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História Estações - Spring: Aprendendo a mexer os pompons


Escrita por: AleSinclair

Notas do Autor


Ae ae, olha só! Eu não sei quando o próximo vem, sorry =/ então aproveitem esse capítulo! AH! PERIGO, ALERTA, Tem hot graças a meninas do grupo, ele não existia até contaminarem a minha mente hehe

Capítulo 87 - Spring: Aprendendo a mexer os pompons


 

Pov Camila

Sinceramente eu não sabia se ria da cara emburrada de Lauren ou se mordia aquele adorável bico que parecia enraizado em seus lábios. Olhei por sobre o ombro e a vi sentada na arquibancada da quadra fechada, ela estava enfezada e com um olhar atravessado olhando em minha direção. Ombros tensos, jeitinho marrento e linda em seu estilo desleixado mesmo que usasse um uniforme escolar padrão.

Assim que chegamos no horário, eu e Normani fomos puxadas por Elisha para falar com a treinadora Miller. Uma senhora de trinta anos com corpo de vinte, cabelos curtos e tão repicados que pareciam espetados. Ela era uma das treinadoras mais rigorosas do Golden, até mesmo os outros professores temiam entrar no caminho dela.

-Elisha, você tem certeza? – Miller indagou cruzando os braços fitando a sua capitã de maneira desconfiada.

-Absoluta – Elisha confirmou sem hesitar – É o melhor para o momento, senhora! Camila e Normani sabem toda a coreografia e saltam melhores até do que algumas de nós, eu vi e a Kayla pode confirmar. Nós precisamos de dois membros para poder competir nesse final de semana e não teríamos tempo de treinar novatas a tempo para fazer uma apresentação vencedora!

Miller pareceu se convencer com a justificativa, mas olhou para mim e Normani de um jeito tão intimidador quanto faria um sargento casca dura do exército. Em poucas palavras ela mandou que nós duas fossemos para o vestuário para nos trocar, Kayla nos acompanhou para nos entregar o uniforme de líder de torcida. Quando voltamos Dinah e Ally estavam sentadas ao lado de Lauren. A curandeira ao menos tentou disfarçar o riso, mas Dinah estava quase gargalhando ao ver Lauren arfar e ficar ainda mais tensa quando me viu com o uniforme das líderes de torcida. A saia era um centímetro maior do que seria considerado indecente, a blusa mostrava boa parte da barriga e se agarrava ao corpo como se fosse um top e conseguia a proeza de deixar os seios mais valorizados. No vestuário Normani fez uma trança em meu cabelo para que não atrapalhasse no treino.

-Atenção meninas! – a treinadora Miller exclamou – Nós sabemos que nossa situação não está fácil e a capitã achou uma solução que eu aceitei. Hoje treinaremos com Camila Cabello e Normani Kordei, se tudo der certo as duas irão competir ao nosso lado.

-O que?!

Elas estavam em um semicírculo encarando a treinadora, eu e Normani tínhamos nos aproximado por trás. Mas agora todas elas tinham virado e nos encaravam incrédulas. Uma parte ignorava a minha existência, a outra se divertia tentando me reduzir. Ou ao menos o tentavam quando Lauren não estava por perto.

A sensação que eu tinha era de que tinham predadores tentando ser superiores a caça, um olhar intimidador na cara da maioria daquelas garotas. Haviam alguns meninos, apenas quatro, eles nos media de cima a baixo mal conseguindo conter um sorriso de lado em aprovação com o que via. Para a minha sorte – sim eu tinha as vezes – uma das garotas que haviam saído era Trisha, a líder que ficava no meu pé desde o primeiro dia de aula e incitava as outras a ficarem contra mim.

-Treinadora isso só pode ser brincadeira – uma morena falou em tom incrédulo.

-Eu nem sei quem é essa garota – dizia uma negra apontando para mim – E se eu não conheço é porque não foi digno nem de minha atenção durante todo o ano.

-Parem com isso! – Miller exclamou de um jeito forte que calou qualquer murmúrio – Elas não são parte do time ainda, tudo dependerá dessa tarde. Elisha confia no que elas sabem fazer e foi você mesma que entrou porque ela disse que você poderia melhorar!

-Porque não fazemos assim – Normani disse em seu melhor tom apaziguador – Vocês me conhecem mais, mas tudo o que sabem da Mila foi o que a Trisha ficou soltando no ouvido de vocês. Então nos deixem mostrar o que sabemos fazer e depois tirem suas conclusões.

