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História Estações - Winter: Como invadir um castelo de gelo.


Escrita por: AleSinclair

Notas do Autor


Beeem. Eu sei que disse pra muita gente que não conseguiria postar tão cedo. E não iria se não fosse por duas razões. A primeira é que uma amiga muito muito importante está passando por um momento meio que delicado, então ela precisa distrair a mente e nada melhor do que lendo Estações u.u A outra é que é aniversário de uma pessoinha ai que vive pegando no meu pé por causa da fic e surtando, daqueles tipos que me ameaça e tudo o mais hehehe. Mas eu te adoro Jess, feliz aniversário e desculpa o capítulo não ta tão digno do evento, foi o que eu consegui fazer >...<

PS: PARA ENTENDER MELHOR O CASTELO E O MONSTRO QUE APARECEM, OLHEM O LINK NAS NOTAS FINAIS!

Capítulo 65 - Winter: Como invadir um castelo de gelo.


Pov Lauren

Primeiro nós vimos as altas torres de mármore, ou qualquer que fosse aquele material esbranquiçado. Era o primeiro sinal de que o castelo de Despina era real, de que estávamos em território inimigo. Árion agitou-se, passando a diminuir o galope sendo cauteloso a todo o momento.

Depois veio a sensação de que a Disney copiou a deusa em sua arquitetura para fazer o castelo de gelo de Elsa, personagem de um desses desenhos que Camila me fazia assistir em sua casa. Era magnifico, majestoso e era como se fosse o centro de tudo. Paredes enormes de gelo estavam ao seu redor formando desfiladeiros e penhascos, mas não era como se o castelo estivesse escondido realmente. Um caminho feito por uma ponte de gelo dava acesso ao portão principal, um longo e estreito caminho.

Árion parou e relinchou alto. Austin foi pego de surpresa com o movimento brusco, segurando-se ao pescoço do animal para não cair.

-Aqui é o limite dele – Austin disse desmontando o equino – Árion disse que vai cobrar a parte do acordo depois.

-É estranho fazer isso – Camila fez uma careta, aproximou-se do cavalo e sorriu docemente – Mesmo que tenha sido meio que uma negociação, obrigada por nos ajudar, você é o melhor cavalo do mundo!

O animal relinchou como se estivesse bufando e dizendo “eu sei disso”, mas balançou a cabeça fazendo sua crina sacudir, Austin traduziu aquilo como “você é legal para uma semideusa”. Era incrível como os monstros ou seres mitológicos pensavam facilmente isso de Camila. Não os culpava, ela era encantadora naturalmente.

Depois disso Árion disparou em sua corrida anormal, sumindo de nossas vistas em questão de segundos. Dei passos à frente, afastando-me um pouco do grupo de semideuses para poder encarar o castelo. Senti um poderoso calafrio, como se tudo o que fosse meu estivesse gritando que a partir dali um passo poderia ser fatal. Eu não duvidava nem um pouco disso. Finalmente o momento havia chegado, dali a poucas horas a batalha iria se romper e lutaríamos não só pela mãe de minha namorada, mas por nós e por um futuro que estava em risco.

-Lauren? – Camila chamou, sua mão enluvada pousando sobre meu ombro.

Respirei fundo engolindo o ar gélido, enterrando por minha garganta todas as dúvidas que eu tinha. Eu não podia me permitir hesitar, não quando estávamos ali.

-Eu não vou mentir para vocês – falei virando meu corpo para o grupo, descobrindo que todos os pares de olhos estavam me encarando – Eu estou com medo – meu tom vacilou por uma fração de segundo, mas logo eu fechava minhas mãos em punhos e colocava a minha postura – Medo de não conseguir, medo de ser fraca... Mas eu tenho muito mais medo da possibilidade de não ter um futuro. Precisamos salvar a mãe de Camila para que isso aconteça, mas não façam isso apenas pelos deuses – eu ficava cada vez mais determinada, era como se todo o meu poder de liderança se derramasse por minha voz – Façam para termos um amanhã melhor e mais seguro, façam para que tanto humanos e semideuses sobrevivam a este inverno.

Agora eu podia entender porque sempre antes da batalha, o líder fazia um discurso. Era necessária confiança para cair de cabeça em uma briga, principalmente uma que definiria o destino de todo o mundo. A determinação, a coragem e a fé poderiam ser abaladas facilmente e pôr tudo a perder se palavras fortes não fossem ditas.

