1. Spirit Fanfics >
  2. Estrela Filha da Putx - Misung >
  3. IV - Promessa

História Estrela Filha da Putx - Misung - IV - Promessa


Escrita por: Tio_Lua e rottenchxrrx

Notas do Autor


Ih alá, quem é vivo sempre aparece! 👀

Capítulo 5 - IV - Promessa


P.O.V Han Jisung

Não deveria estar pensando nisso. É loucura, eu sei! Mas não consigo tirar da minha cabeça que tudo isso está acontecendo por conta do que pedi para aquela estrela cadente…

Superstição minha ou não, ainda há muita coisa acontecendo aqui!

O quarto era tomado pelo som de nossas respirações pesadas e um clima de causar revés em qualquer um

Não conseguiria encará-lo, nem se quisesse.

Minha cabeça está confusa! Meus sentimentos estão entrando em colapso. Felicidade, tristeza e raiva. Todas ao mesmo tempo…

Felicidade de finalmente saber que os seus sentimentos podem ser recíprocos; Triste por tudo isso ter acontecido de forma tão caótica; Raiva, de mim mesmo por ser tão estúpido de todas as formas possíveis!

Eu fui tão egoísta por só pensar nos meus sentimentos, sem em nenhum momento, analisar e me questionar como ele se sentia sobre isso. Sobre nós.

Sinto muito, Lee Minho! Mas eu não sou bom o suficiente pra você…

[…]

Eu não queria ter afastado ele de forma tão brusca, mas sinto que teria uma síncope se nossos lábios permanecessem colados por mais um segundo que fosse!

Minhas pernas, trêmulas, me dizem pra sair correndo dali. Mas eu não consigo! Sinto que tenho de enfrentar as responsabilidades pelas minhas ações imaturas, ao menos dessa vez.

— M-Me desculpa… — Dizemos em uníssono perante ao silêncio alucinante. Sempre fomos parecidos em tantas coisas…

Apesar de não ter empurrado-o com força, apenas o suficiente para afastar os nossos lábios, ele estava apoiado em uma cômoda atrás do mesmo, um pouco distante do pé da cama onde ainda me encontrava.

— Por favor, eu preciso ficar só! — Tento ainda disfarçar a minha voz afônica. — Só vai embora!

Não vou dizer que falar aquilo não me doeu. Porque doeu, e muito! Mas eu sinto que falando assim machucaria menos antes que falasse qualquer besteira…

Quando tenho coragem de finalmente dirigir meus olhos de encontro aos seus, preocupado com o silêncio repentino, me deparo com Minho de olhos fechados e respirando fundo pra não deixar suas lágrimas caírem. Ele odiava parecer vulnerável…

Faz muito tempo desde a última vez que eu o vi desse jeito. Tínhamos entre 12 e 14 anos na época…

[FLASHBACK ON]

Como em todas as tardes depois da escola, eu ia na casa do Minho pra fazer receitas e jogar videogame com o pretexto de que íamos estudar.

Mas nesse dia foi diferente do habitual, em que o Minho atendia a porta muitas vezes com um sorriso no rosto. Quem abriu dessa vez foi sua mãe! Com um semblante de alguém que estava minimamente preocupada.

— Algum proble- — Ela me interrompe antes que eu complete a frase, fazendo um gesto de silêncio, levando o indicador aos lábios.

— O Minho disse que era pra te dispensar dizendo que ele estava de castigo. — Ela diz em um sussurro — A verdade é que ele tá trancado no quarto desde que chegou da escola! Pensei que como vocês são tão próximos, poderiam conversar um pouco! O que me diz? — Ela sorri.

A Senhora Lee seempre foi um doce de pessoa comigo.

Não levei muito tempo para analisar a situação, entrar, subir às escadas e bater na porta, depois do convite dela. Aquela situação me parecia muito estranha, ele aparentava estar tão bem hoje de manhã na escola…

— Mãe, eu já falei que não quero almoçar. Me deixa em paz! — Ele gritou, mas sua voz saiu abafada, provavelmente porque estava com a cara enterrada nos travesseiros.

— Lee… Sou eu! Abre a porta, por favor… — Falo com o rosto próximo à porta.

Ele ficou em silêncio. Talvez estivesse tentando fingir que não estava lá.

