História Estava Escrito (Emison) - Acerto de Contas

POV EMILY:

   Eu ia me aproximando da entrada da UCL quando percebi uma discussão da Ali com o Noel e eu imaginei qual era o assunto que eles estavam discutindo. Apressei os passos por que me fazia mal ver eles juntos mesmo que fosse discutindo, pois isso já era o suficiente para me fazer lembrar daquela noite. Estava passando por eles quando me assusto com o tapa que a Ali dá na cara dele e conhecendo ele como conheço, imagino que ele não vai deixar barato e vejo que estou certa quando percebo que ele vai tentar revidar, mas eu jamais iria permitir isso, mesmo não estando mais com ela não iria deixar ele fazer isso. Então seguro no pulso dele o impedindo.

Emily: Não ouse encostar um dedo nela.

Noel: Olha chegou quem faltava. Sua ex namorada quer que eu diga que nós nunca nos beijamos e esta brava comigo por que eu te contei a verdade.

Alison: Não seja cínico Noel, eu estou justamente te pedindo para falar a verdade e dizer que você me beijou a força.

Emily: Eu não quero ouvir mais falar disso, mas eu não vou permitir que você encoste um dedo nela.

Noel: Ainda defende ela depois dela ter te colocando um par de chifres?

   Agora era eu que estava me segurando para não dar na cara dele, mas no meu caso não seria apenas um tapa, seria um soco.

Alison: Emily não dê ouvidos ao que ele diz, eu jamais te trai e agora eu já posso provar.

   Eu olhei para ela imediatamente com a expressão confusa, me perguntando o que viria agora. Como assim agora ela pode provar, mas mesmo com toda magoa dentro de mim um chama se acendeu no meu peito. Será que o tempo todo ela dizia a verdade mesmo?

Noel: Vai inventar o que agora Alison?

Emily: CALA SUA BOCA NOEL OU EU MESMA FAÇO VOCÊ CALAR. Do que você esta falando Alison? Como que você vai provar se ele mesmo continua dizendo que você esta mentindo.

Alison: Eu gravei toda conversa que eu tive com ele agora.

Noel: VOCÊ O QUE? Ela só pode estar blefando.

Emily: Por que te assusta tanto o fato dela ter gravado a conversa? Você não esta tão certo que esta dizendo a verdade.

Noel: E eu estou.

Alison: Você é tão desprezível Noel.

   Ela foi mexendo em sua bolsa como se procurasse por algo e ele a olhava com a expressão de assustado, me fazendo duvidar cada vez mais de tudo que ele falou, e ia me subindo uma raiva, uma ira, um ódio, uma fúria absurda. E quando a Ali tirou o celular da bolsa e deu play no áudio da conversa e eu ouvi tudo, no mesmo instante me bateu um arrependimento de não ter confiado na Alison, de ter sido tão injusta com ela por culpa de um babaca, e não pude evitar que uma lágrima rolasse do meu olhar enquanto eu olhava nos olhos dela como se pedisse desculpas com meus olhos e a partir dai eu não tive mais como me segurar. Ele já tentava sair de fininho, mas eu o puxei pelo braço e sem pensar em nada soquei sua face com toda minha força. No mesmo instante a Ali entrou na minha frente e alguns curiosos que presenciavam a discussão seguraram o Noel antes que ele partisse para cima de mim.

Alison: Emily não vale a pena, você pode ter problemas aqui com isso. Vem vamos sair daqui.

   Eu estava com tanta raiva que minha vontade era de socar ele até não ter mais forças, mas a Ali tem razão eu posso ser suspensa ou até mesmo expulsa e eu não posso permitir que isso aconteça. Mas antes de sair ainda olhei para ele e falei com toda raiva que existia em mim.

Emily: Você nunca mais ouse chegar perto da minha namorada e muito menos de mim. Caso contrário um soco vai ser pouco para você seu imbecil.

Noel: Estou morrendo de medo.

Emily: Deveria ter você não imagina do que sou capaz quando fico irritada.

Alison: Vem Emily, ele não merece nem que a gente perca nosso tempo falando com ele.

   Ela saiu me puxando e as meninas nos seguiam completamente assustadas e ao mesmo tempo com raiva pelo o que ele havia feito. Por um momento meus olhos encontraram o da Hanna e me veio à lembrança do que tinha acontecido entre nós e eu rapidamente desviei do olhar dela. E ela demonstrava uma estranheza ao me olhar, mas agora eu precisava resolver meu erro com a Ali. Então segurei em seu braço fazendo com que ela parasse de andar e olhasse para mim. As meninas percebendo que nós havíamos parado perceberam minha intenção de conversar com ela e iam seguindo até que a Hanna veio até mim e eu gelei na hora.

