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História Estações - Autumn: Apaixonadas


Escrita por: AleSinclair

Notas do Autor


Postando o capítulo bem rápido, TALVEZ, veja bem o talvez, eu post outro mais a noite!

Capítulo 30 - Autumn: Apaixonadas


Pov Camila

 

Eu estava dívida entre os sentimentos que me invadiram quando atravessei o arco de entrada do Acampamento Meio-Sangue. Estar ali antes do tempo significava que algo muito sério estava acontecendo. Porém estar ali antes do tempo, significava também que eu poderia ver Sofia. Meu coração estava disparado enquanto sai em disparada, passando pela Casa Grande e indo em direção aos chalés.

 

-Camila! – Zayn gritou vindo da arena, ele me viu afobada e deu um sorriso – Ela ta no Campo dos Morangos.

 

Gritei um obrigada já virando o corpo para ir em direção ao lugar indicado. Tropecei umas duas vezes antes de chegar a área de plantações de morangos. Não havia muitas pessoas ali, apenas ninfas e uma garota ruiva com uma miniatura de mim mesmo. Ela estava agachada com uma cesta do lado, escutando atentamente o que a ruiva falava. Abri um enorme sorriso, uma felicidade explodindo dentro de meu peito ao ver minha irmã.

 

-Sofi! – chamei o nome dela alto.

 

Seus olhos chocolates se ergueram prontamente, e então brilharam. Ela gritou, levantou e correu em minha direção. Sofia tinha as mãos e os joelhos sujos de terra, mas quem disse que eu liguei? Quando ela se jogou em mim, eu já tinha os braços abertos para pegar a criança e a esmagar contra mim. A enchi de beijos, só percebendo agora o quanto estava com saudades dela.

 

-Mila, Mila! – ela chamava quase saltitando em meu colo – Eu estava com saudades!

 

-Eu também princesa, eu também! – a abracei apertado mais uma vez e ela retribuiu.

 

-Você está me esmagando!

 

-Você também!

 

Nós acabamos gargalhando. A soltei no chão, sem conseguir parar de sorrir. A garota ruiva se aproximou, ela se chamava Ebba e era filha de Deméter. Disse que estava ensinando a Sofia como funcionava o sistema de plantação e conversando. Sofia segurou em minha mão e começou a me arrastar tagarelando sobre um tal de Ifos. Ela me levou até os estábulos, um lugar bem amplo e com um campo verde bonito. A pequena levou dois dedos até os lábios e assoviou alto uma única vez.

 

-Ifos, Ifos! – ela gritava parecendo chamar algo.

 

Então ele apareceu. Majestosamente branco e pequeno, era um unicórnio bebê. Sim, um cavalo branco com um chifre perolado no meio da testa. Era uma das coisas mais lindas que eu já vi na vida. O cavalo pequeno aproximou de Sofia e ela com um sorriso quase rasgando seu rosto foi acariciar seu pescoço e crina.

 

-Esse é Ifos, o Zayn me ajudou a escolher o nome! Quer dizer Sofi de trás para frente. Encontramos ele com a pata machucada na floresta – Sofia explicou orgulhosa – Ele é meu amigo!

 

-Nossa princesa, estou encantada, ele é muito bonito! – disse sinceramente encantada – Hey garotão, posso te tocar também?

 

Fui me aproximando cautelosamente, os olhos negros focaram em mim quando abaixei para ficar na altura do equino. Mas assim que estiquei minha mão, Sofia o incentivou a se aproximar e logo eu estava acariciando um unicórnio. Metade da população infantil teria inveja de nós duas naquele momento! Eu me perdi na noção de tempo, ficando ali com Sofia brincando com Ifos e conversando sobre o que ela andava aprontando no acampamento. Ela falava, falava sem parar, animada e teatralmente. Eu não me incomodei nem um pouco, aliás, adorava esse lado extrovertido de minha irmã menor.

 

Só notei que estava anoitecendo quando Dinah apareceu nos procurando e dizendo que era hora das crianças tomarem banho para jantar. Só então descobri que agora teria de ir para o Chalé de Deméter ao invés do de Hermes, o qual eu já estava acostumada. Porém Sofia me arrastou tão animada que eu não me permiti ficar triste por não dividir mais a mesma cabine com Dinah.