-Quero que olhem para um lado e para o outro – prossegui e olhei para Camila, esticando a minha mão para pegar a dela e logo entrelaçando nossos dedos – Não posso prometer que vamos sair daqui inteiros ou... Ou vivos. Mas quero que olhem uns aos outros, pois são esses semideuses que vocês vão tentar proteger em batalha, são eles que vão fazer história com você. Não somos mais apenas eu, você e eles. Somos nós, uma equipe que já passou pelo inferno e que não vai cair tão fácil assim – abri um sorriso de canto um tanto quanto convencido – Nos acusaram de nós acharmos os melhores. Desculpa mundo, mas nós somos fodas pra caralho! Acreditem no poder de cada um de vocês, porque vocês são os melhores que eu já vi. Nós vamos entrar naquele castelo, derrubar tudo se for preciso, mas vamos sair vitoriosos!

Siope foi o primeiro a soltar um grito animado e de guerra. Seu instinto de guerreiro pareceu instigar a todos os outros, que também se agitaram. Camila apertou a mão sobre a minha, um sorriso orgulhoso estava estampado em sua face.

-Eu sabia que os filmes épicos de guerra serviriam para alguma coisa um dia – sussurrei apenas para ela.

Dessa vez, nós todos nos aproximamos para podermos encarar o castelo. Não iriamos invadir pela porta da frente e nos entregarmos de bandeja para o inimigo. Era preciso um plano, um rápido e eficaz.

-Aqui – Zayn disse já tirando a sua mochila mágica – Eu tenho algo que pode nos ajudar.

O filho de Hefesto pegou uma espécie de binóculo e entregou a Dinah, a que estava mais próxima dele. Como uma ladra nata, ela provavelmente saberia a melhor forma de invadir o lugar. Zayn ainda mexeu em alguma coisa no item, abrindo aquele sorriso convencido que sempre dava ao saber que a sua criação era genial.

-Uou – Dinah expressou assim que colocou o binóculo a frente dos olhos – Eu já vi isso nos filmes, é leitura de calor?

-Sim, não sei se vai servir muito, já que tudo é frio – Zayn falou dando de ombros – Mas custa nada tentar.

-As leituras são fracas, mas eu posso ver algumas possibilidades – Dinah disse analisando o castelo – Há coisas vivas ao redor do castelo, como se fossem guardas, provavelmente aqueles monstros polares... Mas nas torres há muito pouco, na da esquerda não há nenhum. Seria o melhor local para podermos entrar.

-Há túneis subterrâneos, eu posso senti-los – Ariana comentou.

Túneis. Torres. Passei a mão pelo meu cabelo, minha mente trabalhando intensamente como nunca antes.

-Acho que eu... Não, eu sei que eu consigo levitar alguns de nós. Então tudo o que teríamos de fazer é escalar a parede de gelo e saltar – ponderei e cruzei os braços ainda pensativa – Mas demoraria fazer duas viagens...

-E você se desgastaria demais – Ally lembrou.

-Acho que temos de nos dividir – Jennel se manifestou e todos a encaramos – Lembram da ilha? Um grupo foi capturado e o outro libertou. Se formos todos juntos, corremos riscos de sofrer tudo junto, sem ter a possibilidade de ter cobertura, elemento surpresa ou resgate.

-Podemos ir por cima e por baixo, aumenta também a chance de encontrarmos mais rápido a deusa – Troy balançou a cabeça em concordância – Faz sentido para mim.

Dividimos o time rapidamente. Para a escalada comigo iria Camila – obviamente - Dinah, Jennel, Demi e Troy. Os outros seguiriam com Ariana pelo subterrâneo. Se não fosse pela filha de Hades liderando esse subgrupo, eu resistiria a ideia. Mas se tinha alguém que poderia ser tão linha dura quanto eu, era essa garota de jeito meigo e olhar mortal.

-Como encontraremos o subterrâneo? – Normani questionou.

-Eu acho que posso abrir o caminho – Austin falou.

Todos nós olhamos para ele. Austin fez uma breve careta, apontou as mãos para o chão e então fez com que uma pedra de gelo se deslocasse para cima. Era o mesmo efeito que Camila tinha sobre a terra.

-Gelo é água em seu estado sólido – Austin explicou ao notar os olhares que se misturavam entre surpresa e confusão – Eu descobri que consigo manipular o gelo lá na floresta, quando entramos em várias batalhas.

