1. Spirit Fanfics >
  2. Estrelas do Céu de Abraão >
  3. O Norte em perigo.

História Estrelas do Céu de Abraão - O Norte em perigo.


Escrita por: onlyreason

Notas do Autor


Olá, mais um capítulo para vocês, hoje quero agradecer ao Igor, a gente vive trocando ideia sobre a minha fic e a fic dele, também de ATP (deixarei o link as notas finais), adoro você garoto, você é demais! Obrigada por tudo ❤ Agora, vamos ao capítulo!

Capítulo 33 - O Norte em perigo.


Uma semana mais tarde, Iru, Melina, Otniel, Esther, os gêmeos, e Elias estavam em direção ao Norte de Israel. Passaram antes rapidamente por Efraim e Manassés.

Haviam chegado a Naftali, a poucas horas, e o dia apesar de longo, estava quase no fim.

Passaram o fim do dia em Naftali, era uma tribo marítima, uma vez que ficava perto do mar.

— Esse lugar é muito lindo. — comentou Melina, olhando o horizonte.

Os meninos bricavam perto deles, Hatate havia ficado com Seraías, no Sul, os ajudando com os artesanatos, apesar de Otniel achar que o irmão mais novo estava exagerando, Otniel tinha terras, plantações, gados, ele tinha renda suficiente para sustentar a família, e ajudar a viúva de seu pai, e o irmão mais novo, vivessem com conforto.

Seraías acabou dimunindo o tempo de produção, mas era óbvio que se tornaria um grande artesão.

— Um amigo nosso, está vindo para cá. — comentou Iru.

— Quem, primo? — perguntou Elias, ao lado de Esaú e Jacó.

— Ele acabou de chegar. — avisou Iru, sorridente, e todos olharam na mesma direção que ele. — Zuma, e sua família.

— Shalom.

—Zuma, shalom. — Otniel o cumprimentou. — Pensei que vivesse em Efraim.

— Eu vivo em Efraim, vim para Naftali visitar uns amigos, que fiz no acampamento em Gilgal. — contou o núbio.

— Quem é essa menininha linda? — perguntou Melina.

Esther também não se lembrava dela.

— É mesmo, não me recordo dela, na última vez que nos vimos. — disse ela.

— Me chamo Maya. — a menina respondeu sorrindo.

Maya era linda, possuía a pele escura, e cabelos encaracolados, e um sorriso encantador.

— Minha filha mais nova. — Zuma contou. —  E estes são os filhos de vocês, sim?

— Hatate, meu primogênito, ficou em Judá. — explicou Otniel. —Este é Elias, o mais novo.

Por sua vez, Iru apresentou os seus filhos:

— Os gêmeos são os meus filhos. Esaú e Jacó.

— Deus os abençoou muito. Com excelentes esposas, e filhos. — Zuma disse a eles.

Zuma era um estrangeiro, mas era muito mais do que isso, estava vivendo junto de Israel, desde que Jericó, foi destruída. Foi um excelente guerreiro das guerras contra os cananeus, e possuía uma fé grandiosa.

                              ***

Na manhã seguinte, partiram e chegaram ao território de Aser.

— Zilai, é tão bom revê-lo. — Esther disse sorridente ao filho mais novo de Milah e Orias. — Afinal, de uma hora outra para,  toda sua família, deixou Hebrom. Absolutamente todos, Raabe, Nobá, Nira, você, e Kalu.

— Kalu, meu irmão não de sangue, mas meu irmão. Ele vive aqui, já os outros, eu quase não vejo. — Zilai falou. — Me apaixonei por Diná em sua festa de casamento com Otniel, embora ela fosse bem mais jovem. No início, Elói não aprovou.

— Mas ainda bem que depois ele permitiu. São um belo casal, não é mesmo, Iru?  —Melina perguntou.

— É, igual a outro casal aí que eu conheço. — falou olhando nos olhos de Melina.

Mesmo depois de anos de casados, o amor entre os dois, parecia aumentar a cada dia, permaneciam apaixonados. O mesmo aconteceu com Otniel e Esther.

— Por falar em Elói, ele está? — perguntou Otniel.

A filha de Elói, respondeu:

— Ainda não, mas deve chegar daqui a pouco.

