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História Esperançar - Desespero


Escrita por: _hobisunshine

Notas do Autor


não

me

matem

Capítulo 31 - Desespero


Fanfic / Fanfiction Esperançar - Desespero

— Hoseok partiu. Me pediu para dizer que acabou, e que não é mais para procurá-lo. Você deve seguir a sua vida, Yoongi.

De repente o chão parecia ter sumido dos meus pés, mesmo assim as pernas falharam, me traindo. Caí de joelhos, e por sorte na calçada.

O baque mudo foi doloroso, mas não mais do que o zumbido forte que me incomodava, cada vez ficando mais alto, se misturando à voz da minha cunhada.

As palavras soltas pelos lábios finos dela chegavam até mim, mas sem sucesso, já que poucas eram assimiladas. Meu pior pesadelo corria em frente dos meus olhos, como o filme de terror assustador que você se recusa assistir, mas que te persegue de alguma forma.

 Hoseok não faria aquilo.

— Por que está fazendo isso comigo? — sussurrei enquanto ela me ajudava a levantar com cuidado. — Não tem graça, Dawon. É uma brincadeira, não é? Hoseok está aqui, esperando, escondido em algum lugar.

O tom saía choroso, mesclado ao meu desespero, as lágrimas se acumulavam, quase que implorando para fugirem. Mais uma vez ela negou com a cabeça, dizendo que sim, meu pesado era real e estava passando diante dos meus olhos.

Mas aquilo não era o suficiente, eu não acreditaria em um castigo tão injusto. O destino não poderia me fazer de brinquedo dessa forma. Era uma piada, só poderia ser.

— Yoongi, ele voltou para o caminho que precisa trilhar. Vocês sabiam que isso aconteceria cedo ou tarde.

— Não! — gritei.

— Eu não sabia que ele estava indo. Não pude fazer nada, não pude ajudar — deu dois passos em minha direção e me afastei. — Jamais seria conta a felicidade do meu irmão, você sabe disso. Aprendi a te amar também, o que mais queria é que vocês dois ficassem juntos e-

— Não! — interrompi novamente, levando as mãos até as orelhas. Não queria ouvir. — Ele vai estar em casa quando eu chegar, Hoseok vai estar lá, no nosso aperto. Vou receber um beijo e ele vai me dizer o quanto sentiu minha falta por todas essas horas.

Olhei para ela em busca de uma afirmativa, de qualquer indício bom, mas tudo que minha cunhada fez foi fechar os olhos como se sentisse dor. A primeira lágrima escorregou pela minha bochecha, seguida de várias outras.

— Hoseok não pode ter feito isso. Não, não, não, não, não.

O nó na minha garganta estava doloroso ao ponto de me sufocar. Não poderia ficar e assistir, eles estavam brincando comigo, era tudo uma brincadeira.

Mesmo com as pernas bambas, corri pela rua, chamando o nome do meu namorado e as lágrimas já banhavam meu rosto. Alguns estranhos apontavam em minha direção, mas não me importava.

Não eram Hoseok, nenhum deles era o rosto que queria encontrar. Aquilo só aumentava meu desespero, minha angústia.

Não sei se ainda tinha companhia ou não, mas corri, corri o caminho inteiro até o nosso apartamento. Era longe o suficiente para precisar de um meio de transporte mais rápido, mas a minha ansiedade não me permitiria esperar, tampouco minha dor.

As pernas se moviam sem que realmente tivesse o controle, só ia seguindo meus instintos e sentindo o peito queimar. Não só pela falta de ar absurda, mas meu coração, meu pequeno coração ardia tanto que parecia em brasa.

Era o medo, o pavor, toda uma sensação ruim estava me consumindo. Mesmo assim me recusava a acreditar.

Ofegante mal vi se o porteiro estava lá, e mais do que nunca todos aqueles lances de escada pareciam tortura, como se quisessem me afastar da verdade.

Mas ao fim, na última porta do corredor, ali estava o que mais temia, o vazio. As coisas de Hoseok estavam espalhadas pela sala, a roupa do trabalho também, a louça do jantar ainda suja na pia. Ele mal teve tempo pela manhã.

Cada canto ainda tinha o cheiro dele, mas não sua presença.

Ainda respirava fundo em meio as lágrimas, por pouco não morrendo diante da agonia que era liberá-las e conseguir um pouco de ar ao mesmo tempo. Meu pequeno inferno estava bem aqui, havia sido arrastado.

Rastejei pelo cômodo seguinte, a cama bagunçada, como se tivesse saído às pressas pela manhã. O pijama dele ainda estava ali, pendurado na cadeira.

Aquela velha mania de deixar as coisas por aí nunca pareceu tão boa agora, todos os pequenos defeitos, tudo parecia tão pouco perto do sofrimento que era não ver seus passos apressados pelo cômodo.

