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História Escrevendo - Capítulo Sete


Escrita por: AnnyGrint

Notas do Autor


Okay. Eu gostei muito de escrever esse capítulo. Provavelmente por isso ele está bem maior que os outros. Eu também gostei de escrever os outros porém esse é mais puxado para o lado da comédia que eu tanto amo... Espero que gostem...

Volto assim que possível!
Boa Leitura

Capítulo 7 - Capítulo Sete


Sempre me pergunto se toda pessoa “preto e branco” possui uma pessoa “arco Iris” por perto. Porque eu tenho uma pessoa assim. Do tipo que ilumina o lugar como se andasse sempre com uma vela ou lanterna e usasse tanto o calor como a iluminação para fazer suas cores ficarem ainda mais fortes.

Sinceramente eu acredito que todos nós precisamos de uma pessoa “arco Iris” porque em alguns dias por mais coloridos que sejamos estaremos meio desbotados, e essa pessoa poderá fazer suas cores voltarem a chamar atenção. Nem sempre somos apenas “preto e branco” ou apenas “arco Iris”.

Lily Luna Potter é a minha pessoa arco íris, na maior parte do tempo. Quando o Scorpius não chega antes com aquela coisa de me puxar para seu colo e estragarmos todo o momento, ou quando o Hugo não se transforma no irmão fofo que ele não é. Lily era aquela prima fofinha que com quem você brinca de boneca escondido quando não tem mais idade pra isso. Ou aquela pessoa que você usa como arma contra seu irmão apaixonadinho. Lily sempre foi meu arco Iris preferido.

— O que está acontecendo? – Não foi surpresa ela aparecer de repente com uma sacola cheia de comida que não precisamos e com óculos escuros mesmo que já passe das 21h.

— Eu estou reformando. – Estou em cima de uma escada e não faço muito esforço para olhar para minha prima.

— Já são 21h. – Ela diz como se reformas devessem durar apenas no período diurno.

— Meu Deus, com esses seus óculos eu achei que eram 13h de um verão intenso. – Desço da escada porque preciso de água e talvez de uma conversa normal só para variar.

— Seu irmão disse que estava tendo uma crise. – Lily respira profundamente. – Eu deveria questionar ou apenas aceitar?

— Hum... Deveria falar para o Hugo não ficar fofocando da vida dos outros. – Respondo amargurada.

— Por favor, ele não fala da vida dos outros só da sua. E normalmente só para mim. – Ela sorri. – Ele é muito anti-social.

Não sei se deveria dizer para ela que o meu irmãozinho é bem mais social do que eu gostaria. Afinal nas ultimas semanas tive surpresas desagradáveis de diferentes tipos de meninas com diferentes tipos de roupas na nossa casa comunitária. Talvez devesse poupar Lily desses detalhes.

— Eu estou bem, e já faz três dias do meu pequeno incidente com o choro compulsivo. – Tento ser casual, mas ainda me sinto um pouco preocupada com minha súbita mudança.

— Por isso mesmo que Hugo está preocupado. – Ela abaixa a voz. – E Scorpius. E eu também.

— Lily, eu estou bem. Não precisam se preocupar. – Resmungo.

Começo a achar a possibilidade de questionar a vida social do meu Hugo muito melhor do que a conversa sobre como eu de repente tive um sumiço, uma crise de choro, e ai doei quase todas as minhas roupas, pedi demissão do emprego e estou pintando as paredes do quarto. Afinal é muito mais interessante falar sobre a diversidade do gosto pessoal do meu jovem irmão tarado.

E quando digo diversidade quero dizer realmente diversidade. Um dia encontrei uma loira baixinha de cabelos muito enrolados, pelo menos ela estava vestida adequadamente. Diferente da ruiva alta e extremamente magra que usava a camiseta dele e uma calcinha muito pequenina. Ou da gordinha de cabelos curtos e coloridos que parecia muito constrangida quando abri a porta do quarto dele e eles dormiam de conchinha. E essas são apenas alguns exemplos dessa vida ativa do ruivo que chamo de irmão.

— Rose? Você está entre nós? – Lily me questiona. Ela demorou muito para deixar de ser a prima e ser apenas a garota. Existem muitas garotas que não precisam de rótulos, e meu irmão odeia rótulos.