-Então bastaríamos estar sobre um dos túneis e você abriria caminho já que isso aqui tudo é praticamente gelo – Zayn deduziu – Cara, isso é demais!

E realmente era. Eu nunca tinha escutado sobre um filho de Poseidon que conseguia manipular o gelo. Foram necessários apenas poucos minutos mais para finalmente nos separarmos, tendo Zayn deixado cordas e equipamento de escalada. Vantagens de ter uma mochila que cabia tudo sem ficar pesada. Camila tinha nas costas o machado de Zayn, com a gema antimágica embutida bem no centro, de cor arroxeada. Segundo ele, a probabilidade de um filho encontrar sua mãe era muito maior do que qualquer outro de nós.

Ninguém ousou se despedir ou dizer um adeus, tínhamos apenas olhares confiantes e determinados, escondendo toda a ansiedade e medo pelo que estava por vir.

A caminhada até a parede de gelo foi mais demorada do que eu esperava. Ninguém falava muito, apenas um comentário ou outro. Colocávamos o nosso equipamento, sendo eu e Dinah a primeira a terminamos. A filha de Hermes se aproximou hesitante, mas tocou o meu braço para chamar a atenção.

-Antes da loucura começar realmente, eu queria pedir desculpas – Dinah pediu sem jeito – Eu entendo agora porque você está assim, diferente.

Era difícil brigar com Dinah, digo, uma briga de verdade, sem ser as implicações cotidianas. Ela era uma das semideusas com a qual eu passei mais tempo, a que eu passei a confiar quando dei uma chance para isso. Assim como Zayn, ela era mais como uma irmã do que uma amiga.

-Quero um pote de Nutella e uma coleção de jogos de zumbis – disse ainda séria – Só ai eu penso em te perdoar, Jane.

Dinah sorriu e revirou os olhos, ela sabia que eu já a havia perdoado. Depois dessa pequena conversa, eu fui ajudar Camila que se atrapalhava com os ajustes de segurança. Só então começamos a subir. De início foi realmente lento para testarmos como estava aquele gelo. Mas todos nós já tínhamos passado por horas de treino na parede de escalada no Acampamento Meio-Sangue. Era mais difícil, mas os princípios eram os mesmos. O principal desafio era aguentar a escalada de algo tão grande quanto aquela parede. Eram metros e mais metros para cima, parecendo quase infinito. Eu só poderia esperar que o outro grupo invadisse o castelo quase ao mesmo tempo que nós, ou anunciariam a presença de semideuses sem que estivéssemos lá dentro realmente.

A escalada durou quase uma hora. Longa, difícil, cansativa. O ar rarefeito não fazia tanta diferença para mim, a não ser quando ultrapassava as atmosferas enquanto voava. Mas para os outros era nítida a dificuldade para respirar e manter-se regular. Nos aproximamos da beirada, a altura demasiadamente alta fez Troy afastar-se levemente tonto. Dinah calculou a distância e eu me preparei.

-Demi, Jennel, caso algum ataque aconteça no ar, fiquem atentas pois eu não vou poder me desconcentrar – falei tirando o meu casaco de frio, ele atrapalhava a forma como eu sentia o vento e, consequentemente, como o controlaria – Não se movimentem demais, ou podem influenciar na corrente de ar que estarei manipulando. Vou ser o mais rápida possível.

Eles acenaram, eu fui para a ponta do precipício... E me joguei. Isso era apenas para que eu sentisse a direção dos ventos por completo. Assim que peguei uma corrente mais forte, girei meu corpo e como que em uma pirueta, voei para cima aparecendo a vista deles novamente.

-Ela sempre se exibe quando faz isso – Dinah alfinetou, ou não seria a Dinah.

Fiquei a menos de um metro deles, abrindo os braços para os lados, sentindo minhas mãos formigarem enquanto conectava-me com o ar ao meu redor. Quando criei o vínculo, meu estomago revirou dentro de mim como se estivesse dando vários loops em uma montanha russa. Apontei as mãos na direção deles e logo o vento se agitava ao redor dos outros semideuses, cabelos esvoaçando e expressões de surpresa. Quase um minuto depois consegui ajustar a quantidade e velocidade certa para poder fazer com que todos levitassem.

