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História Estranged: bem vindos a vida real. - Rumo a Los Angeles Erin é uma estrela.


Escrita por: MelyssaPevensie

Notas do Autor


Primeiríssimo capítulo da fic, espero que gostem, e não vou falar muito aqui porque eu sei que é chato ficar lendo essas notas de introdução e blablabla :v se não gostarem, ou tiverem sugestões, podem me falar, ou inbox no facebook ou tumblr, ok? Sejam sinceros, pls askasçaçsak favoritem, comentem, enfim... Here it goes!
Aqui, o Axl é noviiinho, ainda morava na casa da mãe até uns quatro parágrafos pra frente :v

Capítulo 1 - Rumo a Los Angeles Erin é uma estrela.


Fanfic / Fanfiction Estranged: bem vindos a vida real. - Rumo a Los Angeles Erin é uma estrela.

LAFAYETTE, INDIANA, U.S.A., 1986.
P.O.V AXL.

Bati a porta do quarto. Peguei minha mochila e enfiei os poucos trapos que eu tinha nela, e encapei meu violão.

 -William! –minha mãe bateu desesperada na porta – Por favor, querido...
 

 -Vai embora! –eu gritei com lágrimas nos olhos.

 Eu não queria aceitar a verdade. Não queria aceitar que minha mãe era uma prostituta até a minha gravidez, Stephan não era meu pai e eu ainda tive que sofrer nas mãos dele sem poder dizer nada a ninguém, fingindo estar tudo bem. Eu explodi, guardei a minha raiva por 14 anos, desde a primeira vez que aquele otário me fez odiá-lo. A minha esperança naquela casa era minha mãe, ingênua, e minha irmã Madelyne, apenas uma criança.
 Ah, Madelyne... Se eu pudesse, a levaria comigo. Queria poupá-la de tudo. De tudo o que ela já viu, do que ela irá ver e do que ela está passando hoje. Minha vontade era de matar aquele homem, e eu sinto nojo de mim mesmo, e eu poderia estar até com raiva da minha mãe. Mandei um recado para Izzy, que me esperasse na casa dele, que hoje ele também iria fugir dos pesadelos que ele passava. A mãe de Izzy ainda era uma prostituta viciada, e sua irmã sofria de bipolaridade.

 -William! –minha mãe insistiu – Não precisa ser assim.

 Eu abri a porta, tentando segurar o choro de ódio e chateação. Ela estava detonada. Eu segurava minha mochila em um ombro e o violão segurava na mão ainda.

 -Por favor...

 Madelyne apareceu no fim do corredor, segurando seu urso velho de pelúcia. Ela tinha cabelos loiros compridos e lisos, olhos verdes como os meus, e apenas quatro anos de idade.

 -Will? –ela balbuciou.

 Eu corri até ela e a peguei nos braços. Ela me abraçou.

 -Onde você vai?

 -Eu volto para buscar você, Mady. Você e a mamãe.

 -Não, Will! Fique aqui comigo!

 -Mady... O Will precisa ir... –eu a apertei mais.

 -Não precisa não!

 -Eu prometo que vou voltar logo.

 -Eu vou com você! –ela chorou. Mady e eu éramos como um só, eu cuidava dela mais do que de mim.

 -Olha só... Eu vou, porém eu vou voltar e buscar você quando tudo estiver melhor para poder te dar uma vida melhor... Eu prometo. E para você não esquecer, eu vou ficar com alguma coisa sua e você com alguma coisa minha! –disse olhando nos olhos dela.

 Ela olhou para baixo e desceu, correndo para seu quarto. Nossa casa era pequena, então ela não demorou muito para voltar. Minha mãe estava atrás de mim, já não sabia mais segurar o choro. Apenas cobria a boca com a mão, para disfarçar seu desespero interno. Madelyne voltou de lá com um caderno cor de rosa.

 -Este é o meu diário. Você pode ficar com ele, e pode usar ele se quiser. –me entregou.