  As roupas intactas, os sapatos guardados, o notebook sobre a mesa improvisada, os papéis jogados por todo lugar. As coisas estavam ali, como uma tortura lenta que visava meu desespero.

Então chamei, gritei, porque não poderia ser verdade. Ele tinha que estar ali, ele não poderia ter ido. Não agora. Nós tínhamos planos, um lugar nosso, uma vida feliz.

A partida é cruel demais, logo agora que provava da felicidade, da liberdade, do amor sem empecilhos.

Mais uma vez as pernas não suportaram o peso do corpo e caí de joelhos, dessa vez no tapete empoeirado do quarto, tremendo, chorando e tentando respirar decentemente em meio ao meu desespero.

A agonia me sufocava, roubando todo ar. Uma mão invisível me sufocava, um meio de acentuar toda a cena dramática por si só.

Tudo que fazia era perguntar o porquê, com todas as minhas forças, gritando, como se as paredes vazias pudessem me responder. Como se o cômodo agora sem vida pudesse me consolar.

O zumbido ficava cada vez mais alto, a cabeça já doía por conta do choro violento, que parecia me roubar todo o líquido. Um conjunto de dores, de incômodos, de sufoco, que só pareciam acentuar minha vontade de sumir.

Um fim egoísta, as costas me foram dadas, sobrando apenas as lembranças, um coração partido e as fotos que tenho. Um adeus doloroso, cruel, inesperado.

— Yoongi! — Dawon correu até mim, caindo também no chão para me puxar para seus braços tão quentinhos. Não reclamei, não pestanejei, por mais que olhar para o rosto dela me lembrasse ele e fizesse meu peito doer milhões de vezes mais. — Estou aqui, querido. Vou ficar aqui, cuidar de você. Vai ficar tudo bem.

— N-Não tem como ficar bem, Hoseok me abandonou — berrei, entre soluços. — Ele me deixou, Dawon. Ele me deixou!

Entrei no piloto automático depois de Dawon acalmar meu choro e me esperar tomar banho para poder me colocar na cama. Tudo o que fiz foi agir automaticamente. Não conseguia falar, não tinha voz, não tinha forças.

Ela me perguntou se estava bem pelo menos vinte vezes antes de finalmente me deixar só. Eu apenas concordava com a cabeça todas as vezes, mentindo, fingindo.

Não tinha forças nem mesmo para sentir ainda mais dor, parecia que falar desencadearia em um novo desespero.

O quarto tinha o cheiro de Hoseok, as roupas dele. Assim que a porta da frente foi fechada, puxei da cadeira o pijama usado noite passada. O perfume ainda ali, vivo, totalmente real. Aquilo acabou em mais lágrimas.

Dessa vez silenciosas, sem gritos, sem um grande show, mas não menos desesperadas. Chorei a noite inteira, vi o sol nascer e continuava sem vontade de levantar.

As cobertas foram meu refúgio, só me afundei em posição fetal no lugar que tinha o cheiro dele. Abraçando sua roupa, deitando sobre o travesseiro, cercado por seus papéis.

Quando pensei que não, meu corpo mostrava que ainda tinha lágrimas para abandonar, que doeria, doeria até que não houvesse mais vida em mim.

Não fui para escola, não fui para o curso. Passei o dia na cama, até ver o sol se pôr outra vez.

Assim fora no dia seguinte, passei o dia na cama, levantando apenas para ir ao banheiro ou tomar água. Comer estava fora de cogitação, e só tomava água porque minha garganta ardia da gritaria do primeiro dia.

Não atendi chamadas, não deixei ninguém entrar. Respondia aos chamados dizendo que estava tudo bem, que só queria ficar sozinho.

 Mentira.

Cruel, a verdade não devia ser dita. Não queria ver meus amigos porque nenhum seria ele, não seria o rosto da pessoa que amo.

Não queria ver Dawon porque olhar para ela me lembraria ele, o rosto dele, eles tinham até os mesmos olhinhos. Seria uma verdadeira tortura.

Não sei quantos dias fiquei na sessão de autopiedade, afundando apenas na dor, no vazio que ele deixara em mim, por todo o lugar.

Mas algum tempo me via revirando as roupas sujas no cesto, o cheiro já havia se esvaído dos lençóis, dos travesseiros também. Mas na roupa suja sim, ali tinha o cheiro dele, lembranças, nossos momentos.

Conseguia perfeitamente me ver nas roupas, recordar nossos momentos, até mesmo como e quando foram tiradas por mim. Era tudo que tinha agora, apenas lembranças, até não ter mais nada e afundar em mim mesmo.

Ao olhar no reflexo do espelho do banheiro, não me reconhecia, não era eu ali. Me tornei uma lacuna, que só seria preenchida com uma única pessoa, uma pessoa que não deu a mínima para mim.

