História Estrangeira - Que os jogos comecem

Kook  

O fim de semana chega rápido, tivemos poucos encontros essa semana, estou um pouco distante da Soon, já que ela esta sempre com a Jhey. 

- Aigoo, eu não tenho nada pra fazer esse fim de semana. – Falo comigo mesmo, me levantando da cama e indo ao banheiro para fazer minha higiene. 

Quando volto a tela do meu celular estava acesa, pego-o e vejo uma mensagem de um numero desconhecido. 

“Hoje, 18:00h, casa da Soon, não se atrase.” 

Mas que raio de mensagem e essa, rapidamente mando uma mensagem pra Soon. 

“Você esta bem? Recebi uma mensagem me mandando ir pra ai a tarde.” 

Não aguento a espera, e se ela estiver em perigo, largo o celular na cama e coloco uma roupa correndo, quando termino de colocar o tênis de qualquer jeito a tela do meu celular acende, ela respondeu. 

“Mas um plano daquela maluca da Jhey, vem na hora marcada que eu te explico. Ela mandou essa mensagem pra todo mundo.” 

Respondo que vou aparecer, mas ainda tenho o dia inteiro pra fazer nada. 
 

Soon

Essa doida chegou cedo aqui com uma pequena mala já que ela vai ficar aqui até segunda ou terça se tudo der certo na viagem do meu pai, nos despedimos dele e a doida da Jessica me conta o plano doente dela, depois claro de me pedir o número de telefone de todos os meninos e das meninas também e fazer a maior cena, não sei se esse plano vai funcionar não confio naquelas duas, mas enfim essa doida decidiu, e quando ela põe uma coisa na cabeça, nem pacto com o demônio tira. 

Logo todos chegaram e se acomodaram na sala, eu explico o plano e logo ouço Jhey descer as escada, olho na direção dela e não me contenho. 

- O que você fez com seu cabelo? – Pergunto, não acredito que ela fez isso. 

- Cortei, gostaram? – Ela fala terminando de descer as escadas. 

- Ficou legal, combina com você. – Eloiza fala tranquilamente. 

- Valeu. – Ela responde mas logo fica seria. – A Soon contou pra vocês qual é o plano. 

Todos balançam a cabeça afirmando. 

- Beleza. – Ela continua. – Eu sei que é arriscado, mas se eu não encostar elas na parede nos nunca saberemos qual é a delas, então eu preciso de um favor de vocês, a fama de gangsters que vocês tem na escola, façam valer, eu preciso que elas se sintam acuadas, principalmente a Mae. 

Todos afirmam com a cabeça de novo. 

- Legal eu sei que estamos tensos, mas temos que parecer naturais. – Eu falo. 

Parece que combinamos estamos todos de preto, vermelho e branco, essas devem ser as cores da nossa “gangue”, sorrio com o meu pensamento e logo ouço a campainha tocar. 

Jhey levanta e vai atender, hora do show. 

- Entrem. – Jessica indica com a mão, as duas meninas entram e Mae logo fala. 

- Mas o que... – Quando ela se vira pra Jhey ela esta terminando de trancar a porta e coloca a chave no bolso da calça. 

- Sentem-se. – Jhey fala enquanto se apoiava na porta cruzando os braços em olhar de desafio. 

Mae suspira, Yul está com os olhos arregalados, mal disfarça que está assustada, Mae puxa Yul e elas sentam nas poltronas. 

- Vocês sabem quem são todos nessa sala? - Eu pergunto 

- Talvez, conheço os nomes não os rostos. – Mae fala de braços cruzados, tenho que admitir a garota tem coragem pra se manter tranquila com tanta desvantagem. 

- Então vamos nos apresentar. – Eu falo e todos se apresentam. 

- Os nomes mais conhecidos, são Soon, Hoseok, JungKook, Jimin, essas são as primeiras cabeças a ir pro espeto, digamos que os outros só estão atrapalhando o “serviço”. – Ela fala fazendo aspas com a mão. 

