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História Esse Amor - N m 2


Escrita por: Nymus

Notas do Autor


Olá.
O título desse capítulo é N/m² - não sei porque o SO não deixa por, mas okay.

Esse capítulo foi dividido em duas partes. Ou seja, postarei mais de um capítulo esse semana.

Agradeço a pessoa que divulgou a minha fanfic em algum lugar - porque somente isso explica a quantidade de novos leitores. Obrigada ^^
E agradeço a vocês que estão lendo por me darem a oportunidade de contar essa história a vocês.

Capítulo 26 - N m 2


[YunJi]

Em um mês morando com Kwon JiYong, eu percebi como minha vida havia se transformado. Dois sentimentos brigavam por espaço dentro de mim. Um deles era muito perigoso por instigar meus pés a saírem do chão e voar ao lado do dragão. Me pegava pensando no que aconteceria se eu me apaixonasse por aquele homem que me deu teto e era tão cuidadoso comigo e com o bebê. Não seria natural que eu me apaixonasse por ele? Ou, até mesmo, esperado?

O outro sentimento era a constante pressão da inadequação. Estava nos modos distintos que nos portávamos, nas roupas, nos gostos e em tudo mais. Para que a tensão cedesse, eu comecei a concordar com coisas que pareciam nos aproximar, como assistir animações, usar outras roupas, ouvir rap e falar que estava tudo bem se ele quisesse continuar ouvindo mesmo que eu odiasse esse tipo de música.

Acho que nunca superaria o “estranhos” dito por JiYong no começo dessa loucura. Aquela palavra, aquele sentido me perseguia. Me sentia deslocada quando ele falava sobre vinhos e viagens ao redor do mundo, quando falava de eventos importantes e roupas de alta-costura, quando havia tantas fotos deles em todos os lugares e nunca tiramos uma foto juntos.

Começava a invejar Jennie. Ela que era tão bonita e espirituosa, trabalhava muito bem ao lado do homem que dizia ser meu namorado. Eu nunca mais a vi e nem precisava para saber sobre como estava. Após publicação da foto maravilhosa deles no Japão, o mundo acreditava que eles tinham um caso. Inclusive eu. HaeSol me explicou que o boato sobre eles estava rendendo muito dinheiro, os singles do BLACKPINK estavam esgotados em algumas lojas, as meninas estavam sendo chamadas para programas, o casal perfeito estava com diversas publicidades engatilhadas. Aquelas mentiras vendidas como sugestão davam lucros e era isso que todos eles estavam atrás, do dinheiro.

Novamente, ficava sentindo que fazia apenas peso naquele mundo que não era o meu. Música, ídolos, aquela loucura. Eu não sei como ele conseguia. Não sei como HaeSol conseguia. Quando nos encontrávamos, uma vez para celebrar meu emprego novo e outra para assistirmos filmes de terror, pensava que ele era como eu apesar de pertencer àquele mundo maluco. Não estávamos mais nos vendo tanto, ele não parecia mais a vontade comigo e nos encontrávamos quando JiYong não estava.

“Por que está usando rosa? Você não odeia rosa?” HaeSol me perguntou no dia dos filmes. Eu vestia uma camisa listrada e uma saia que ganhei de JiYong, ele queria comprar coisas para mim e sempre que via algo que pensava que eu ia gostar, ele trazia. Eu não podia negar os presentes porque ele ficava tão feliz de fazer isso por mim. Sim, eu odiava todas as roupas porque elas não combinavam comigo, mas combinavam com alguém que as usaria para ficar ao lado dele, então, eu as usava. “Julie?”.

“Eu ganhei… É uma camisa bonita” murmurei.

“É bonita sim... Em outra pessoa…” meu único amigo me disse e segurou o queixo, me olhando por cima dos óculos redondos de lentes pretas que usava. “Vai tirar isso, vai”.

Rimos. Eu troquei de roupa e quando coloquei minhas calças velhas e a camiseta do Aerosmith, eu me senti melhor. HaeSol sorriu quando me viu. “Essa é a Julie que eu conheço” afirmou. Sim, era a Julie que eu também conhecia, mas que não servia para ficar ao lado do pai do meu bebê.

