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História Estudo do Apocalipse - Os 144.000 Selados


Escrita por: FonteEterna

Notas do Autor


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Capítulo 18 - Os 144.000 Selados


Fanfic / Fanfiction Estudo do Apocalipse - Os 144.000 Selados

Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma. Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus. Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel: da tribo de Judá foram selados doze mil; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim foram selados doze mil.” (Apocalipse 7.1-8)

Muitos estudiosos do Apocalipse têm considerado este capítulo como uma pausa entre o sexto e o sétimo selos. Isto porque se vê a transparência da graça de Deus para com uma classe especial de pessoas. Esses cento e quarenta e quatro mil selados têm sido justamente o grande problema destes versos.

Há muitas versões com respeito a este grupo de pessoas, mas se o analisarmos, do ponto de vista literal, junto com a história da Igreja do Senhor, verificaremos que existe um paralelo entre eles, pois muitos dos que se converteram ao Senhor também foram selados, só que com um selo diferente do desses filhos de Israel. O selo que os seguidores do Senhor Jesus têm recebido é o batismo com o Espírito Santo, conforme as seguintes palavras:

em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.” (Efésios 1.13,14)

Isso significa dizer que Deus colocou a Sua marca naqueles que creram e praticaram a Sua Palavra, e, além disso, buscaram a Sua presença, a fim de lhes garantir a salvação até o dia da redenção final, ou da volta do Senhor Jesus. Em outras palavras, o selo do Espírito Santo é como uma joia preciosa que é colocada como garantia até o resgate final: a salvação eterna.

Também podemos comparar com a aquisição de uma propriedade: antes de se concluir o seu pagamento total, há um contrato de promessa de compra e venda, que serve justamente para garantir o final da compra. O Espírito Santo é esta promessa que garante a salvação eterna. É justamente isto que significa “...o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Efésios 1.14).

Existem também aqueles cristãos que não foram selados ou batizados com o Espírito Santo, mas serão salvos. Esta parece ser a ideia principal com respeito a este grupo de cento e quarenta e quatro mil pessoas seladas: é o restante do povo de Israel que será salvo. Acredita-se que este grupo especial de judeus seja apenas um remanescente de todo o povo de Israel. Tal grupo deverá ser salvo e selado simultaneamente ao período da Grande Tribulação. Mas o restante de Israel, que ainda aguarda a vinda do Messias, somente será convertido na volta do Senhor Jesus Cristo.

Também o tipo de selo desse grupo não será como o dos cristãos batizados com o Espírito Santo, pois a essa altura, na Grande Tribulação, o Espírito de Deus já não estará mais na Terra. A selagem destas pessoas deverá ser uma marca especial de Deus na testa de cada um. O profeta Ezequiel também fez referência a um fato semelhante ao desse grupo de selados, quando disse:

Então, ouvi que gritava em alta voz, dizendo: Chegai-vos, vós executores da cidade, cada um com a sua arma destruidora na mão. Eis que vinham seis homens a caminho da porta superior, que olha para o norte, cada um com a sua arma esmagadora na mão, e entre eles, certo homem vestido de linho, com um estojo de escrevedor à cintura; entraram e se puseram junto ao altar de bronze. A glória do Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava, indo até à entrada da casa; e o Senhor clamou ao homem vestido de linho, que tinha o estojo de escrevedor à cintura, e lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. Aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele; e, sem que os vossos olhos poupem e sem que vos compadeçais, matai; matai a velhos, a moços e a virgens, a crianças e a mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; começai pelo meu santuário.” (Ezequiel 9.1-6)

Este grupo de cento e quarenta e quatro mil será imune a toda a destruição da Grande Tribulação. Uma das coisas mais importantes, a nosso ver, nessa visão de João, com respeito à selagem dos filhos de Israel, é a falta de uma das tribos. Dentre todos os filhos de Israel, apenas a tribo de Dã não está relacionada entre os selados. Por quê? Os filhos de Israel foram estes:

De Lia: Rúben (o primogênito); Simeão; Levi; Judá; Issacar; Zebulom. De Raquel: José e Benjamim. De Zilpa, serva de Lia: Gade e Aser. De Bila, serva de Raquel: Dã e Naftali. Dentre os que foram selados, temos: doze mil de Judá; doze mil de Rúben; doze mil de Gade; doze mil de Aser; doze mil de Naftali; doze mil de Manassés; doze mil de Simeão; doze mil de Levi; doze mil de Issacar; doze mil de Zebulom; doze mil de José e doze mil de Benjamim.