— É porque viemos falar com ele. — esclareceu Iru.

Toda aquela descontração e alegria da noite anterior em Naftali, havia desaparecido. Ele e Otniel tinham um assunto sério para tratar. Por isso, estavam na pensão do chefe tribal.

— Vocês podem esperar, se quiserem. — sugeriu Diná.

Otniel assentiu.

— Sim, é um assunto de extrema importância, vamos esperar.

— Bem, Melina eu vou até a casa de Arauto e Tiléia. Como prometi aos meninos. — avisou Esther, à todos.

—  E eu vou para casa de minha mãe, certamente dormirei lá. — Melina também avisou.

Esther assentiu.

— Está certo, te encontro lá, depois.

Os  meninos se pronunciaram logo dizendo que queriam ir para a casa de Tiléia e Arauto. Melina permitiu, pedindo apenas uma coisa a Esther:

—  Cuide de meus amores.

— Sim, depois eu os levo lá, na casa de Ula. — garantiu Esther.

Se despediram dos maridos, e foram cada uma para uma casa.

                    ***

Ula abriu a porta de casa, e sorriu ao ver a filha mais velha.

— Melina, minha filha! — exclamou a mãe a abraçando. — Sinto tanto a sua falta, tão linda! E onde estão Esaú, Jacó, meus netos? — perguntou.

— Foram até a casa de Tiléia, conhecer a panificação, daqui há pouco estarão aqui. Eu vi para cá antes, pois estava com muita saudade.

— Tiléia e Arauto, são nossos amigos, uma boa familia. Eu também estava com saudades, filha.  — fez sinal para que a filha sentasse. — Porque não tem vindo, me ver?

Melina suspirou.

— Eu queria muito minha mãe, acredite. Demorei tanto para reencontrá- la, mas Iru tem se preparado tanto para guerra. E ele estava receoso, estamos perto da  Mesopotâmia.

— Você tem que está junto de seu marido. Eu a compreendo. E quanto aos Assírios, é um medo que temos que viver. — admitiu Ula.

Horas mais tarde, Esther chegou a casa de Ula, com os meninos, depois de passarem horas a casa de Tileia, querendo aprender a fazer comidas tão boas como as de uma cozinha real.

— Vovó. — disseram em uníssono e a abraçaram.

— Tamar, Mireu. — ela chamou a filha, e o marido, para verem os meninos.

— Meus sobrinhos!— falou Tamar com alegria, ao ver os gêmeos.

— E aonde estão meu genro e o primo dele? — Ula perguntou.

— Se não chegaram ainda. — disse Esther. — estão na pensão de Elói.

— Esse é o meu marido, Mireu. — Ula o apresentou a Esther.

— Shalom. — disse ela.

Mireu a observou por um tempo, sabia que Esther era familiar para ele. Aquele tom de cabelo... Aqueles olhos azuis...

—  Nós já nos conhecemos?

— Não que eu me lembro, mas talvez sim. — respondeu Esther, também o achando familiar, embora não se lembrasse exatamente.

— Bem, você parece uma cananéia, como eu.

— Bem, eu sou. — ela admitiu, mordendo os lábios.

— Realmente ela se parece com os pais. — Ula constatou ao relembrar de Marek e Kalési.

— Esther é uma princesa cananéia, Mireu. De Jericó, era filha dos reis. — contou Melina.

— Filha de Kalési? —perguntou o ex soldado de Jerusalém, no ato.

Esther confirmou surpresa.

— É tão raro encontrar alguém que a tenha conhecido. Você a conheceu, então?

— Eu conheci Kalési, ela era uma criança, e eu também. Se parece com ela, e com seu pai também, Marek.

— Eu sempre ouvi falar que a filha dos reis de Jericó, estava vivendo em Israel.

— Será que podemos conversar?

Mireu assentiu.

— Claro, Esther.

Contou do que se lembrava, sobre a infância de Kalési, totalmente desconhecida para ela, fazendo com que Esther fosse as lágrimas, mas ela amou ouvir um pouco mais sobre mãe, saber que ela havia sido uma menina doce, em sua infância.

                  ***

Otniel e Iru esperaram com Zilai e Diná, pela chegada de  Elói, o atual chefe tribal de Aser.

Assim que chegou, o chefe alegrou-se.