Aquela sensação de liberdade que eu tinha quando estava com meu amigo durava pouco. Novamente, a pressão avançava sobre mim. Numa noite, depois de voltar do salão onde escutava apenas como a vida dos ricos era maravilhosa e como todos amavam ser famosos, eu cortei mais meu cabelo. Os fios estavam com uma cor esbranquiçada, quase morta. Assim que vi as mechas na pia e me olhei no espelho, ainda era eu, mas não era. Sem a maquiagem que cobria meus olhos, as idols que andavam com JiYong não usavam aquela maquiagem pesada. Sem o batom preto, agora optava pelas cores mais claras que eu tinha, as clientes falavam que era isso que algum grupo de garotas que eu nunca ouvi falar estava usando.

Tentei sorrir, mas eu sabia se conseguiria.

Eu queria ignorar o sentimento ruim pelo bebê. Depois de sabermos que seria uma menina, JiYong parecia apaixonado pela ideia de ter uma garotinha correndo pela casa. Foi um dia memorável, o olhar, o sorriso, seu aperto em meus dedos. Ele passou dias olhando a imagem do ultrassom e falando sozinho sobre ser uma menina. Eram os momentos que eu o olhava e sorria, sem sentir que havia um mundo de distância entre nós. Eram os momentos que parecíamos tão próximos que o sexo era ainda melhor e mais poderoso. 

Aproveitando que fomos ao médico, ele fez exames só para que voltássemos a transar sem camisinha, sua única demanda em relação a nossa intimidade e admitia tardiamente que amava sentir ele jorrar dentro de mim. Aquela profunda ligação que nos conectava durante o ato e que culminava no sentimento de pertencimento. Enquanto o sentimento durava, não havia mais ninguém no mundo e não queria estar em mais nenhum outro lugar. Ali, onde existíamos sozinhos, a parte do mundo, era onde eu realmente acreditava que tudo ia dar certo. Assim que a sensação acabava e eu voltava a orbitar o mundo dele, minhas incertezas retornavam.

Secretamente, eu fingia que estava tudo bem, enquanto escolhíamos a decoração do quarto. A criança rica em cores claras e fofas. Depois, eu me trancava no quarto da criança, acaricia a barriga e olhava para a vista magnífica da cidade. Pássaros, verde claro, estampa de flores. A bebê teria um pai amoroso e por que isso não me deixava feliz? A ideia do papel de parede com flores rosas era terrível, eu queria o papel de parede com dinossauros. Escutava falar que dinossauros eram para meninos e me perguntava quem foi que decidiu isso. Por que minha filha deveria ser uma princesa se a mãe dela não era uma rainha? Olhava para o pai e entendia meu lugar, bem abaixo dele. Definitivamente, eu não dava a mínima para ser uma rainha, mas Kwon JiYong era um rei e eu não podia ir contra isso. Papel de parede de flores rosas então.

A mãe dele apareceu um dia com um berço e mandou montar. Presente, a escutei falar de longe. Eu encarei a madeira esculpida e pensei se estava mesmo no lugar certo. Enquanto mãe e filho discutiam a posição da cama, eu me afastei para sentar a mesa e encarar as dezenas de revistas de decoração que estavam espalhadas. O mobile que vi meses atrás não estava listado ali, nas lojas caras de Seul. Seria substituído por outro, mais refinado e menos simpático.

Usava uma camisa amarela e ao contrário do que falavam, eu não sentia qualquer alegria. A mãe dele me olhava com a mesma distância de sempre e quando me viu usando aquelas roupas coloridas, apenas me encarava com mais atenção, como se estivesse me aprovando. Ela seria uma avó carinhosa? Interferiu na lista de nomes deixada na porta da geladeira, selecionando dois nomes da lista do filho. Mandona era um de seus traços. Você comeu, Mo Yunji? Tomou as vitaminas? Saiu protegida do sol? Não está fazendo muito esforço? Ela queria saber tudo, menos como eu estava ou se queria aquele maldito berço.