Como podemos observar, Manassés, filho de José, e portanto neto de Israel, substituiu Dã. Para que possamos entender o porquê da sua substituição, precisamos recordar a sua história.

Dã era o quinto filho de Jacó e era filho de Bila, a serva de Raquel. Quando Jacó desceu ao Egito, Dã tinha apenas um filho, chamado Husim. Em contraste a isso, Benjamim, o filho mais moço de Jacó, tinha naquele tempo dez filhos. Dois séculos mais tarde, no entanto, Dã era a tribo mais numerosa depois de Judá, a qual tinha 72.700 homens capazes de sair à guerra, e Dã tinha 62.700 homens.

A tribo de Dã tinha uma posição destacada na ordem do acampamento, e era ela que levava um dos quatro estandartes principais, além de ter a incumbência de proteger, com os seus homens, toda a retaguarda do exército. Podemos ver que, no contexto geral, a tribo de Dã era muito importante em relação às demais. Talvez esta posição privilegiada diante das demais tenha feito lhe nascer o orgulho no coração.

Sim, porque ela foi uma das que mais se corromperam com a idolatria, chegando mesmo a ser uma verdadeira maldição para o povo de Israel. O seguinte relato retrata o espírito da tribo de Dã:

Os cinco homens que foram espiar a terra de Laís disseram a seus irmãos: Sabeis vós que, naquelas casas, há uma estola sacerdotal, e ídolos do lar, e uma imagem de escultura, e uma de fundição? Vede, pois, o que ha-veis de fazer. Então, foram para lá, e chegaram à casa do moço, o levita, em casa de Mica, e o saudaram. Os seiscentos homens que eram dos filhos de Dã, armados de suas armas de guerra, ficaram à entrada da porta. Porém, subindo os cinco homens que foram espiar a terra, entraram e apanharam a imagem de escultura, a estola sacerdotal, os ídolos do lar e a imagem de fundição, ficando o sacerdote em pé à entrada da porta, com os seiscentos homens que estavam armados com as armas de guerra. Entrando eles, pois, na casa de Mica e tomando a imagem de escultura, a estola sacerdotal, os ídolos do lar e a imagem de fundição, disse-lhes o sacerdote: Que estais fazendo? Eles lhe disseram: Cala-te, e põe a mão na boca, e vem conosco, e sê-nos por pai e sacerdote. Ser-te-á melhor seres sacerdote da casa de um só homem do que seres sacerdote de uma tribo e de uma família em Israel? Então, se alegrou o coração do sacerdote, tomou a estola sacerdotal, os ídolos do lar e a imagem de escultura e entrou no meio do povo. Assim, viraram e, tendo posto diante de si os meninos, o gado e seus bens, partiram. Estando já longe da casa de Mica, reuniram-se os homens que estavam nas casas junto à dele e alcançaram os filhos de Dã. E clamaram após eles, os quais, voltando-se, disseram a Mica: Que tens, que convocaste esse povo? Respondeu-lhes: Os deuses que eu fiz me tomastes e também o sacerdote e vos fostes; que mais me resta? Como, pois, me perguntais: Que é o que tens? Porém os filhos de Dã lhe disseram: Não nos faças ouvir a tua voz, para que, porventura, homens de ânimo amargoso não se lancem sobre ti, e tu percas a tua vida e a vida dos da tua casa. Assim, prosseguiram o seu caminho os filhos de Dã; e Mica, vendo que eram mais fortes do que ele, voltou-se e tornou para sua casa. Levaram eles o que Mica havia feito e o sacerdote que tivera, e chegaram a Laís, a um povo em paz e confiado, e os feriram a fio de espada, e queimaram a cidade. Ninguém houve que os livrasse, porquanto estavam longe de Sidom e não tinham trato com ninguém; a cidade estava no vale junto a Bete-Reobe. Reedificaram a cidade, habitaram nela e lhe chamaram Dã, segundo o nome de Dã, seu pai, que nascera a Israel; porém, outrora, o nome desta cidade era Laís. Os filhos de Dã levantaram para si aquela imagem de escultura; e Jônatas, filho de Gérson, o filho de Manassés, ele e seus filhos foram sacerdotes da tribo dos danitas até ao dia do cativeiro do povo. Assim, pois, a imagem de escultura feita por Mica estabeleceram para si todos os dias que a Casa de Deus esteve em Siló.” (Juízes 18.14-31)

Esta histórica passagem da tribo de Dã aponta para a corrupção espiritual, pois aquela imagem que levantaram para si veio a servir como laço para a queda do reino das dez tribos de Israel. Séculos mais tarde, Jeroboão deu continuidade à idolatria, exatamente no mesmo lugar:

