1. Spirit Fanfics >
  2. Estações >
  3. Outono

História Estações - Outono


Escrita por: Seokhui

Notas do Autor


Antes de tudo eu queria dizer que me sinto atacada (ainda mais) com taejin por aquela OST destruidora. GENTE TAEJIN CRIOU O HINO DE 2016!
Segundo, Hwarang me destruiu em um episodio e não estou preparada pra ver o segundo. Ainda mais porque o Tae vai aparecer. Péssimo dia para ser bts biased.
O capitulo pode estar meio pesado (?) peço desculpas por isso já.
(Sinto que a cada capitulo eu aumento o numero de palavras NXWSENDXEJDNEJ)
Boa leitura!

Capítulo 3 - Outono


O verão havia ido embora, e a mente de Taehyung não conseguia entender o que havia se passado entre ele e Jin.

O amigo mais velho sumira de sua vida por quase um mês após o beijo, e Tae não tinha coragem de perguntar o que fora aquilo receoso que ele sumisse novamente mas que dessa vez nunca mais voltasse. Então como diriam, eles literalmente viraram a página, fingindo que aquilo nunca tivera ocorrido e voltaram a agir normalmente como sempre fizeram.

Mas Tae era incapaz de pensar em outra coisa a não ser isso.

 – Você não perguntou sobre isso a ele? – Estava na casa de Jimin, ambos deitados na cama conversando. – Nem tentou levantar o assunto?

 – Como eu faria isso? – Falou baixo, agora sentindo-se cansado. – Se eu comentar sobre isso ele pode simplesmente sumir, ou coisa pior.

 – Bem, isso é verdade. Ainda bem que ele não falou nada da festa para seus pais também. – Arrumou-se sobre a cama, fazendo com que quase Tae caísse por ter sido empurrado. – Te falei que naquela noite eu e Jungkook ficamos?

 – Não, mas eu já desconfiava. Vocês estão mais insuportáveis de aguentar desde aquela festa. – Respondeu-o. sabia que Jimin sempre tivera uma paixão pelo mais novo do grupo desde o ensino médio, só se surpreendera pela demora para ele ter feito algo. – Porque você está quieto agora?

– Está tão evidente assim? Que estamos meio juntos?

– Porque a surpresa? Nós nos conhecemos desde a infância. Eu sabia disso bem antes de você me falar mesmo sem ser capaz de ver, hyung. – Imitou o que Jungkook falara há alguns meses atrás quando dissera que gostava de Jin, recebendo um soco como resposta enquanto ria.

 – Você não presta mesmo. – Jimin levantou, abrindo a porta do quarto. – Vou pegar algo para beber. Quer também?

 – Quero. – Espreguiçou-se agora tendo o conforto do colchão somente para si. – Ah, e não esqueça de me deixar ser seu padrinho no casamento de vocês dois!

 – Vá a merda, Kim Taehyung. – Gargalhou alto, ouvindo a porta ser fechada com um banque deixando-o sozinho no quarto.

 

 

 

* ੈ✩‧₊˚* ੈ✩‧₊˚* ੈ✩‧₊˚* ੈ✩‧₊˚* ੈ✩‧₊˚* ੈ✩‧₊˚

 

 

 – Jin, você realmente não quer largar o emprego? – Hyekyo comentou enquanto almoçavam, fazendo Tae parar de comer na hora sentindo o desespero lhe invadir. – Mês passado você teve problemas, não? Se não está se sentindo bem, nós entendemos completamente e agradecemos por tudo que já nos fez.

 – Não. Eu vou continuar com o emprego, senhora Kim. – Jin respondeu por fim, educado como sempre. – Eu apenas tive alguns... imprevistos. Mas nada que precise se preocupar.

 – Tem certeza? Entenderemos completamente se precisar.

 – Sim, não há nenhum problema. – Imaginou-o sorrindo, brilhando no mais puro dourado igual as crianças no parque em que costumavam ir sempre após suas sessões na psicóloga. – Obrigada pela preocupação.

 – Não agradeça. – Seu pai falou, sua voz soara extremamente suave. – Você agora faz parte de nossa família, mesmo que não queira.

Taehyung soltou uma risada fraca, fingindo se interessar pela conversa.

A comida agora não tinha mais tanto gosto apetitoso como lembrava.

 

 

 

[...]