- Meninos vocês conhecem os nomes delas? Dong Yul e Chin Mae. – Eloiza pergunta, mandou bem. 

- Não. – Diz Kook seco, e os outros também balançam a cabeça em negativa. 

- Bom vamos deixar algumas coisas claras. – Mae fala se levantando. – Se alguma coisa acontecer a nos duas vocês não duram nem três dias, talvez saibam que estamos aqui agora. – Ela fala em tom de ameaça. 

Silêncio, os passos da Jhey na direção da garota quebra o incomodo silêncio, ela para bem de frente para Mae. 

- Então sabiam que vocês estavam aqui Mae? Então VOCÊ avisou alguém? – Jhey pergunta com o olhar mais assassino que eu já vi, cheque mate, eu dou um sorriso de lado, agora elas estão contra a parede, ou vai ou racha. 

- Parem. – Yul fala. – Porque está fazendo isso? Nos já não contamos a vocês duas a nossa complicada situação, nos estamos entre a cruz e a espada, e se vocês saírem vivos dessa história provavelmente nos não sairemos, nem nossos irmãos, mas que raios vocês acham que vamos ganhar com isso. 

Yul fala quase com lagrimas nos olhos, até entendo o seu lado da história, mas 12 pessoas estavam em risco. 

- Yul. – Mae fala colocando a mão no braço da amiga desmoronando sua pose de bad girl, mas Yul continua. 

- Você queria nos testar ne? Nos colocar na parede? Estamos aqui, e na verdade Mae blefou, mas você a pegou não é? Ninguém sabe que estamos aqui e se vocês quiserem nos matar e esconder os corpos fiquem a vontade, ninguém vai procurar por duas pobres garotas irmãs de ganguesters, talvez só nossos irmãos. 

Jhey ainda estava parada de frente pra elas. 

- Como eu vou saber se você não está só fazendo cena Yul, talvez essa inocência toda seja teatrinho seu, um blefe como você mesma disse. – Jhey fala fria. 

- Acho que chega. – Taehyung fala e pelo jeito todos concordavam, esse bando de maria mole estava com dó das meninas, mas confesso que até eu fiquei com dó. 

- Vamos deixar como está, se algo acontecer com ela. – Jhey fala apontando pra mim. – Eu juro que eu caço vocês, nem que essa seja a ultima coisa que eu faça na vida. 

Elas simplesmente balançaram a cabeça como se já esperassem isso. Jhey vai até a porta e a destranca. 

- Vocês querem ir? – Eu pergunto para elas que afirmam com a cabeça.  

- Suga. – Jhey chama-o quando ele a olha, ela joga a chave do carro dela pra ele que a pega no ar. – Leve-as por favor. 

- Não precisa. – Diz Mae a contragosto. 

- Sei que não se sentem a vontade comigo, compreensível. – Jhey continua. – Por isso estou pedindo para o Suga levar vocês, mas não se enganem isso não é só gentileza, é por segurança também, é bom que um de nos saiba onde vocês moram. 

Elas se levantam e vão em direção a ela que ainda está perto da porta. 

- Qual o seu problema? – Mae fala, e sai sendo seguida por Yul que não fala nada, Jhey se mantem impassível, Suga levanta e vai atrás delas, Jimin também se levanta. 

- Eu vou com ele, qualquer coisa eu ligo. – Jimin fala e sai sem esperar resposta. 

Ele fecha a porta, todos ficam parados no mesmo lugar em silêncio. 

- O que deu em você? – Bruna pergunta olhando para Jhey, achei que já ia acontecer o caos na minha casa, já estava me preparando para recolher os cacos. 

Jhey encara a Bruna com tanta frieza quanto olhava para Mae ela anda até o sofá com os passos ecoando pela sala, pega uma almofada que estava ao meu lado, se joga na poltrona, cobre o rosto com a almofada e grita. 
  

Jin

Ela estava gritando. 

- Mas o que você está fazendo? – Pergunta Iara rindo dela. 