Algumas fizeram caretas, os garotos logo aceitaram e Elisha prontamente ordenou que a música fosse ligada. O primeiro problema apareceu quando a capitã mandou que nós fizéssemos uma sequência de saltos. Mas eu não sabia o que significava aqueles nomes técnicos todos, franzi o cenho confusa e Mani abriu um sorriso pedindo para que eu a imitasse. A filha de Afrodite realizou dois saltos para frente finalizando com um mortal, ela parecia não ter peso e fazia como se fosse a coisa mais fácil do mundo, como realizar uma cambalhota que qualquer criança poderia repetir. Algumas garotas bateram palmas e ficaram até animadas, sabendo que teriam algum suporte para a competição, mas quando outras quando me viram me preparar, fecharam a cara completamente.

-Vai Mila, você consegue! – um dos garotos falou, ele era de pele morena e tinha olhos cor de mel.

Ele tinha falado alto demais e minha maior preocupação não era realizar os saltos, mas sim olhar para o lado e verificar a Jaureciumenta. E como eu esperava, assim que ela escutou o incentivo do garoto estava inclinada em uma posição ameaçadora, eu podia jurar que os olhos dela estavam faiscando. Revirei os olhos e alonguei um pouco os braços para cima antes de iniciar a contagem, um... dois... três! Dois saltos para frente, um mortal no final e eu tinha quase sido perfeita como Normani, quase.

-Isso deve servir – Miller falou com um olhar pensativo – Vocês tem de aprender o básico primeiro, a postura está péssima Cabello, mas acho que irá aprender rápido. Elisha, Kaya, Richard, ensinem o básico para elas duas, o resto vamos aquecer que a tarde será bastante longa!

Algumas meninas começaram a resmungar, mas bastou um olhar da treinadora que elas prontamente fingiram que o mundo estava perfeito. Olhei para trás apenas para dar uma última olhada em Lauren, a perna dela balançava freneticamente no mesmo lugar. Deuses, ela não estava mesmo gostando disso! Mas para minha surpresa, havia uma Dinah tensa ao lado dela, os olhos voltados em minha direção, mas travados em Normani que tinha o garoto moreno muito próximo de si. Aquilo quase me fez rir em uma animação interna, então aquela teimosa estava começando a sentir ciúmes?!

-Eu não acredito que estamos perdendo tempo com isso – Kayla disse descontente.

-Quanto mais rápido fizermos isso melhor – Elisha falava irredutível – Richard, mostre para elas o básico do básico. V alto e baixo, T e meio T e por ai em diante! Depois partiremos para os saltos e elevações, temos até sábado para transformar essas duas em verdadeiras líderes de torcida!

Por incrível que pareça foi extremamente fácil. Não porque fazer aquilo fosse realmente fácil, mas sim por conta de todo o treinamento que eu já tive antes. Lauren era extremamente severa nos treinos, se eu errasse uma posição? Ela me derrubava da maneira mais dolorosa possível e mandava começar do início. Então vamos dizer que esticar os braços e pernas em determinada sequência era uma coisa mais fácil do que ter todos os seus sentidos aguçados e em alerta para não acabar com um hematoma pelo corpo.

O problema apareceu quase duas horas depois, no final do treino quando estávamos aprendendo as elevações. Fazer pirâmides humanas, formações que erguiam o corpo com a base sendo apenas as mãos de dois desconhecidos... Era complicado quando não se tinha confiança nenhuma na base. Finn, um garoto de cabelo pintado de vermelho e com um moicano espetado, estava levemente abaixado ao meu lado esquerdo, enquanto do meu outro lado estava Lana, uma garota com fortes traços indígenas. Minhas mãos estavam em seus ombros para manter equilíbrio quando o impulso foi dado. Contamos juntos até três para que pudesse fazer a sequência. Pisar rapidamente sobre a coxa de um e de outro, depois escalar para as mãos, então eles me ergueram para o alto enquanto eu tinha de manter meu corpo completamente tenso para manter o equilíbrio, erguendo os braços para o alto em um perfeito V.

-Bom – foi tudo o que Miller falou ao observar a minha postura.

-Você é bem leve – Bradley comentou e sorriu de uma maneira safada – Impressão minha ou o branco combina com você?

Branco era a cor do minishort que eu usava embaixo da saia. Ele estava olhando por baixo! Aquilo me desconcertou tanto que eu perdi o equilíbrio e comecei a cair para trás, desequilibrando Lana ao por mais peso do que ela esperava sobre o seu corpo. Ia ser terrivelmente desastroso a minha queda, mas girei meu corpo a tempo de fazer um mortal de costas. O pouso não foi perfeito, ao sentir os pés no chão eu me desequilibrei e tive de dar dois passos para trás para não cair. Estava arfando pela adrenalina da queda e completamente vermelha pela situação.

