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História Esperançar - Finalmente recomeçando


Escrita por: _hobisunshine

Notas do Autor


Aproveitem, e relevem qualquer erro. Boa leitura! <3
ATENÇÃO: cena + 18 e bottom Yoongi. Se for sensível a alguns desses tópicos, só pular uma parte do capítulo.

Capítulo 16 - Finalmente recomeçando


A ressaca não pegava leve comigo, e quando abri os olhos, a primeira coisa que senti foi dor. A cabeça latejava, parecia uma bomba relógio pronta para explodir. Olhei ao redor e aquele era o quarto de Seokjin, mas ele não estava ali.

Sentei lentamente na cama e levei as mãos ao rosto, com a visão ainda limitada, logo o enjoo se fez presente. Corri até o banheiro e abri a porta, vomitando no vaso apenas líquidos e mais líquidos.

O cheiro de álcool que inundava o lugar emanava do meu corpo, o que automaticamente me causava mais ânsia. Fiquei nesse ciclo vicioso até não ter mais nada para sair e ser capaz de levantar para tomar um banho longo, de água muito gelada.

  Quando saí do banheiro procurei meu celular, haviam inúmeras notificações, mas nenhuma vontade para ler. Joguei o aparelho na cama e busquei no guarda roupa rosa (porque tudo ali era cor de rosa) alguma roupa que não estivesse coberta de grama como as minhas se encontravam.

Tinha intimidade suficiente para isso, somos amigos há anos, praticamente irmãos. Depois de vestir roupas grandes demais, peguei as usada na noite passada, abrindo a porta do quarto.

Me certifiquei de que o corredor estava vazio antes de sair. Não gostaria de lidar com uma mãe curiosa logo pela manhã, muito menos quando a minha nem se importava com isso.

  Saí em passos silenciosos, tentando não chamar a atenção de ninguém, apertando as coisas que trazia entre os dedos. Senti um cheiro bom da cozinha e automaticamente sabia que era o meu amigo ali, fazendo mais uma de suas delícias.

O estômago roncou, não resisti quanto a ir lá, seguindo o cheiro tão bom que pareceu me hipnotizar.

— Olha, o senhor pegador — Seokjin sorriu quando me viu aproximar. — E então? Arrependido?

— Cala a boca, maldito! E me faça alguma comida.

— Ah, que humor é esse? Você fica muito mais divertido quando está bêbado.

— Quer parar de falar sobre isso? Estava muito bem tentando fingir que nada daquilo aconteceu.

— Não dá, amigo. Todo mundo viu

— Que bela ajuda, Seokjin — tomei um gole do líquido quente da xícara dele, era café, e estava tão amargo. — Adoro o apoio que você me dá.

— Estou sempre às ordens.

Ele remexeu na panela cantarolando alguma coisa, cortou alguns legumes e logo depois encheu um copo bem grande de água e colocou em minha frente. Estendi a mão e um gole daquilo foi como uma dose de puro frescor.

— Eu não sei o que fazer — murmurei sob seu olhar atento. — Não consigo entender como essas merdas só acontecem com a gente.

— Nisso não posso ajudar, é assunto de vocês. Dois irresponsáveis — virou para remexer mais uma vez a comida que cheirava deliciosamente. — Coma primeiro. Precisa de forças, o dia vai ser longo.

— Eu estou com medo.

— Quando a gente faz merda do tamanho da que fez ontem, deve estar preparado para lidar com as consequências. Não falo só de você, mas Hoseok também. Vocês dois são o casal mancada, mereciam até um prêmio.

  As mãos formavam uma espécie de faixa no ar, dando ênfase ao que era falado, aquilo só me deixava ainda mais sem jeito. Baixei a cabeça e então tomei mais um gole da água.

Meu amigo tentava dar apoio, mas a forma que o fazia não me encorajava, talvez trouxesse mais pânico, na verdade.

Comi mais do que o comum, então me levantei, fazendo o caminho até a minha casa. Moramos na mesma rua, mas ainda me senti constrangido em andar com roupas em números muito maiores e com minhas peças sujas nas mãos.

  Os passos foram longos, rápidos, até chegar ao começo da rua onde minha casa ficava. O portão estava aberto, então só corri até lá e o tranquei mais uma vez. Me via aliviado por estar em casa.