— Shalom, Iru, Otniel. Que honra receber uma visita de guerreiros como vocês! De Judá!

— Shalom. — responderam.

— Viemos só nós dois, porque não quero preocupar nossas esposas e nossos filhos, eles vieram à passeio, ver pessoas conhecidas. — explicou Otniel a Elói.

— Então o assunto é sério?

— Sim, queremos saber qual a atual situação aqui em Aser? — Iru  iniciou — Existe total segurança para as milhares da famílias? Contra povos inimigos?

Elói negou.

— Sentem-se por favor.

Suspirou fundo antes de começar.

— Em três anos, três tribos do Norte foram atacadas, suas cidades e casas, queimadas e destruídas. A Meia tribo de Manassés, Dã e Gad.  Os moradores foram obrigados à se exilarem na Mesopotâmia, onde são escravizados, pelos assírios e babilônicos.

— Sabemos situação é mesmo preocupante. — admitiu Iru. — Chegamos a escravidão, é gravíssimo, se continuarmos assim, chegaremos a mesma situação do Egito.

— Muito grave, tememos um ataque a qualquer instante, não somos uma tribo com um exercito forte, como Judá. — reconheceu Elói. — Honestamente, estão correndo um grande risco em ter vindo com sua família para cá.

Otniel e Iru trocaram um olhar preocupado.

— Venham comigo, mostrarei exatamente o que está acontecendo.

— Sem um líder, cada um acha que pode fazer o que bem entende. — Elói explicou quando finalmente chegaram.

Eram hebreus, mas definitivamente não pareciam. E haviam cananeus no meio deles também. Haviam estátuas de Deuses cananeus, e oferendas aos Deuses.

— O que vocês pensam que estão fazendo? —  Iru gritou, bem alto.

Muitos olharam para eles, e logo os ignoraram,  outros, ficaram olhando com deboche.

— Como podem cair em pecado, esquecerem de um Deus que nos deu tudo? — Otniel indagou, quase chorando ao presenciar tanto pecado. — Ele nos deu a  liberdade, Ele nos deu as nossas terras de volta. Um Deus que não exige tanto da gente, apenas que sigamos as suas leis, que não os abandonamos.

— Quem vocês pensam que são? — um hebreu embriagado, perguntou em tom de deboche. — Para dizer o que devemos ou não fazer!?

— O filho e o sobrinho de Calebe. Por isso, acham que serão nossos líderes. — outro respondeu, que os reconheceu.

— Nem chefe tribal de Judá, eles são. — um terceiro hebreu também embriagado, interveio. — Eles dizem essas coisas, mas ambos se cassaram com duas estrangeiras, duas cananéias.

— Não ousem falar de Melina, ela e Esther, são mulheres de fé. — Iru os repreendeu.

— Independente de suas origens, não deixaram seduzir novamente por Deuses de pedra. — completou Otniel.

Irado, Iru pegou sua espada.

— Mas vocês, vão pagar pelo pecado de vocês. Com a vida!

— Não, Iru. — Otniel se colocou não frente do primo.

— Como não!?

Elói que permanecia sério, impassível, com os braços cruzados, observando toda a cena, concordou com o filho de Quenaz.

— Otniel tem toda razão, acha que eu e os guerreiros da tribo já não pensaram nisso?

— Não devemos levantar as espadas contra o nosso povo. — completou Otniel.

— Nosso povo!? Eles se tornaram piores que nossos inimigos, porque se igualaram à eles na idólatra. — Iru falou indignado.

Voltaram a pensão, com Elói completamente cabisbaixo, como sempre ficava cada vez que via o pecado do povo de sua tribo.

Suspirou cansado, ao chegar e voltou seu olhar para os guerreiros de Judá.

— Podem dizer, eu sou um chefe tribal fraco, muito fraco. — pronunciou-se entristecido. — Não sou um grande guerreiro como vocês, para mim, foi uma grande honra ser nomeado o chefe tribal de Aser, já que meu sogro Aiúde faleceu e teve apenas filhas, mas não sou digno dessa colocação.

— Não diga isso, Elói. Não é verdade, você é um homem muito corajoso, forte em sua fé. — Iru disse. — Fracos são os hebreus que se deixam levar pelo Deuses que esses cananeus cultuam.