-Seu filho da mãe!

Antes que eu pudesse processar, Lauren estava ali empurrando Finn com força suficiente para derrubá-lo no chão como se fosse quase nada. E ele era bastante definido. Merda, merda, ela tinha percebido a jogada do garoto e iria explodir o ginásio inteiro se eu não fizesse algo, eu tinha certeza!

-Lauren, calma! – me coloquei na frente dela assim que ela começou a avançar.

-O que inferno é isso?! – a treinadora se aproximou.

-Ele estava olhando por debaixo da saia da minha garota! – Lauren rosnou e tentou avançar novamente, mas eu a barrei segurando em seus ombros – Me solta Camila, eu vou quebrar a cara desse mauricinho até deixa-lo irreconhecível.

-Eu fiz nada treinadora, ela é louca! – Finn levantou assustado.

-Ela é violenta mesmo treinadora Miller! – uma garota que eu nem lembrava o nome, mas que fazia parte da turminha de Trisha logo se manifestou – Ela ameaçou a Trisha e algumas de nós.

-Pelo visto eu não ameacei o suficiente! – Lauren vociferou forçando o corpo para frente.

-Fora daqui você! – Miller ordenou apontando o dedo para Lauren – Você está proibida de vim para cá, nem deveria estar vendo nosso ensaio!

-Lauren, pare com isso – eu ordenei, mas ela nem estava me olhando, apenas assassinava o garoto com os olhos – Lauren Jauregui!

Finalmente ela me fitou. Seus olhos estavam em um azul faiscante, tomados por uma raiva que quase me fez engolir em seco. A presença de filha de Zeus ficava ainda mais sufocante, mas era algo pelo qual eu já estava acostumada.

-Deixe esses idiotas e venha comigo – ela ordenou.

-Você não pode pedir isso Lauren – briguei prontamente – Eu já disse que vou ajudar!

Lauren ficou vermelha de raiva, olhou de mim para Normani e depois para as líderes de torcida, finalizando em um olhar mortal para Finn. Ele já estava atrás de três garotas, um verdadeiro medroso pelo visto. Lauren se afastou e sem nem olhar para mim novamente deu as costas para sair pisando duro da quadra. Eu teria pena de quem cruzasse seu caminho naquele momento, se não estivesse ocupada sentindo um nó se formando em minha garganta.

Eu odiava irritá-la daquele jeito, uma parte de mim queria obedecê-la só para fazê-la feliz. Mas outra parte me lembrava que Lauren Jauregui não era minha dona e que teria de aprender a se controlar para não causar cenas desnecessárias. Ally, que tinha se aproximado junto com Dinah no meio da confusão, suspirou alto e começou a sair.

-Vou ir atrás dela – a baixinha disse – Vamos Dinah.

-Eu quero ficar – Dinah disse olhando para Normani.

-Vamos Jane! – Ally ordenou firme.

Ok, ninguém, nem mesmo Lauren, ousava desobedecer Ally Brooke. Dinah resmungou e fez um belo de um bico enquanto seguia Ally como se fosse uma criança birrenta tendo de ir com a mãe. Normani tocou o meu ombro e o apertou de leve, deixei que meus ombros caíssem e voltei minha atenção para as líderes de torcida e a treinadora.

-Último ensaio – Miller decidiu – Kordei e Cabello já entrem na linha de formação para se acostumarem com os seus lugares! – todos nós já estávamos indo para os lugares quando a treinadora segurou o Finn – Se você fizer algo do tipo mais uma vez, eu vou deixar que ela arranque os seus testículos com as unhas, estamos entendidos?

Ele ficou ainda mais pálido e apenas acenou várias vezes com a cabeça. O time estava tenso, o que resultou em mais um ensaio devido há alguns erros bobos das próprias líderes. Eu estava distraída, apesar de tentar me concentrar ao máximo. Lauren podia estar errada, podia querer explodir o mundo por causa de seu pavio curto, mas eu ainda assim preferia ela perto de mim.

(...)

Terminado o treino seguimos para o vestuário para tomar banho. Meu corpo estava completamente suado e tudo o que eu mais almejava era uma ducha forte e fria. Mas assim que eu e Normani entramos, as meninas pararam de falar e nos olharam como verdadeiras ameaças.