 

 

Taehyung corria, rindo enquanto fugia de Jimin junto a Jungkook pois brincavam de pega-pega. Estava em algum parque que não recordava o nome. A luz que passava por entre os galhos das árvores fazia que fechasse seus olhos pela claridade e que sentisse como se pudesse conquistar o mundo inteiro.

Os pais dos três meninos conversavam animados sobre o trabalho e parafernalhas de adultos, vigiando suas crianças que brincavam juntas em volta da toalha quadriculada de piquenique. Era outono, e as folhas caídas pela grama e clima ameno fazia tudo se tornar perfeito para um encontro de amigos em um parque.

Entretanto, a paz fora quebrada ao ouvirem as crianças de 8 anos (e 6, com Jungkook) gritarem desesperadas.

 – O que houve?! – Joongki agarrou o filho caído no chão, que agora tinha seus olhos vidrados sem olhar em um ponto fixo como se fossem de porcelana. – Taehyung! Fale comigo e pare de chorar! Esta desesperando eu e sua mãe!

 – E-eu não consigo ver nada. – Disse entre os soluços altos que dava enquanto lagrimas frias corriam sobre seu rosto infantil. – Eu não enxergo nada!

 

 

O cenário mudou, e agora estava novamente no consultório de seu oftalmologista.

 – Não sabemos ao certo o que pode ter causado a perda momentânea de visão de seu filho. – Admitira, vendo a mulher a sua frente morder os lábios para que não desabasse de chorar. Limpou a garganta, tentando manter a compostura. – Ele não apresenta hipertensão arterial, que é um dos motivos mais comuns de perda gradativa ou completa da visão...

 – Não tente criar desculpas! – A mãe gritara, deixando que toda sua dor fosse transparecida sobre sua voz. – Nós queremos saber o que houve com nosso filho e se tem como reverter isso! Apenas isso!

 – Querida, se acalme. Deixe-o terminar de falar. – Taehyung ouviu o choro abafado de sua mãe, seu pai possivelmente estava abraçando-a. Não saber o que ocorria direito ao seu redor era assustador. – Por favor, continue.

 – A senhora no início de seu período de gravidez contraíra rubéola, não? – O tom profissional era misturado com o de empatia.

  – Sim, mas fora antes de termos a confirmação de eu estar grávida. – Soltou-se do marido, enquanto pousava sua mão sobre o ombro de seu filho quieto. Tae havia perdido a capacidade de chorar semanas atrás e mantinha-se sempre de boca fechada como se não fosse a mesma criança barulhenta e brincalhona de antes. – O que isso tem a ver?

 – A rubéola é uma doença particularmente perigosa na forma congênita. E pode levar a criança a ter doenças como glaucoma e catarata, sendo a segunda a maior causa da cegueira infantil.

 – Nós sabemos disso. E fizemos todos os exames necessários e Taehyung não apresentara nada. – O senhor Kim respondeu-o, também ansioso por respostas.

 – Acreditamos que seu filho tenha sim contraído algo parecido com catarata, mas de alguma forma a doença sofrera uma mutação em seu organismo fazendo com que somente se manifestasse agora. – O aperto no ombro da criança se tornara mais forte. E por mais que o machucasse, Tae não queria ter que falar algo. – A equipe médica do hospital se empenhara ao máximo em testes e exames se tivemos a permissão dos responsáveis. Nós prometemos fazer o possível e impossível para recuperar a visão de seu filho.

 – O que acha, meu querido? – A voz de sua mãe chamara sua atenção, e o aperto em seu ombro tornara-se um carinho. – Eles podem te ajudar a voltar a enxergar.

 – Tudo bem, omma.

 

 

 

 – Do que adianta eu ir até lá?! – Agora estava com seus 23 anos. – Eles tentam achar uma cura pra essa merda de cegueira a mais de 10 anos, mãe! Não tem jeito!

 – Como você pode dizer isso?! – Os talheres tintilaram sobre o prato de vidro. – Como pode aceitar... ficar assim pra sempre?!

 – Mãe, eu já aceitei que não há como reverter isso e estou bem dessa forma. – Cuspiu as palavras, levantando-se da mesa. – Mas a culpa não é minha que você sente pena de si mesma somente por seu único filho ser cego.

 – Você engula suas palavras, Kim Taehyung. – Seu pai gritara, mas seu filho já estava no próprio quarto com a porta trancada.