Levei a mão ao peito, respirei aliviado, mas virei para dar de cara com Hoseok que estava atrás de mim, em pé, com as sobrancelhas arqueadas. Parecia aquelas cenas de filmes de terror, o que me fez dar um pulo e soltar um grito.

— Está tentando me matar? Droga! — apoiei a cabeça no portão, ainda tentando me recuperar do susto.

— A gente precisa conversar, você sabe disso.

— Não podia esperar, sei lá, minha ressaca passar? Você por acaso tá fazendo plantão na porta da minha casa?

Hoseok me encarou sério, nem um pouco disposto a prolongar e adiar mais a situação ruim. Tudo bem, seria agora.

  O maldito sabia ser insistente e irritante. Ficou de braços cruzados, encostado na porta de entrada. A gente ficou se encarando alguns minutos, queria poder perfurar a cabeça dele. Por sorte não tinha visão laser.

Algo sobre amores imperfeitos serem os melhores fazia muito sentido agora, porque mesmo depois de tudo, só queria me afogar naquele mar castanho que eram aqueles olhos.

  Um barulho se fez presente no corredor e sem pensar muito apertei o pulso dele entre os dedos, subindo correndo as escadas, sendo acompanhado de perto. Quando já estávamos dentro, deixei o corpo sentar no chão, bastante exausto.

O cansaço além de tudo era emocional, e esse me castigava mais do que as dores musculares acarretadas depois de tanta dança, porque não passaria com um simples descanso.

  — Vocês transaram? — Eu perguntei petulante.

— Do que você tá falando?

— Não banque o sonso para cima de mim.

— Quer pelo menos me olhar nos olhos enquanto fala suas merdas?

Muito contrariado, levantei do meu lugar e marchei lentamente até o cesto de roupa suja. Fiz tudo com calma, largar as roupas lá, guardar meus objetos, e depois lavar as mãos. Quando voltei para meu quarto, ele estava confortavelmente alojado na minha cama.

— Nós somos apenas amigos — ele começou bastante irritado. — Foi Namjoon quem a chamou, na verdade, ele chamou várias daquelas pessoas que estavam lá. Não aconteceu nada entre a gente ontem.

— Ontem?

— Sim. Já aconteceu antes, mas faz tempo. E nunca foi nada que envolvesse sentimentos.

Não sabia o que dizer, mas estava cansado demais para brigar e cheguei para sentar na cama também. Hoseok não fez menção de se aproximar como eu queria, permaneceu no mesmo lugar, me encarando.

Tudo que eu queria é tomar decisões estúpidas. Queria me afogar no cheiro perfeito dele, no calor de seus braços, e esquecer todas as coisas ruins aconteceram. Não suportava mais prolongar o sofrimento que era ficar separado.

— Também não fiz nada ontem... Quer dizer, nada além do que você provavelmente viu no jogo.

— Eu sei. Fiquei de olho em você o tempo inteiro.

Fiquei em silêncio novamente e brinquei com os fios do moletom cor de rosa de Seokjin, de cabeça baixa.

— Me perdoa se fiz você se sentir inseguro — começou mais uma vez — Se estraguei a noite de ontem. Me perdoa por qualquer coisa que tenha te machucado, Yoongi. Não aguento ficar mais nem um minuto longe de você. Não suporto mais nem um minuto sem o nosso contato.

Olhei para Hoseok e seus olhos pareciam suplicantes. Já queria aquilo mesmo, virar a página. Não pensei muito antes de engatinhar lentamente e me colar perto dele. Meu solzinho me apertou num abraço.

Fechei os olhos e deitei a cabeça no peito dele, esfregando meu rosto na camisa que usava. Ainda estava com sono, cansado, esgotado. Queria permanecer naquele conforto para todo o sempre.

— Me desculpa por fugir de você. Por fazer suposições. Por não querer te ouvir, por agir feito um idiota — murmurei contra o peito dele. — Não aguento mais perder um minuto longe. Só quero que as coisas fiquem bem.

— Por favor, não vamos mais errar — pediu numa súplica desesperada. — Vamos agir da forma correta, vamos trabalhar juntos para as coisas funcionarem. Quero estar com você para sempre. Eu te amo tanto, Yoongi.

— E eu te amo com tudo de mim, Hoseok.

Me ajeitei no colo dele e o beijei. Por Deus, como havia sentido falta da sensação. Não falava apenas da boca, que tinha muita experiência e encaixava na minha com perfeição, mas de todas as sensações que me fazia sentir.