-Eu não vou tomar banho com ela aqui dentro – uma ruiva comentou e fez uma careta – Vai que ela vai ficar me secando durante o banho?

Depois de tudo o que aconteceu naquele dia, receber um ataque daquele quase me pegou de surpresa. Mas eu estava cansada demais para ligar para algo desse tipo. Então apenas rir fraco e neguei com a cabeça.

-Você não faz o meu tipo – comentei com certo desdém – Tão igual a qualquer outra aqui que até confundo algumas de vocês.

-E você tem um tipo Mila? – Normani falou divertida, começando a tirar os sapatos – Pensei que fosse Jauressexual.

-Eu tive vários crushes na minha vida ok? – reclamei, mas logo adotava a tática de Mani, ignorar elas completamente e fingir que elas nem existiam – Eu assistia Smallville só por causa do Tom Welling!

-Oh, então sempre teve uma queda por seres que voam? – Normani riu abrindo a saia e a jogando em algum canto.

Eu ia responder, mas então a ruiva esbarrou com força em mim, quase me desequilibrando. A olhei irritada, mas seu olhar de desprezo quase me congelou no lugar.

-Eu não vou ficar no mesmo lugar que você, sapatão.

Ela falou com asco e saiu do vestuário. Engoli em seco, mas a pressão psicológica apenas piorou quando uma por uma começaram a sair. Eu ainda não tinha caído nas garras da discriminação, estava ocupada demais morrendo ou salvando o mundo para dar espaço para isso. Mas agora? Ali estava eu no ninho de cobras venenosas, as mais cruéis da cadeia social escolar. Desviei o olhar para o chão, não querendo conceber a ideia de que não era aceita ali quando tudo o que eu queria era na verdade simplesmente ajudar.

-Hey – escutei a voz da Lana – Você é legal Mila – ela encolheu os ombros – Eu até ficaria, mas se não sairmos estaríamos escolhendo um lado e... Você entende?

-Claro que sim – disse em um sussurro e sorrir fraco – Vai lá, se você se diferenciar do grupo seria atacada também.

A garota com traços indígenas acenou com a cabeça, respirou fundo e saiu meio cabisbaixa. Ai estava outro problema, as pessoas viam o quão podre era esse sistema, mas o seguia para também não sofrer preconceitos ou ser deslocada do grupo. Elisha foi a última a sair, parando antes entre mim e Normani.

-Eu vou falar com a Isis – ela prometeu e comprimiu os lábios me olhando em dúvida – Eu ainda custo um pouco a acreditar que você está ajudando apenas por ser o certo. Não esperar nada em troca como popularidade, alguns garotos e garotas...

-Não, eu não quero essa coisa tão superficial e vazia para mim – a fitei nos olhos – Estou fazendo isso por causa de meus princípios, capitã. Mas não sou tão idiota quanto pareço, não esqueci cada tentativa de humilhação ou perseguição, de como trataram meus amigos – abri um sorriso quase ameaçador – Estratégia de guerra, deixe que seu inimigo pense que está na vantagem e você terá uma vitória ainda mais rápida.

-Talvez eu tenha te julgado mal – Elisha sorriu por breves momentos – Te vejo amanhã, mesmo horário para o ensaio e não se esqueça que aquela sua namorada branquela não poderá vir.

Assim que ela saiu me deixei ser fraca por alguns momentos. Deuses, eu tinha esquecido como a escola poderia ser difícil e assustadora! Normani se aproximou e ia me abraçar, mas não teve tempo. A porta se abriu com força mostrando uma Lauren Jauregui com aquele ar mais ameaçador possível. Quando os olhos azuis faiscantes pararam em mim eu senti um forte arrepio e uma vontade insana de sair correndo para salvar minha vida.

-Mani, vista-se e saia, eu quero ter uma palavrinha em particular com minha namorada – Lauren ordenou, seu tom frio e forte.

Olhei desesperada para filha de Afrodite, mas ela me retribuiu com um olhar de desculpas e se vestiu o mais rápido que podia. Merda! Claro que ela não seria louca de enfrentar Lauren naquele estado! Assim que a porta se fechou atrás de Lauren, anunciando que estávamos sozinhas no vestiário feminino, não senti mais nada além de uma forte sensação de que era uma presa e ela o predador. Nem ao menos lembrava do que tinha acontecido minutos antes, a presença de Lauren simplesmente apagava qualquer coisa.

-A-amor – gaguejei começando a recuar.