Pelo que o rei, tendo tomado conselhos, fez dois bezerros de ouro; e disse ao povo: Basta de subirdes a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito! Pôs um em Betel e o outro, em Dã. E isso se tornou em pecado, pois que o povo ia até Dã, cada um para adorar o bezerro.” (1 Reis 12.28-30)

Assim, a tribo de Dã se tornou para si mesma e para Israel exatamente o que Jacó havia profetizado a seu filho Dã, quando disse: “Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os talões do cavalo e faz cair o seu cavaleiro por detrás” (Gênesis 49.17).

Neste momento, devemos refletir sobre a história e a qualidade de cristianismo que cada um de nós tem desenvolvido até aqui. Sabemos, por exemplo, que Judas Iscariotes traiu o Senhor Jesus; por isso, foi excluído do grupo dos doze apóstolos. Ele, porém, esteve com o Senhor durante todo o Seu ministério terreno. Por que ele acabou traindo o Senhor, apesar de ter tido o privilégio de ver as maravilhas de Deus com os seus próprios olhos?

O que acontece é que o seu mau caráter não havia saído de seu interior. Ele nunca havia se convertido, mas sim se convencido ao Senhor, por causa dos milagres que testemunhou. E quando a oportunidade lhe apareceu, a sua natureza maligna revelou quem ele realmente era: um instrumento do diabo.

No perfil de cinco das sete igrejas da Ásia, quando o Senhor Jesus lhes descobre a nudez, também verificamos a indecência de caráter. Para algumas há elogios e repreensões; para outras, apenas represálias; mas para Esmirna e Filadélfia há apenas elogios. Ora, talvez essa substituição da tribo de Dã seja um alerta para a Igreja, ou para as pessoas que têm apenas fachada cristã, isto é, aquelas que no seu exterior apresentam todas as características cristãs, mas no íntimo, no coração, não têm nada a ver com o Senhor Jesus Cristo.

Tais pessoas são convencidas à fé cristã, e não convertidas a ela. Talvez o fato de pertencerem a uma denominação cristã, de darem suas ofertas e de até serem fiéis nos dízimos, torne-as convictas de que os seus nomes estão arrolados no Livro da Vida. Os seus frutos, todavia, são totalmente avessos aos do Espírito Santo. O Senhor Jesus disse: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (Mateus 5.20).

Cremos que a exclusão da tribo de Dã representa também a exclusão de muita gente que pensa que participará das bodas do Cordeiro. No tempo da juíza Débora, Israel teve uma brilhante vitória sobre os cananeus. Por causa disso, ela entoou um cântico de triunfo, referindo se à coragem e bravura das tribos de Israel, que participaram daquela batalha, com exceção de apenas uma: a tribo de Dã.

Para com esta tribo, ela interrompe o seu cântico e pergunta: “...e Dã, por que se deteve junto a seus navios? Aser se assentou nas costas do mar e repousou nas suas baías” (Juízes 5.17).

Quer dizer, a tribo de Dã fugiu da luta, mesmo sendo uma das mais fortes de Israel. Dã simboliza o grupo de cristãos falsos e covardes. O seguidor do Senhor Jesus Cristo tem dentro de si o caráter dEle. Quando a pessoa mostra covardia diante da luta é porque não está absolutamente segura da sua fé cristã. Ela mantém a sua fachada ilusória de cristã enquanto tudo vai bem, mas quando surgem as batalhas, ela se acovarda e foge.

Assim foi com Judas Iscariotes. Ele era um judeu como os demais apóstolos; portanto, do mesmo povo do Senhor. No entanto, veio a ser o traidor de Jesus. Cremos que este será também o perfil do anticristo: um traidor da nação de Israel; um judeu convertido à Babilônia, que chegará a ser o seu líder supremo. Então, manifestar-se-á nele a natureza do anticristo, o perseguidor implacável dos cristãos convertidos.

Devemos estar atentos para a eleição do próximo líder máximo da Babilônia. Se ele tiver origens judaicas, então é certo que será o próprio anticristo. A substituição da tribo de Dã pela tribo de Manassés deve ter também esse sentido, pois o anticristo deverá ser um judeu natural, pertencendo a uma das tribos de Israel. A tribo de Dã é justamente aquela que tem todas as características para gerar o anticristo. Não foi à toa que Jacó, o seu pai, chamou-o de “serpente e víbora”. 


Notas Finais


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