Sentou-se no chão, sentindo as lagrimas saírem de seus olhos inúteis. Estava cansado disso. De ouvir sua mãe chorando abraçada ao seu pai de madrugada enquanto lamentava-se pelo seu “pobre” filho, sufocado do fingimento de Hyekyo de ainda haver esperança para que um dia poderia voltar a enxergar e principalmente, de a maioria das pessoas lhe tratar de forma diferenciada somente por não conseguir enxergar.

Tae queria que tudo isso acabasse.

Que ele tivesse paz.

Sumir para sempre.

 

 

 

 – Tae? Acorde. – Alguém chacoalhava seu ombro, tirando-o do pesadelo. – Temos que ir em sua psicóloga.

 – Já vou. – Resmungou, esfregando sua mão sobre seus olhos. – Só preciso me arrumar.

 – Tudo bem. – Jin encarou-o, finalmente notando quão suado o amigo mais novo estava. – Está tudo bem? Não está febril, não é?

 – N-não. – Odiou ter gaguejado ao sentir a testa do mais velho encostar na própria, fazendo-o sentir as orelhas queimarem. – Apenas tive um pesadelo.

 – Ah, ainda bem. Quer falar sobre isso?

 – No momento não. – Desviou-se, odiava lembrar disso. – Me espere na sala, eu já vou.

 

[...]

 

Caminhavam em silêncio após a consulta, tendo como direção o rio Han. Havia se tornado uma espécie de ritual irem até lá após todas as consultas, e ambos gostavam de apenas estar ao lado um do outro mesmo que não admitissem.

Sentaram-se em um banco qualquer, e Taehyung passara a ouvir o ambiente e dar-lhe cores. Dessa vez não havia tantas crianças, mas as poucas que era capaz de identificar chutavam folhas secas do chão enquanto brincavam com o vento gélido. As pessoas passavam, mas dessa vez não tão animadas e alegres como no verão e na primavera. O menino cego questionara se isso devia-se ao clima.

 – Hyung, posso lhe fazer uma pergunta?

 – Claro. – Ouviu-o se ajeitar no banco em que estavam. – O que quer perguntar?

 – Meu rosto é bonito?

 – Como?

 – Meu rosto, ele é bonito? – Aquilo era uma dúvida real sua. Nunca questionaria isso a Jungkook ou Jimin, pois sabia que ambos encheriam seu saco. E não podia fazê-la a seus pais por bem, eram seus pais. Eles sempre falariam que era bonito. – Não vou nunca mais me ver em um espelho, e realmente tenho curiosidade de saber qual é a minha aparência depois da puberdade.

 – Você é bonito sim. – Fora incapaz de segurar a felicidade que lhe preenchera por dentro. – Seu rosto é esguio, seu queixo é levemente retangular e tem um nariz perfeito. Aliás sempre tive curiosidade de perguntar, quem descoloriu seu cabelo?

 – Isso foi ideia de Jungkookie. – Respondeu-o rindo, alegre pelos elogios. Seokjin ao seu lado tremera pelo vento gélido que passara entre ambos. – Ficou bom em mim?

 – Ficou sim. – Sentiu a mão do mais velho acariciar seus cabelos, até parar abruptamente e ouvi-lo engolir em seco. – Tae... se importa de já voltarmos para casa?

 – Por mim tudo bem. – Estranhou a mudança no tom de voz, que antes alegre agora parecia contida como se tentasse suprir alguma coisa. – Aconteceu algo?

 – Não é nada. – A mão de sua babá agarrara a sua, ajudando-o a levantar e Taehyung fora incapaz de ignorar quão suada ela estava. – Apenas estou preocupado com que nós dois peguemos uma gripe com esse vento gelado.

Assentiu com a cabeça, sabendo que aquilo era obviamente uma mentira.

Kim seokjin podia ser muitas coisas, mas era um péssimo mentiroso.

 

 

 

* ੈ✩‧₊˚* ੈ✩‧₊˚* ੈ✩‧₊˚* ੈ✩‧₊˚* ੈ✩‧₊˚* ੈ✩‧₊˚

 

 

 

Desde aquele episódio no rio Han, Tae sentia que Jin estava distante e distraído, como se sua mente estivesse em um lugar completamente diferente de seu corpo. Isso devia-se principalmente ao fato de ele ter quebrado um copo enquanto lavava a louça, algo que nunca havia ocorrido.

 – Jin, você está bem mesmo? – Sua mãe perguntou-o verdadeiramente aflita, chegava a ser hilário o fato que meses antes temia que ele cuidasse de seu filho por causa de uma camisa e agora preocupava-se com Seokjin como se fosse um segundo filho. – O trabalho está lhe consumindo muito?

