História Escolhe Uchiha - Capítulo 7

Sakura inclinou-se e pegou a sua bolsa, que estava no chão à beira dos seus pés, e começou a remexer, à procura das chaves dos portões automáticos. Quando estava quase a desistir e a sair do carro para inserir o código, encontrou as benditas no fundo da bolsa. Tirou-as com um som triunfante e carregou no botão, um som foi ouvido do lado de fora e os portões começaram a abrir lentamente. Ao estarem abertos o suficiente para o carro passar sem problemas, Ino acelerou e conforme se aproximavam cada vez mais da casa e tinham uma melhor visão dela, Ino e Hinata não conseguiram evitar a expressão de choque e admiração. A casa era enorme e muito, muito bonita. 

Assim que pararam o carro em frente às escadas, as portas da mansão foram abertas por duas empregadas, sendo a mais velha a responsável por manter a ordem na casa e nos outros funcionários. 

— Senhora, não sabíamos que iria trazer visitas, não preparamos nada. — A mulher mais velha, Hana, comentou, quando viu Sakura sair do carro acompanhada, um pouco preocupada.

— Esqueci de avisar, portanto não é culpa vossa, aconteceu muita coisa. — desculpou-se, enquanto abria a porta de trás para pegar no filho, antes de subir as escadas e entrar na casa. — Vocês costumam manter a casa bem limpa e arrumada, então não haverá nenhum problema. Qualquer coisa que falte nos quartos, podem colocar agora.

— Sim, minha senhora. — concordou de imediato. — Vão querer algo para comer?

— Algo leve para mim já chega, tendo em conta a hora que é. 

— Para nós o mesmo, obrigada. — pediu Ino, enquanto admirava a decoração da entrada e do que podia ver da sala. Sakura realmente tinha bom gosto.

— Certo! Assim que estiver pronto, levarei a comida ao seu quarto. — avisou enquanto dava uma pequena reverência antes de sair na direção da cozinha.

— Vamos? — perguntou retoricamente, ao mesmo tempo que caminhava para as escadas.

— Por que não pediste a uma das empregadas para fazer as tuas malas? — perguntou Hinata, já que isso era algo que elas costumavam fazer.

— Gosto de as fazer, assim sei o que levo e que tenho o que preciso. — respondeu, enquanto caminhavam pelo corredor. — Porém, não é sempre, muitas vezes quem as faz são elas.

Sakura parou assim que chegaram a uma porta no final do corredor, e ao entrar dirigiu-se logo para um berço, colocado ao lado da sua cama, onde deixou Kasuke para dormir mais confortavelmente. O seu quarto era grande, tinha quarto de banho, closet e, em vez de uma janela, tinha um lado todo em vidro com duas portas que davam para uma varanda. A decoração era toda em branco e tons suaves, no chão um tapete enorme que cobria quase todo o chão cinzento claro, bem fofo, ótimo para andar descalça. 

— O teu quarto é bem bonito, Sakura. — elogiou Hinata, enquanto reparava na decoração e se aproximava das portas de vidro para ver a vista.

— Concordo, além de que a decoração é mais ao estilo minimalista e as cores usadas fazem parecer o quarto bem aconchegante. 

— Obrigada! Inspirei-me no modo de decoração coreana. Dediquei-me muito para deixar o quarto assim, não iriam acreditar na quantidade de vezes que mudei tudo até ele ficar assim. Acredito que uma pessoa deva sempre ter o quarto arrumado e ao seu gosto, pode parecer que não, mas essas duas coisas afetam muito na hora de dormir. — comentou, enquanto se dirigia ao closet para trazer as malas. 

— Sei mais ou menos do que estás a falar — comentou Hinata, enquanto se sentava na sua cama. — Uns meses atrás, depois que me mudaram as lâmpadas do quarto eu não conseguia dormir muito bem e não encontrava motivo para isso acontecer. — Sakura saiu do closet com três malas e abriu-as no chão, enquanto ouvia atentamente o que Hinata dizia. — Por sugestão de uma empregada mudei a lampada do quarto novamente, e essa era a causa surpreendentemente. Tinham colocado uma luz muito branca, e depois quando mudei para uma mais amarelada, como a anterior que tinha, a diferença foi imediata. Fiquei muito surpreendida com isso.