Minha respiração ficou pesada e eu sentia meu corpo soando, mesmo que estivesse um frio do caralho e minha pele estivesse constantemente arrepiada. Desliguei-me de tudo ao meu redor para poder manter aquela constância e não fazer com que meus amigos caíssem. Girei meu corpo e comecei a nos levar até a torre que Dinah havia apontado.

Durou exatos cinco minutos para estarmos pisando na ala aberta da torre, sem nenhuma sombra de ataque. O que me preocuparia se eu não estivesse tão cansada que quando finalmente soltei as correntes, suspirei e desabei sobre um joelho. Respirava rapidamente pela boca, puxando o oxigênio com tudo o que tinha na esperança de me recuperar mais rápido daquele uso abusivo de meus poderes. Eu não era tão boa no controle dos ventos quanto era com os dos raios, afinal.

-Está pronta? – Camila abaixou a minha frente.

A encarei e me surpreendi em quanto aqueles olhos castanhos estavam determinados e complacentes. Ela deveria ser, provavelmente, a pessoa mais nervosa naquela missão. Era a sua mãe, o seu destino, as suas escolhas que nos trouxeram até ali. Camila carregava um peso quase tão grande quanto o meu que liderava a equipe. Pois ela havia sido formada primeiramente por causa dela. Era quase impossível ver a Camila do passado ali a minha frente, uma que era medrosa, extremamente curiosa e que vivia esbarrando em algo a cinco passos que dava. A minha frente estava alguém disposta a matar monstros para salvar o mundo, jogando-se de cabeça em um inferno gélido para isso.

-Já nasci pronta para chutar bundas dos outros – resmunguei me levantando.

Todos se entreolharam e Jennel foi a primeira a seguir para uma entrada que levava a uma escadaria com degraus para baixo. Lá era totalmente obscuro, fazendo com que a filha da magia recitasse algum tipo de encantamento e fizesse uma bola de luz flutuar sobre a sua palma, iluminando a todo o lugar. O castelo era uma mistura de gelo, marfim e mármore. Era uma coisa indiscutivelmente linda e que fazia Troy olhar para tudo com olhos brilhantes. Filhos de Atena adoravam arquitetura. Descemos os degraus da escada circular, sempre seguindo para baixo e com a sensação de que algum desastre iria acontecer a qualquer momento.

Mas não aconteceu.

Dinah teve de arrombar a fechadura da porta que nos impedia de sair da torre, mas ela o fez facilmente usando o seu canivete mágico. Assim que saímos, demos de cara com um corredor com uma ótima iluminação, vinda de pedras circulares pregadas na parede.

-Cuidado em dobro – alertei acionando o meu isqueiro.

Camila também puxou o seu brinco e o transformou, assim como Demi pegava o seu arco, Troy a sua espada ateniense, uma típica e poderosa espada grega e Dinah a sua adaga. Jennel raramente usava uma arma, seu maior poder estava na magia. Seguimos cautelosamente pelo corredor largo e de paredes lisas, gélidas e bem formadas.

-Lauren! – Camila segurou o meu braço de repente, arfando e com os olhos bem abertos – E-eu escuto a voz dela. Minha mãe me chamando, temos de seguir em frente!

Acenei com a cabeça e aumentamos o passo, apenas para nos deparar com um enorme saguão vazio... Se não fosse por um grande detalhe. Um bizarro e aterrorizante detalhe. Na enorme parede a esquerda, havia um monstro preso a parede. Era como se ele tivesse sido esmagado ou nascido da própria parede de gelo, pois metade de seu corpo desaparecia do outro lado. Ele era enorme, cobrindo um quarto de todo o saguão. Sua pele azul, sobre o seu dorso parecia existir espinhos de gelo, sua cabeça era como o Godzilla invernal. O monstro farejou o ar, rosnou tão forte que o chão tremeu, e virou o rosto em nossa direção.

-É o cão de guarda – Demi sussurrou vacilante.

-Preciso de um desses, quero ver uma testemunha de alguma igreja ou vendedores aparecer em casa – Dinah falava trêmula, brincar era o seu sistema de defesa.

Eu já iria mandar ela se concentrar na batalha quando o monstro abriu a boca e rugiu poderosamente em nossa direção. A baforada que saiu da boca monstruosa foi tão forte que nos jogou para o lado, nos fazendo entrar no saguão e na briga sem mais opções. Fui a primeira a levantar, agitando meus dedos que criavam faíscas antes de apontar a minha mão em direção aquela aberração de gelo e soltar um forte raio.

