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História Eterna aliança - Sakura Floresce parte 2


Escrita por: Shays

Capítulo 15 - Sakura Floresce parte 2


Fanfic / Fanfiction Eterna aliança - Sakura Floresce parte 2

Izume corria ao seu encontro no terraço quando ela saiu desconfiada do quarto.
— Mamãe, você demorou muito! Estamos construindo um forte, eu e tio Sasuke. Os soldados são cavaleiros com armaduras. Vão chegar amanhã, numa van especial. Ganhei de presente porque me comportei bem. E estamos fazendo um forte para eles. Venha ver.
Ele a pegou pela mão e começou a puxá-la. Ela desequilibrou-se, insegura nas sandálias de salto alto consistiam apenas em duas minúsculas tiras de couro.
— Venha mamãe — repetiu Izume, impaciente com a lentidão.
Mas a última coisa que Sakura queria era ir para onde ele a conduzia.
Rumo à mesa do terraço, rumo ao homem, a Sasuke que estava sentado, imóvel.
Seu rosto não tinha expressão.
O coração de Sakura começou a palpitar agitado. Sentia-se mal.
Ai meu Deus, tanto trabalho, tanto tempo e que desastre — posso ler no rosto dele. Estou horrorosa.
Tinha levado tanto tempo — horas e horas. E fizeram tanta coisa nela. De cima abaixo. Havia muito falatório, agitação e nervosismo e ela apenas deixara que eles cuidassem de tudo. Os tratamentos não paravam, um atrás do outro. Besuntavam-lhe o corpo, o rosto, depois tiravam, um monte de vezes. Lavaram-lhe os cabelos e colocaram mais coisa neles e deixaram e lavaram e colocaram mais coisa. Enquanto isso, apareceram pinças, esmaltes, alicates de cutículas, ceras quentes e mais faixas e cremes no corpo. Almoçou no quarto com o rosto e cabelos cobertos e o corpo numa espécie de camisola fina. E enquanto comia, outro exército de pessoas em seu quarto mostrava diferentes roupas, tiradas de um trio de araras com tantas outras que ela simplesmente perdeu a conta.
— Por favor — murmurou, com voz débil —, o que acharem melhor.
E finalmente a última das faixas do corpo e os rolos dos cabelos foram retirados e tinham-lhe feito uma escova . Então uma nova esteticista aparecera, munida com uma enormidade de maquiagem antes de finalmente poder levantar-se e experimentarem uma roupa atrás da outra nela. Todos comentavam, substituíam-na por outra e o processo repetia-se.
Até escolherem uma, o penteado e a maquiagem precisaram ser retocados e ela foi gentil, e então insistentemente conduzida em direção ao terraço.
Não fazia idéia de como estava. Podia ver que as unhas estavam pintadas da cor vermelha  e as mãos macias. O cabelo parecia diferente — mais leve. Como se balançassem enquanto andava em vez de ficarem imóveis como de hábito. Quanto às roupas, podia vê-las: usava um vestido de renda na cor preta,  mangas 3/4, bem justo que delineava sua cintura fina, mostrando suas pernas.
Mas não se vira no espelho. Ninguém perguntara se queria um e ela não tivera coragem para pedir. Adiando o terrível momento.
Mas agora que chegara, queria sumir.
Oh! Para que tudo isso?
Devia estar ridícula, absurda, vestida desse jeito, toda produzida. Tudo que aquelas roupas podiam fazer era acentuar a sua falta de atrativos, pensou.
Um constrangimento terrível a dominava. Por que deixara que fizessem aquilo com ela? Devia ter permanecido do jeito que era, aceitar-se.
A irmã feia que, apesar de produzida para um baile, com roupas maravilhosas, continuava sendo a mesma.
A seu lado, Izume conversava enquanto ela andava devagar, super-humilhada, em direção a Sasuke, imóvel, debaixo do guarda-sol na mesa do terraço.
Os olhos dirigiram-se a ele, com temor, e sentiu a familiar indisposição.
Ele usava short e uma camiseta branca justa e a observava aproximar-se sem nenhuma expressão no rosto.
Afastou o olhar dele quando sentiu ruborizar-se tímida. Queria virar-se e correr, esconder-se na segurança do quarto para sempre e nunca mais sair.
Chegou à mesa.
Diga algo. Qualquer coisa.
Engoliu em seco.
— Oh! Izume, que forte incrível! — A voz parecia alta demais, superficial e vinda de quilômetros de distância.
— Eu e tio Sasuke fizemos. Tem duas torres e uma ponte. Olha, mamãe, tem uma ponte levadiça que sobe e desce. Tio Sasuke fez funcionar. Olha, vou mostrar...
Forçou-se a olhar quando Izume puxou uma cordinha que operava a ponte.
— Incrível — disse com voz estrangulada. Tenho que olhar para ele, preciso.
Foi a coisa mais difícil a fazer, mas fez. Virou a cabeça para encará-lo de frente. Olhar de frente aquele rosto totalmente inexpressivo.
— Que forte fantástico! — disse com voz inaudível Ele respondeu