 Mady não sabia escrever. O que eu iria encontrar era um mistério. Eu tirei então minha pulseira de contas que eu mesmo havia feito cinco anos atrás, no início da gravidez dela, que eu considerava minha pulseira da sorte. Eu raramente a tirava. Eu a coloquei no braço fino e magro dela, e tive que dar outra volta, por ser grande demais para o pequeno pulso. Dei um beijo em sua testa e um beijo na testa da minha mãe, e logo olhando-a nos olhos.
 Virei as costas e fui em direção a porta, quando minha mãe surtou eu me agarrou pelo braço, me implorando para que não fosse. Eu fiquei com o coração na mão, mas se eu não saísse agora, eu nunca mais iria sair. Bati a porta.

 Em dez minutos eu estava na porta da casa do Izzy, onde havia uma confusão entre ele e Joanne, sua irmã. Os dois tinham um ano de diferença, ela gritava com ele que a mãe estava grávida (!!!) e que ele era um otário. Ele dizia coisas como “me solta”. Ele abriu a porta, e ela foi atrás, chorando, implorando que ficasse, dizendo que o amava. Ele lutou com ela para que ela soltasse a porta, mas ela não soltava. Até que ela deu um basta e disse que o odiava, que queria que ele fosse embora da frente dela e bateu a porta. Louca.

 Jogamos nossos violões nas costas e começamos a andar rumo ao fim da cidade.
 -Está tudo pronto. Um amigo vai emprestar o carro, ele tem uma parceria em Los Angeles, onde a gente vai ficar. –ele disse.
 Eu dei um sorriso de lado. Adeus, Lafayette.

 

P.O.V ERIN.

Eu já estava muito cansada, mas ainda havia uma seção de fotos.

 -Pai, não podemos terminar amanhã? –pedi. 

 -Querida, nós só temos uma semana para lançar tudo, precisamos de tudo pronto até domingo! Segunda feira eu quero estourar as televisões com nossos comerciais, e na quarta feira, BAM! –ele fez um gesto – A nova coleção de outono estará nas melhores grifes, estrelando a nova queridinha das câmeras: Erin Everly! –ele sonhou.

 Meu pai sempre me encorajou a seguir ao mesmo rumo que ele. Porém, ao invés de eu controlar as câmeras, os scripts  e comprar ações, ele quer que eu fique na frente das câmeras, que eu seja a ação. Eu não sabia cantar. Eu não aceitei nenhuma oportunidade de filmes, ou novelas. Então, ele começou a me fotografar. Várias empresas já estavam me oferecendo propostas e campanhas. Eu me divertia muito fazendo essas coisas, mas meu pai pegava muito pesado. Eu fazia por diversão apenas! Eu queria fazer pela arte, mas ele não queria saber, ele dizia que eu tinha que ser superior, devia fazer dietas, usar roupas desconfortáveis e sempre me garantir nas melhores grifes.

 Após uma cansativa seção de fotos no estúdio, apresentando uma linha de maquiagem, fomos para casa. Morávamos em uma mansão próxima a Hollywood. A minha vida era essa: ir para o colégio, tirar fotos e descansar. Meus amigos eram os câmeras mans e meus primos. Meu primo preferido havia se mudado para Los Angeles há dois meses para ajudar meu pai em nossa empresa, e estava morando conosco, Michael (mas eu o chamava de Duff). Nós promovíamos marcas e tendências, fazíamos comerciais e possuíamos estúdios para diversos fins. Everly & Everly era a preferida da américa. Mas eu não gostava de ostentar o que eu tinha. Eu só queria alguém que gostasse de mim pelo o que sou, e não pelo o que tenho! Sabe, as vezes eu queria ser uma adolescente normal.

 -Erin, Richard! –minha mãe nos recebeu –Estava a espera de vocês... Vamos jantar.    

 Fomos a sala de jantar, onde a comida já estava na mesa. Eu estava faminta!

 -Então, querida, como foi? –ela perguntou.

 -Foi muito bom! –eu disse devorando tudo.

 -Cuidado com os carboidratos, bebê. –meu pai riu.

 Eu revirei os olhos, eu estava morrendo de fome e iria abrir essa exceção. O que não mata engorda, e ganhar um quilo agora não seria tão ruim.

