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História Eternal Flame - Have I lost my mind?


Escrita por: Bo_Styles

Capítulo 13 - Have I lost my mind?


Fanfic / Fanfiction Eternal Flame - Have I lost my mind?

"Eu poderia fazer você ficar louca, tão louca. Erro meu, não, eu não sou completamente mau. Seu pior inimigo às vezes é seu melhor amigo. Perfeito, não dizendo isso eu provo, está provado que eu não dou a mínima."

Justin Bieber - All bad

 

30 Janeiro de 2012; 04h52min

- Harry. - Chamei e ele resmungou algo, se virando para o outro lado. - Harry. - Sussurrei no seu ouvido e ele abriu os olhos lentamente. 

- Que foi? - Perguntou rouco e eu umedeci meus lábios. Nunca me cansaria de ouvir a sua voz perfeita.

- Estou sem sono. 

- E me acordou por causa disso? - Ele tentou soar bravo mas não deu certo por ele estar sonolento. 

- É. - Murmurei. - Fica acordado comigo?

- Você é demais. - Ele resmungou e jogou o travesseiro sobre o seu rosto . Ri pelo nariz e tirei o travesseiro do seu rosto. Harry ficou me encarando e eu esbocei um pequeno sorriso. - Que horas são? - Sussurrou.

- Cinco da manhã. - Harry arregalou os olhos. - Selena! - Resmungou. 

- Não quero ficar acordada sozinha. - Murmurei abaixando a cabeça. Ele suspirou e colocou os braços atrás da cabeça, puxei o lençol um pouco para baixo deixando seu peito a descoberto. - Você já não fuma? - Sussurrei, apoiando meu antebraço na cama e fiquei desenhando linhas imaginárias no seu peito com a ponta do meu dedo.

- Como sabe que eu fumo? - Perguntou me olhando sério.

- Ah... Você me disse. - Respondi um pouco nervosa.

- Não. Eu nunca disse isso para você. - Ele semicerrou os olhos e eu fiquei encarando seu peito. - Selena, como você sabe disso?

- Melissa me contou. - Tentei soar menos nervosa e ele arqueou as sobrancelhas. - Eu fiz confusão. - Ri nervosa e ele se manteve calado. Deitei minha cabeça no seu braço e suspirei. Fiquei ouvindo sua respiração calma e pensando. 

Amanhã tudo vai voltar ao mesmo. Acordar na mesma cama, na mesma casa, nas mesmas luzes de rua deprimentes, fazer a mesma rotina. Acho que me fez bem passar estes dias longe de casa, eu precisava de sair daquele ambiente pesado. Aquele ambiente faz com que me eu sinta mais vontade de... Soltei um suspiro e me remexi na cama, me acomodando melhor. 

- No que está pensando? - Sussurrou e eu o olhei, rocando meu nariz no seu maxilar. 

- Nada demais. - Dei de ombros. Harry não pareceu convencido, as vezes penso que ele me conhece melhor do que eu imagino. - Estive imaginando se eu morresse. - Murmurei num tom amargurado.

- Será que você realmente quereria morrer? - Seu tom foi grave. Eu sabia que ele não gostava desses assuntos, mas eu preciso desabafar e ele é a única pessoa com quem eu o posso fazer.

- Ninguém comete suicídio porque quer morrer. - Murmurei o olhando nos olhos.

- Então, por que o fazem? - Apertou a mandíbula e eu suspirei.

- Porque querem acabar com a dor. - Me sentei no meio da cama e tirei todo o meu cabelo do rosto. Harry se sentou também na cama e afastou ligeiramente as pernas, me puxando para o meio delas.

- Me prometa que você nunca mais vai tentar cometer essa loucura. - Sussurrou com uma expressão sofrida. Ele sabia da primeira vez que eu tentei cometer suicidio.

- Harry, eu não...

- Me prometa! - Mandou. - Por favor. - Olhei nos seus olhos e umedeci meus lábios desviando o olhar para os meus dedos, que brincavam com a barra do lençol.

- Eu não posso prometer uma coisa que não vou conseguir cumprir. - Meu tom foi muito baixo, se não estivesse tanto silêncio nem daria para ouvir. 

Harry fez um som com a garganta e respirou fundo. Me levantei da cama e procurei uma peça de roupa pelo chão para vestir. Nesses dias tenho dormido só de calcinha e sutiã, é bem confortável, tirando a parte do sutiã que me incomoda. Peguei na sua blusa, que estava jogada na poltrona e a vesti, ela ficou muito maior que eu e ia até um palmo abaixo da minha coxa. 