— Não Creio...
Engoliu em seco, o estômago revirando-se. O que ele não acreditava? Que todo aquele tempo e esforço tinham sido em vão?
O mal-estar aumentou.
Izume  ainda falava e ela tentou escutar, mas era impossível. Algo sobre onde ficariam os novos cavaleiros, quais ficariam dentro do castelo e quais o atacariam.
À frente, ainda imóvel, Sasuke apenas a olhava, sem a mais leve expressão no rosto.

Estava chocado, ele percebeu. Um choque tão profundo que o cérebro ainda tentava assimilar o que os olhos mostravam.
Não era possível o que estava vendo. Não era.
Não podia ser a mesma mulher. Simplesmente não podia.
Impossível. Fisicamente impossível. Definitivamente não era a mulher que ele vira pela manhã.
Deus — de onde surgira aquele corpo. Aquele corpo fantástico, maravilhoso, tentador. Uma bela figura absolutamente perfeita. Com uma cintura fina que acentuava os quadris arredondados e um... engoliu em seco... um par de seios tão protuberantes, tão estimulantes, tão maravilhosamente moldados pelo tecido que os cobria que ele só queria...
Sentiu a reação do corpo. Não podia parar. Estava ali, urgente, irrepreensível, incontrolável. Uma completa e total insistência para deixá-lo saber exatamente como se sentia a respeito do que os olhos viam.
Com um esforço de que não se sabia capaz, forçou o olhar para cima, o que em nada o ajudou.
A reação foi exatamente a mesma.
O rosto combinava com o corpo.
Era o cabelo. O que diabos acontecera com seu cabelo? Não estava desgranhado, estava soltos levemente ondulados nas pontas que dava um belo contraste no vestido. Estava vibrante, sedosos desciam-lhe pelo rosto até a cintura, numa cascata brilhante.
Quanto ao rosto...
Como não tinha visto? Voltou a surpreender-se Sobrancelhas delicadamente arqueadas acima de seus orbes verdes profundos, luminosos, com cílios longos, maçãs do rosto combinando com um nariz perfeito, uma boca...
Engoliu em seco, em silêncio.
Uma boca carnuda, sedutora e tão... Deus, tão convidativa...
Alguém falava. Puxava-lhe o braço.

— Tio Sasuke. Você não está prestando atenção. Já está na hora do jantar? Mamãe chegou e estou com fome — terminou, numa lamúria.
Aonde encontrara forças não sabia, mas conseguiu desviar os olhos para Izume.
— É, claro, certo. Quer comer? Está bem. — Disse