 

Tomamos banho juntas, sem pudores e sim muitas brincadeiras. Ficávamos desenhando no vidro embaçado por causa da temperatura, ou fazendo cocegas uma na outra. Dinah estava certa, éramos como duas crianças. Quando fomos para o refeitório quase uma hora depois, abri um sorriso ao ver que todos estavam em uma mesa única, diferente do que acontecia no verão onde cada chalé ficava separado. Menos Lauren que estava solitária como sempre comendo um enorme prato com carne e salada.

 

-Princesa, vai para as meninas que eu vou ali trazer a Lolo – murmurei para Sofia.

 

-Eu quero abraçar a minha cavaleira! – Sofia sorriu grande.

 

-Logo ela vai para lá, eu prometo – falei segura.

 

Sofia acenou e correu para sentar ao lado de Dinah e Zayn. Caminhei devagar até a mesa de Lauren, ela estava concentrada cortando um pedaço de bife sem me notar. Então com todo o carinho do mundo eu dei um tapa atrás da cabeça dela. Lauren empurrou o garfo para frente espalhando toda a comida, xingando na mesma hora e virando para encarar seu agressor com raivosos olhos verdes. Quando me viu, sua expressão foi mudando aos poucos de furiosa para uma indignada.

 

-Por que fez isso, Cabello? – ela perguntou em tom zangado.

 

-Porque você é idiota – respondi simplesmente e sorri – Vem, vamos sentar com os outros.

 

-Eu quero comer em paz – Lauren resmungou como sempre – Eles vão arranjar um jeito de começar a me provocar, vou responder e vai começar toda uma sequência de brigas.

 

-Vamos Lolo, eu juro que te protejo – pedi com carinho e a vi negar com a cabeça, revirei os olhos e me inclinei para sussurrar em seu ouvido – Eu prometo que te recompenso depois, vem sentar comigo.

 

O garfo parou totalmente o seu trabalho de juntar a comida. Lauren virou o rosto para me fitar de maneira intensa enquanto eu dava um sorriso inocente. Ela revirou os olhos verdes, mas mesmo sem dizer nada levantou pegando o prato. Sorri vitoriosa e caminhei ao lado dela para a mesa onde estavam Dinah, Normani, Ally, Zayn e Sofia. Lauren sentou ao lado de Zayn, eu ao lado dela e logo Sofia estava quase subindo encima da mesa para sentar em meu colo.

 

-Laur, você protegeu a minha irmã? – Sofia questionou com toda a pose do mundo.

 

-Mas é claro – Lauren falou como se fosse óbvio – Eu não deixaria nada acontecer a ela, Princesa Sofia.

 

-Acho bom, ou então colocaria a Dinah como primeira cavaleira de defesa no seu lugar! – Sofia ameaçou apontando o dedo de maneira mandona, mas logo sorriu.

 

-Iria se arrepender, eu sou melhor do que ela – Lauren fez uma cara indignada.

 

-Epa, quem disse? Eu que cuidava da Mila antes de você começar a ter um tombo que vai até o Tártaro por ela – Dinah logo se defendeu ao mesmo tempo em que contra-atacou.

 

-Ainda assim, sou melhor agora – Lauren deu ombros tentando ignorar o fato de DJ mencionar o tombo que realmente existia – Mas quero que as Cabello vão logo comer, devem estar morrendo de fome.

 

-Sim! – respondi ao mesmo tempo que Sofia.

 

Fizemos nosso pratos contendo o máximo de massa possível, depois fomos fazer as oferendas. Eu pedi para que minha mãe, Perséfone, estivesse bem onde quer que estivesse. Ta, eu não a amava como amava minha mãe Sinuhe, mas ela não deixava de ser, bem, minha mãe. Quando voltamos, dessa vez Sofia sentou ao meu lado para comer o jantar. De início a conversa foi bastante trivial e divertida, como sempre acontecia quando tinha eu, Dinah, Ally e Normani juntas. Lauren era sempre mais na dela, mas sorria disfarçadamente com alguma idiotice engraçada que eu fazia e eu adorava saber que era o motivo de seus sorrisos.

