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História Essas mulheres - Raquel - E você o que quer?


Escrita por: CaliVillas

Capítulo 57 - Raquel - E você o que quer?


Com o passar dos dias, Raquel não melhorou, continuava enjoando o tempo todo e vomitava todos os dias, então, achou poderia ser algo mais sério do que imaginava. Otávio estava preocupado e insistia para ela procurar ajuda. Finalmente, vendo que não havia solução, ligou para um médico e marcou uma consulta.

No consultório, o médico perguntou o que sentia e ela descreveu o que estava acontecendo.

- Há alguma possibilidade de você estar grávida, Raquel? – O médico perguntou, de modo imparcial, durante o exame físico.

- Grávida? Não! Somos muito precavidos, eu tomo muito cuidado – Raquel ficou chocada com a pergunta.

- E quando foi a última menstruação? – O médico continuou impassível, mas ela não se lembrava, com aquela confusão com Otávio, o infarto do Vitor, além do fechamento da edição.

- Não me lembro! Minha vida anda muito confusa, nesses últimos tempos. Esqueci! – Raquel estava atordoada, tentava se lembrar, pensou e pensou, porém não conseguiu chegar a uma conclusão.

- Não estou achando nada de errado com você pelo exame físico, Raquel, mas vou passar alguns exames, inclusive uma ultrassonografia e um teste de gravidez. Este medicamento ajudará com os enjoos. Quero que faça os exames o mais rápido possível e me dê notícias – O médico solicitou, entregando lhe vários papéis.

Raquel saiu do consultório completamente zonza. Não! Grávida, não podia ser eles sempre foram muito precavidos. Então, de repente, recordou em uma das primeiras vezes, não tinham proteção, eles estavam um pouco empolgados demais e ...foram inconsequentes e imprudentes, pois, mal se conheciam. Isso seria muito azar! Não era possível! Enquanto, caminhava rápido pela rua, perdida em seus pensamentos, sem saber o que fazer ou com quem falar, até parar na frente de uma farmácia, onde entrou e comprou um teste de gravidez. Correu para casa, foi para o banheiro, fez o teste e esperou os mais longos minutos da sua vida. Teve que olhar duas vezes, pois não acreditava no que via. Positivo, não! Só podia estar errado. Entrou em total desespero, estava grávida. Como isso aconteceu? Um filho e só podia ser de Otávio e ele não queria ser pai, outra vez. Lembrou-se das palavras dele: “Não quero mais isso para mim. ” Além disso, ela não sabia se queria ser mãe, precisa ter certeza, por isso, ligou para uma clínica e marcou o exame de ultrassonografia, mas não deseja ir sozinha.

- Mãe, preciso de você – Raquel ligou para Marina e pediu desolada.

- O que foi, minha filha? Algo sério? – Marina ficou alarmada, com o tom de urgência da filha.

- Não sei ainda, mãe. Preciso fazer um exame e queria que fosse comigo – omitiu toda a verdade, pois não queria assustar sua mãe, antes da confirmação da sua gravidez.

 

Naquela noite, Raquel não conseguiu dormir, rolando na cama, ficou por longo tempo, admirando o rosto tranquilo de Otávio durante o sono, imaginando se estivesse realmente grávida o que faria. E se ele soubesse, como reagiria?

 Já na manhã seguinte, Raquel não continha a ansiedade, na penumbra da sala de exames, seu coração aos pulos, que quase parou, quando as imagens começaram a aparecer na tela.

-Você sabia que estava grávida – A médica foi direta.

- Grávida?! – Sua mãe foi pega desprevenida.

- Olhem o coração batendo bem aqui – a médica mostrou um ponto piscando – E pelas medidas, você está com 12 semanas.

- Doze semanas? Quase 3 meses? – Raquel ficou confusa com as datas.

- Você ficou grávida há cerca de dois mês e meio – a médica esclareceu, era, exatamente, o que Raquel imaginava.

No término da consulta, Raquel e sua mãe saíram da clínica, desnorteadas, apoiando-se uma na outra.

- Vamos sentar e tomar um café - Marina propôs. Assim sentaram-se em uma cafeteria e pediram dois cappuccinos – Eu acho que você tem alguma coisa para me contar, não é, minha filha?

Raquel confirmou com a cabeça e contou sua história com Vitor e, depois, a com Otávio, enquanto Marina que ouvia atentamente tentando manter a expressão imparcial.

- Então, esse Otávio é o pai do seu filho – Marina concluiu ao término da história.

- Sim, eu tenho certeza disso, mãe – Raquel, confirmou com a voz baixa.

- Você tem que contar para ele, milha filha, afinal, o filho é dele também. Pelo que você me contou ele parece uma boa pessoa.

- Mãe, ele me disse que não quer mais filhos! – Raquel imaginava como Otávio reagiria mal a uma notícia dessa.

- Mas, ele tem que saber, Raquel. Ele tem esse direito. E você o que quer? – Marina olhou Raquel nos olhos.

- Não sei. É uma decisão difícil – Raquel estava indecisa sobre qual caminho tomar.

- Você não pode demorar muito a se decidir. E esteja certa, Raquel, que eu apoiarei qualquer que seja a sua escolha. Você sabe, minha filha, que faria qualquer coisa para você ser feliz! – Marina afirmou, colocando sua mão sobre a da filha.

- Obrigada, mãe – Raquel se sentindo melhor com o apoio da mãe.

- Na verdade, eu até estou gostando da ideia de ser avó – Marina declarou, com um ar divertido.

- E se eu tiver a bebê sozinha? Eu vou perder tudo! E o meu trabalho? Também, não poderei morar naquele apartamento, ele pertence a Vitor – Raquel começou a entrar em desespero.

- Eu vou apoiar e ajudá-la em tudo. Poderá morar em outro lugar e, além disso, há o dinheiro da venda da casa do seu pai, que ainda está no banco. Isso não será problema. Mas, você tem que contar para o pai do bebê, ele tem direito de saber que vai ter um filho – Marina reiterou, mas Raquel não estava certa disso.

- Agora, eu preciso pensar um pouco, queria ficar um pouco sozinha, antes de tomar uma decisão – Raquel sabia que toda a sua vida estava preste a mudar.



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