Ele recuou, bateu contra a parede, balançou a cabeça fazendo com que gelo caísse no chão. Mas não pareceu realmente abalado. Aquele monstro que nem ao menos sabia identificar qual era, esticou a sua pata enorme, com garras longas, grossas e afiadas. Todos correram para os lados, evitando serem atingidos, cortados, esmagados e despedaçados. O grupo separou-se nisso.

-Precisamos descobrir um ponto fraco! – Troy gritou – As costas parecem ser revista de gelo, deve ser muito mais resistente, não percam tempo o atingindo por cima!

O monstro se esticou todo para tentar abocanhar Dinah e Demetria. Mas elas rolaram para os lados o fazendo morder tão forte o ar que o choque de seus dentes produziram um forte som. Demetria recuperou-se mais rápido, pegando flechas e ajeitando rapidamente no arco. Ela não hesitou em mirar e atirar prontamente, não perdendo um segundo que fosse se certificando se estava correta. Ela sempre estava.

A flecha cortou o ar e atingiu certeiramente o olho daquela besta, o fazendo rugir e se contorcer. O enorme braço com garras bateu contra uma parede, fazendo todo o saguão sacudir. Camila correu para perto de mim e apontou para uma porta.

-Ela está ali! Eu a escuto Lauren! – Camila praticamente gritou para superar o rosnado furioso do monstro.

-Vocês tem de ir! – Dinah exclamou – Vamos distrair o monstro.

-Eu fico – Troy se prontificou – Demi, precisamos de você nessa.

Demetria lançou um rápido olhar para Jennel, a bruxa negou com a cabeça como se respondesse a uma pergunta muda se ela também ficaria. Precisávamos dela para quando encontrássemos Perséfone. A filha de Apolo suspirou, desviou de uma pedra de gelo do tamanho de uma roda e praticamente deslizou pelo chão para chegar na filha da magia. Ela segurou o rosto dela com a mão livre, já que a outra estava ocupada com o arco, e deu um forte e rápido beijo na namorada.

-Só para nos dar sorte! – Demi exclamou.

Então ela finalmente sorriu, se afastou e já estava atirando suas flechas contra o monstro. Jennel corou e pigarreou rapidamente. Aproximei-me de Troy ao mesmo tempo em que Dinah avançava gritando injúrias ao monstro tentando chamar a sua atenção.

-Você vai precisar mais disso do que eu – falei tirando o meu relógio e o entregando – Dizem que filhos de Atena são magníficos com escudos. É só apertar e ele se transforma. Vou querer de volta depois!

Ele apenas acenou a cabeça, colocou rapidamente o relógio e o ativou. Um sorriso brincou no seus lábios antes dele avançar para a batalha. Olhei para Jennel e Camila, fazendo um gesto com a cabeça para que começássemos a correr. A filha da primavera seguiu a frente, nos guiando até onde estava escutando o chamado da mãe. Paramos a frente da porta e eu lancei um olhar para trás enquanto Jennel lidava com a fechadura usando da magia.

Lá Dinah dava um belo salto para trás, desviando da garra do monstro. Troy jogava-se contra a pata usando o escudo como proteção e fazendo com que ela atingisse fortemente a parede. Demi atirava flechas em cada um dos dedos, prendendo dolorosamente a garra dele ali.

-Lauren – Camila chamou já com a porta aberta.

Engoli em seco escondendo o medo que tinha dessa ser como da última vez. De ser como Vero e Lucy. Balancei a cabeça rapidamente, eu precisava confiar neles, de que tudo daria certo no fim. Tinha de dar! Atravessei a porta com o coração batendo acelerado. De todo o nosso trajeto, assim que eu pus os pés dentro daquela sala meus instintos gritaram mais fortes. Era um alerta quase palpável, um aviso de perigo eminente.

Pois estávamos na sala do trono. E bem a nossa frente, estava ela. A deusa Perséfone. 


Notas Finais


Sou péssima com discursos, mas né, vale a tentativa. Eu acho que a batalha vai durar uns dois capítulos, no máximo três.

Castelo: http://gameofthronesrp.com/wp-content/uploads/2012/04/530037-1280x800-Ice-Castle1.jpg

Monstrenho: http://i.imgur.com/w5GRIH4.png?1


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