 

Logo Ebba apareceu para lembrar do horário que já estava tarde e que seria bom Sofia ir dormir. Ela fez um pouco de manha para que eu fosse junto, mas dei uma desculpa qualquer e prometi que dormiria na mesma cama que ela essa noite. A bem da verdade, eu tinha de ficar para discutir coisas importantes sobre o futuro incerto que tínhamos pela frente.

 

-Ok – Ally disse assim que Sofia saiu com Ebba do refeitório – O que temos planejado até agora?

 

-Amanhã iremos para New Jersey encontrar com Jennel e mais alguns “recrutas” – Dinah explicou bebendo algo verde – Iremos de navio até o Triângulo das Bermudas.

 

-E rezaremos para não morrer – Zayn completou – Bom plano.

 

-O Mar de Monstro sempre foi um mistério – Lauren finalmente falava uma frase completa, mas seu tom estava sério – Não podemos planejar muito antes de estar lá realmente.

 

-Por que não procuramos as Caçadoras primeiro? – Normani sugeriu.

 

Eu senti Lauren ficar tensa ao meu lado, sua postura ficando mais rígida e seus olhos faiscando em direção a Normani. A filha de Afrodite encolheu no lugar sobre o efeito daquele olhar ameaçador que Lauren tinha naturalmente por ser filha de Zeus.

 

-Não me venha com esse olhar assassino – Normani disse fazendo uma rápida careta – Mas essa não é a missão mais fácil? Encontrar a selenita?

 

-Na verdade, encontrar as caçadoras quando estão em caçada é complicado – Zayn disse pensativo – No Mar de Monstros é mais perigoso, mas temos meio que uma direção. Jennel saberia chegar a Ilha de Circe, certo?

 

-Esperamos que sim – Dinah comentou terminando a sua bebida – Qualquer lugar que formos vai ser perigoso mesmo, não acho importante por onde vamos começar, mas sim que sobrevivamos no final.

 

-Também espero, srta. Hansen – a voz de Quíron soou atrás de nós.

 

O centauro estava em sua forma original, braços cruzados e olhar paciente de sempre. Ele fitava a cada um de nós e eu meio que senti o peso do julgamento em seu olhar.

 

-Eu não acho certo que tantos semideuses se arrisquem dessa forma – ele foi enfático, mas soltou um suspiro – Mas os deuses estão ocupados também procurando pela deusa e cuidando das consequências que estão surgindo. Tenho um favor a pedir.

 

-Fala Q. – Zayn disse de maneira desleixada.

 

-Quero que Camila vá encontrar a Oráculo antes de sair – o treinador do acampamento exigiu.

 

-Mas Rachel está na escola interna dela – Mani comentou.

 

-O oráculo de Delphos é o mais famoso e poderoso que já conhecemos, querida Normani, abençoado pelo próprio Apolo. Mas... Isso não quer dizer que profecias não possam ser ditas de outros modos.

 

-Ah não! Eu odeio fazer isso! – Ally prontamente exclamou.

 

-Mas seria bom – Dinah disse com cuidado, fitando Ally mais séria do que o de costume – Uma profecia é como uma prévia futura do que o Destino reservou para nós. É uma missão difícil a que pegamos para nós, uma profecia é quase necessária Allycat.

 

-Ok, mas só com a Mila! – Ally acabou aceitando e bufando – E algo bem específico, não vou atrás de uma grande profecia.

 

-Eu desejo boa sorte e bom descanso, meio-sangues, que os deuses olhem pelo caminho de vocês.

 

-Como se isso fosse algo realmente bom – Lauren resmungou baixinho.

 

Quíron fingiu escutar nada e se afastou produzindo o som de cascos ao caminhar para fora. O grupo ficou mais quieto e eu me mexi e remexi. Não estava aguentando de curiosidade quando Lauren bufou do meu lado.

 

-Fala logo Camz, o que quer saber? – ela indagou nada gentil, mas era o seu jeito.