Lauren nada falou, aproximava a passos lentos, um semblante sério e quase sombrio. O que ela iria fazer? Pelos deuses, aquele suspense de filme de terror estava acabando comigo enquanto Lauren me encurralava como uma vítima assustada. Quase senti minhas costas colidirem contra uma parede arfei, finalmente notando que tinha entrado em um dos boxe do chuveiro. Olhei rapidamente para os lados e em uma débil tentativa tentei passar correndo, mas o braço de Lauren apareceu em meu caminho, me agarrando pela cintura e me jogando sem muita delicadeza em direção à parede.

-Auch! – gemi sentindo uma leve dor – Lolo, vamos conversar como duas pessoas civilizadas e---

-Oito daquelas quatorze pessoas tocaram em você – ela falava baixo e friamente, apoiava as mãos na parede me prendendo entre seus braços – E eu tive de ficar vendo quieta enquanto tocavam a minha mulher!

Lauren socou a parede, eu a escutei rachando com a colisão bem próxima de mim. Oh ela estava sem controle algum, seu jeito estava completamente dominante e possessivo. Os olhos que quase sempre estavam verdes estavam tomados por um azul tempestuoso, me fitando com uma intensidade que me paralisava no lugar. O quão errado e perverso seria admitir que assim que ela falou “minha mulher” daquele jeito tão forte e bruto meu coração já não disparava mais de medo, mas sim de contentamento? Que eu tinha vontade de fechar as pernas para tentar amenizar a pressão que ficava cada vez mais crescente?

-Você tem sido uma garota tão má Camila – Lauren murmurava como um carrasco, agarrou o meu queixo e puxou meu rosto perto do seu – Eu tenho sido uma namorada tão boazinha, mas você? Você merece uma punição, Cabello.

Adeus minha calcinha em seu estado perfeito. Agora? Era vergonhoso até mesmo sentir que minha excitação ficou intensa tão rápido. Cadê seu bom senso, Camila? Nós estávamos na escola, qualquer uma poderia entrar ali e nos flagrar e...

-Eu vou foder você forte, Camila – Lauren murmurou ao pé de meu ouvido.

Ela puxou o ar por entre os dentes de maneira ruidosa, me fazendo estremecer e esquecer qualquer argumento que minha mente tivesse preparado para tentar impedir.

-Eu vou te fazer gritar meu nome e vou te carregar para casa porque você não vai conseguir andar de volta.

Não tive tempo de resposta ou reação, os lábios dela se puseram sobre os meus em um beijo que eu nunca tinha sentido com ela antes. Lauren maltratava meus lábios com uma pressão desnecessária, dominante e furiosa. Eu não conseguia nem lutar contra o beijo, sem contar que logo meus lábios estavam formigando. Tentei empurrá-la, mas então veio aquela pegada maldita e perfeita. Lauren sem quebrar o beijo voraz, colocou uma perna entre as minhas e a ergueu fazendo a coxa roçar e pressionar firmemente contra meu sexo, uma mão foi direto contra minha bunda, apertando e puxando em um movimento brusco fazendo com que minha intimidade esfregasse em sua coxa de uma maneira bem gostosa. Gemi contra seus lábios sem nem conseguir me controlar, e foi então que a outra mão dela estava em meu cabelo, os dedos embolados nas mechas castanhas segurando firme, mas sem machucar. Quando percebi já estava completamente entregue e perdida, submissa ao beijo e deixando que ela me tomasse. Lauren o fez sem hesitar ou ter medo de me machucar, ela apenas o fazia com certo desespero. Mordia meus lábios e o sugava com força, fazia movimentos quase obscenos com a língua ao redor da minha, mas que era extremamente excitantes para o momento.  Então virava o rosto mudando o encaixe das bocas e me beijava com sofreguidão e certa violência até perder o ar.

-Lau...ren – gemi baixo por estar totalmente sem fôlego quando a boca dela finalmente desgrudou da minha, mas foi para apenas passar a atacar meu pescoço – Porra Lauren!

Tentei me segurar em algo, minhas pernas ficando bambas quando ela chupou com gosto o meu ponto de pulso, minha mão esbarrou no registro e acabou ligando o chuveiro. A água forte e gelada logo molharam nós duas e nem mesmo isso afastou Lauren, pelo contrário! A outra garota me agarrou ainda mais forte, me fazendo roçar e pressionar tudo o que estava colado nela, arrancando um gemido longo e baixo de mim. Senti as mãos dela indo para a minha saia e segurando com força, quase entrei em desespero começando a bater nos braços da Lauren.

-Não, não! Lolo! Não rasga! Se você rasgar o que eu vou vestir pra sair daqui?!

