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História Esperanças Perdidas - Attack On Titan - Parte I e II - Perdendo Um Amigo


Escrita por: xx_abbaby_xx

Capítulo 8 - Perdendo Um Amigo


[TimeSkip 1 semana]

Todo o Corpo de Exploração foi convocado para uma expedição.

Foram organizados seis grupos. 

Por sorte, Abby acabou ficando com sua Tia Mikasa, que tanto queria protegê-la.  O grupo ficara "equilibrado", era apenas constituido por três pessoas, Mikasa, Abby e o último cadete, sendo Ethan.

Ethan, um garoto com 20 anos, era alto e possuia cabelos loiros. Não era muito inteligente, mas era extremamente observador. 

Sendo o melhor amigo de Abby, esta sentia uma grande vontade de o proteger. Tinha fé, que, um dia, iriam os três ver o mundo exterior, sem Titãs que os parassem. 

Sim, o sonho dela era o sonho de qualquer criança dentro das muralhas. Ela queria ir à praia, ver o mar. Queria ir ver aquela aurora borial que aparecia nos livros. Queria ver os animais selvagens, as paisagens verdes e cheias de vida.

Tudo isto, na companhia dos seus melhores amigos. Bem, como, da sua família, se a conseguisse levar com ela. Principalmente, a sua mãe.

--

Era já meio-dia.

Os cavalos já cansados. Mas que não podiam baixar a guarda.

Os disparadores com cores, que assinalavam qualquer ameaça haviam mudado repentinamente para vermelho. Muitos deles... O sinalizador do grupo de Abby, não foi diferente.

Três Titãs.

Sem árvores por perto.

Uma floresta vista de longe, poderia ser a salvação dos três.

Uma situação crítica...

As criaturas que eram simultâniamente com mais de seis metros, andavam rápido... 

Muito Rápido...

Os cavalos esforçavam-se para cavalgar o mais rápido possível...

Foram perseguidos, todo o caminho.

Até que se encontraram com um grupo.

Este era constítuido por Jean, Armin e Ray.

Seis pessoas, a fugir do mal que o mundo lhes oferecera fora das muralhas.

Armin: Cavalguem rápido! Estamos quase na floresta!

Mais rápido? Não dava... Os cavalos não tinham folêgo para tanto, para além de sentirem o nervosismo dos cavaleiros...

--

Eles chegaram a floresta. O tempo, parecia passar devagar.

Todos deixaram os cavalos com Armin.

Eram agora, quatro Titãs que os perseguiam.

Mikasa matou logo dois. Sendo ambos de seis metros.

Os problemas realmente vieram quando perceberam que um de quinze metros, estava escondido atrás de uma árvore. Acidentalmente, por apenas distração, alguém não percebeu que deixara o seu fio do equipamento 3D no local errado...

Esse era Ethan.

Puxado pelo fio, deslizou até às mãos de um Titã. Não havia nada que se pudesse fazer, um braço foi arrancado ao garoto. Abby quis protegê-lo, quis sair dali, mas foi impedida por Mikasa.

O mesmo aconteceu com Ray, que foi impedido por Jean.

Como resultado, Ethan foi comido por um Titã. Mas porque não deixaram que Abby e Ray intervissem? Mikasa e Jean, já tinham alguma experiência, estando à quase vinte anos no Corpo de Exploração. Este Titãs era anormal, muito perigoso para novos cadetes, como Abby e Ray.

Abby observou a cena. Foi horrível e doloroso. Ver seu amigo sendo comido, estar a morrer, sem você fazer nada. Abby queria chorar, queria gritar, queria matar aquele Titã, estava com raiva, muita raiva, misturada com tristeza.

Afastou os braços de Mikasa.

Olhava agora, de forma assustadora para o Titã.

Quem ele era para matar o seu amigo? Como ele se atrevia?!

Em uma fração de segundos lá estava ela, a cortar a nuca do Titã, deixando cair da sua boca, o cadáver do seu amigo. 

Mikasa: Abby!

Mikasa chamava, chamavam-na todos, inclusive Ray, que mesmo chocado com a cena, não queria perder Abby também.

Ela não os ouvia. 

Começou a matar os Titãs, um por um, que lhe apareciam. 

Queria sufocar a dor que sentia, não suportava isso. Porque Ethan teve que morrer?! Eles iriam ver o mar juntos, as maravilhas do mundo exterior...juntos... 

Ethan era como um irmão mais velho para ela. Abby conhecia-o desde os cinco anos de idade, a partir daí, nunca mais se separaram. Brincavam a muitas coisas, tinham conversas idiotas. Foi Ethan que a ensinou a escrever quando ela queria fazer cartas bonitas à mãe. Porque ele tinha que ir embora?

No entanto, Abby sentiu-se cair.

Ficara sem gás. 