 

-O que é esse lance todo de profecia que eu e Ally temos de fazer? – indaguei corando um pouco, odiava não saber das coisas.

 

-As profecias marcam as grandes missões – Zayn explicou paciente – Quando os heróis são chamados para combates ou para realizar tarefas, eles recebem profecias sobre o futuro. São versos confusos e que só entendemos na maioria das vezes quando está acontecendo ou aconteceu.

 

-Isso não é ruim? Ficar esperando que algo aconteça sem saber se vai realmente acontecer desse jeito? – perguntei incerta.

 

-Sim e não – Dinah deu de ombros – É melhor alguns versos confusos do que nada.

 

Soltei um suspiro ainda um pouco confusa, mas convencida de que só entenderia quando estivesse acontecendo. Ally foi a primeira a levantar alegando precisar descansar para o que viria a seguir. Lauren tocou minha perna suavemente e fez um gesto com a cabeça indicando a porta, um pedido mudo para sairmos também.

 

-Boa noite, descansem bem – falei levantando, olhei para cada um deles e suspirei – E obrigada por entrarem nisso, mesmo sabendo dos riscos.

 

-É a nossa vida, Chancho – Dinah sorriu grande.

 

Zayn e Normani concordaram com ela, Lauren levantou com uma expressão suave, mesmo sem sorrir eu sabia que também achava a mesma coisa. Sem perceber, busquei a mão dela e logo a filha de Zeus entrelaçava os nossos dedos. Era algo tão automático que chegava a ser natural. Mas esquecemos de um detalhe básico: não estávamos mais sozinhas ou só com Dinah para lidar.

 

-Que fofo, elas andam de mãos dadas! – Zayn provocou prontamente afinando a voz.

 

-Nunca pensei que a Lauren tivesse um pingo de gentileza para algo tão bobo assim – Normani suspirou – A fera está sendo domada pela bela garota. Isso é tão romântico.

 

-Vão se foder – foi a resposta grossa de Lauren.

 

Revirei os olhos e a puxei dali, sorrindo só pelo fato de mesmo sendo provocada pelos amigos, Lauren não soltou a minha mão. A levei para fora dali, mas foi Lauren que me puxou até o Chalé I, o chalé dela. Assim que entramos, eu explodia de curiosidade. A filha de Zeus acendeu as luzes e eu franzi o cenho. No centro do chalé havia uma estátua de Zeus que encarava a porta. Era como uma enorme caixa de mármore, muito bem organizado... E frio. Havia poucos boliches ali e o único com sinal de que foi mexido era o que estava justamente fora da visão da estátua. Na parede que ficava atrás da cama de solteiro haviam pôsteres de cantores e até mesmo figuras aleatórias.

 

-Não é nada comparado a bagunça do Chalé de Hermes – comentei me jogando na cama de Lauren.

 

-É quieto – Lauren sentou ao meu lado, tirando os tênis que usava – Solitário, mas com o tempo eu acostumei.

 

Assim que esteve descalça, Lauren arrastou o corpo para trás até encostar na cabeceira da cama. Não hesitei em ir até ela e sentar em seu colo, recebendo um sorriso suave ao mesmo tempo em que os braços dela me envolviam. Por mais que Lauren Jauregui fosse um cavalo com os outros, em momentos assim ela era extremamente carinhosa e cuidadosa.

 

-Camz – Lauren chamou começando a mexer em meu cabelo em uma espécie de cafuné – Você está com medo?

 

-Eu estaria mentindo se dissesse que não – respondi sincera, me aconchegando em seus braços – Mas tenho medo de que algo aconteça algo a eles – olhei para ela e senti meu coração apertar – Medo de que alguma coisa aconteça com você.

 

-Nada vai acontecer com você e comigo – Lauren disse firme, segurando a minha cintura e me puxando mais para si – Eu era muito boa em sobreviver, mas agora é diferente.

 

-O que é diferente?