— Lâmpadas brancas deixam o quarto… como dizer? — Sentada no chão, colocou a mão no queixo enquanto pensava numa maneira de explicar. — A luz é muito forte, é ótima para manter as pessoas acordadas quando querem trabalhar etc, mas para dormir é horrível. As mais amareladas dão um ar mais aconchegante, não faz doer a vista. — explicou, com o cenho franzido. — É algo estranho de pensar, mas funciona.

— Sim, exatamente! — concordou Sakura, ao passo que abria uma das malas mais pequenas e começava a abrir as gavetas do berço para tirar as roupinhas do Kasuke. Tinha algumas ali, mas a grande maioria estava no closet com as dela. — Às vezes são coisas simples e pequenas, mas que fazem muita diferença. Bom, vamos começar então? Quanto mais cedo começarmos, mais cedo acabamos. 

— Vamos lá! — incentivou Ino, ao mesmo tempo que esfregava as mãos, animada. — Estou ansiosa por ver as tuas roupas e sapatos.

— Se gostares de algo diz-me, posso te emprestar ou dizer onde comprei se quiseres. 

— Oh sim, muito obrigada! — agradeceu, antes de pular na sua direção e abraçá-la fortemente. 

Durante a próxima hora, as três arrumaram tudo que era necessário, entre roupas, sapatos, acessórios, brinquedos… de tudo um pouco. Quando terminaram, sentaram-se por cima da cama, cansadas, tanto pela viagem como pela arrumação. Mas estava feito, tinham acabado e finalmente poderiam comer e descansar.

— Amanhã pedirei para Hana e mais alguém desmontar o berço e já teremos tudo pronto. Agora vamos descer para comer alguma coisa para depois podermos dormir, amanhã temos um longo caminho a percorrer. — falou Sakura, enquanto se levantava, fazendo gestos para as novas amigas a seguirem, e caminhava para a porta e saia do quarto.

No dia seguinte, às seis da manhã, Sakura acordou com o som do despertador. Esticou a mão para agarrar o telemóvel e desligá-lo e ficou uns minutos a olhar para o teto à procura de forças para levantar-se e fazer outra viagem de cinco horas até à casa dos Uchihas. Sim, lembrar-se disso não ajudou em nada, esse pensamento apenas fazia ser cada vez mais difícil ter vontade de sair da cama.

Sentou-se e esfregou os olhos com a mão, antes de esticar os braços por cima da cabeça e levantar-se lentamente para ir tomar um banho. Tinha que aproveitar enquanto o Kasuke dormia para tomar banho e vestir-se sem precisar estar sempre de olho no filho. Minutos mais tarde, saiu do quarto de banho com uma toalha em volta do corpo, o cômodo cheio de vapor por causa da água quente. Entrou no closet e vestiu-se rapidamente com um vestido rosa claro de alças finas e umas sandálias de salto alto brancas com brilhantes em prata.

Pegou o Kasuke cuidadosamente no colo e deitou-o por cima da sua cama para trocá-lo rapidamente e colocar-lhe uma nova fralda. Era incrível ele ainda estar a dormir, mas não iria deixar de aproveitar a oportunidade. O deixaria dormir tranquilamente e assim que chegassem à casa dos Uchiha lhe daria um banho, não o iria acordar para fazer isso. Com o filho nos braços, Sakura saiu do quarto e desceu para tomar o pequeno almoço.  

Na sala de jantar, as suas convidadas já estavam sentadas enquanto falavam, obviamente à sua espera visto que a comida já estava sobre a mesa. 

— Bom dia, espero que tenham dormido bem. — cumprimentou, enquanto se sentava ainda com o bebé nos braços.