 -Desculpem a demora! –Duff entrou no salão.

 -Olhem só o loiro aí, onde estava? –eu disse animada.

 -Reparando uma câmera que estava com um defeito na lente... Nada de mais, uma câmera caseira que eu adoro.

 -Menino de ouro –meu pai comentou.

 Ele sorriu e serviu-se.

 -Então... –ele continuou – Eu recebi algumas ligações, e decidi marcar uma pequena festa aqui no sábado, para uma comemoração, nada de mais... –ele fez suspense no fim da frase.

 -Comemoração pelo o que, querido? –minha mãe.

 -Fechamos contrato com a grife Nana Helington from NY!

 Todos ficamos boquiabertos. Nana Helington era uma estilista super famosa que revolucionou os jeans ao fim da década de 70, ficando reconhecida internacionalmente e convocada para os mais caros e belos desfiles, produzindo linhas desejadas em vários países, até que enfim ela abriu sua própria empresa de roupas e perfumes, Nana Helington From NY, homenageando sua cidade natal.
 

 Brindamos nossos sucos de maçã e terminamos nosso jantar felizes.
 
Já era tarde da noite quando eu fui até o quarto de Duff. Ele via gravações antigas da câmera recém reconstituída, e eu me deitei ao lado dele. Pareciam gravações de no mínimo um ano, dele e de três amigos, dois meninos e uma menina, na beira de um rio. Ele filmava tudo: a garota com medo de pular de cima da pedra no meio da represa, do amigo lá em baixo gritando que ela parasse de ser covarde e do outro amigo encharcado na beirada. Até que ela finalmente pulou e o garoto comemorou. Estava claro que eram as férias de verão, os uniformes estavam jogados em uma pedra. Aquele vídeo não me era estranho. Até que ele finalmente virou a câmera para trás e eu surgi correndo no meio da floresta. Me lembrei: as férias do ano anterior, que eu viajei para a casa de Duff e fui direto ao lugar onde eu tinha certeza que ele estaria, e já estava com meu biquíni. A câmera perdeu o foco um momento, que foi o nosso encontro. Eu arranquei minhas roupas e fui correndo para o rio. Mergulhei, e ao subir, abracei a garota, Jenna, uma velha conhecida que eu costumava conversar quando ia lá para o interior. Duff a todo momento gritava atrás da câmera, zoando os amigos e rindo, e não estava nem aí que estava tudo tremido. Até que ele levantou-se, e foi ao meio da floresta, atrás do outro amigo que já não estava mais na beirada do rio. Ele fumava um cigarro, e ofereceu a Duff. Ele murmurou, hesitou mas não resistiu, e logo a filmagem deu uma pausa. Quando voltou, já era noite. O teto do quato de Duff era o foco e ele todos os momentos pausava e focava em um objeto diferente, sem nenhuma intenção. Até que um momento focou em meu rosto, chateada. Foi o momento que eu fui conversar com ele, que estava decepcionada com seu vicio fumacento. Ele dizia “está brava?” e eu estava de bico, olhando para atrás da câmera onde ele estava. Ele me provocava,  eu não respondia, até que eu abaixei a câmera e a filmagem acabou.
 

Duff abaixou a câmera e suspirou.

 -Eu não fumo há três meses. –sorriu para mim.

 Eu abracei seu braço e ele me acolheu.

 -Sabe, Erin... Você é como se fosse uma irmã para mim.

Nós éramos tão inocentes juntos, e cuidávamos um do outro desde pequenos, um apoiando o outro. Eu não ligava para nossas diferenças sociais como nossos pais, e para mim foi um enorme presente quando meu pai me disse que Michael viria para ficar.

 Eu dormi no quarto dele naquele dia.
               
                                                      *               *             *            *

P.O.V AXL.

Chegamos em uma casa comum em um bairro residencial humilde dos arredores de Los Angeles. Izzy estava dirigindo, e Chris, o amigo dele que estava nos apoiando tinha acabado de acordar no banco de trás do nosso Ford 75.
 