 

-Eu quero viver, viver com tudo o que eu tenho direito – ela começou usando ainda aquele tom firme, mas aos poucos foi vacilando e ficando levemente corada – Eu tenho direito a ser de alguém e ter alguém, certo? Digo, você é minha, eu sou sua. Então isso quer dizer que eu quero viver com você. É algo assim e... Porra! – Lauren xingou quando começou a ficar nervosa ao falar de seus sentimentos – Você entendeu?

 

Sim, eu havia entendido. Meu coração disparava enquanto eu via aquela garota com síndrome de lobo solitário tentando declarar que queria viver junto comigo. Eu via Lauren Jauregui, com seus olhos claros estupidamente lindos. De sobrancelhas grossas e bastante expressivas. Os lábios pareciam ter sido desenhados pela própria Afrodite, de tão desejosos e lindos que eram. Eu a via por completo, cada detalhe de seu rosto que se mantinha ansioso por minha resposta. Eu via a mulher de minha vida.

 

Sim, eu tinha entendido que estava completa e perdidamente apaixonada por Lauren Jauregui.

 

-Merda, diga algo Camila. Eu sei que sou uma idiota quando se trata de discursos mais íntimos, mas eu estou tentando de verdade fazer você entender que eu quero que isso dê certo! – Lauren finalmente não aguentou meu silêncio.

 

-Você está apaixonada por mim, Lauren – disse serena, vendo a verdade estampado nos olhos verdes. Ela me fitou mais uma vez daquele jeito intenso que me derretia, não contive um suspiro – Assim como estou apaixonada por você. Não haveria ninguém mais com quem eu quisesse compartilhar minha vida.

 

-Vo-você disse que se apaixonou por mim? – Lauren indagou ainda incrédula.

 

-Com todas as letras. Eu estou apaixonada por você, Jauregui.

 

-Oh deuses!

 

Lauren me agarrou em um abraço apertado, soltando um suspiro tão aliviado que me fez rir. Ela enterrou o rosto em meu pescoço inspirando forte, eu sabia que ela adorava o meu cheiro natural. Então Lauren Jauregui começou a rir a princípio baixo, mas logo se tornando uma gargalhada. Um riso sincero de felicidade que inundou todo o meu ser. Um riso longo como eu nunca vi ela fazendo, um que era extremamente gostoso e contagiante. Quando Lauren ergueu o olhar, tinha um sorriso destruidor de corações no rosto. Ela estava tão linda sorrindo daquele jeito que meu coração pareceu transbordar agoniado com aquele sentimento poderoso que me dominava.

 

-Eu vou fazer valer a pena Camila Cabello. Fazer valer a pena ser minha garota, porque eu não posso perder você – Lauren declarou em um tom apaixonado.

 

-Não vai me perder Lolo – prometi fazendo carinho em seu rosto – Eu conheço você e te quero mesmo assim. Deuses, como eu te quero!

 

Eu não resisti mais, segurei o rosto dela entre minhas mãos e o puxei para mim para selar aquele momento com um beijo. Um que eu pensei que seria apaixonado e calmo, mas em poucos segundos eu entreabria os lábios para receber uma língua impetuosa e exploradora. Lauren transformou aquele beijo em algo intenso e incrivelmente gostoso. Agora ela sabia exatamente como me enlouquecer com um beijo e não hesitava em fazer isso constantemente. A língua dela comandava a minha, os lábios ditavam um ritmo não muito rápido, mas ainda assim intenso e voraz. Lauren tocou o céu de minha boca, sugou demoradamente minha língua e chupou meus lábios ao mesmo tempo em que o puxava em sua direção. Busquei o ar por entre meus dentes, morrendo de tesão só com aquilo.

 

Inclinei meu rosto em direção ao pescoço dela, mordendo, beijando e chupando o ponto de pulso. Lauren segurou forte em meu quadril e cintura, arfando e arrepiando. Era delicioso saber o poder que eu tinha sobre ela, que eu não era a única a morrer derretida com simples toques. Eu já estava colocando minha mão dentro da camisa dela quando Lauren segurou em meu pulso e pareceu respirar fundo.

 

-Temos de descansar Camz – Lauren lembrou – E se formos começar agora, eu não deixaria você sair daqui.

 

-Eu não quero sair daqui – aleguei com a voz baixa e rouca.