Ela me fitou por alguns segundos, afastou um pouco o corpo e abaixou a minha saia em um único movimento, o tecido molhado despencando no chão assim que passou por minhas coxas. Quando olhei para baixo vi que minha calcinha tinha ido junto. Lauren começou a desabotoar a própria calça e meu sangue pareceu correr mais rápido em minhas veias ao conceber a ideia de que eu estaria morta quando tudo isso acabasse!

-Eles pegaram no que é meu Camila – Lauren rosnava baixo, segurou tão forte em minha cintura e puxou contra seu corpo que eu arfei com a colisão gostosa – Apertaram essa cintura onde cabe perfeitamente apenas minhas mãos. Olharam para seu corpo como se tivessem qualquer possibilidade de te ter.

-Lolo, foram só ensaios eles---

Ela grunhiu alto e me calou com mais um desses beijos intensos e esmagadores. Qualquer pensamento que se formava em minha mente se quebrou totalmente depois daquele beijo. As mãos dela não ficaram paradas, passearam por meu corpo completamente possessiva, apertando e pressionando os locais certos. Mas Lauren não se prolongou com aquela tortura, ela não estava para preliminares ou para um sexo comum, oh não, quando ela afastou os lábios dos meus e me fitou daquele jeito selvagem e dominador eu senti vontade de gemer só com isso!

Lauren desligou o registro cessando a água que já tinha molhado completamente nós duas. Então caiu de joelhos e abriu de maneira rude as minhas pernas, me fazendo segurar nas paredes dos boxe para me apoiar e não escorregar. Eu já ia reclamar quando a voz morreu em minha garganta e minha boca formou um grande O. Ela tinha caído literalmente de boca, sem nenhum aviso ou indícios, passava a língua com uma maestria assustadora. Quando recuperei o fôlego o perdi mais uma vez soltando um longo gemido de prazer.

-Lo, Lauren! – repeti sentindo meu peito ser esmagado por um coração que batia alucinado – Oh meus deuses!

Apoiei apenas uma mão na parede e a outra foi direto para a cabeça da Lauren a segurar ali, a semideusa colocou minha perna em seu ombro para que eu me equilibrasse melhor e ela tivesse melhor acesso. Afrodite tinha abençoado Lauren naquele momento, era a única explicação para que aquele oral estivesse tão enlouquecedor! Deuses, a língua da Lauren estava me levando a uma loucura divina! Ela lambia nos lugares certos, aprofundada nos lábios internos e então movimentava rápido, contornava o clitóris, o mordia e depois chupava com força. Para depois deslizar em uma lenta lambida até penetrar com a língua o máximo dentro de mim e fazer movimentos que eu não saberia explicar. Eu jogava minha cabeça para trás, rebolava em seu rosto sem mais nenhum traço de pudor, mas quando estava perto de gozar e os gemidos aumentaram, levei meus dedos aos lábios para morder e abafar os sons... Apenas para ter minha perna mordida com força, deixando provavelmente uma marca forte ali.

-AI! – gritei assustada, olhando para baixo.

-Não segura a porra de meus gemidos, eles são meus e quero ouvir eles de sua boca, gritando por mim e só por mim! – Lauren ordenou parecendo furiosa – Ouse abafá-los mais uma vez e vai ser pior ainda! Entendeu, Camila?!

Apenas acenei com vários movimentos apenas para que ela voltasse a por aquela boca abençoada em mim. Dessa vez para piorar a situação eu a estava encarando em pura expectativa, notando que estava sendo assistida, Lauren deu um sorriso tão safado que me deixou ainda mais excitada. Como em uma verdadeira tortura ela começou a lamber bem devagar, levou a mão para abrir mais os lábios e mover a língua de uma maneira tão gostosa que eu já podia ver estrelas. Gemi rouco e longo, tornando a rebolar seguindo o ritmo que ela impunha, mas quando sentia a tensão cada vez maior, meu corpo entrou em desespero por alívio, começando a se mover cada vez mais rápido contra aquela boca. Lauren segurou forte em meu quadril me impedindo, rosnei e choraminguei, mas gemi alto quando ela começou a me chupar forte e sem nenhum intervalo. Naquele momento eu compreendia porquê o ato sexual poderia ser chamado de comer alguém, era exatamente isso o que Lauren estava fazendo comigo! Sua boca me devorava por completo e, pelos deuses, eu estava enlouquecendo com aquilo. Meu corpo curvou para trás quando o orgasmo veio, tão forte e poderoso que eu pensei que poderia derreter por completo. Eu gritei de prazer, escutando o meu grito ecoar por todo o vestuário vazio.