Tudo nele mexia comigo de uma forma surreal. Meu coração, meu corpo, minha mente. Toda e qualquer parte de mim festejava com cada beijo. É como se fogos de artifícios estourassem dentro de mim todas as vezes que estávamos juntos.

— Você quer fazer isso dar certo? Você quer ficar comigo?

— É tudo o que mais quero, Hoseok. Construir o meu presente e futuro com você.

Conversamos por mais alguns minutos, esclarecendo coisas e acabando com as dúvidas. A partir daquele ponto, prometemos seguir calmamente nossas vidas. Trabalhando ao máximo para fazer nossa relação funcionar.

Como estávamos cansados de toda a agitação e todo o tempo separados, apenas nos beijamos e trocamos algumas carícias até cair no sono. Adormeci ouvindo a respiração pesada de Hoseok, com nenhum espaço sobrando entre nossos corpos.

 

 

 

[...]

 

 

 

Apesar da reconciliação, não tivemos tempo para fazer muita coisa além de beijar, ou dormir juntos. Os pais de Hoseok estavam pressionando-o para levar a sério as aulas no cursinho, assim com as outras mil aulas que fazia, e a gente se via principalmente na escola.

Ou para dormir juntos. Voltamos a nossa rotina de não passar a noite longe um do outro, nos revezando entre minha casa e a dele. Meus pais estavam contentes com o fato da nossa “amizade” ser tão verdadeira. Eles diziam que estar perto do Jung seria um bom exemplo para mim.

Já os pais de Hoseok não pareciam dar muita importância para minha presença. A casa grande o suficiente para gente não precisar se encontrar muitas vezes. A única que me recebia bem era a irmão dele. Ela era uma boa menina.

As coisas seguiam mesmo em paz com o tempo e estávamos curtindo o momento bom. Ninguém fez mais burradas, ninguém tomou decisões estúpidas. Estávamos decididos a aproveitar os meses que nos restavam na mais absoluta paz.

Quando a sexta-feira chegou, Seokjin e Taehyung vieram até minha casa depois da escola para gente trabalhar em uma apresentação que aconteceria na semana seguinte. Nós trabalhamos, comemos alguma coisa, e ainda tivemos tempo para jogar.

Meus pais amaram Taehyung, porque é claro, sabiam exatamente quem eram os pais do garoto. Quando me despedi dos meus amigos estava cansado, com sono, e só pensava em deitar em minha cama e apagar por algumas horas.

Mas o meu telefone tocou quando terminei de organizar tudo para poder dormir, era Hoseok.

—  Amorzinho lindo. Você estava dormindo?

— Não, na verdade, estava me preparando para deitar. Onde você está?

Estudando, com Namjoon... A gente veio até um café e tava respondendo a alguns simulados. Ele também tá me ajudando com o inglês.

— Parece cansativo — murmurei sonolento.

Assim que sair daqui vou aí. Ou você está cansado demais?

— Nunca estarei cansado demais para você. Sabe onde fica escondida a chave reserva. Por favor, não demore muito ou vai me encontrar desmaiado.

Aí eu deito e te faço companhia.

— Eu amo você, Hoseokie.

E eu amo você, meu neném. Já, já estarei aí do seu lado.

Nos despedimos e joguei o celular do meu lado na cama. Apenas a voz dele me acalmava, já me sentia pronto para viajar para a terra dos sonhos. Me acomodei confortavelmente e fechei os olhos.

Despertei com uma movimentação no colchão. Hoseok estava sentado na beira se livrando dos jeans que ficaram presos nos calcanhares. Soltei uma risadinha com a cena e seus olhos vieram imediatamente para mim.

— Não queria te acordar, meu bem — se livrou do restante do tecido num puxão e passou a mão pelo meu cabelo carinhosamente. — Tá muito cansado?

— Agora que você chegou, não.

Hoseok tirou a camisa também e se acomodou na cama, deitando no meu lado. Dei um pequeno sorriso e ganhei um beijinho na ponta do nariz. Amava demais aquele homem, aquele sorriso, aqueles lábios, aquele corpo.

— Não devia ter deitado sem roupa, vai tirar minha concentração.

Ele chegou o mais perto possível e segurou meu rosto entre as mãos para me beijar. Parecia que não fazíamos aquilo uma eternidade. Minha mão prendeu em seu braço, e suspirei baixinho quando sua língua tocou a minha.