 

-Acredite, eu não quero que você saia – a fitei confusa e Lauren acariciou meu rosto ao mesmo tempo em que tinha um sorriso sacana no rosto – Na verdade depois de um momento tão meloso como o que tivemos, tudo o que eu mais quero é foder você deliciosamente.

 

Eu sei que eu deveria ser uma moça, que deveria pensar que quando nos tocávamos fazíamos amor e não sexo. Mas depois de experimentar, de saber o poder que um orgasmo tinha... Tudo o que eu queria também era que ela transasse comigo a noite inteira. Meu corpo implorava por isso! Quem era eu para negar um pedido tão gritante?

 

-Mas, iriamos nos cansar e quem sabe você não conseguiria nem andar direito amanhã? – Lauren continuou com aquele sorriso malicioso.

 

-O que te faz pensar que isso aconteceria? – tentei argumentar e ela arqueou uma sobrancelha, bufei sabendo que seria provável que aquilo fosse verdade – Merda Lauren, eu vou ficar na vontade!

 

Resmunguei e fiz meu melhor bico pidão. Mas tudo o que aquela garota branquela fez foi rir daquele jeito gostoso e me abraçar. Eu sabia que ela estava certa, não era nada indicado que fizéssemos algo do tipo essa noite. Porém dizer isso para meu corpo era uma história completamente complicada.

 

-Odeio você – reclamei choramingando.

 

-Eu devo dizer que adoro o fato de você ser desinibida e safada – Lauren me fitou divertida – Isso me surpreende na verdade.

 

-Quer que eu vire uma santinha requintada que não sabe o quanto o sexo é gostoso depois de ter orgasmos seguidos por sua culpa? – arqueei uma sobrancelha e Lauren desatou a rir, dei de ombros – Apenas não nego para mim as coisas que quero – acabei franzindo um cenho, um pensamento começando a me incomodar de repente – Isso faz de mim uma garota promiscua?

 

-Não bebê – Lauren acariciou meu cabelo – Você não é uma vadia só por gostar de sexo comigo e não complicar as coisas.

 

-Claro que é sexo com você, eu só fiz com você – disse no automático.

 

-E vai ser só comigo, é o suficiente – Lauren replicou mais séria e dura, segurando meu queixo de maneira firme – Você é minha garota.

 

Também começava a me perguntar se era errado sentir minha calcinha molhar toda vez que Lauren ficava possessiva daquele jeito.

 

-Não estava reclamando Lolo – soltei um suspiro e dei um longo selinho nela – Mas acho melhor eu ir, prometi que iria dormir com a Sofia.

 

Comecei a me levantar do colo dela, apenas para quando conseguir parcialmente o feito, ser lançada contra o colchão e Lauren subir encima de mim. Arfei e perdi completamente o ar quando ela me beijou forte, voraz. Eu já estava ficando tonta e perdendo a noção do nosso recém combinado de que nada aconteceria quando ela se afastou, os lábios úmidos e vermelhos por conta do beijo.

 

-Não iria sair daqui sem o beijo de boa noite – ela piscou e se afastou – Vou com você até o chalé.

 

Pisquei várias vezes tentando retornar a realidade, o sabor dos lábios dela ainda grudados aos meus parecia dificultar enormemente essa missão. Suspirei auditivamente, balancei a cabeça em negação e Lauren sorriu travessa enquanto me ajudava a sair de sua cama. Para me vingar, quando ela me levou até o chalé de Deméter, eu olhei para os lados e ao não encontrar uma alma viva, a agarrei dando o meu beijo de boa noite. Dessa vez foi ela quem ficou dando suspiros disfarçados, com tanta dificuldade de se afastar que dava passos para trás apenas para não me perder de vista.

 

Só naquele momento eu admiti que ela estava certa sobre algo que tinha dito no nosso primeiro encontro. Eu conhecia os seus defeitos, mas quando visse suas qualidades iria cair perdidamente apaixonada. Dessa vez, Lauren Jauregui estava indubitavelmente certa.


Notas Finais


Para quem tava com saudades da fofura da Sofia *o*


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