Eu ainda estava em um forte torpor quando Lauren levantou. Ela segurou firme me minha cintura e me abraçou, me beijou de maneira lenta e totalmente sensual, me fazendo sentir meu próprio sabor em sua boca. Eu ainda estava trêmula e não sentia direito minhas pernas, pensei que Lauren tinha completado com sucesso sua missão... Quando do nada ela se afastou do beijo e me girou de maneira bruta, empurrando meu corpo contra a parede lisa do boxe. Meus seios sendo esmagados pelo azulejo, meu quadril puxado para trás para empinar a bunda.

-Quem disse que eu acabei com você?! – Lauren indagou rouca, dando um tapa forte em minha bunda que me fez soltar um gritinho de susto e dor, mas deuses, aquilo era perversamente gostoso! – Diz Camila, quem foi uma garota má?!

-Lauren você não... – e mais um tapa no outro lado da bunda, tão estalado que o som foi bastante alto – Fui eu! Fui eu!

Apoiei a testa contra a parede, arfando enquanto sentia minha bunda ardendo e me amaldiçoando por gostar tanto daquilo. As mãos de Lauren passearam pelo meu corpo, tocavam minhas costas e subiram a blusa até liberar os meus seios. Ambas as mãos se apossaram do meu peito, apertaram com mais força que o necessário me fazendo gemer e sentir um puta tesão. Ela voltou a movimentar, dessa vez uma mão subia por minhas costas e outra descia pela barriga, ambas arranhando minha pele.

-Abre mais as pernas – ela ordenou e eu prontamente obedeci – Você é minha Camz, se entregue pra mim.

Ela apenas levou a mão para minha intimidade, apertou em uma pegada fodidamente gostosa e logo deslizava dois dedos dentro de mim. Um movimento único e forte, rude e brusco, um que me fez gemer alto e fechar as mãos em punhos contra a parede, pois não estava segurando em nada.

-Você está tão molhada que meus dedos deslizam rápido – Lauren comentou ao pé de meu ouvido – Como uma vadia excitada em um local público. Minha Camz é tão safada.

Aquela voz rouca falando coisas sujas ao pé de meu ouvido enquanto os dedos entravam em mim com mais força do que ela geralmente usava. Meu corpo todo estremecia e arrepiava, sentindo um tesão tão forte que eu nada sabia fazer além de me entregar completamente a ela de um jeito totalmente submisso. Lauren puxou ainda mais meu corpo contra o seu, senti minha bunda encostar em seu sexo e mais uma vez gemi rouco só de sentir o quanto ela estava molhada. Comecei a rebolar, de início devagar, fazendo com que minhas nádegas roçassem na intimidade dela. O gemido dela veio mesclado a um grunhido de prazer, ela pressionou ainda mais em mim, também sedenta pelo prazer, levando a mão livre até meu cabelo para o segurar forte e puxar para trás, fazendo minha cabeça tombar.

-Rebola mais! Rebola pra mim Camz! – ela ordenava tão cheia de prazer que eu o faria apenas para satisfazê-la – Isso! Deuses, essa sua bunda me enlouquece tanto!

Lauren soltou meu cabelo apenas para me dar mais um tapa na bunda, eu gritei em misto de prazer e dor, sendo vencida pelo tesão começando a rebolar ainda mais rápido. Lauren rosnou perdendo completamente o controle, puxando os dedos apenas para retornar a penetrar com três. Meus gemidos então perderam o controle, hora vinham alto, hora baixo e rouco, mas eram todos por ela! Quando estava quase gozando, Lauren tirou os dedos de dentro de mim e dessa vez o meu grito foi de indignação.

-De quem você é Camila? – Lauren puxou meu cabelo para poder fazer minha cabeça aproximar da sua, assim sussurrava ao meu ouvido – De quem você é?!

-Lauren eu não sou um ob... – minha frase foi cortada por um gemido gutural, ela tinha metido os dedos tão forte que meu corpo pulou um pouco – Lolo, por favor...!

-Eu não vou deixar você gozar até que responda! De quem você é?!

-SUA! – gritei quando ela repetiu aquela penetração forte e que me rasgava em prazer – Eu sou sua!

-Me pede pra foder você – ela ordenava toda safada.

-Me fode Lolo, me fode bem forte e gostoso, me faz gozar do jeito que só minha mulher sabe fazer!