Entre as centenas de ligações e mensagens nenhuma era dele, e mesmo que tentasse, não conseguia manter contato. Meu namorado parecia não querer ouvir meu lamento, ou não querer se importar pois nunca me respondeu ou retornou.

Um fim covarde, um término sem chances de volta. Meus amigos continuavam vindo, mas não queria ver ninguém. Por mais que chorasse baixinho todas as vezes que ouvisse a voz de Seokjin, não queria ser visto dessa forma.

— Yoongi, por favor! Abra a porta! — outra batida, três delas, cada vez mais fortes e incansáveis. Ele só parava quando eu respondia com palavras. —Eu trouxe almoço para nós dois.

— Não tenho fome, está tudo bem — mentira.

— Você não pode ficar assim! Estão todos perguntando por você, estão todos preocupados. Até mesmo na escola, todos estranharam seu sumiço — ouvi uma movimentação diferente e soube que ele estava sentando do outro lado. No chão do corredor. — Podemos conversar, pelo menos?

— N-Não — já estava chorando baixinho. Seokjin fazia isso comigo.

— Eu sei que não está nada bem, sei que precisa de ajuda. Então por que não abre a droga dessa porta?

— Porque nenhum de vocês é ele.

O silêncio se fez presente do outro lado e abracei as pernas, apoiando o queixo nos joelhos, encarando a porta.

Parecia que se forçasse os olhos poderia ver meu amigo sentado do outro lado, cansado, preocupado. Não queria causar aquilo para ninguém, não queria preocupar as pessoas ao meu redor.

Nenhum deles merecia sofrer com uma dor que é única e exclusivamente minha.

— Você pelo menos está se alimentando? — a voz soou preocupada.

— Sim — mentira.

Silêncio mais uma vez, mas sabia que continuava ali porque ouvia a respiração pesada. Logo senti também o cheiro do almoço e a barriga doeu miseravelmente, roncando.

Dei sorte dele não ouvir, porque continuou comendo em silêncio, como se quisesse apenas me fazer companhia.

E aquilo me fazia bem, a primeira vez que me senti bem desde aquele dia. Não bem ao ponto de sorrir e recomeçar, mas bem ao ponto de não me afundar em mim mesmo.

— Um dia vou acabar derrubando essa porta — falou calmo. — Se importa de eu estudar aqui enquanto espero você tomar vergonha na cara e me ver?

— Você devia ir para o cursinho, é inútil perder aula por causa de mim.

— Nunca vai ser inútil o tempo gasto para ajudar um amigo — falou atrapalhado e sabia que a boca estava cheia de comida. Uma pausa para mastigar — Posso falar sobre as novidades enquanto como?

— Sim.

Seokjin fez o que faz de melhor, tagarelou. Simplesmente desatou a falar e aquilo aquecia meu coração. Não o suficiente, mas já era algo desde aquele dia. Não, de novo isso não.

Bastava lembrar disso, que a memória de todas as vezes que neguei seu beijo na noite que antecederam a despedida vinham me pegar de surpresa. Se soubesse, se pelo menos tivesse alguma ideia, teria aproveitado cada mínimo segundo da nossa despedida.

Ou melhor, nem teria dormido naquela casa. Aquela casa no qual todos foram cúmplices para minha infelicidade.

Sempre soube que não se importavam comigo, mas não aquele ponto. Não a ponto de me vender. Jin foi quem me disse que eles conseguiram ações na empresa dos Jung, aquilo não poderia dizer outra coisa senão que planejaram cada minuto do dia mais triste de toda a minha vida.

Meus próprios pais colaboraram para minha vida afundasse, para que tudo desandasse. Queria entender o que de tão errado tem em amar.

Não que fosse uma grande surpresa, eles me venderam à família Jung desde o primeiro minuto. Nunca fui mais para eles do que moeda de troca.

Triste saber que nem com minha própria família poderia contar, com as pessoas que supostamente deviam me proteger e amar. Eles são errados, são do avesso, e talvez por isso tudo dê errado em minha vida, por eu ser como eles.

Merecia toda essa dor apenas por carregar o sobrenome tão desprezível desses imundos.

O pai de Hoseok não ficava muito arás, é tão detestável como os outros dois. Deve ser uma coisa de advogados. A profissão é composta por pessoas frias, manipuladoras e sem qualquer escrúpulo.

Por isso Hoseok estava no mesmo caminho, ele se encaixava entre toda essa sujeira, conseguiria conviver com ela, coisa que eu, nem em mil anos conseguiria. Não tenho estômago para ambiente hostil e gente desinteressada, por isso sou chamado de fraco, perdedor.