Quando a cor da cortina foi decidida num rosa claro, eu não aguentei mais. Disse que estava cansada e fui deitar no meu quarto. O acordo foi respeitado por JiYong, ele não entrou porque não lhe dei permissão, mas ele bateu três vezes na porta em momentos diferentes. Queria saber se eu estava bem. Se o bebê estava bem. Respondia qualquer coisa e escondia minha cabeça embaixo do edredom até que escutasse ele ir embora pelo corredor. Ali, sozinha, entre as minhas coisas que faziam tanto sentido para mim, percebi que a criança que eu carregava não teria nada daquilo. O tecido que comprei com estampa de morcegos minúsculas para fazer a cortina do quarto da bebê estava na sala que JiYong me deu para maquiagem, minha surpresa para ele e para o bebê. Não havia mais motivos para surpresa. Talvez pudesse fazer alguma outra coisa com tecido e não chorar porque eu queria aquela cortina.

Olhei para as roupas coloridas em cima da poltrona e me zanguei com elas. Apanhei todas e levei para o banheiro, abrindo aquele cesto para roupa suja e joguei todas elas lá. Estavam escondidas da minha vista, mais tarde daria um jeito nelas, eu iria destruí-las com uma tesoura e remontá-las ao meu estilo. Me encarei no espelho. Furiosa, peguei os lenços úmidos e tirei o batom claro dos lábios. Voltei ao quarto, batendo o pé e me sentei na minha mesa de maquiagem. Joguei todas as coisas claras na gaveta e me maquiei como costumava a fazer antes.

Havia uma força que me motivava ao me ver como eu gostava. Liguei o som para escutar Aerosmith e deixar que a voz do Steven me levasse para algum sonho bom. Aquele sonho onde eu era feliz por ser quem eu era.

Acordei cedo na manhã seguinte e pela primeira vez em uma visita, fui para Busan sem levar comida chinesa para minha tia. Deixei uma nota que voltaria a noite na mesa da cozinha e sai. Peguei o trem e fiz o caminho da mesma forma que sempre fazia. Desliguei o celular, meu hábito e tentei ficar feliz com aquilo que me restava. Ali, entre a mulher que não lembrava que eu era sua filha e a mulher que me criou, eu me senti em casa. Na singular relação familiar, eu me encontrava completamente.

“Uma menina então? E que nome vai dar?” minha tia perguntou, satisfeita em comer um muffin que comprei na confeitaria próxima a estação de trem. Eu sabia que ela preferia a comida chinesa, mas parecia notar meu estado de espírito e não falaria nada.

“Estamos pensando ainda… Mas acho que será YiKyung” o nome que a mãe de JiYong havia escolhido.

“Não era YuRa? Você não gostava desse nome quando pequena?”.

Poderia ficar sem o YuRa se a bebê tivesse o nome que a avó escolheu e isso a fizesse gostar da criança, já que ela, obviamente, não gostava de mim.

“Essa família… Eles gostam de você?” minha tia tornou a perguntar diante do meu silêncio. “Eles estão respeitando sua opinião?”.

“O que você acha, tia?” respondi com um sorriso triste. Nem mesmo a maquiagem pesada que usava ou as roupas pretas podiam me dar a força que eu queria. Estava tudo bem não gostarem de mim, precisavam gostar da bebê. Era o mais importante.

Me encolhi e deitei no colo dela. Minha tia estava sentada em cima do tecido de piquenique e acariciou meus cabelos. “Ora, está tudo bem, YunJi-yah, você ainda é minha bonequinha assassina da loja de brinquedos… Não deixe que essas pessoas a desmotivem, você sempre foi corajosa… Para mim, você sempre vai continuar linda se for sombria do jeito que é” ela murmurou e eu sorri, fechando os olhos e deixando que as lágrimas saíssem o quanto quisessem.

