza que tinha. Suas garras afiadas eram desferidas contra eles assim como os movimentos que o impulsionavam para atingir eles.

Os outros assistiam a luta vendi que Derek se remodelava, mudava. Suas feições iam envelhecendo e o porte aumentando. Quando os Bersekers recuaram, Scott e as meninas se levantaram, encarando agora o adulto que se encontrava ali.

Derek se virou para os três, brilhando seus olhos. Ele havia voltado ao normal. Porém... Quando seus olhos brilharam. Não foi no azul triste que mostrava seu maior erro e arrependimento. Mas sim em um dourado forte e brilhante, puro.

– Pai! – Pouco antes de tudo, Stiles e Lydia entraram correndo depois de descer as escadas do cofre dos Hale, indo em direção ao lobo que estava na frente do cofre, no local cofre tinha um leve cheiro de acônito.

– Eles me enganaram. Nunca queriam o triskelion. Não era, não era... Eles levaram embora...

– Eles levaram? Levaram o quê?

– Títulos. – Disse o lobo se levantando.

– Oh, você foi roubado?

– Foi um assalto. – Disse Peter sorrindo amargo.

– E quanto roubaram?

– 117.

– Mil? – Stiles perguntou, abismado.

–... Milhões.

Lydia e Stiles quase caíram, de fato, se entreolhando e olhando o lobo mais velho. Não sabiam o que dizer, mas com o testemunho de Peter, havia um homem que jogou bombas de fumaça de acônito levou de lá uma maleta.

– Vamos, pai. Precisamos nos encontrar com os outros. – Stiles disse pegando no ombro de Peter enquanto Lydia dizia que iria na frente, Peter suspirou e concordou. Ainda estava um pouco debilitado, então Stiles o ajudou colocando seu braço sobre seus ombros. Subindo as escadas devagar enquanto seguia o cheiro de seus amigo, e o de Derek, que estava ali também.

Não foi uma caminhada tão longa até onde eles estavam. Scott, Malia e Lydia conversavam com uma pessoas uma pessoa. Um homem.

O cheiro invadiu as narinas de Stiles rapidamente, e suas pupilas dilataram e seus olhos dourados brilharam. Sua marca parou de arder, milagrosamente.

– Derek?

O homem virou de supetão, seus olhos ainda brilhando. Era o mesmo Derek. O mesmo... Carrancudo, mal humorado, chato Derek de sempre. Mas não nesse momento. Nesse momento ele estava sorrindo na direção de Stiles, que ainda ajudava Peter a se locomover.

– Oi, Stiles.

Peter foi ajudado por Scott a se sentar em um banco, enquanto Stiles andava rápido até Derek, com a expressão decidida.

O que ninguém esperava era que Stiles empurraria Derek no peito. O lobo maior deu dois passos pra trás, surpreso.

– Nunca mais! Nunca mais faça uma merda dessa! Nunca mais se deixe ir pra merda do México! Nem... Nem de se deixar ser rejuvenescido, ou como fala isso. Você me ouviu, Derek Hale?!

Stiles tinha a expressão furiosa e aliviada, balançando a camisa de Derek enquanto brigava, para depois suspirar um soluço e agarrar Derek em um abraço como se ele fosse desaparecer.

Derek colocou as mãos nas bochechas de Stiles, olhando no fundo dos olhos dele. Todas as lembranças voltaram quando ele se transformou. Da sua família, amigos, de Stiles. Assim como ele também se lembrava de como se sentia quando menino.

– Eu prometo.

Um beijo foi deixado no topo da cabeça de Stiles quando o moreno o puxou para um abraço apertado. Agradecendo que Stiles e todos estavam bem. Mas um cheiro estranho exalando de Stiles o fez franzir o cenho, e se afastou levemente rodando sua cabeça ao redor da de Stiles sentindo um aroma diferente... Um aroma feminino, e estava totalmente impregnando em Stiles, muito vivido, e parecia bem familiar.

– Stiles... De onde é esse cheiro? – A mandíbula de Derek estava tensionada assim como todos ali ficaram, Peter com uma expressão muito duvidosa e confusa, Scott parecia pálido.

– D-Derek, não é... – Scott fora interrompido com um rosnado alto de Derek que o olhou intensamente, dizendo claramente com seu instinto e feromônios exalando de si. Não se meta. Stiles havia entendido, mas estava receoso do que Derek poderia fazer. Não havia motivos para ficar com raiva, não havia. Esse era o mantra que ele repetia em sua mente. 

– Derek... Eu posso explicar.  


Notas Finais


Eu e minha mania de dividir capítulos, hihi.

Se eu colocasse nesse o capítulo ia ficar enorme! Mas não se preocupem, vou tentar não demorar com a att.

Até a próxima, queridos. 🐺


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