Nossas respirações ficaram se chocando, os olhares se encarando, e nada foi dito durante um longo tempo. Para mim o silêncio poderia se perdurar para sempre. Mas meu sol tinha outros planos e chegou mais perto para um novo beijo.

Meu coração brincava de fazer piruetas dentro do peito quando as mãos habilidosas começaram a se mover pelo meu corpo, causando arrepios violentos em qualquer área que tocasse.

Os olhos de Hoseok me fitavam sérios, cheios luxúria. Não sei se a saudade ou desespero para ser beijado, algo me levou a prender os fios dele entre meus dedos com força, como se estivesse o obrigando ficar naquela posição. A não parar.

Meu lábio inferior foi preso entre os dentes, e então um beijo se iniciava, calmo, erótico, carregado de saudade. Foram longas semanas, mais do que jurei ser possível, fazia tanto tempo que não nos tocávamos que é como se meu corpo tivesse vontade própria.

Já jogava meu corpo contra o dele na intenção de causar atrito entre os quadris, buscando por mais, mais dos toques ousados.

A camisa foi tirada do meu corpo, e mesmo antes que pudesse fazer qualquer som, a boca quente se fez presente em minha pele, a língua se aventurando pelos mamilos, fazendo minhas pernas fraquejarem, juntamente com qualquer pingo de juízo.

Prendi os fios castanhos entre os dedos, puxando com força, e murmurando um "não", que saiu mais como um gemido, quando ele tentou me tirar a calça.

— O que foi? Quer que eu pare?

— Não, não. Não é isso — gemi baixinho quando voltou a me beijar, e então me afastei. — A porta!

  Levantei para alcançar a porta, girando a chave duas vezes apenas para me certificar de que havia sido trancada. Em pouco tempo meu corpo foi preso ali mesmo, as mãos contra madeira, enquanto o membro roçava em mim, entre as nádegas.

Hoseok soltou um gemido contra minha orelha e eu gemi também, jogando a cabeça para trás. Chupões eram deixados em minhas costas, e a pequena dor era bem vinda, enquanto me empinava, pedindo por mais.

— Ninguém pode te tocar, Yoongi. Só eu, sou o único que deve te ver assim, entregue, perdido no prazer — falava lentamente quando descia o pano da minha calça, deixando mordidas por todo o caminho. — Não gostei nada do que vi aquele dia no parque. Seu corpo é meu.

  As palavras vieram calmas, e lentamente eram processadas, tendo as coisas fugindo do meu controle quando fui virado de frente para ele, e em pouco minutos estava completamente sem roupa.

Como me sujeitava àquela situação? Com tão pouco Hoseok me tinha em mãos, e o meu membro estava duro, dando pontadas dolorosas. O corpo todo ia sendo marcado, tronco, coxas, peitoral, e a língua passeava por ali também, me causando um pequeno descontrole.

  Demorei um tempo para entender que era um castigo, só quando ele havia passado pela minha ereção, ignorando-a totalmente pela, acho que milésima vez. Aos poucos ele levantou de novo, ainda sem me tocar ali, e levou as minhas mãos até a barra da cueca dele.

— Tire minha roupa. Me toque, Yoongi — disse calmo, autoritário.

  Pisquei algumas vezes e custei a entender. Quem era esse garoto e o que havia feito com meu namorado? O pedido me deixou surpreso, mas ao mesmo tempo trazia consigo aquela onda gigantesca de excitação.

Foi com as mãos trêmulas que o fiz, me ajoelhando entre as coxas torneadas. Olhei para cima, tendo uma visão do corpo esguio do meu namorado e sentia o olhar pesado e libidinoso sobre mim.

Encarei o v de seu quadril, que terminava na barra da cueca e dava margens para minha imaginação. Levei minha boca ao quadril dele no mesmo instante que deslizei o tecido pelas coxas.

A ereção firme bateu pesada em meu rosto, e soltei um ofego apenas com a visão e calor que emanava dele. Queria tanto aquilo, queria tanto sentir seu gosto. Geralmente Hoseok era apenas mãos por todo lugar e me deixava perdido, gostaria de ser capaz de retribuir.

Segurei pela base, contornando a glande rósea com a língua, para então descer a boca por toda extensão. O gosto me agradou, gosto de Hoseok, e foi sem demora que o coloquei por inteiro na boca.

— Ah, meu Yoongi — Hoseok gemeu arrastado, fazendo um carinho entre os fios do meu cabelo.