Aquilo a fez perder o controle, ela rosnou ao pé de meu ouvido e começou a estocar forte e rápido. Meu corpo curvou para trás sendo amparado pelo dela, Lauren abaixou um pouco para segurar em minha perna e a erguer um pouco, conseguindo uma abertura muito melhor para suas estocadas brutas e rudes, mas tão gostosas que me colocavam a beira de um colapso prazeroso. Levei minha mão até o cabelo dela, o segurando com força sem me importar se estava doendo ou não. Minha outra mão deslizou pelo meu corpo até alcançar meu clitóris. Se eu estava pensando? Não! Eu estava desesperada pelo prazer, ansiando por ele, almejando mais que o próprio ar. Lauren ao me ver me masturbando gemeu gostoso em meu ouvido, começando a aplicar chupões por meu ombro e pescoço enquanto observava os movimentos de minha mão.

Então o orgasmo veio parecendo me quebrar. Eu gritei pelo nome dela seguidas vezes, me debati um pouco em seus braços perdendo o controle de mim. Eu não via estrelas, mas a própria galáxia. Sentia o meu gozo escorrendo sem parar, molhando a mão dela e parte de minhas coxas. Lauren arfou e gemeu junto comigo, gozando também logo depois e me agarrando como se também não tivesse mais forças. Ela quase caiu para trás, mas seu corpo foi amparado pela parede do boxe e me levando junto, me fazendo apoiar completamente no corpo dela.

-Camz – Lauren murmurava, usava o seu tom mais sereno – Eu amo você mais do que eu poderia pôr em palavras.

Era aquilo que faltava para que a sensação de plenitude estive completa. Virei com dificuldade em seus braços, apenas para abraça-la com todo carinho e encostar nossas testas. Passamos alguns segundos em silêncio, eu não queria quebrar aquele clima de pós-sexo tão gostoso, não depois de me entregar de uma forma que eu nunca tinha feito antes. Quando Lauren me mandou dizer que era dela, nunca tinha dito com tanta sinceridade e submissão. Mas aquele assunto tinha de ser resolvido o mais rápido possível, então quando achei que estava pensando direito respirei fundo.

-Você precisa confiar em mim – falava baixo – Porque eu olharia para outro alguém quando eu tenho uma namorada incrível?

-Não é você – ela se apressou em dizer, me apertando em seus braços – Nunca foi você, são eles! Eu perco a sanidade só de vê-los babando na garota que eu amo.

-Deixe babarem, desejarem – Lauren me fitou incrédula, eu sorri e mordi de leve o lábio inferior dela – Eles nunca vão me ter, ninguém além de você irá meu amor. Só você pode me beijar, me tocar, fazer amor e foder bem gostoso.

-Você não vai desistir dessa ideia não é?

-Não, é uma questão de honra agora.

-Eu vou poder bater em quem olhar por mais de dez segundos para você? – ela indagava com um beicinho fofo.

-Não Lolo, você seria expulsa da escola – ri e mordi aquele beicinho.

-E se for fora da escola? Eu poderia perseguir, me disfarçar, dar uma surra e pronto! – Lauren falava cheia de esperanças.

-Por que você perderia tempo fazendo isso se provavelmente poderia estar comigo me beijando?

Lauren abriu a boca para argumentar, mas pareceu pensar por alguns segundos e logo a fechou resmungando. Sorri a beijando de maneira terna e calma, Lauren suspirou e nada mais comentou sobre o assunto. Agora que estava mais calma, Lauren até me deu um rápido banho e me ajudou a me vestir, mas assim que eu sentei sobre o banco de madeira no meio do vestuário eu suspirei em derrota.

-Lolo – chamei fazendo uma careta – Você vai ter de me carregar, eu não estou aguentando ficar muito tempo em pé.

Treinar por uma tarde inteira e ainda ter uma foda daquela havia literalmente acabado comigo. Lauren gargalhou parecendo ter o ego elevado, o que lhe rendeu uma série de tapas pelo braço, mas nada parecia tirar aquele sorriso de “sou foda na foda”. Ela me carregou nas costas e assim que eu me aconcheguei, apoiando a cabeça em seu ombro enquanto era levada, o cansaço tomou conta de mim. Acabei adormecendo ali mesmo, sentindo o cheiro natural que vinha de minha namorada enquanto ela caminhava para fora do colégio. 


Notas Finais


Pergunta básica, como vocês chamam o negocinho que abre o chuveiro? torneira ou registro? HAHAUHAUAHAU isso rendeu no grupo kkkkkkkkk

Espero que o hot tenha agradado a vocês porque ele foi inusitado e praticamente criado por algumas leitoras hehe


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