 – Não é nada disso, senhora Kim. – Os cacos foram juntados e jogados na lata de lixo. – Apenas estou perdido em meus pensamentos. Peço desculpas pelo copo.

 – Pare com isso, não é nada. E já lhe disse para não me chamar de senhora!

Taehyung continuou a ouvir ambos conversarem, e sabia que sua babá lhe encarava de soslaio pois sentia seus olhos sobre si.

 

 

[...]

 

 

A televisão soava, passando algum filme que Jin havia escolhido para assistir enquanto apenas o fazia companhia tentando cochilar em baixo do cobertor que ambos dividiam. O outono estava mais frio que de costume nesse dia.

Era domingo, e seus pais haviam saído para ir em algum lugar que não fizera esforço de gravar. Possivelmente o mercado.

 – Hyung, o que está assistindo?

 – Um filme de romance. – Respondeu-o, ajeitando a coberta sobre si. – Quer que eu lhe conte a história?

 – Não precisa. – Assegurou-o. Remexeu-se entre o tecido que segurava o calor, preparando-se para a pergunta que faria a seguir. – Hyung, desde aquele dia que fomos ao rio Han você tem estado estranho. Eu não sei o que te deixou assim porque não consigo enxergar, mas sei que foi algo que você viu e me irrita não ter a mínima ideia do que pode ter ocorrido. Eu quero te ajudar, mesmo que não queira. Então... Você pode me falar o que vira naquele dia?

Seokjin enrijecera o corpo, incomodado com o assunto              eu fora levantado.

 – Tae, eu...

 – Hyung, por favor. – Achara a mão do mais velho, apertando-a tentando passar confiança. – Eu quero lhe ajudar, nem que seja somente ouvindo o que tem a dizer.

Os segundos passavam, aumentando o nível de ansiedade de Taehyung enquanto ouvia o tique-taque do relógio sobre a geladeira da cozinha e o barulho que era emanado da televisão.

 – Naquele dia em que estávamos no rio Han, eu vi meu ex. – Agora fora a vez de Tae enrijecer o corpo. – ... E a namorada dele.

 – ... Você ainda gosta dele?

 – Sinceramente, eu não faço ideia. – Ouviu-o rir fraco. – Eu e Namjoon namorávamos escondidos de nossas famílias desde o ensino médio, e foram os melhores e piores anos da minha vida. Eu me sentia sufocado por sempre mentir aos meus pais sobre minha sexualidade e por sempre ter que esconder nosso relacionamento de todos, era horrível. As únicas pessoas que sabiam sobre nós eram meus melhores amigos, mas eu queria falar e mostrar para todos que ele era meu namorado e de mais ninguém.

“Então um dia já na época de faculdade, no terceiro período para ser mais exato, eu falei aos meus pais que era gay e eles tiveram a pior reação possível. Meu pai quase me batera e me expulsara de casa, alegando não poder ter uma bicha na família. Eu fiquei sem rumo, incerto de meu futuro e o que eu faria. A faculdade já não era a minha primeira preocupação.

Passei a morar com meu melhor amigo, falando que seria passageiro e ele nunca fizera questão de eu precisar sair de lá. Se não fosse por Yoongi e toda a sua paciência me acalmando, eu não teria sido capaz de voltar a me olhar no espelho sem me sentir o ser mais sujo do universo. Bem, você se pergunta, e onde Namjoon estava em tudo isso?

Ele estava mais distante de mim no momento em que eu mais precisei dele, e isso somente me deixava mais para baixo se possível. Perdi a quantidade de vezes que Yoongi brigara com ele por conta disso e sei que a amizade de ambos foi afetada por minha culpa, e me odeio até hoje por isso.

Um mês após ter sido expulso de casa, minha avó aparecera na porta da casa de Yoongi dizendo para eu ir morar com ela. Minha mãe havia contado a ela sobre o que havia ocorrido e que estava preocupada com seu filho, e por isso pedira para ela cuidar de mim já que meu pai nunca mais permitiria que eu pisasse em casa. Minha avó nunca se importara ou me tratara de forma diferente por conta de minha sexualidade, então fora muito mais fácil me aceitar definitivamente.