As minhas sucções eram fortes, afoitas, e os gemidos dele eram meu presente. O rosto belo se contorcia pelo prazer, e os gemidos saíam livremente, em alto e bom som, enquanto acompanhava aquela cena linda, cada reação ao meu toque.

Um puxão nos meus fios me tirou o membro teso da boca, e um gemido em desaprovação foi ouvido, enquanto era guiado para cima. Fiz um biquinho e ele me beijou.

— Hoseok... Eu tava me divertindo.

— Não ia aguentar muito tempo vendo você de joelhos com meu pau na boca. Ainda não tenho autocontrole o suficiente para isso.

Ele me guiou até que minhas costas encontrassem o colchão, e sem demora as pernas foram abertas e levemente carregadas, me expondo de forma vergonhosa. A língua se fez presente entre as nádegas, quase me levando ao céu.

Aquilo a gente nunca tinha feito. Hoseok me passeava sua língua e chupava sem pudor naquela região. Contraía contra a língua habilidosa, gemendo manhosamente por mais.

Minha cintura se movia sozinha, rebolando. Era delicioso, mas o meu membro pulsava em meio a fisgadas dolorosas.  Hoseok foi subindo a língua, brincando e explorando até engolir minha ereção.

Começou lentamente, e senti que aqueles toques trabalhados me levariam ao céu, e quando senti que que gozaria, a boca me abandonou.

  Choraminguei, dengoso, impossível pensar de forma coerente com tanta coisa acontecendo, e só sentia que era puxado quando as mãos me manipularam para mudar de posição.

Hoseok me colocou de quatro, deslizando as mãos pelas minhas costas para que abaixasse o tronco. Entendi o recado e me empinei, mesmo que aquela posição me fizesse sentir absurdamente exposto.

— Estou tendo a visão do paraíso bem aqui — a voz saiu rouca. As mãos dele seguraram minhas nádegas, abrindo espaço. — Por Deus, Yoongi. Eu poderia passar a noite inteira apenas admirando você.

— Hoseok! — gemi frustrado e escondi o rosto no colchão.

  Uma risada foi se ouvida, e eu poderia sentir o olhar me queimando enquanto me encontrava naquela posição constrangedora. E pior, meu corpo carente pedia por ele, pedia desesperadamente que parasse de enrolar de uma vez.

Movi a cintura lentamente, rebolando, e então o membro se fez presente ali, naquele espaço, roçando lentamente. Hoseok parecia querer me torturar até nisso, se movendo entre minhas nádegas.

 Eu me sentia contrair contra os movimentos, desesperadamente, pedindo por mais, queria ele dentro de mim. Depois de tanta tortura, entendi que deveria pedir.

— H-Hoseok... Eu... Eu q-quero você dentro de mim.

Ele não respondeu, mas gemeu. Logo senti falta do seu corpo junto do meu e antes que pudesse reclamar, dedos cheios de lubrificante me acariciavam lentamente. Sem avisar, ele deslizou um dedo para dentro de mim.

Movimentou lentamente e eu gemi frustrado, querendo mais. Movi o quadril na direção da mão dele quando o segundo dedo entrou, já bastante impaciente. Hoseok os movia dentro de mim com todo cuidado.

— Amor, eu tô pronto. Por favor, por favor.

— Calma, neném — ele disse ofegante ao adicionar o terceiro dedo.

Hoseok não precisava dizer, sei o quanto gostava daquilo, daquela visão. Ele sempre ficava perdido demais enquanto me preparava, encarando seu trabalho. Ele retirou os dedos e logo senti a glande tocar ali

Ele despejou uma quantidade considerável de lubrificante e se forçou contra mim. O meu gemido foi abafado pelo colchão no qual que havia afundado o rosto. Comecei a murmurar palavras, implorando por mais.

E sem muita demora ele se moveu, e eu choramingava, apertando os lençóis entre os dedos, tentando soltar os mínimos ruídos possíveis, já que os gemidos de Hoseok eram o suficiente para encher o quarto inteiro.

  Os movimentos ainda eram lentos, e aos poucos o prazer estava ali, tomando cada célula do meu corpo para si. Agora também investia contra ele, rebolando no membro que continuava naquele vai e vem lento, acarinhando minhas paredes, em um pedido silencioso para que fosse mais rápido.