Mas afinal o que estava acontecendo? O universo resolvera parar e recomeçara numa dimensão diferente? Uma dimensão onde o impossível era absolutamente normal?
Ela dizia algo. A voz estava mais elevada que o normal e tentava soar relaxada e casual, sem sucesso.
— Izume se comportou direitinho? Sinto muito ter., demorado tanto. Eu...
A voz sumiu.
Ele a encarava de novo. Não conseguia tirar os olhos dela. Impossível.
Por um momento, permaneceu imóvel enquanto o rosto sem expressão à sua frente a encarava.
Depois, de repente, não conseguiu se conter. Não conseguia. Sentiu uma dor quase física. Girou nos calcanhares e saiu correndo. Não sabia para onde, Para qualquer lugar. Qualquer um.
O terraço terminava em escadas descendo até o andar da piscina e ela simplesmente desceu, quase tropeçando, passando pela piscina e mergulhando num caminho estreito que levava até o mar entre vegetação e palmeiras. O coração disparava e sentia um desagradável rubor no rosto.
Queria morrer.
Por que tinha permitido que fizessem aquilo com ela? Devia saber ser inútil, um caso perdido. Estava morta de vergonha.
Não devia ter tentado. Não devia ter tentado parecer melhor. Normal. Tentar e fracassar é pior do que simplesmente aceitar o que sou: feia, feia, feia...
Ouvia passos apressados atrás dela, seu nome. Correu mais depressa, o calcanhar escorregou e então ela precisou agarrar-se ao corrimão antes de tentar ir em frente.
Seguraram-lhe o braço.
— Pare. O que houve? O que há de errado? Retesou cada músculo, tentando soltar o braço. Os dedos apertavam-lhe a carne com força.
— Vá embora. — Gritou as palavras. Não podia pará-las. A cabeça girava. — Vá.embora. Deixe-me em paz. Deixe-me em paz!
Choque e surpresa no rosto de Sasuke.
— O que aconteceu? Qual é o problema?
— Como assim o que há de errado? Tudo está errado. Tudo — arfou.
Ficou parada, imóvel, tentando em vão afastar-se dele enquanto ele a segurava, olhando-a de cima.
Ele estava tão perto. Perto demais. Tentou recuar de novo, mas não conseguiu. Como tudo o mais, era inútil.
Por um momento, ele nada disse, apenas a fitou. Um olhar de incompreensão. Depois, a expressão de surpresa começou a mudar. Ela viu acontecer — viu e não acreditou.
Havia algo nos olhos que parecia lentamente dissolver-se. Não apenas nos olhos dele, mas dissolvê-la também, fazendo-a derreter-se como uma vela numa superfície aquecida.
A pele ruborizada ardia.
Sentiu o aperto em torno do braço se alterar: não mais a impedindo de andar, mas segurando-a. Segurando-a para que ficasse claro onde ele queria que ela permanecesse. Queria que ela ficasse porque...
Tudo parou de se mover. Ela ficou ali, estática, presa. E ele a olhava no rosto. A expressão dos olhos simplesmente tirava-lhe o fôlego.
Fitou-o. O que aconteceu, não sabia explicar. A realidade deixara de existir.
E, mesmo assim, nunca parecera tão vívida.
— Não olhe para mim desse jeito — disse Sasuke, numa voz  rouca e suave que a deixou arrepiada. — Não olhe para mim desse jeito, aqui, agora. Porque se continuar olhando para mim assim, eu...
— Izume!
Afastaram-se. Era como vir à tona depois de afogar-se num mar profundo.
— Ele está bem. Eu disse que não se movesse. — A voz de Sasuke soava distante. Deu um suspiro rápido, restaurador.
— Mamãe! Tio Sasuke!
O chamado insistente recomeçou. Sakura podia perceber que Izume estava assustado.
— Já estou indo, Izume. — A voz tremia.
— Eu também — disse Sasuke, cuja voz também não estava segura.
Ele lançou-lhe uma última olhada. Não era seguro olhá-la. Não ali, não agora.
Mais tarde... mais tarde a olharia.
Mais do que isso...
De repente, uma sensação de alegria excessiva  tomou conta dele.
Com passos leves e curtos, conduziu-a até o terraço.
A emoção o dominava. Forte, poderosa e consumidora. O universo podia ter virado de pernas para o ar, mas nesse instante não dava a mínima. Como acontecera era irrelevante. Completamente irrelevante. Acontecera, e isso era tudo que registrava.
A adrenalina corria pelo sangue. Mais que adrenalina. Regozijo. Algo incrível ocorrera e ele não queria explicações. Queria apenas continuar sentindo aquela sensação.
— Estamos aqui — anunciou, do terraço da piscina, acenando para Izume, obediente, no andar de cima, com os olhos voltados para baixo.
— Onde está mamãe?
— Aqui — disse, apressando os passos como podia nas sandálias finas. O coração acelerava.
E não era por causa da rápida subida.
Quando chegou ao terraço, Izume a olhou, prestando atenção nela pela primeira vez e não no brinquedo, o forte que construíra.
— Esse é seu vestido novo? Ela fez que sim.
Ele virou a cabeça de lado, inspecionando-a.
— Você está linda. Como numa revista. Mas não parece a minha mãe. — Franziu a testa, confuso e surpreso.
Sasuke pôs o braço em volta do ombro do sobrinho. Sabia como Izume se sentia.
— É uma nova versão da mamãe. E você está certo, Izume — A voz mudou. — Ela está linda. Na verdade está... — Fez uma pausa e encarou-a com olhar onix penetrante. —... de tirar o fôlego — concluiu.

Por um momento infinito, encarou profundamente. Viu os orbes verdes brilharem, inseguros.
— É verdade — disse, calmo. — A pura verdade. Não posso acreditar. Não posso acreditar que tudo estivesse aí escondido, o tempo todo. — Fez uma pausa e depois em voz baixa, mas clara, disse: — E você nunca, está me ouvindo?, nunca mais vai esconder.
Por um último e prolongado momento, olhou-a novamente, mandando-lhe uma mensagem bem clara. Depois, de repente, voltou a cabeça.
— Está certo, Izume. Hora de jantar.

                            ......


Notas Finais


Hai ^^
Eae....o que acharam....???
Ain, to flutuando..
Próximo capítulo, aonde esse jantar irá dar......😁😁😁

VESTIDO DA Saky
http://vestidosderenda.net/wp-content/uploads/2014/10/Vestido-de-renda-sensual-meia-manga.jpg


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