— Bom dia, Sakura. — responderam, num tom baixo ao verem que o pequeno ainda dormia. — As camas eram bem confortáveis, mal me deitei adormeci logo. — Ino comentou, um sorriso no rosto enquanto pegava uma torrada ainda quente e colocava um pouco de manteiga antes de colocar no prato em frente da Sakura, que agradeceu.

— Fico feliz por isso. A viagem foi cansativa e depois ainda tivemos de arrumar as malas, é normal teres adormecido logo. 

O pequeno almoço passou rapidamente enquanto falavam, de vez em quando era possível ver as empregadas a passar com as malas para as colocar no carro da Sakura. Felizmente, a mala do carro era suficientemente grande para levar tudo mais o berço que estaria a ser desmontado naquele momento. Caso algo não coubesse, as malas mais pequenas iriam nos bancos de trás no chão e no assento que ficasse livre.

O berço era um pouco difícil de desmontar e levou algum tempo mesmo com elas a ajudar. Ino, sem querer passar por isso novamente porque montar seria ainda mais complicado, sugeriu pedir ao Sasuke e aos outros para montá-lo. Eles acabariam por aceitar visto que veriam isso como um desafio. 

Com tudo arrumado, Sakura despediu-se de Hana, com ordens de contratar um novo jardineiro temporário, já que dias antes o senhor que tinha consigo há dois anos teve de colocar-se de baixa devido a um mau jeito nas costas, e para mantê-la informada de tudo. 

Hinata voltou a sentar-se atrás ao lado do Kasuke, dentro da bolsa que sempre usava para colocar as coisas do filho, Sakura já tinha colocado um biberão dentro de uma saquinha térmica para mantê-lo quente. Seria muito mais rápido chegar ao seu destino se fosse ela a conduzir, e assim não seria necessário parar pelo caminho para alimentá-lo. Com tudo pronto, ligou o carro e saiu da sua propriedade, enquanto dava um suspiro desanimado por estar a fazer aquele mesmo percurso pela terceira vez.

A viagem de regresso foi calma e quando estavam quase a chegar, Ino pegou o telemóvel da Sakura a pedido da mesma e enviou uma mensagem à sua mãe a avisar que dentro de uma hora, mais ou menos, estariam lá. Chegariam às onze, perto da hora do almoço, o que era ótimo, poderiam guardar tudo antes de almoçar e assim teriam a tarde livre.

Assim que passaram pelos portões da casa, conseguiram ver facilmente Mebuki a descer as escadas e mais alguns à espera em frente à porta. Sakura parou o carro à frente deles e saiu, já recebendo um forte abraço da sua mãe.

— Que saudades. — falou emocionada, agarrada à filha.

— Mãe, viste-me ontem — reclamou com carinho, enquanto devolvia o abraço.

— Mas parece que passaram anos — comentou com a cara séria, antes de sorrir largamente depois de ouvir os outros rirem com a sua resposta. 

— Mãe, o pai está lá dentro? — perguntou, ao mesmo tempo que se separava dela e tentava ignorar o olhar quente de Sasuke sobre si. O Uchiha mais novo era muito atraente, e ver aqueles olhos a percorrerem o seu corpo atentamente, a deixavam estranhamente nervosa. Sakura não era burra, sabia que era bonita e aquele vestido mostrava as suas curvas perfeitamente, e Sasuke parecia gostar muito disso.   

— Saiu com o Fugaku, mas devem estar a chegar.

— Ah, okay. Estava a estranhar não vê-lo aqui contigo. 

— Sakura, querida — Mikoto falou enquanto se aproximava. —, vou pedir às empregadas para levarem as malas para o quarto em que vais ficar. Será o que está ao lado esquerdo do Sasuke, o outro é o do Itachi.

— Obrigada, ainda são muitas malas já que tem muita coisa do Kasuke. — avisou. — Falando nisso, vou precisar de ajuda para montar o berço dele, as minhas empregadas já tiveram dificuldade em desmontar, mesmo com a nossa ajuda, então montá-lo será ainda mais complicado. 