- Onde vai? - Sussurrou e eu o olhei.

- Estou com fome. - Falei no mesmo tom e ele assentiu, se levantando da cama também. 

Saí do quarto e fui na cozinha, com cuidado para não fazer barulho. Abri a geladeira e espreitei, vendo o que havia para comer. Encontrei um frasco de picles e o peguei. Fechei a geladeira e me sentei em cima da mesa, abri o frasco e comecei a comer. Harry entrou na cozinha bocejando e eu não tive como não sorrir perante aquela visão. Ele se espreguiçou, fechando os olhos, e todos os seus músculos se contrairam. Como um homem perfeito feito ele alguma vez poderia olhar para mim de outro jeito?

Harry abriu os olhos e me encarou, logo encarando o frasquinho de picles na minha mão. Ele riu pelo nariz e veio até mim.

- Você gosta disso? - Apontou para o frasco e eu assenti. Ele fez uma careta de nojo e colocou suas mãos nos meus joelhos.

- Você nunca me contou nada sobre você. - Sussurrei arqueando uma sobrancelha.

- Contei sobre as... 

- Eu só sei sobre isso e nem é nada importante. - O interrompi. - As suas viagens à Filadélfia. Eu não quero só saber suas viagens, quero saber mais sobre você. 

- Tudo bem. - Ele suspirou. - O que quer saber?

- Hum... Você tem irmãos? - Perguntei enquanto levava um picle a boca e seu olhar seguiu o picle até ele entrar na minha boca.

- Tenho. - Seu olhar subiu da minha boca para os meus olhos. - Uma irmã na verdade.

- Qual o nome?

- Gemma. - Sorriu e suas covinhas apareceram. Eu já falei o quanto amo as covinhas dele?

- Bonito nome. - Levei outro picle a minha boca. - Porque não mora com seus pais?

- Gosto de ter o meu próprio espaço. - Deu de ombros.

- Se eu tivesse meus pais eu nunca os iria deixar. - Murmurei e senti meus olhos arderem só por falar neles. Olhei para o teto, para nenhuma lágrima cair, e soltei uma risada sem humor. - O que eu fiz de errado? - Sussurrei, minha voz não estava forte o suficiente para mais do que um sussurro.

- Você não fez nada de errado, Selena. - Sussurrou, movendo suas mãos nas minhas pernas. - A lei da vida é assim mesmo. A gente vem e vai. - Harry afastou minhas pernas e se aproximou mais de mim, segurou meu rosto entre as suas mãos e me obrigou a o olhar. - Você não tem culpa do que aconteceu. - Falou enquanto seu polegar acariciava minha bochecha. Eu tentava o máximo que podia para que nenhuma lágrima derrama-se mas estava tão difícil.

- Eu tenho culpa sim. - Minha voz de choro não enganaria ninguém. Eu não ia resistir falar deles e não chorar. Era impossível. - Eu juro que quis acabar com a minha vida no dia seguinte quando acordei no hospital mas... - Não consegui falar mais e as lágrimas começaram a descer. 

Passei meus braços sobre os seus ombros e o abracei forte. Me permiti chorar naquele momento, eu precisava de libertar um pouco dessa dor. Era muito duro para mim conviver com essa realidade e comigo mesma nos próximos dias do acontecido. Mas durante esse ano eu fui me habituando a viver sem eles, mas ainda não é facil. Eu sinto a falta deles mais do que tudo. Quando eu penso no quanto eu fui idiota nesse dia, eu quero acabar comigo mesma. 

Harry me apertou contra o seu corpo e eu continuava chorando. Deitei minha cabeça no seu ombro e permaneci assim uns longos minutos até o choro cessar. Harry se afastou um pouco de mim e sorriu, passando sua mão pela minha bochecha.

- Vem dormir. - Sussurrou e eu assenti. Ele me ajudou a descer da mesa como se eu fosse uma criança e eu arrumei o frasco dos picles na geladeira. 

- Vo só no banheiro. - Sussurrei o olhando. Ele assentiu e foi para o quarto. 

Fui no banheiro e lavei o rosto. Apoiei minhas mãos na pia e me encarei no espelho. Quanto mais os segundos voavam mais a vontade de chorar voltava. Fechei os olhos e por uns segundos me imaginei em casa sentada perto de mamãe enquanto papai contava uma história louca que ele sempre inventava para nos fazer rir. Nesses tempos tudo era tão fácil, eu tinha o suporte deles e para mim nada mais importava. 