— Até mesmo aquela garota perguntou por você, sabia?! A tal de Soonkyu — contou com certo desprezo. — Ainda não gosto dela, e nem entrei em detalhes do que aconteceu. Apenas disse que você não estava bem, mas que logo entraria em contato. Fiz bem, não fiz? Minha vontade era de jogar toda a comida na cara dela, mas pensei em você.

— Sim.

— Pode deixar de monossilábico comigo? Isso me irrita tanto que estou quase entrando aí e dando uns tapas nessa tua cara! — esbravejou, mas tinha uma pitada de humor na voz. — Não me trate como um desconhecido.

— Obrigado, Jin! — repuxei o canto dos lábios, tocando a madeira da porta carinhosamente.

— Pelo quê? Você sempre agradece tanto — bufou, guardando as vasilhas.

— Por vir aqui todos os dias mesmo sabendo que não vou te deixar entrar.

 

 

 

(...)

 

 

 

Entre as piores formas de ser covarde, estava eu, que nem mesmo coragem para me matar tinha. Passaram-se vários dias desde o abandono, mesmo assim não conseguia sair, não conseguia ter que encarar a realidade.

Era mais cômodo ficar ali e fingir que tinha freado em um dia, que eles não passaram, que tudo que fazia era esperar Hoseok.

As mentiras inicialmente apenas inocentes e confortantes eram várias, de imediato tomando um rumo perigoso. Realmente criando uma ilusão boa, uma ilusão de que tudo ficaria bem.

A primeira delas foi que era um domingo, ele havia saído para comprar nosso café da manhã, e como belo namorado que é, estava demorando para fazer o melhor possível.

Depois dessa muitas vieram, criava sempre um final feliz para todas que se resumiam em ver Hoseok passando pela porta com o sorriso rotineiro, me contado cada detalhe das coisas que fizera lá fora (porque sempre era assim) e me dando algum doce que amava para compensar a demora.

Mas não veio, dia após a dia esperei. Não sei se o suor ou minhas lágrimas que caíam, mas sei que se misturavam assim que a energia fora cortada. Ficar trancado em um quarto sem ventilação, escondido do mundo, não era a escolha mais inteligente do mundo.

Foi então que depois de tentar chegar ao banheiro para um banho – por sorte ainda não tinham cortado a água –, vi a tesoura perto da porta.

Peguei o objeto com as mãos trêmulas, só então parando para analisá-las com calma. Estavam ossudas, com algumas feridas que não lembrava de onde haviam surgido, pareciam cortes, muitos deles. As unhas grandes e com algum sangue.

Decadente. Chegara ao fundo do poço sem ao menos notar, mas aquele objeto não parecia ser o suficiente.

Por ser o mais desatento dos seres não lembrava se tínhamos algo mais eficaz em casa, a menos que quebrasse algum espelho, mas nem força para andar tinha. Quebrar o espelho seria impossível.

Com alguma dificuldade sentei, pensando por um momento no que fazer, então lembrei da cozinha. Ali sim algo teria que servir.

Meu corpo fraco, mal alimentado e totalmente debilitado não me aguentava mais de pé, as pernas nunca pareceram tão finas e fracas, insuficiente, assim que me tornara por inteiro.

Mas não tinha outra escolha, Seokjin logo estaria aqui mais uma vez, e ao ouvir sua voz tão animada contando sobre as aventuras do dia, não conseguiria reunir coragem para fazer aquilo.

Jin certamente não me perdoaria, não se perdoaria, e tenho certeza que sequer visitaria meu túmulo. Isso para o caso de ter um enterro decente, já que nem isso meus pais seriam capazes de fazer.

Assim que alcancei a cozinha estava pensando se teria coragem o suficiente, se conseguiria pelo menos fazer uma coisa certo na vida.

As gotículas de suor caíam sobre os olhos, me fazendo repetir o ato de abrir e fechar constantemente, até que me visse livre da ardência insistente. A camisa do pijama agora colava ao corpo, totalmente molhada.

Tenho certeza de que não cheirava bem, pois o usava desde que Dawon me vestira. Mas era o pijama de Hoseok, o preferido dele.

Ele não, de novo não. Senti o estômago revirar, um enjoo bem forte, e se caso tivesse o que vomitar, certamente o faria. Também me sentia fraco e um pouco tonto.

A louça suja até então intocada ainda estava ali, e fora no meio dela que encontrei mais dor. As lembranças vivas de toda a tristeza, de toda falta que me fazia, a louça suja na pia fazia minha ilusão mais cruel, minhas mentiras mais doces ao paladar.

O suor agora escorria pelo pescoço, caindo pelo peito e me colando ainda mais o pijama. Ofegante, não conseguia manter os pensamentos em ordem ou sentir qualquer coisa além de decepção.

Alcancei uma faca, mas minhas pernas ficaram fracas e logo tudo ficou escuro.


Notas Finais


O que será que aconteceu com o Yoongi?


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