Hoseok parecia disposto a me torturar, porque as estocadas continuaram lentas, mesmo que me movesse contra ele, o ritmo ainda era ditado pela cintura alheia.

A ereção pulsava dolorosamente, e eu queria, logo, mais, mais rápido, mais forte. E ele pareceu também ter se cansado dos movimentos lentos porque as investidas começaram a aumentar de intensidade.

Meu corpo davas pulo para frente, e a única coisa que me mantinha no lugar eram as mãos firmes dele na minha cintura, me puxando para si. O choque pele contra pele causava sons tão carnais quanto aos movimentos que eram feitos, e que aos poucos foram enchendo o quarto inteiro.

— Hoseok.... E-Eu quero t-tocar você.

  Algumas estocadas depois ele se retirou, me deixando vazio, piscando por mais novamente. Mas estava somente atendendo ao meu pedido.

Sentou na cama e me puxou para me acomodar em seu colo. As pernas ficaram ao redor do corpo magro e minha cintura foi levantada, para que aos poucos fosse invadido mais uma vez.

Um gemido longo, manhoso, e estava por inteiro dentro de mim mais uma vez. E logo os movimentos vieram. Colei nossas testas suadas, rebolando, auxiliando, criando um ritmo nosso, sedento. Descia contra ele no mesmo instante que Hoseok subia seu quadril. Estava perfeito.

  Assim, frente a frente, podia olhá-lo nos olhos, acompanhar cada expressão de prazer que a bela face tinha. Colei nossos lábios em um beijo atrapalhado, éramos só língua e dentes. A mão magra dele envolveu meu membro esquecido, iniciando um vai e vem.

Foi quando toda razão se esvaiu do meu corpo, tomando-me para si. Em poucos movimentos havia me liberado nos dedos esguios, jatos longos, e gemidos desconexos.

O meu ápice pressionou Hoseok dentro de mim, ele gemeu também, trazendo o quadril para cima mais algumas vezes.

Quanto tempo esperei por isso? O quanto sonhei com isso acontecendo de novo? O dia que o teria novamente, nosso ritmo insano, nosso amor sufocante.

Algumas investidas e senti o líquido me invadir, obrigando-me a gemer em conjunto com ele. Abraçados, permanecemos naquela mesma posição, sem ousar mover, até que as respirações estivessem reguladas e tudo voltasse ao normal. As minhas pernas levaram um tempo para parar de tremer.

Ainda parecia surreal, e para mim, esse dia ainda levaria um tempo para ser assimilado.

— Amo a forma que sou recebido na sua casa — murmurou contra minha pele e esfregou o nariz pelo meu pescoço.

— Eu tava com saudades disso. Saudades do seu corpo.

— Eu senti tanto sua falta, meu amor — finalmente saiu de dentro de mim e gemi pelo desconforto. — Eu amo você.

Diversos selares carinhosos foram deixados em meu pescoço, subindo lentamente, me fazendo sorrir como um bobo, e logo os lábios travessos tiveram um encontro com os meus.

Dessa vez o beijo não tinha segundas intenções, mas muita coisa escondida. Tinha o nosso amor, a felicidade, a tranquilidade, e a paz de saber que estávamos bem.

— Deveria ser proibido amar alguém o quanto eu te amo — murmurei contra os lábios dele.

  No meio de tanta desordem, nosso amor sempre vencia, e isso que esperava que acontecesse para todo o sempre. Queria matar os finais de tarde nos braços dele, com o corpo unido ao meu.

Agora mesmo queria falar tudo, gritar, escancarar esse amor, mas qualquer coisa dita pareceria pequeno quando comparada aos meus reais sentimentos. Hoseok me era muito mais do que meu amor, era meu universo.

— Acho que a gente precisa de um banho — falou afastando meus fios suados da testa e beijando ali. Gemi em descontentamento, mas seguiu com seus beijinhos por todo meu rosto.

Não queria sair daquela posição, mas ele tinha razão. Meu namorado deu um impulso e logo estávamos fora da cama. Me segurei nele com força, e nos guiou até o banheiro tranquilamente.

Eu amava estar junto dele. Amava como ele me tinha e mais ninguém. Amava poder ser o único a vê-lo assim. Amava nossa intimidade ao tomar banho juntos. Amava nossa proximidade que deitamos para dormir. Amava o som da respiração dele e o carinho que fazia em meu cabelo.

Amava Jung Hoseok por inteiro.


Notas Finais


~ ♥


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