Abri os olhos e uma lágrima correu pela minha bochecha. Rapidamente a limpei e funguei, respirando fundo. Me lembrei de uma música que mamãe sempre cantava para mim quando eu estava em baixo por qualquer coisinha.

- Just a little bit of your heart. - Cantarolei baixinho. - Just a little bit of your heart is all I'm asking for. - Continuei cantarolando imaginando a voz dela cantando para mim. - I don't ever tell you how I really feel. Cause I can't find the words to say what I mean. - A voz de mamãe era perfeita, eu amava quando ela cantava para mim. 

Respirei fundo e balancei a cabeça, eu não queria chorar mais. Meu olhar percorreu o banheiro e parou nela. Uma gillete. Estiquei meu braço para pegá-la mas ouvi Harry bater na porta do banheiro. Recolhi meu braço lentamente e abri a porta.

- Estava demorando muito. - Resmungou e eu sorri falso, saindo do banheiro. 

Fui para o quarto e ele veio atrás de mim. Me afundei na cama e me enrosquei no lençol. Harry fechou a porta e veio se deitar do meu lado. Ele entrelaçou suas pernas nas minhas e seu braço passou por cima da minha barriga e eu pousei minha mão sobre a sua. 

[...]

- Melissa! Não vou vestir isso. - Falei incrédula apontando para o short curtinho de ganga rasgado.

- Tudo bem. E isso? - Pegou num vestido florido que ia até um pouco mais a baixo das minhas coxas. Ele tinha detalhes em rendinha e era bonitinho. - E veste isso daqui também. - Ela pegou uma lingerie toda em renda e era rosinha com detalhes a cinzento. 

- Isso não me serve. - Revirei os olhos olhando o sutiã que era grande demais para mim. 

- Experimenta! - Ela mandou e me jogou as duas peças. Bufei e tirei o vestido, o esticando sobre a cama. 

Pedi para ela voltar e assim ela o fez. Despi minha calcinha e vesti a calcinha do conjunto, a calcinha não era como as que eu costumava usar. Era calcinha fio dental. Arregalei os olhos quando senti a calcinha entrar na minha bunda. 

- Eu não quero usar isso. - Resmunguei e Melissa se voltou.

- Fica bem em você. - Ela sorriu. - Só precisa é de mais bunda. - Comentou me analisando. - Agora veste logo o sutiã para eu ver como fica. - Ela falou entusiasmada e se virou.

Tirei o meu sutiã branco e o joguei na cama, peguei o sutiã do conjunto e o vesti. Suspirei quando vi o quão largo ele me ficava. Meus seios eram pequenos demais comparados com os de Melissa, logo as suas coisas não me iriam servir.

- Ficou muito grande. - Falei e ela se virou, me olhando de cima a baixo. 

- Ficou mesmo. - Ela fez um bico e procurou alguma coisa na sua mala. - Eu acho que tenho aqui um conjunto que não me serve. - Ela falou e me mostrou uma lingerie azul clarinha. - Acho que Harry vai gostar muito dessa. - Ela deu uma risadinha.

- Porque? - Perguntei me sentando na ponta da cama.

- Azul é a cor favorita dele. - Ela me jogou a lingerie eu eu sorri.

- Sério? - Perguntei ainda com o sorriso bobo. Minha cor favorita também era azul e depois preto. 

- Sim. - Ela assentiu e sorriu simpática. - Agora experimenta essa. 

Ela se virou e eu suspirei me levantando da cama. Despi a calcinha e o sutiã e joguei o conjunto na cama. Vesti primeiro a calcinha e era também de fio dental, revirei os olhos e vesti o sutiã.

- Você só usa fio dental? - Reclamei e ela se virou assentindo.

- É mais sexy. - Ela piscou e me analisou. - Esse ficou bem melhor.

- É, mas o sutiã ainda é um pouco largo. - Murmurei olhando meus seios.

- Mas não é tanto. - Ela veio até mim. - Ah, nem é assim tão largo. - Ela fez uma careta. - Ficou perfeito. - Ela piscou de novo e eu ri fraco. - Agora veste o vestido para eu te maquiar. 

- Ah não, não quero maquiagem. - Peguei no vestido e levantei os braços, passando o vestido pelo meu corpo. Melissa deu de ombros e foi até o espelho, se maquiar. - Vou para o meu quarto. - Avisei e ela assentiu fazendo um ruído com a garganta.

Saí do seu quarto e passei pela sala onde estava Louis, Niall, Justin e mais uns garotos. Não sei se me notaram mas eu não quis nem saber. Entrei no quarto e respirei fundo, senti o cheiro do perfume do Harry e sorri. Mas Harry não estava no quarto. Me sentei na cama e peguei no meu celular e fiquei jogando um jogo sem graça. 

