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História Escrevendo - Capítulo Dezessete


Escrita por: AnnyGrint

Notas do Autor


Fim do ano chegando e eu farei o possível para postar mais. Assim que der tempo eu vou responder os comentários, mas saibam que estou amando todos e ficando super feliz!!!
Boa Leitura!!

Capítulo 17 - Capítulo Dezessete


Hoje vamos ter um almoço em família.

E por mais que eu goste desses almoços, em que comemos em algum restaurante e ficamos conversando horas enquanto os garçons querem nos expulsar, gostaria de fugir desse.

Ainda não enviei nenhum dos meus textos e, isso quer dizer que eu não tenho planos nenhum. E Hermione G. Weasley sempre têm planos e espera que os filhos também tenham. Não sei o que dizer a ela.

Eu sou a melhor aluna da escola que não conseguiu continuar com as expectativas colocadas sobre ela.

Sabe quando você é naturalmente boa em algo, quando consegue tirar notas boas e estudar um dia antes da prova? Sabe quando os professores sabem seu nome mesmo que você não participe muito da aula? Sabe quando seus colegas querem ser parte do seu grupo apenas para conseguir notas altas? Sabe quando todos acreditam que seu futuro vai ser brilhante? Provavelmente em algum momento da vida todos já passaram por isso. Seja na escola, nas artes, no videogame ou na música.

Eu era a pessoa na escola que tinha todas as chances de brilhar. Nunca nos falam que existe uma enorme diferença entre aquela pessoa que somos no ensino médio e a pessoa que somos pelo resto da vida.

Não sou a aluna nota dez. E já faz tanto tempo. Será que minha mãe brilhante, genial, a mais inteligente consegue aceitar esse fato. Eu não sou ela.

            Rose Weasley não é Hermione G. Weasley.

            Eu sou apenas uma rosa tentando desabrochar na manhã certa. Sou apenas a garota confusa que precisa tomar decisões e não sabe se é capaz de acertá-las.

            — Eu não quero. – resmungo me levantando da cama. – Me obrigue a ficar com você, por favor.

            Scorpius ri do meu jeito.

            — Rose, seu pai já não é muito meu fã se eu te roubar do almoço em família ele provavelmente vai me caçar e me destruir.

            — Namoro um medroso. – Digo indignada.

            — Você ama um medroso. – Ele vem me abraçar. – Qual o problema? Você adora quando tem almoço em família.

            Fico quieta o suficiente para ele perceber que ainda não enviei minha inscrição para a universidade.

            — Se não estiver pronta é só dizer a eles. – Sua cabeça se apóia em meu ombro. – Eles vão te apoiar, você sabe que sempre te apóiam.  

            — Eu sei, mas não quero decepcionar ainda mais. – Suspiro. – Eu tive meu tempo depois da escola, eu trabalhei, estou morando longe, estou ficando adulta. – Encaro o espelho em nossa frente. – Só que ainda me sinto uma criança.

            — Crianças não fazem o que fizemos. – Scorpius está me apertando. – Você só está passando pela crise. O Al passou por ela pouco antes de decidir fazer vinhos e namorar pessoas sem se preocupar com o gênero delas.

            — Estou passando pela crise? – Empurro ele para poder encará-lo. – Você passou pela crise?

            — Minha infância inteira foi composta por crises de personalidade, identidade e familiaridade. Sou um adulto maduro e completo. – Scorpius consegue ser muito irritante.

            Bato nele e ficamos nos beijando por alguns minutos antes de Hugo gritar meu nome e dizer que estava indo sem mim. O jeito é enfrentar minha crise e tudo que ela pode causar.

            — Hei. – Meu Malfoy me puxa. – Você está pronta. E eu te amo porque é assim.

            Saio correndo antes de realmente esquecer o almoço e ficar nos braços dele. Todas as pessoas deveriam ter alguém como Scorpius por perto. Eu também amo ele exatamente pelo que é.

            Quando estamos finalmente chegando ao restaurante pequeno e aconchegante Hugo resolve falar comigo. Ele estava fazendo greve de conversa, só porque me atrasei alguns minutos.

            — Justamente hoje? – Ele questiona. – Você tinha que se atrasar justamente hoje?

            — Por que está tão nervosinho? – Estou abrindo a porta e tentando parecer uma pessoa mentalmente estável. – Oh Meu Deus! Vai falar para eles que está namorando.

            — Rose, pode falar baixo? – Hugo fala com os dentes cerrados. – Desse jeito nem precisarei falar nada.

            — A laranja da minha vida está crescendo. – Aperto as bochechas dele enquanto meu irmão tenta me empurrar para longe.

            — Pode parar de ser tão chata? – Ele diz enquanto chegamos até a mesa em que papai e mamãe estão sentados e mal humorados.

            Eles são quase sempre mal humorados e bem humorados. Meus pais são estranhos e se amam apesar das brigas. Quando eu era criança ficava confusa com o jeito que eles brigavam e depois se beijavam, mas depois comecei a entender que isso são eles. Algo único e que ninguém mais vai ter.

            — Atrasados. – Hermione diz enquanto abraça Hugo e em seguida me abraça.

            — Acasos da vida. – Ronald explica enquanto faz o mesmo com nós. Papai é um pouco mais relaxado com horários, e com tudo em geral.

            — Precisam ser mais pontuais, isso é uma característica muito importante. – Minha mãe diz voltando a se sentar.

            — Não para músicos desenhistas. – Meu irmão diz pegando um pedaço de pão da cesta em nossa frente. – Nós precisamos do atraso para adquirir expectativa.