— Está cumprindo o seu papel, e não é justo que se culpe ou que pague pelos pecados alheiros. — continuou Otniel.

— É exatamente o que eu temo, Otniel. Eu não tenho mais paz. — confessou.

— Shalom, Otniel, Iru. — Ioná chegando a grande sala de estar da pensão.

— O que aconteceu, Elói? — Ioná perguntou ao ver o estado que o marido se encontrava, totalmente entristecido.

— Fui com Iru e Otniel até os idólatras. — revelou a ela.

Ioná logo entendeu o porque do marido está naquele estado.

— Elói, não deve frequentar esses lugares meu amor, não lhe faz bem. — falou à ele.

—Eu sei, também não gosto de ir, no entanto, eles precisavam ver Ioná. Ver o pecado de Aser, nossa tribo.

— Ainda acho que deveríamos ter acabado com todos eles, mas também éramos só nos dois. — refletiu Iru.

— Uma parte de nosso povo está padecendo na Mesopotâmia. Culpa do pecado, da idolatria, mas não é nosso dever, por um fim nisso, e muito menos com sangue. — Elói falou.

— Elói, o que se sabe sobre o rei da Mesopotâmia? — Otniel perguntou à ele.

Elói então contou tudo o que sabia sobre o monarca que estava oprimindo os filhos De Israel:

— É o rei Assírio, chamado Cusã Risataim, ele governa a Assíria e a Babilônia, as duas terras. Poderoso como um faraó. Um rei temido por muitos, cruel, que subiu ao trono à pouco tempo, em menos de uma década, conquistou muitos territórios, derrotou reis, mas seu principal alvo é o Egito.

— Nossa luta é contra esse rei Assírio, Iru.  — disse Otniel. — É contra ele que devemos guerrear.

— Poderoso como um faraó. — Iru repetiu as palavras de Elói. — Seremos capazes de vencê-lo!?

— Da mesma forma que vencemos todos os exércitos caneneus. Com Deus, lutando por nós. — Otniel respondeu confiante.

— Você tem razão, primo. — reconheceu Iru. —Não podemos fazer como eles, perder nossa fé, porque isso, seria nossa ruína.

                          ***

Quando Melina e Esther chegaram na pensão de Elói, com os meninos, onde passariam à noite, perceberam que os maridos estavam nervosos.

— Porque vocês estão assim? — Esther perguntou.

—Se vocês vissem o que nós vimos, entenderiam. — falou Iru. — Os idólatras, hebreus idolatras.

— Eu sabia que esse era o motivo da opressão Mesopotâmica, que não foi Deus quem se esqueceu do nosso povo, é exatamente o contrário, mas ver essa idolatria, mexeu muito comigo. — confessou Otniel.

—Nós vamos embora, amanhã. — Iru anunciou.

— Mas já, meu amor? — perguntou Melina. — Eu queria ficar mais um tempo com a minha mãe.

— Não é seguro, meu amor, para nós, para nossos filhos. — Foi tudo o que ele respondeu a esposa.

— Eu e Iru não queríamos acabar com a felicidade de vocês duas, e das crianças, nós sentimos muito. — afirmou Otniel.

Apesar de ficarem preocupadas, Esther e Melina compreenderam, a decisão de Otniel e Iru.

No dia seguinte, poucas horas depois do amanhecer, voltaram para o Sul de Israel, para Judá.

O que concluíram com a viagem era que o Norte definitivamente não era mais um lugar seguro. Provavelmente o rei da Mesopotâmia preparava um ataque a tribo a qualquer momento, e eles não teriam mais a ajuda de Deus, lutariam sozinhos contra os perigosos e cruéis Assírios.


Notas Finais


Quantos personagens de ATP nesse capítulo, até Zuma ❤! Salmon é o chefe tribal de Judá, e Elói é  chefe tribal Aser, confesso que sempre imaginei, isso. E esses hebreus? Essa idolatria acabará mal, Elói sentindo culpa 💔 Vou recomendar a fic do Igor, que assim como a minha, também, é inspirada em ATP: https://spiritfanfics.com/historia/benjamin-6913049 Amo muito essa fic, e espero que dêem uma chance a ele, que favoritem e leiam ❤
Até o próximo capítulo ❤              


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...