[...]

Bufei cansada de o esperar e me levantei da cama, saindo do quarto. Justin estava na sala sozinho com o celular na mão. Cheguei perto dele e assim que ele me notou, me olhou e sorriu. 

- Você sabe do Harry? - Sussurrei.

- Ele saiu e ainda não voltou. - Sorriu simpático e eu agradeci.

Saí da cabana e olhei para todo o lado, não encontrando nenhum sinal de Harry. Comecei a caminhar por entre as árvores. Ele não deveria estar longe. Não havia mais nada a não ser grande árvores e arbustos. Suspirei e continuei andando sempre olhando para todo o lado. Quando olhei para a minha frente eu os vi. Meu coração disparou e eu automaticamente sorri. Mamãe e papai estenderam a mão para mim e eu fui até eles. 

Mamãe estava sorrindo e papai esboçava um meio sorriso, enquanto eu caminhava até eles. Estendi minha mão até eles e quando estava prestes a tocar neles, alguém me puxou pela cintura me afastando deles. Gritei e comecei a espontapear essa pessoa. Eu queria os meus pais! Me remexia nos braços dessa pessoa enquanto esticava os braços até aos meus pais, que aos poucos iam desaparecendo com uma expressão de desiludidos. Algumas lágrimas de raiva começaram a descer e eu continuei gritando.

- Selena. Selena, para. - Eu conhecia essa voz. Me virei para ele e soquei seu peito com raiva. 

- Eu te odeio! - Gritei e me afastei dele. Minha respiração estava ofegante e eu passava as mãos freneticamente no cabelo. 

- Selena. - Ele me chamou e eu balancei a cabeça. Eu estava tão perto, como ele foi capaz? - Selena você ia caindo no penhasco. - Sua voz soou fria e eu me virei para ele.

- Eu estava indo ter com meus pais. Estava tão perto de lhes tocar e você estragou tudo. Eu te odeio tanto. - Falei com raiva e me virei, socando a árvore atrás de mim. Apoiei minha cabeça nela e fechei os olhos, deixando as lágrimas continuarem rolando.

- Não estava ninguém aqui. - Ele tocou no meu ombro e eu me afastei.

- Não me toca. - Murmurei em meio de soluços. - Não... Você não me toca!

- Caralho, você estava indo em direção ao penhasco. Não estava ali ninguém! Foi tudo fruto da sua imaginação, nada mais que isso. - Ele gritou bravo e eu me encolhi, assustada. - Queria morrer? Tudo bem, dá próxima eu te deixo ir em frente. - Ele gritou ainda mais alto e suas veias do pescoço de tornaram visiveis. 

Cai ajoelhada no chão e cobri meu rosto com as mãos, chorando desesperada. Então eu não os vi? Eu não vi mamãe sorrindo docemente para mim e papai com uma expressão orgulhosa? Não pode ser! Eles estavam mesmo ali, eu sei que estavam. Meu soluços se tornaram mais audiveis e eu espreitei entre os meus dedos, vendo se Harry ainda estava ali. Ele estava de costas para mim com as mãos na cabeça. 

- Vamos embora. - Falou seco e eu senti um aperto no peito quando o vi se afastando. 

- Harry. - O chamei com a voz trémula mas ele não parou, continuou andando. - Harry! - Gritei desesperada e ele parou, se virando lentamente para mim. - Não me deixa sozinha. - Eu o via desfocado por conta das lágrimas. - Por favor. - Sussurrei e vi ele vir até mim. 

Ele me levantou do chão e me abraçou forte. Envolvi meus braços na sua cintura e o apertei forte contra mim enquanto chorava no seu peito. Harry beijou o topo da minha cabeça e pegou na minha mão, me puxando para o caminho de volta para a cabana. Quando entramos na cabana, todos estavam na sala. Me senti envergonhada por eles me verem chorando. Harry rapidamente me puxou para o banheiro e ignorou todas as perguntas.

- Qual a mão que se machucou? - Sua voz ainda demonstrava que ele continuava um pouco bravo. Levantei a mão que soquei a árvore e ele fez um pequeno curativo no ligeiro corte. 


Notas Finais


Amores, muito obrigada pelos 140 favoritos. E por todos esses comentários perfeitos *-*
Me deixem saber o que acharam do capítulo nos comentários.
Ps: Completamente in love com essa música perfeita que o Harry escreveu para a Ariana.
Ps2: Eu amei escrever esse capítulo, gosto de escrever partes dramáticas kkkk'


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