            Permaneço em silencio, brincando com o copo vazio.

            — Escritores também não precisam ser sempre pontuais, só quando vão assinar contratos. – Meu pai diz me defendendo.

            — Ronald, não os incentive a criarem maus hábitos. – Ela diz balançando a cabeça negativamente.

            — Hermione, eles ainda são jovens. Quando estiverem com uns 40 anos vão acabar sendo completamente pontuais. – Ele sorri enquanto come mais um pão.

            Fazemos nossos pedidos e esperamos que chegassem. A comida é deliciosa, e comemos tudo mais rápido que o esperado. Quando a sobremesa chega já estou muito mais feliz. Talvez o fato de Hugo contar sobre o primeiro namoro oficial dele ajude na felicidade. Eles vão ficar mais interessados nessa novidade do que no dilema de sempre sobre Rose e sua inscrição para a universidade. Ter irmãos pode ser muito útil.

            — Agora está na hora das novidades. – Mamãe diz animando-se. – Rose? Hugo?

            — Espero que tenha terminado com aquele albino. – Meu pai diz suspirando esperançoso, mas ele sabe que não terminei com Scorpius.

            — Muito engraçado. – Respondo fingindo estar mal humorada.

            — Um pai pode criar esperanças.

            Nós rimos juntos.

            — Na verdade ele ficou lá em casa esperando Rose voltar. – Hugo diz revirando os olhos. – Talvez devêssemos colocar ele nas divisões dos gastos.

            Nossos pais estão me encarando e eu deveria sufocar meu irmão até a morte enquanto ele dorme. Essa é uma excelente ideia.

            — Talvez Íris também devesse entrar na divisão. – Falo sendo a irmã má. O que deixa Hugo querendo me matar. Somos uma família muito unida.

            — Quem é Íris? – Claro que mamãe pergunta o mais rápido possível, enquanto nosso pai está devorando a parte dela da sobremesa.

            Não sei se dou risada ou finjo que não sei o que está acontecendo. Mas a situação é tão hilária que resolvo rir.

            — Do que tanto ri Rose? – Hermione diz enquanto encara Hugo. – E quem é Íris?

            — Querida, você ainda não entendeu? – Papai aperta uma das mãos dela. – Hugo está se envolvendo emocionalmente com alguém.

            — O que? – Ela não parece compreender.

            — E eu que achava que ele tinha puxado o emocional de uma colher chá igual ao pai. – Nosso pai diz rindo. – Parabéns.

            — É... Obrigado. – Hugo parece aliviado e confuso ao mesmo tempo.

            — Por que não disse parabéns quando comecei a namorar o Scorpius? – Questiono chateada.

            — Quero conhecer essa Íris. – Mamãe diz me interrompendo. – Como ela é? Onde conheceu?

            — Hermione, deixe nosso filho responder uma pergunta de cada vez.

            Nosso pai nem sempre foi tão tranqüilo assim, na verdade ele sempre foi muito mais nervoso que a mamãe. Só que com passar do tempo tudo mudou e ele resolveu ser o mais sensato da família. E o mais engraçado. Enquanto a mamãe é a mais estressada e quem mantém a gente vivo.

            — Mãe, ela é ótima. – Falo tentando me redimir com meu irmão. – Vão gostar muito dela.

            — O que ela faz da vida? – Ela pergunta ansiosamente.

            — Ela cursa desenho e trabalha em uma loja de doces. – Hugo responde, mas não está animado. – E isso não deveria importar. Eu não trabalho e quase sempre preciso pedir dinheiro para vocês.

            — Hermione... – Meu pai volta a apertar a mão dela. – Isso não é importante, podemos conhecê-la antes de saber de todos os detalhes de sua vida. Lembra quando nos conhecemos eu deixei a escola antes de você. Vamos apenas ficar feliz porque parece que nosso filho encontrou uma pessoa louca o suficiente para gostar dele. Assim como aconteceu com a gente.

            Mamãe finalmente sorri.

            Eu adoro quando eles fazem isso. Quando se olham profundamente e se esquecem de todos em volta. É tão gostoso escutar as lembranças deles, como se conheceram e como resolveram ficar juntos.

            — Rose, e como vai sua inscrição? – E finalmente o que eu estava adiando o dia inteiro.

            Não sei. Não vai. Eu estou tentando, juro que estou.

            — O texto dela está muito bom. – Hugo diz animado. – Tenho certeza que ela vai conseguir.

            — Que bom. – Papai diz animado. – Agora podemos apenas curtir a tarde rindo e contando piadas ruins.

            Eu agradeço silenciosamente.

            — Por que não deixam Rose contar?

            — Na verdade eu não enviei nada ainda. – Digo de uma vez. Como um tiro.

            — Rose. – Minha mãe parece decepcionada.

            — Tenho certeza que precisa de um tempo para escolher o texto. Hugo disse que está bom, mas sei bem que nós podemos ser muito inseguros. Ter medo é natural. Você vai saber quando for a hora certa. – Papai sorri. – Agora vocês já ouviram aquela piada sobre os coelhos?

            Scorpius disse que eles me apoiariam. E isso é o melhor. Eu posso está perdida, posso está quebrada e até cansada. Mas eu tenho eles. Tenho uma mãe certinha e neurótica, tenho um pai relaxado e inseguro, e tenho um irmão que vai me ajudar apesar de toda implicância. Quantas pessoas podem dizer o mesmo? E além deles ainda tenho Ele. Tenho Scorpius.


Notas Finais


Queremos um Scorpius Sim ou Claro?


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