 -Bem vindos a L.A. –ele gritou.

 -Não grita, caramba. –Izzy retrucou.

Nós descemos do carro com nossas coisas e entramos na casa. Nada muito diferente da minha: uma sala com cozinha americana, dois quartos e um banheiro. Nenhum luxo, na sala apenas um sofá vermelho, uma cadeira e uma TV. Na cozinha, um fogão, um freezer e mais duas cadeiras. Os quartos estavam empoeirados, um tinha duas beliches e um armário velho, e o outro uma cama de casal e um guarda roupa pequeno. A casa poderia ser mais ajeitada fisicamente que a minha, mas o vago deixado pelos velhos móveis empoeirados as colocavam em par.

 -Perfeito, eu durmo na cama de cima! –Izzy correu para o quarto.

 -Qual é, cara! –Chris riu e foi atrás.

 Eu fui para o quarto de casal, queria mais privacidade e não estava a fim de brigar com Izzy toda noite.

 Coloquei minha mochila ao lado da cama e o violão nos pés. Percebi que havia um colchão extra em baixo da cama e rezei para que não estivessem esperando mais alguém. Nós não comíamos nada há treze horas, e eu fui procurar alguma coisa no freezer. Estava desligado, cheio de besteiras dentro. Peguei qualquer coisa e fui pro sofá.

 -Onde estão as cervejas dessa casa?! –Izzy surgiu.

 -Não tem, o freezer tá desligado e cheio de comida ensacada dentro –disse com a boca cheia – Eu vou ficar obeso desse jeito.

 -Cala boca, Rose, isso é maravilhoso! Liga essa TV logo.

 Procurei por algum canal assistivel, mas já era muito tarde e só se encontrava jornais e programas religiosos.

 -Coloca no 71.

 Eu mudei e de repente até Chris estava na sala. Canal pornô noturno. Eu não estava no clima, não hoje, e isso era realmente estranho. Me levantei e fui em direção ao quarto.

 -Qual é, Rose, virou gay? –Izzy riu.

 -Eu só não to no clima, Stradlin.

 -William Rose sempre está no clima. Não estou gostando desse Axl, cara. –ele riu mais.

 -Axl Rose, a partir de amanhã. –eu disse de costas – Hoje eu sou só o cara que fugiu pra Los Angeles. Falou, caras.

 Fechei a porta do quarto, e não havia chave. Abri a minha mochila e tirei o caderno rosa de dentro. Na primeira página havia o desenho de uma garotinha feliz com seus pais felizes e um garoto cantando. De uma forma bem rabiscada havia o nome “Will” em cima dele, e vários corações em cima dos pais. Acho que era assim que ela queria que fossemos: uma família unida e feliz.
 Na segunda página haviam várias folhas grudadas, já secas, e o desenho de um rio com vários animais em volta. Suponho que algum passeio.
 Eu fui passando as páginas e vendo os desenhos infantis que Mady fazia, e sorria com cada um. Até que cheguei em uma página interessante. Uma garotinha triste e chorando, um monstro, uma mulher com X nos lugar dos olhos e um garoto fumando. Alguma briga familiar, talvez a primeira vez que Mady me via com alguma coisa entre os lábios.
 Pulei para as ultimas páginas ilustradas, me emocionando com cada desenho e a forma que ela interpretava as coisas: hora, uma garota feliz com sua família, ou lembranças grudadas nas páginas; hora, uma garota triste, monstros e páginas rasgadas. Até que na ultima página havia o desenho de um garoto em cima do planeta, e um grande ponto de interrogação cobrindo todo o desenho. Reparei que a página estava meio amassada. Este desenho fora feito pela manhã, antes que ela me entregasse o caderno. Abracei o diário, e dormi. 


Notas Finais


Gostaram? Odiaram? Comentem! Eu vou estar postando frequentemente, talvez de dois em dois dias, e tal... Não me matem se eu me atrasar algum dia, mas é que é realmente difícil escrever uma fic que não seja clichê ou de má qualidade, mas o capítulo 2 já está pronto! bjbj


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