Não sentia nenhum titã perto, por isso, deitara-se no chão. Naquela relva macia e alta.

Mikasa: Abby!

Abby apenas a olhou.

Mikasa: O que pensas que estás a fazer?! Podias morrer! Já nos basta uma baixa...

Abby não respondeu.

Mikasa: Porque estás deitada no chão?

Silêncio.

Mikasa: Abby Ral, você gastou seu depósito todo?! Que inconsciênte.

Mikasa desceu até ela. Levantou-a e a carregou para junto dos outros.

O cadáver de Ethan já estava enrolado. Pelo menos o que restava dele...

Abby ficara em silêncio o resto da viagem, nem o abraço forte de Ray, conseguia ela deixar de sentir a dor que sentia.

--

[TimeSkip, já dentro das muralhas, no quartel]

Foram anunciadas dez baixas.

Abby, sem paciência para ouvir o resto, saiu a meio. 

Era já de noite. 

Mas não foi fazer o café ao Capitão Levi, não sentia vontade nenhuma. Apostava claramente que ele só lhe iria dar um valente sermão. 

Foi estranho. Ir diretamente para o quarto...

Ela queria escrever à mãe, mas faltava lhe papel denovo.

Abby, mais que tudo, gostaria que a mãe tivesse ali naquele momento. As suas palavras doces e calmas, sempre a faziam sentir-se melhor quando algo acontecia. As saudades que ela tinha de casa...

As cartas que enviava para a mãe eram um refugío onde ela se expressava. Ela era uma menina fria, mas por vezes, queria falar sobre o que sentia e, apenas a mãe a ouvia nestes momentos. Sentia muitas vezes que, ao escrever uma carta, era como se a mãe estivesse ali. Ao lado dela.

--

Abby não teve escolha. 

Ela foi buscar papel, não havia como se livrar da dor sem escrever.

Bateu à porta.

Levi: Quem é?

Abby: A Abby... (a voz da menina estava triste, não era nem parecida com o seu tom habitual)

Levi logo notou isso.

Levi: Veio fazer o chá?

Abby: Se quiser eu faço... mas eu vim...buscar umas folhas...

Levi a olhou.

Levi: Está tudo bem?

Abby: Am? Sim...

Levi suspira.

Levi: Se quer mentir, ainda tem muito que melhorar, sabe disso, certo?

Abby: Talvez...

Levi: Correu tudo bem na sua missão? 

Abby não respondeu.

Levi: Está assim porque houve uma baixa no seu grupo, certo?

Abby fez silencio.

Abby: P-Posso apenas pegar as folhas e-e ir?

Levi arregalou os olhos. 

A Abby nunca gaguejava.

Levi: Alguém querido para você partiu? (falou de forma lenta e baixa)

Abby sentiu que não aguentava mais.

Lágrimas começaram a descer pelo seu rosto pálido.

Levi: O-O que? 

Abby estava a chorar.

Levi ficou sem saber o que fazer. Por isso, apenas se chegou à menina e começou a acariciar seu cabelos claros. Cabelos esses, muito parecidos com os de Petra.

Levi: Abby... eu percebo que seja doloroso, sabe? Eu também perdi muita gente lá fora... Quem era a pessoa que você perdeu?

Abby: E-Ethan.

Levi: Ele era seu melhor amigo, certo? 

Abby: E-Ele nunca m-mais vai poder ver o m-mar.

Levi: Abby, eu realmente não sou muito bom nessas coisas... eu falo por mim, nunca superei a morte da mulher que eu amava... Mas pense assim, você pode ter perdido ele, mas ele estará sempre com você. Ele foi feliz, certo? A vida dele deve ter valido a pena para ele mesmo... Não tem que ficar se culpan-

Abby: E-Eu estava lá, Levi! Eu podia ter salvo ele, eu podia... se eu tivesse sido mais forte e me largado da Tia Mikasa! (disse alto)

Levi: (Tia Mikasa? Pensou ele, oras, isso não importa) Sua Tia não queria que você morresse. Eu entendo como se sente, eu costumo me sentir o responsável por todas as mortes aqui...

Abby olhou para ele.

Abby: Sério?

Levi: Sim... Mas continuo aqui. Seu amigo deveria gostar muito de você e muito provavelmente não queria vê-la triste... Falo por mim, eu também não quero ver você chorando. Você fica muito melhor quando está emburrada!

Abby ri. 

Levi: Leve as folhas e não chore mais. Tsk, senão amanhã a obrigo a limpar o cocô dos cavalos!

Abby: S-Sim, Levi.

Falou passando a manga da camisola no rosto.

A imagem de Levi, na sua mente, mudava pouco a pouco. O homem de 46 anos, começava a se parecer como uma figura paternal para a menina.

Ele foi o único que soube como a animar. 



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