— Verdade, nós tínhamos pensado em pedir ajuda aos meninos. — comentou Hinata, com o Kasuke nos braços, já acordado e animado, mas que esticou os braços para a mãe assim que a viu.

— Não te preocupes com isso querida, o Sasuke ajuda-te.

— Toma lá, irmãozinho. — comentou Itachi, em voz baixa, enquanto ria e tentava não ser ouvido pela mãe.

— Itachi seu…

— Não te preocupes querido, o Itachi vai ajudar. — mandou Mikoto, que tinha ouvido o que o mais velho tinha dito, fazendo Sasuke rir da cara de surpresa do irmão.

— Nós ajudaremos também — falou Naruto, com os braços atrás da cabeça e o seu sorriso característico no rosto. —, assim será mais rápido.

— Ótima ideia. — Mebuki concordou. — Deixa o meu neto comigo, querida, assim podes arrumar tudo ao teu gosto sem preocupações.

— Obrigada! — Sakura aproximou-se e passou-lhe o filho, que a olhou traído e agarrou a sua mão firmemente, com um biquinho nos lábios. — Será só por um tempo, meu amor — prometeu, enquanto tirava a sua mãozinha —, depois ficaremos juntinhos toda a tarde.

Sakura afastou-se com um sorriso, cheia de ternura para o filho que ainda a olhava atentamente mas se deixava ser levado para a avó que tentava chamar a sua atenção. Separaram-se então, as duas mais velhas foram para a sala de estar e Sasuke e os amigos caminharam para o carro para tirar o berço enquanto as empregadas esperavam metros atrás para depois poderem tirar as malas. Elas foram na frente, as meninas já sabiam qual era o quarto em que a Haruno iria ficar, não valia a pena ficar à espera.

O quarto era grande e bonito, o que agradou-lhe muito quando o viu. Tinha uma cama de casal com um edredom branco e rosa, com duas mesinhas de cabeceira brancas. Do lado direito em vez de uma janela, havia uma porta de vidro que levava a uma pequena varanda, igual ao seu quarto, para alegria da Sakura. Possuía ainda um pequeno sofá cinzento que tinha uma mesinha de vidro, baixa, à sua frente, por cima de um pequeno tapete circular branco. E, do outro lado da mesa, uma televisão grande pousada em cima de um móvel branco, baixo, e com prateleiras pequenas, ótimo para guardar filmes, livros, entre outros. Do lado esquerdo tinha duas portas, uma que levava para o quarto de banho e outra para um closet enorme, as roupas que tinha trazido e as do Kasuke não ocupariam nem metade dele. Sakura sorriu satisfeita quando viu o espaço que havia do lado esquerdo, o berço do Kasuke iria caber perfeitamente ali.

— Este quarto é enorme, e esse closet é maravilhoso. — comentou Tenten, enquanto olhava ao redor com admiração.

— Este é um dos maiores da casa. — comentou Sasuke ao entrar. — Este, o meu, o do Itachi, o dos meus pais e onde estão os senhores Haruno são os maiores. Os outros são do tamanho padrão para convidados.

— Ayane sempre quer ficar com este quarto quando vem aqui — comentou Itachi, com um sorriso de malandro no rosto. —, mas a mãe nunca a deixou. Ela deve estar a enlouquecer por a Sakura ter conseguido ficar com este quarto depois de lhe ser negado durante anos. 

Oh, Mikoto, a senhora me mima, pensou Sakura, sem esconder o quanto a ideia a agradou.

— Bom, chega de conversa. — comentou Shikamaru, ao entrar com uma parte do berço debaixo do braço. — Vamos começar logo com isso se quisermos acabar por volta da hora do almoço.

As conversas e brincadeiras continuaram, enquanto as meninas desfaziam as malas e arrumavam as roupas no closet, os meninos se entretinham a montar o berço. Ao vê-los ao redor das peças, Sakura ficou feliz por ter se lembrado de procurar o livro de instruções e trazê-lo, apesar de parecer estar a fazer pouco para os ajudar. Felizmente, no meio deles todos, havia pessoas como o Shikamaru e o Neji, que sim conseguiam fazer alguma coisa.