De volta à estação de trem, notei o painel de JiYong e Jennie em destaque. Parei para olhá-los. Uma propaganda de uma marca famosa de jeans, os dois sentados numa moto, Jennie usando um top, o jeans e botas. Eu encarei a foto até ver meu reflexo contra o vidro que protegia o papel com a foto impressa. Ali estava a nossa distância. Uma boneca desengonçada de um lado e uma mulher linda e poderosa do outro, agarrada a um homem igualmente lindo e poderoso.

Garotas vieram, dando gritinhos e pararam para fotografar a propaganda, falando sobre como os dois eram o casal mais lindo que já tinham visto. Me olharam e torceram os lábios, me desaprovando também. Encarei o chão e concordei com cada uma das palavras proferidas. Eles eram lindos juntos.

Voltei para casa a noite. A gravidez me deixava mais cansada com o passar do tempo. Cochilei a viagem de trem e mesmo assim, nunca parecia ser o suficiente. JiYong estava me esperando. Ele me olhou assim que entrei na casa. Meu olhar encontrou a mãe dele sentada tomando chá, usando aquela porcelana cara. A terceira coisa foi um hanbok pendurado no cabide para não amassar.

“Mo YunJi! Onde você estava? Passei o dia ligando para você… Está tudo bem? Você está bem? Eu estava pensando em ligar para a polícia. Você pensou em como eu ficaria sem saber onde você estava? Você pensa em mim, Mo YunJi?” JiYong perguntou todas essas coisas. Pelo cabelo bagunçado e a presença da mãe, só pude concluir que ele estava infernizando a vida de alguém. Por sorte, não tinha sido a minha. Para meu azar, agora seria.

“Eu saí, deixei avisado que só voltaria agora”.

Ele não disse nada, apenas me abraçou forte. Não se preocupava com o que a mãe dele pensaria. Eu o abracei de volta, após segundos nos braços dele. Ali, com o cheiro, o calor, a presença dele, não havia espaço para qualquer insegurança. Havia sentido a falta dele, assim, o abracei ainda mais.

“Eu já vou indo” a mãe dele anunciou e nos soltamos para encará-la. “Lembre-se do que eu falei. E eu não sei onde você esteve, Mo YunJi, mas devia ir descansar” ela me disse e saiu. Mais uma ordem, sim senhora, senhora.

“Onde você estava?” ele perguntou, com as mãos no meu ombro.

“Visitando minha família…” disse e passei por ele. O momento entre nós havia passado. Deixei o embrulho com os muffins restantes em cima da mesa.

“Família? Você estava em Busan? E foi vestida assim?” ele perguntou e ficou na minha frente.

Olhei para as minhas roupas. Blusa listrada preta e roxa que caia pelos meus ombros, um cinto largo que não estava me apertando, uma saia rodada preta com renda, um suspensório, uma meia calça listrada. Sim, minha tia estava certa, eu havia me vestido como um boneca assassina.

Eu o encarei e os olhos deles não escondiam sua insatisfação. É, nosso momento terminou tão rápido que já sentia falta dele. Ali estava o maior sinal de inadequação, aquele que vinha dos olhos bonitos dele.

“Qual o problema com as minhas roupas?” quis saber.

“Nenhum… É que você parece…”.

“Pareço?”.

“Meu deus, mulher, você parece uma bruxa” ele disse.

E de todas as coisas que achei que ele iria me falar, aquela me fez rir. “Ahn~ Obrigada” respondi. Era boneca, mas bruxa servia. Fiquei de bom-humor. Parecia um elogio sincero que eu não escutava há muito tempo - se ele pensou que me ofenderia, ele não me conhecia mesmo. Abri o embrulho e mostrei a ele a comida. “Tem muffins aqui se você quiser” murmurei.

“Mo YunJi… Temos que conversar… Antes, sente-se aqui…” ele puxou uma cadeira e eu sentei. Ele sentou-se na cadeira em frente a minha e apanhou minhas mãos. “Por que você faz isso, Mo YunJi? Por que você não deixa eu cuidar de você?”.

“Eu ainda sei me cuidar, JiYong-sshi”.