— Minho, conversa comigo! Lembra o que a gente tinha prometido um ao outro? — Me sentei no chão de pernas cruzadas e apoiei minha cabeça na porta. Respiro fundo. — Por favor, me deixa entrar… — Digo, quase que de forma manhosa.

Consegui ouvir ele fungando enquanto se aproximava da porta. Assim que ouvi o barulho da chave girando, me afastei da porta e levantei.

Estava com o rosto vermelho e olhos meio inchados.

— Claro que eu lembro!

— Minho, você tava chorando?

— Claro que não, seu idiota… — Ele fala num tom sarcástico. — É alergia!

— Sério?

— Não! É óbvio que eu tava chorando! — Ele vira as costas e se senta na cama.

Por incrível que pareça, já estava acostumado com esse lado ácido dele.

— Você vai me contar o que aconteceu, ou eu vou precisar ficar aqui a tarde e noite toda enchendo seu saco até tu abrir o bico? — Me sento ao seu lado.

— Só se você me prometer que não vai contar pra mais ninguém! — Diz tentando evitar contato visual.

— Não é como se eu conversasse com mais alguém além de você! — Rio.

— Eu tô falando sério! — Ele muda para um feição sóbria.

— Calma! Pode falar… — Me aconchego um pouco na cama para poder ouvi-lo melhor.

— É que tô gostando de uma pessoa, mas não sei como dizer isso pra ela… — Ele respira fundo. — E eu não sei se essa pessoa gosta de mim do mesmo jeito que gosto dela!

— Cê tá falando sério? — Forço um riso pra esconder a minha frustração.

— Eu sabia que não devia ter falado merda nenhuma… — Ele levanta em direção a porta.

— Volta aqui! — Puxo ele pelo pulso, de volta pra cama. Tinha absoluta certeza de que essa pessoa não era eu. Mas ainda sim queria ajudar. — Só achei completamente estúpido você cogitar que alguém não gostaria de você! — Rio sem graça. — Quer dizer, você é uma das melhores pessoas que eu já conhecia, acredite… Gentil com quem ama, atencioso, faz qualquer um rir… E tem uma das receitas de brownie de chocolate mais deliciosas que eu já provei! — Dessa vez era eu quem evitava contato visual!

— Obrigado, eu acho… — Ele sorri sem graça, passando a mão na nuca, virando pra disfarçar um possível rubor nas bochechas.

— Você é incrível… — Por um segundo eu acabei me deixando levar e falando mais do que deveria. — Agora é só você não esquecer o seu melhor amigo aqui quando começar a namorar! — Solto uma risada forçada pra disfarçar a quase burrada que acabei de fazer.

— Nunca! — Ele diz firme, cortando o clima de descontração.

Devo admitir que tal reação me deixou sem palavras.

— Voce não veio aqui pra gente jogar videogame? Vamo logo! — Ele passa a mão em meus cabelos, empurra minha cabeça em sequência e sai rindo do quarto.

Me deixando sentado na cama, com o coração gelado e as bochechas ardendo…

[FLASHBACK OFF]

Me lembro de ter ficado tão magoado naquele dia, que depois de ter dado concelhos amorosos -como se entendesse de alguma coisa-, eu que fiquei como um idiota chorando sozinho no meu quarto.

Mas só hoje, vim entender que estava dando conselhos pra ele se declarar para mim mesmo. Minha nossa… Que loucura!

No fim das contas, nunca foi essa estrala filha da puta!

— Acho melhor eu sair mesmo! — Ele diz, finalmente indo em direção à porta. Me dando um leve susto. Eu estava completamente perdido nas minha lembranças e pensamentos que acabei esquecendo de tudo que acabou de acontecer.

— Lee, espera! — Tento dizer mas a minha voz sai como um sussurro.

— Parece que nenhum de nós dois cumpriu nossa promessa afinal… — Fala ainda de costas antes de abrir a porta.

— Como assim? — Tento me aproximar dele, mas eu exito.

— Sinto muito se a minha insegurança acabou te machucando! — Ele diz com uma voz séria, antes de abrir a porta, dar de cara com os meninos e passar direto, todos com um semblante de preocupação. Óbvio que eles ouviram tudo.


Continua…


Notas Finais


🌚🖤✨


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...