— Estou sim. – Respondo e decido que é melhor aceitar a atenção voltada para mim.

— Está estranha...

Eu realmente estou estranha. Mas será que é a tal crise dos 20 anos? Eu vi alguns parentes passando por ela, mas sempre acreditei que era uma desculpa para se tornarem pessoas malucas ou chatas. Não era. Mais uma vez fui uma julgadora e acabei no mesmo avião que ele com destino a loucura interna e estresse externo.

Quando estamos na cozinha verificando as sacolas de Lily vejo como me sinto muito melhor. Minha pessoa arco Iris é muito boa em me deixa mais relaxada, é como se ela me levasse de volta para casa quando eu ainda era uma criança feliz e sempre problemas idiotas.

— O que são essas coisas? – Levanto um saquinho com coisas secas e esquisitas. Na embalagem diz que são “cookies fitness”.

— Estou tentando ser mais saudável. – Lily explica enquanto abre. – Experimenta.

Eu deveria ser alguém mais saudável. Mas o cheiro é horrível.

Abro o armário e retiro um pacote de salgados cheios de corantes e com zero nutriente.

— Eu prefiro esses. – Digo enquanto coloco vários na boca.

Lily começa a rir enquanto estou tentando não engasgar com os salgadinhos, mas alguma coisa chama sua atenção mais do que meu desempenho de comediante.

— Hugo? – Ela parece não acreditar no homem alto e ruivo que estava muito perfumado e parado na sala.

Quando mesmo que aquele moleque que ficava escondido no porão tinha crescido e se tornado essa pessoa muito mais bonita que eu? Realmente meu irmão cresceu e entendo porque sempre tem alguém por perto. Droga. Eu poderia ter um pouco mais de beleza do que ele.

— Hei Lily... – Ele acena enquanto ajeita os tênis.

— Você está... – Nossa prima usa o silencio como pergunta. Hugo poderia estar muitas coisas.

— Não sabia que você vinha, está tudo bem? – Meu irmão sabe que quando Lily aparece em nossa casa comunitária à noite sempre significa que brigou com o namorado. Ele sempre fica com ela. Possivelmente nem sempre.

— Claro. – Ela está mentindo. – Vim pela Rose.

— Que bom. Será que pode pelo menos contar para nossa prima o porquê largou o emprego e doou todas suas roupas? Eu gostaria de saber, mas você sempre ignorou minhas perguntas. – Hugo sorri. – Nada de overdose de doces.

Por um segundo ele pareceu muito mais velho que nós duas. Acho que o beijo na testa de Lily ajudou nessa sensação de “eu sou homem” e vocês ainda são apenas “garotinhas de seis anos”. Eu me sinto como uma garotinha mesmo.

— Eu sou a irmã mais velha. – Digo tentando parecer ofendida.

— Eu sei. – Agora minha testa que é beijada. – Podem ficar no meu quarto já que o seu está fedendo a tinta. Vou voltar só amanhã.

E ele se foi. Deixando um silencio perturbador entre eu e Lily.

— O que eu perdi? – A ruiva questionou ainda boquiaberta.

— Longa história. – Digo comendo mais salgadinhos.

— Tenho a noite toda. Vamos para o quarto. – Ela ignora suas compras e agarra o pacote das minhas mãos.

Pelo visto a noite vai ser longa.

            E o Lorcan nem deu o ar da graça ainda. Normalmente sextas à noite nós jogamos dominó. Eu sei parece que temos 80 anos, mas dominó é divertido e Scorpius e eu sempre estamos com preguiça de sair e Lorcan sempre dorme até meia noite.

            — Temos algumas horas.

            Scorpius não virá para o jogo de hoje, mas teremos Lily e eu quero muito vencer o dominó dessa semana.

            Um lembrete breve: as coisas estão melhorando, mas a redação ainda está em branco.


Notas Finais


Eu amo o Hugo porque mesmo ele estando vivendo a vida intensamente demais, ainda consegue ser do tipo fofo e legal... ♥

Amem o Hugo.
Amem o Scorpius.
E quando o Lorcan aparecer amem ele também...

Beijos ♥


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