“Mas Busan… Você foi para lá de trem, não foi? E se acontece um acidente? Por que não me avisou? Eu teria ido com você… Eu não quero que viaje sozinha… Ainda mais vestida assim” comentou e corou de leve.

“E se tivesse um acidente, que diferença ia fazer se você estivesse presente? Você não pode me proteger do mundo, JiYong-sshi”.

Ele soltou a minha mão e passou a mão no cabelo, fazendo com que os fios negros caíssem como ondas no topo da cabeça. “Você pensa em mim, Mo YunJi? Porque eu fico o dia todo pensando em você e estava preocupado e você não está nem aí para mim”.

“Claro que eu penso” até demais. “Eu posso fazer as coisas sozinhas, você não precisa se incomodar em ficar grudado em mim o dia todo…”.

“Mas não é um incômodo. Por que acha que é um incômodo? Acha que eu não posso me preocupar com você?”.

Eu não respondi. Não adiantava falar que não havia ninguém assim para se preocupar comigo o tempo todo e que achava estranho que ele falasse que isso era normal. Talvez fosse, não era para mim.

“Você não está mais pensando em ir embora, está?” ele perguntou com uma voz estrangulada.

“Não”, ao menos, não agora.

“Eu não entendo você, Mo YunJi… Você ainda não gosta de mim, não é?”.

Balancei a cabeça, negando. Encarei minhas unhas mal pintadas de preto. A mão dele que ainda segurava a minha era oposta, com a manicure bem feita.

“Eu acho que devia ficar triste, mas isso apenas me diz que devo continuar tentando… Espero que um dia, você deixe eu entrar, Mo YunJi… Prometo que não vai se arrepender” murmurou, com uma voz sonhadora.

Eu quis sorrir, mas não consegui. Queria dizer que já me arrependia, mas não consegui. Apenas levantei e sentei no colo dele, abraçando e escondendo meu rosto triste dele. JiYong me abraçou com cuidado.

“Minha preciosa Mo YunJi” murmurou e beijou o meu rosto. “Vamos para Jeju esse final de semana… Eu vou te apresentar a meu pai”.

A mudança na conversa me fez acordar do meu estado triste. “Você está falando sério?” perguntei, me afastando para encará-lo.

“Ele quer te conhecer… Ele já sabe da criança” ele respondeu, acariciando meu rosto com os nós dos dedos. “Eu tenho um pedido a fazer, Mo YunJi… Preciso que use esse hanbok… Meu pai… Ele é muito conservador. Quero que ele fique abismado com sua beleza, mas no modo dele. Vamos lá, ele te conhece e podemos ir para a praia depois, o que você acha?”

Acho que não quero fazer isso, mas assenti com a cabeça.

“Você não precisa ficar com medo… Eu vou cuidar de você” ele garantiu.

Encarei o hanbok pendurado. Eu tinha horror aquela roupa, me lembrava quando estava na escola e a menina sem pais era alvo das piadas. Cantar Arirang enquanto todos os outros recebiam palmas e acenos dos pais.

“Eu realmente preciso vestir isso?”.

“Por favor, Mo YunJi… Você não pode ir vestida como está agora”.

Sai do colo dele e ajeitei a minha saia. A pressão rasgaria meu peito. Já tinha roubado meu ar. A propaganda de Jennie e JiYong veio a minha mente assim como minha lembrança de ter me visto em comparação a eles. Eu era tão inadequada para estar ali. Minhas roupas, meu estilo de vida, meus gostos. Tudo estava errado. Um mês para perceber isso. Pelo bebê, eu pensei. Eu usaria aquele maldito traje pelo bebê. Concordei com a cabeça e me afastei dele, em silêncio.

“Mo YunJi… Espere” antes que ele chegasse perto de mim, eu fechei a porta do meu quarto. Ele bateu e me chamou mais algumas vezes. “Você está entendendo tudo errado, Mo YunJi”.

“JiYong-sshi… Eu estou cansada. Se quiser, pegue um muffin. Eu vou me banhar e dormir. Boa noite” disse, tranquei a porta e fui para o banheiro, fechando a outra porta para que ele não escutasse meu choro



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