Passava um pouco do meio dia quando terminaram tudo, os meninos completamente orgulhosos por terem conseguido montar o berço com sucesso, o que fez as meninas rirem da cara deles. Ino tinha razão, foi um desafio. 

O berço era branco com detalhes em vermelho, na parte de baixo havia duas gavetas e pegado ao berço havia uma pequena cômoda, a mesma tinha três gavetas e na parte de cima era onde ela trocava a fralda do bebé. Colocou as camisolas na primeira gaveta, na segunda as calças e shorts e na terceira colocou as meias, pijamas e outras roupas que não usaria tanto. Nas duas gavetas debaixo do berço, numa delas Sakura colocou os casacos leves de verão e mantas e, na última, colocou itens como chupetas extras, protetor solar e um saco de fraldas.

— Muito obrigada por me ajudarem — agradeceu Sakura, enquanto as abraçava e dirigia um sorriso brilhante para os meninos que as observavam atentamente.

— De nada, Sakura — falaram.

— Vocês podem descer, irei apenas terminar de arrumar umas coisinhas enquanto não nos chamam para almoçar.

— Certo, mas qualquer coisa chama. — falou Temari, com o braço direito por cima dos seus ombros. Sakura levantou a mão e segurou a da amiga, feliz.

— O farei, obrigada. 

Sakura sentou-se na cama, cansada, mas feliz por já ter as suas coisas no seu devido lugar. No entanto, a sua pequena paz não durou muito, já que poucos minutos depois bateram à sua porta.

— Entre!

— Filha, o teu pequeno tem fome — contou Mebuki, enquanto se aproximava e ajeitava Kasuke no seu colo, que se retorcia todo ao mesmo tempo que estica os braços na direção da mãe. 

— Olá meu amor! — Sakura falou com uma voz meiga ao ter o filho nos braços. — Já estava na hora de encher essa barriguinha, não estava? — brincou, a sua mão a esfregar a barriga do Kasuke, que ria feliz pela atenção. — Obrigada por trazê-lo mãe, vou alimentá-lo e dar-lhe um banho antes de descer.

— Claro! — concordou prontamente. — Nos vemos daqui a pouco. Até já Kasuke. — despediu-se com uma cara boba para fazer o menino rir antes de sair.

Sakura abaixou as alças finas do vestido de ambos os lados, estava sozinha no quarto por isso não havia problema nenhum em ficar nua da cintura para cima e deu o peito ao Kasuke. Segurando o bebé contra o peito com um braço, caminhou para o quarto de banho para começar a encher a banheira com água quente. Voltou para o quarto e tirou das gavetas do berço um body de manga curta azul clarinho que tinha a frase “O rei da casa” e uma fralda para depois trocá-lo ao terminar o banho. 

Quando a banheira chegou à altura certa para ficar pelo peito do menino se estivesse sentado, fechou a torneira e regressou para o quarto, sentando-se na cama. A água estava quente, mas quando o bebé terminasse de comer já estaria morna, ótima para ele.

Na cozinha da mansão, estavam Mebuki e Mikoto a supervisionar tudo enquanto as empregadas começavam a pôr a comida nas travessas e nos pratos e a levar para a mesa de jantar. Sasuke, Itachi, e os seus amigos já estavam sentados à mesa a beber e a conversar, por vezes a pegar pequenos aperitivos da mesa para comer enquanto o prato principal não era servido. 

— Sasuke, querido! — chamou-o ao entrar na sala. — Poderias ir buscar a Sakura? Já vão começar a trazer a comida.

— Claro! Já volto.