- Aish, eu me tornei a bruxa do 71 com uma pitada de bruxa Keka e talvez um pouco de Cuca. –  Ela fala assim que tira a almofada do rosto fazendo eu que não entendi as referências. – Porque vocês estão rindo, sinto que eu traumatizei uma criança hoje. 

- Bom acho que já está tudo resolvido né? – Iara fala. – Então acho que também vamos embora. 

- Vocês podem dormir aqui se quiserem. – Falou a Soon.

Soon bate na perna da Jhey porque ela estava balançando as pernas freneticamente, ela estava se sentindo culpada, dava pra ver no rosto dela.

Todos estavam rindo de novo por causa das duas. 

- Nem dá amanhã cedinho minha mãe vai chegar, e ai já viu. Então melhor a gente dormir em casa. – Fala Bruna. 

- Bom então nos vamos leva-las em casa. – Fala Hoseok. – Se vocês quiserem claro. 

Ele fala e depois fica tímido. 

- Por mim tudo bem. – Diz a Elo. 

- Se seu olho brilhar mais me cega hyung. – Kook fala e logo toma um tapa do mais velho, mais ainda assim esta rindo. 

- Meu carro tem 7 lugares, quem vai? – Nanjoon fala se levantando logo Taehyung, Hoseok e as três meninas levantaram a mão. – Kook você não vem? 

- Eu tenho cara de vendedor de vela agora? – Kook fala e também leva um tapa de Namjoon. – Ai, mas o que deu em vocês, eu só estou falando a verdade. 

Ele fala, mas já tinha corrido para o meu lado, eu ria e afastava os meninos para proteger o Kook. 

- Porque você não fala a verdade e conta logo que você quer ficar por causa da Soon. – Taehyung fala dando aquele sorriso enorme dele e Kook fica vermelho igual uma pimenta. 

- Chega, vamos embora. – Nanjoon fala arrastando os meninos pra fora e as meninas seguido-os cada um com seu “parzinho”. 

- Jin. – Soon me chama. – Posso te pedir um IMENSO favor?  

- O que? – Falo franzindo a sobrancelha já esperando o que viria. 

- TIRA ESSA GAROTA DAQUI. – Ela grita e nos rimos enquanto Jhey olhava pra ela. 

- O que eu fiz? – Ela fala com cara de espantada. 

- Você tá com remorso e tá se sacudindo igual uma doida, e se você não gastar energia vai ficar parecendo que está com formiga na bunda ai. – Eu falo olhando seria. 

- E pra onde você quer que eu leve ela? – Eu pergunto tranquilo. 

- Sei lá, pra qualquer lugar, de preferência com praia porque ela se acalma perto do mar. – Soon fala e eu afirmo com a cabeça, Jhey se levanta. 

- Não precisava arrumar desculpa pra ficar sozinha com seu namoradinho. – Jhey fala correndo e se defendendo com a porta da almofada que Soon havia jogado nela. 

- ELE NÃO É MEU NAMORADINHO. – Soon fala gritando. 

Eu olho a cena rindo e Kook ria apesar de estar sem graça por causa do comentário da Jhey.

Eu vou na direção da  porta por onde ela saiu correndo.

- Juizo vocês dois. – Soon não perde tempo e responde. 

- De novo essa historia de juízo, eu que devia dizer isso pra vocês, agora some. – Ela fala me fazendo sinal com a mão para que eu saísse. 

Já do lado de fora olho para Jhey que estava realmente agitada. 

- Vamos para a praia. – Falo sorrindo pra ela. 
- Se isso for possível eu ia adorar, mas se for muito longe e cansativo qualquer lugar com água e que seja o mais vazio possível também serve. – Ela fala entrando no carro e se jogando no banco antes que eu pudesse abrir a porta para ela, ela se acomoda e liga o som em uma radio qualquer, apoia a cabeça no encosto do banco e fecha os olhos, eu dou partida com o carro, já sei pra onde leva-la.