As coisas estavam se estabilizando, e eu havia voltado a sorrir. Mas Namjoon se afastava de mim gradativamente. Não respondia minhas mensagens, e se as respondesse eram horas mais tarde. Não fazia questão de saímos juntos e sempre arrumava desculpas para não ficar sozinho comigo. Até que um dia, na hora do intervalo entre aulas em que todos os alunos de todos os cursos têm a pausa para o almoço, Namjoon... apareceu de mãos dadas com uma menina. Eu senti o que restava de minha felicidade ser partido em mil pedaços, como se alguém tivesse esmagado meu peito sem um pingo de dó.

Yoongi discutiu com Namjoon sobre isso, ambos ficaram meses sem se falar e ele apenas disse que não queria que a mesma coisa que tivesse acontecido comigo ocorresse com ele. Não se engane, Namjoon é bem resolvido consigo mesmo e sua bissexualidade, mas sua família é tão conservadora quanto meu pai.  Eu levei os últimos anos da faculdade a sério, tentando não pensar em nada a não ser a minha graduação para eu nunca mais ter que vê-lo. Não o culpo pela decisão, até mesmo porque eu não quero ter que ver meu ex-namorado passando pela mesma coisa que eu passei.

Quando terminei a faculdade me senti sem rumo novamente, sem saber o que fazer. Eu não tinha vontade de arrumar um emprego mesmo sempre ter tido as maiores notas de meu curso, não tinha vontade de sair com meus amigos e somente queria ficar em casa. Até que minha avó falar que uma amiga dela precisava de alguém para cuidar de seu filho e que o salário era bom. E bem, acho que o resto da história você já sabe.”

 

Taehyung não sabia o que dizer após ouvir tudo, seu hyung simplesmente despejara algo que carregava em seus ombros a muito tempo e que não contara a praticamente ninguém. Seokjin chorava baixo, agora apertando sua mão enquanto tentava se recompor.

O mais velho havia passado por muita coisa, e mesmo que dissesse que havia superado tudo a ferida ainda o machucava. Jin não havia perdido sua bondade e gentileza mesmo após ter passado por tudo isso, não perdera a sua risada estranha e ao mesmo tempo fofa após as incontáveis vezes que chorara e principalmente, não perdera o sorriso que Kim Taehyung faria de tudo para pelo menos poder ter a chance de vê-lo somente uma vez na vida.

 – Hyung... – Retribuiu com mais força o aperto de sua mão, admirando Seokjin ainda mais se possível. – Você é sem dúvidas a pessoa mais forte que já tive a chance de conhecer.

Levou sua mão até o rosto do outro, limpando com o polegar as lágrimas que riscavam sua bochecha macia enquanto amaldiçoava quem quer que fosse Namjoon por ter deixado sua paixão platônica dessa forma. Ele não merecia ter passado por tudo aquilo.

Sentiu Jin segurar a mão em seu rosto, pedindo silenciosamente que não parasse o carinho que fazia ali.

Inconscientemente passou a se aproximar de Jin, procurando os lábios que tanto clamava a meses. Por mais que odiasse admitir, ele amava Kim Seokjin com todas as suas forças.

Arrepiou-se ao sentir a respiração quente do mais velho acariciar seu rosto, sentindo-se contente por ele retribuir sua necessidade por um beijo.

 – Voltamos! – A voz de sua mãe assustara ambos, Jin levantara-se apressado correndo até a porta pegando as compras das mãos de sua mãe enquanto Taehyung tentava normalizar sua respiração e batidas cardíacas. – Estava chorando?

 – Ah, estava vendo um filme de romance e sou bem emotivo. – Usou uma desculpa amarela, mas sua mãe parecia ter acreditado. – Precisam de ajuda com as compras?

 – Sim, por favor. – Os saltos de sua mãe soaram até perto de si. – Taehyung, o que está fazendo parado desse jeito ai no sofá?

 – Vocês apareceram no pior momento possível. – Levantou-se emburrado indo até seu quarto, deixando Hyekyo sem entender nada do que havia ocorrido.

 


Notas Finais


Namjoon não é do mal nem nada disso, antes que o xinguem.
Eu já vi amigos meus (e eu mesma) passarem pela mesma coisa que os dois. De terem medo de serem expulsos de casa, de terem medo de ver a decepção e nojo no olho de seus pais. Eu quis colocar algo mais realístico (?) não sei.
O passado do Tae foi revelado, e acho que isso que o deixara com 3k de palavras kkkk
A bad ta batendo porque o proximo capitulo será o ultimo ;-;
Vejo vocês semana que vem! Kissus <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...