Sasuke subiu as escadas rapidamente e caminhou pelo corredor com as mãos nos bolsos. Ao chegar no quarto em que a Sakura iria ficar, encontrou a porta encostada e levou a mão à maçaneta para empurrá-la, no entanto, o que viu pela fresta da porta o fez parar e ficar com a boca repentinamente seca. Sakura estava sentada na cama, o vestido que marcava todas as suas curvas estava pela cintura com o peito exposto, a alimentar o bebé. Ela o tinha colocado no seio esquerdo e, assim, não havia nada para impedi-lo de ver o seio livre, enquanto uma pequena mãozinha repousava no outro. 

Sasuke ficou alguns minutos a observar, completamente hipnotizado, mas quando a realidade finalmente o atingiu, engoliu em seco e respirou fundo, antes de encostar melhor a porta e bater.

— Ah, Sakura? Sou o Sasuke. — chamou-a, com o rosto vermelho por detrás da porta. — Já estão a começar a servir o almoço, devias descer.

— Vou dar um banho rápido ao Kasuke e já desço. Só preciso de mais dez minutinhos. Obrigada por avisar.

— Irei avisá-los. — respondeu e saiu silenciosamente. Pelo corredor, aquela imagem não lhe saía da cabeça e o único que conseguia pensar era se Sakura o teria visto. Encontrá-la assim foi um acidente, mas permanecer a olhar admirado como um idiota foi uma decisão sua.

Oh, por favor, Sasuke, repreendeu-se em pensamentos, ao passo que caminhava mais rápido, como se, ao colocar distância do quarto pudesse esquecer do que tinha visto. Até parece que nunca viste um par de seios na tua vida.

Kasuke soltou o seio, finalmente cheio e Sakura levantou o vestido e colocou-o corretamente antes de agarrar um pano e colocá-lo no ombro para deitar o Kasuke contra ele e ajudá-lo a arrotar enquanto batia suavemente nas suas costas. Assim que terminou, levantou-se e deitou-o por cima do trocador e começou a despi-lo, a fralda suja descartada no lixo ao lado do berço. Pegou numa das toalhas macias que tinha trazido pro bebé da gaveta e levou-o para o quarto de banho, pegou o que precisava pelo caminho e deixou as coisas ao lado da banheira.

O banho foi rápido, visto que tinham tempo limitado. Lavou-o e deixou-o cheirosinho antes de voltar para o quarto para secá-lo, colocá-lo numa fralda e na roupa que tinha escolhido. Trouxe a escova e penteou os cabelos do Kasuke suavemente, o menino todo feliz com os carinhos e beijinhos que recebia no processo. Pegou-o no colo, após agarrar a chupeta e entregar-lhe o brinquedo favorito dele, uma lontra de peluche, e saiu do quarto, caminhando rapidamente pelo corredor.

Ao chegar na sala, Kasuke escondeu-se no pescoço da mãe, tímido, enquanto segurava o peluche dele contra o rosto, ao ver todos a olhar para ele. Sentou-se ao lado da sua mãe e em frente ao Sasuke, que a olhou brevemente antes de desviar o olhar levemente corado. Sakura levantou uma sobrancelha, confusa pela reação antes de ser distraída pela mãe. 

— Chegaste mesmo a tempo, minha filha. — falou Mebuki. — Estávamos a começar a encher os pratos.

— Ainda bem que consegui. — comentou. — Tive de dar-lhe um banho mais rápido do que costumo fazer, e o Kasuke não ficou muito feliz porque não teve tempo de brincar com os seus brinquedos nem teve bolhas. — contou, ao mesmo tempo que acariciava as suas costas suavemente, a ver se encorajava o menino a soltar o agarre que tinha no seu pescoço para sentá-lo melhor e assim puder comer.

— Imagino que sim, Kasuke ama tomar banho. — Mebuki confirmou, ao mesmo tempo que começava a escolher as comidas que a sua filha gostava e as colocava no prato, pois entendia a dificuldade da Sakura naquele momento. — Logo à noite lhe dás outro banho e o deixas brincar. Assim dormirá a noite toda, cansado de brincar e com o corpo relaxado por um bom banho quente.

— É uma boa ideia.