Hanna: Emily no meio da confusão nem tive como devolver sua chave. Obrigada por me emprestar o carro.

   Ela nem conseguia olhar nos meus olhos direito e eu também estava totalmente sem graça e pedi aos céus em pensamento que a Ali não tivesse percebido a nossa mudança no jeito de falar uma com a outra. Então ela estendeu a mão para mim me entregando a chave e eu não consegui dizer nada, apenas sorri timidamente para ela e ela saiu rapidamente sem falar nenhuma das gracinhas que ela falava sempre. E eu pude voltar meu foco para Ali novamente.

Emily: Ali eu te devo um pedido de desculpas. Me perdoa por não ter confiado em você, por não ter acreditado no que você me disse. Preferi acreditar naquele ser desprezível que é o Noel ao invés de acreditar na pessoa que eu amo e que esta comigo o tempo todo. Mas eu fiquei cega de ciúmes quando te vi nos braços dele e com os lábios colados ao dele, simplesmente eu não consegui pensar na hora. Será que você consegue me perdoar amor?

Alison: Você me deixou muito triste quando não confiou em mim e quando não me deu nem o beneficio da dúvida, mas é claro que te perdoou Emily, mas você tem que me prometer que nunca mais vai desconfiar do que eu te disser, que vai confiar em mim sempre. Você promete?

Emily: Eu prometo amor.

   Assim que terminei de falar a beijei com um alivio dentro do coração, que parecia que todos os pedaços quebrados tinham se encaixado novamente renovando todas as minhas forças. Mas existia um peso nas minhas costas e esse eu carregaria por muito tempo, mas a Ali não precisava saber disso, pois eu teria que esconder isso dela para manter nossa relação a salvo.

POV ALISON:

   Eu estava tão feliz de ter conseguido provar para Em que eu não estava mentindo nem enganando ela, mas me sentia meio triste por ela não ter confiado em mim, mas por outro lado eu imaginava o quanto foi difícil para ela ver aquele beijo. Agora uma coisa me preocupava nesse momento, se eu já estava achando o jeito da Hanna estranho, vendo elas duas agora fiquei mais desconfiada que exista algo errado entre elas. Vi bem o jeito que elas se olharam e eu vou tirar isso a limpo com a Emily.

Alison: Em eu não estou afim de assistir aula hoje, não vou consegui prestar atenção em nada depois de tudo que aconteceu aqui.

Emily: Eu também não vou consegui ficar dentro da mesma sala que o Noel, olhando para ele sem ter vontade de socar a cara dele inteira.

   Estávamos saindo quando eu peguei sua mão e ela fez cara de dor e assim que eu olhei para mão dela vi o quanto estava inchada.

Alison: Amor você tem que colocar gelo nessa mão, vem que eu vou cuidar de você.

   Seguimos até o carro dela e eu peguei a chave para dirigir, já que a mão dela estava inchada. E no caminho íamos conversando.

Emily: Eu sou uma idiota mesmo né amor. Como eu pude acreditar naquele imbecil. Eu estou com raiva de mim mesma por isso.

Alison: Amor não pensa mais nisso, estamos juntas outras vez. E nosso amor é tão forte que é capaz de superar tudo.

Emily: Tudo mesmo amor?

Alison: Se tratando de armações, chantagens ou alguém que tente separar a gente de forma baixa e desleal, sim nosso amor supera isso. Mas por que você me fez essa pergunta? Você quer me dizer alguma coisa?

Emily: Não é nada amor, eu perguntei no impulso.

   Apesar dela não ter me convencido com a resposta dela, pois eu tinha cada vez mais certeza de que ela me escondia algo, eu achei melhor falar sobre isso em outra oportunidade.

   Chegamos ao apartamento dela e ela foi direto para seu quarto e eu fui até a geladeira pegar gelo para colocar em sua mão. Entro no quarto e coloco o gelo na mão dela enquanto sento do lado dela.

Alison: Tá doendo muito amor?

Emily: Não amor, valeu a pena ter inchado a mão para dar aquele soco nele.

Alison: Fiquei tão feliz quando vi você me defendendo, eu queria ter te agarrado naquele mesmo instante.

Emily: Você pode agarrar aqui e agora.

Alison: Não quero machucar mais sua mão amor.

Emily: E você acha mesmo que eu vou ficar aqui com você sem te agarrar e matar toda essa vontade que eu tô de você.

   Ela falava enquanto se aproximava de mim e selou meus lábios num beijo que começou sem pretensão nenhuma, mas que foi ganhando grandes proporções, ela me puxou para mais perto dela com a mão esquerda e eu ficava atenta a cada movimento meu para não machucar a mão dela. Ela me beijava como se tivesse passado meses sem meu beijo, sua língua pediu passagem e logo permitir, sentindo a sensação gostosa que percorre todo meu corpo em uma corrente elétrica quando nossas línguas se tocam e se exploram. Eu teria que ficar no controle de tudo, pois ela não podia mexer muito a mão, então delicadamente fui subindo sua blusa enquanto minha boca explorava cada pedaço do seu pescoço ouvindo sua respiração desregulando aos poucos. Depois de tirar sua blusa, me encarreguei da sua calça a deixando apenas de lingerie. Ela deitou na cama e eu sentei na sua cintura colocando uma perna de cada lado e ia me despindo aos poucos enquanto ela me observava, e assim que eu tirei minha blusa ela trouxe sua mão esquerda e apertou meu seio direito ainda por cima do sutiã e eu fechei os olhos ao sentir seu toque, em seguida eu fiquei em pé na cama e tirei minha calça também ficando assim como ela de calcinha e sutiã. E quando eu ia sentar na cintura dela de novo, ela fez sinal com a mão para que eu parasse e falou.

Emily: Já tira tudo amor, quero ver você toda nua.

   Só de ouvir ela falar isso com a voz carregada de desejo eu senti meu sexo pulsar, ela tinha o poder de seduzir até sem querer e eu fiz o que ela pediu jogando para ela o sutiã e em seguida a calcinha que ela fez questão de cheirar. E o olhar de puro desejo que ela me dava fazia meu corpo estremecer por inteiro, então eu desci até ela lentamente e falei com minha boca colada ao seu ouvido.

Alison: Agora é minha vez te ver toda nua.

   Ela soltou um suspiro mais intenso e eu comecei tirando logo sua calcinha, assim que tirei fiz o caminho de volta até ela beijando todo seu corpo começando pelas pernas até chegar em seu busto, onde eu tirei seu sutiã e no mesmo instante levei minha boca até seu seio direito fazendo ela arquear o corpo, voltei a sentar em sua cintura novamente e lentamente rocei meu sexo em sua barriga descendo até seu sexo fazendo ela gemer mais alto e consequentemente eu também. Em seguida voltei a beijar ela intensamente enquanto ia me ajustando entre suas pernas e ela me dava toda condição de fazer isso perfeitamente, pois havia aberto suas pernas de forma que e pudesse ficar na posição ideal com meu sexo encaixado no dela. E assim que sentimos esse contato que tanto nos excita, gememos juntas e nosso beijo voltava de forma descomunal, ela então me apertou com a mão esquerda e como se esse contato não fosse o suficiente, ela levou a mão direita para me apertar também e percebi sua testa franzi em sinal de dor e mesmo quase sem voz, pois não parávamos de nos mexer uma na outra, ainda consegui balbuciar.

Alison: Amor sua mão, machucou?

Emily: Eu posso aguentar qualquer dor nesse momento.

   Nossos corpos se mexiam fazendo uma dança perfeita e conforme nosso movimento ia aumentando o ritmo, nosso beijo aumentava a intensidade, até que eu senti sua língua tocar a minha no mesmo ritmo que nossos clitóris se tocavam e automaticamente aumentamos mais ainda o ritmo dos nossos movimentos e eu ia perdendo meu fôlego cada vez mais rápido, mas isso não me fazia perder o ritmo dos movimentos, até que vi em sua expressão que seu prazer iria explodi a qualquer momento e nesse mesmo instante minha excitação alcançou o nível máximo me fazendo gozar deliciosamente enquanto seu rosto demonstrava que seu gozo chegava também seguido de suspiros forte e um beijo apaixonado. Continue encaixada nela do mesmo jeito enquanto nosso movimentos iam diminuindo lentamente, em seguida deitei minha cabeça em seu peito e ouvia seu coração se adaptar as batidas normais aos poucos. Depois de recuperar meu fôlego, rolei para o lado dela da cama e a beijei com todo carinho.

   Estávamos olhando uma para outra em silêncio, mas as minhas dúvidas voltaram a rondar minha mente e eu não queria ter que entrar nesse assunto agora, mas eu precisava tirar essa dúvida que estava corroendo minha cabeça.

POV EMILY:

   Eu estava olhando nos olhos dela e vendo o quanto sou dependente dela, do amor dela na minha vida. Sinto como se minha vida antes de conhecer ela fosse apenas um ensaio para quando ela chegasse fazer tudo se tornar real. Eu a amo mais que tudo e não quero que nada estrague isso entre nós. Eu prometi e agora vou confiar nela de olhos fechados daqui para frente e é assim que vai ser. Quero esquecer tudo que possa ameaçar nosso amor e nossa felicidade. De repente percebo seu olhar mudar a intensidade do brilho e eu já sei quando isso acontece, quando ela quer me perguntar algo ou quando esta preocupada com alguma coisa, então fico só aguardando ela falar.

Alison: Amor o que aconteceu entre você e a Hanna?

   Eu poderia imaginar que ela fosse me perguntar qualquer coisa, menos isso. Meu coração quase parou nesse momento e eu tentava manter a calma para responder a ela, mas eu mesma não fazia ideia do que responder, então resolvi ganhar tempo e saber mais o porquê dela me fazer essa pergunta. Tenho certeza que a Hanna não contou nada, pois ela não faria isso sem me avisar antes. Eu fiquei muda olhando para ela e ela tinha uma expressão de expectativa que eu respondesse, mas eu simplesmente travei e ela voltou a falar.

Alison: O que foi Emily? Por que não responde minha pergunta?

Emily: Como assim Ali? Não estou entendo, o que você esta querendo dizer com essa pergunta?

Alison: O que eu estou querendo dizer é absolutamente o que eu perguntei agora. O que aconteceu entre você e a Hanna?

Emily: Não aconteceu nada. Apenas bebemos e conversamos.

   Eu falava enquanto tentava desviar dos olhos dela, pois eu não iria conseguir mentir para ela se ela olhasse nos meus olhos, e eu já estava me sentindo péssima por estar mentindo para ela, mas eu não podia estragar tudo de novo. Acabamos de fazer as pazes e se ela souber disso vai ser a maior decepção para ela. Mesmo que não tenha acontecido nada além de beijos, caricias e amassos mais quentes.

Alison: Mas existe alguma coisa errada nisso.

Emily: Por que você acha isso? O que te faz pensar que tem algo errado?

Alison: O fato dela ter chegado estranha no dia que saiu daqui, no fato de você ter permitido que ela voltasse para o apartamento dirigindo depois de ter bebido a noite toda com você, quando ela poderia muito bem ter dormido aqui como fez da outra vez e na forma que vocês se olharam na faculdade hoje. Emily não me esconda nada, quero saber agora o que aconteceu.

   Por um momento eu quis dizer toda a verdade para ela, mas não tive coragem. E não tive coragem não apenas por mim, mas pela Hanna também, como que eu posso contar o que aconteceu para Ali sem ao menos conversar com a Hanna antes e deixar ela ciente disso. Por mais que eu quisesse dizer, não podia.

Emily: Amor primeiro de tudo eu pedi para ela ficar e dormir aqui e só ir embora depois que descansasse, mas ela insistiu que queria ir então eu achei melhor dá o carro e fiz isso por que já tínhamos parado de beber a um tempo e ela tinha feito café para mim, pois eu havia passado mal e como ela deve ter tomado o café forte também deve ter feito ela despertar, então achei que ela poderia conseguir dirigir.

   Eu me enrolava um pouco nas palavras, mas disse a ela tudo que realmente aconteceu, só omitindo claro a parte do amasso.

Alison: E o jeito estranho que se olharam hoje?

Emily: Amor eu não vi nada de estranho, eu ainda estava com o sangue fervendo da discussão com o Noel e ela parecia estar atrasada para aula dela. Por que toda essa desconfiança Ali?

   Eu tinha medo da resposta dela, pois sua expressão me dizia que ela não estava totalmente convencida com minhas explicações.

Alison: Só achei tudo estranho, mas deixa isso para lá de repente pode ser paranoia minha mesmo.

   Eu queria ter respirado fundo nesse momento soltando o ar em forma de alivio, mas eu não podia fazer isso na frente dela, então eu apenas a puxei para perto de mim fazendo ela deitar sobre meu peito, lhe beijei suavemente e em seguida olhei para ela.

Emily: Posso te pedir uma coisa?

Alison: Claro amor o que você quiser.

Emily: Depois desse acontecido com o Noel eu não quero mais que quando acontecer algo assim entre a gente que possa colocar em duvida o que sentimos uma pela outra, que a gente se afaste sem dá o beneficio da explicação, sem que a gente possa ouvir o que a outra tem a dizer primeiro antes de tomar qualquer decisão, então me promete que se algo parecido com isso acontecer de novo, antes de qualquer coisa você vai me ouvir? E eu prometo que farei o mesmo com você se for o contrário.

Alison: Eu prometo amor.

   Eu a beijei mais uma vez e ficamos deitadas abraçadas, mas eu não conseguia parar de pensar em tudo que disse a ela. Eu acabei de esconder algo dela e me sentia mal por isso, mas ou era isso ou eu ter que ficar sem ela. Eu só espero sinceramente que eu tenha conseguido convencer ela com minhas explicações, por que nem sei se eu mesma conseguiria acreditar no que acabei de falar, mas conhecendo ela como eu conheço, ela vai ficar muito mais atenta ao meu comportamento e ao da Hanna quando estivermos juntas e eu preciso conversar com a Hanna sobre isso.