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História Eternal Flame - I cant pretend anymore.


Escrita por: Bo_Styles

Capítulo 17 - I cant pretend anymore.


Fanfic / Fanfiction Eternal Flame - I cant pretend anymore.

"Estou amando a dor, não quero viver sem ela. Então por que tentar? Você me deixa louca. Agora estamos gritando só para ver quem consegue mais alto. Então por que tentar? Você faz eu me sentir tipo na na na na"

Ariana Grande - Why try

 

04 Fevereiro de 2012; 08h00min

Harry parou o carro em frente ao portão do colégio e eu suspirei entristecida. Tirei o cinto e o encarei. Ele assentiu e esboçou um sorriso caloroso. Sua mão se emaranhou nos meus cabelos, recentemente alisados, e me puxou para mais perto, chocando seus lábios nos meus. Pousei minha mão sobre a sua, e sua lingua entrou na minha boca. Não me importaria de passar toda a minha manhã assim com ele. 

Sorrimos quando nos afastamos. Harry me deu um selinho e acariciou minha bochecha.

- Depois eu venho te pegar. - Sussurrou e eu assenti. - É só me falar o horário.

- Depois te mando mensagem. - Murmurei e mordi meu lábio inferior, me virando para abrir a porta.

- Espera! - Me virei para ele confusa e ele me deu um longo selinho.

Ri e acenei, saindo do carro. Suspirei e entrei no colégio de cabeça baixa mas com um ligeiro sorriso. Fui no meu armário e peguei os livros para a primeira aula que seria Inglês. Revirei os olhos só de pensar que teria que ver Louis logo na primeira aula. Quando me virei, choquei contra um corpo alto e arregalei os olhos, olhando para cima. Era Charles. Ele sorriu cínico e colocou suas duas mãos nos armários, se aproximando de mim e me encurralando. 

- Vejam só quem é ela. - Sussurrou contra o meu rosto e eu fiz uma careta de nojo. - Finalmente decidiu vir no colégio. - Revirou os olhos. - Fiquei sabendo que virou de santa para puta. 

Meu sangue começou a ferver ao ouvir aquela palavra e eu levantei a mão, lhe dando um tapa. Não foi com força o suficiente para que ele virasse o rosto, pois eu também não tinha muita força mas foi o suficiente para sua bochecha ganhar uma leve tonalidade vermelha. Seus olhos escureceram e eu me preparei para o que veria a seguir.

- Deixa ela. - Ouvi a voz impaciente de Niall e o olhei, o vendo revirar os olhos, chegando perto da gente. Ele me puxou bruscamente pelo braço e começou a caminhar comigo apressadamente. 

Só paramos quando chegamos na quadra. Niall me encostou na parede e me encarou bravo. Engoli em seco e apertei meus dedos um contra os outros. 

- Não sabe ficar longe de encrenca? - Seu tom era bravo. Ele colocou uma mão na parede, do meu lado. Olhei nos seus olhos e por momentos me perdi na sua imensidão azul.

- Ele me chamou de puta! - Falei incrédula. - E porque me salvou dele? - Perguntei cruzando os  braços.

- Dá próxima te deixo ali para você não ser uma ingrata. - Cuspiu as palavras e eu revirei os olhos. Ele e Harry são bem parecidos. 

Rosnei e me desencostei da parede começando andar. O sinal já tinha batido à uns minutos. Niall me puxou pelo braço e eu fui contra o seu corpo quente. Ele se aproximou e encostou sua boca ao meu cabelo, me permitindo sentir o cheiro da sua camiseta. 

- Deveria tomar cuidado com essa sua língua. Pode acabar sem ela. 

Arregalei os olhos e o ar pareceu escapar naquele instante. Niall me soltou e começou andar com as mãos no bolso dianteiro da calça. Lentamente meu corpo foi reagindo e comecei andar atrás dele, indo para a aula. Minha mente ainda processava o que ele tinha falado. Porque ele tem que ser tão estúpido comigo? Eu sei que ele só me salvou das mãos do Charles porque eu estou com o Harry, seu melhor amigo. Caso contrário ele me deixaria bem ali. 

Bati duas vezes na porta da sala e Louis a abriu com uma expressão divertida. Seu sorriso se desfez quando me viu e ficou me encarando por uns segundos. 

- Está atrasada, Gomez. - Falou entre dentes.

- Eu tive uns problemas. - Sussurrei e ele revirou os olhos, me dando passagem. 

Porque os amigos do Harry tem que ser grossos comigo? Tirando eles, toda a gente é grossa comigo. Me sentei na minha mesa e coloquei os cotovelos em cima da mesa, apoiando minha cabeça sobre minhas mãos. Não prestei atenção na sua aula mas prestava atenção em todos os olhares arrogantes que ele me lançava. Como eles podem ser arrogantes e Harry ser boa pessoa? 

[...]

Entrei em casa e fechei a porta com força. Não liguei para Harry me ir pegar e com certeza ele iria ficar bravo mas eu não estava com disposição. Queria ficar sozinha no meu canto. Despi minha jaqueta e me sentei no sofá, encarando a parede. Minha mente viajou por uns instantes e quando voltei eu me sentia na necessidade de fazer alguma coisa. Não queria me sentir assim. Me levantei e fui até o móvel da TV, abri a gavetinha e não estava lá nenhum cigarro. Droga! Tia Janett devia ter jogado fora. 

O que eu iria fazer agora? Respirei fundo e caminhei rapidamente até o banheiro. Procurei desesperadamente por ela mas não a estava encontrando. Corri até o quarto e revoltei todas as gavetas procurando por ela. Eu não a achava de jeito nenhum. Agarrei meus cabelos com força e respirei fundo, levando embora a vontade do choro. 

Voltei ao banheiro e procurei algo afiado, suficientemente bom para o que eu queria. Não havia nem uma gilette em casa. Como elas desapareceram assim? Cobri meu punho com a manga da blusa e soquei o pequeno espelho, o partindo em vários pedacinhos. Me sentei no chão, me encostando na parede do box e peguei um pedaço de vidro.

Arregacei minha manga e encostei o vidro na minha pele. E de repente eu comecei a pensar nos seus olhos verdes. Seus lábios rosados franzidos. Sua pronúncia lenta e arrastada. Ele nunca deveria significar tanto para mim. Eu nunca deveria cair tanto assim. Mas eu caí e essa é a verdade. Ele é basicamente tudo o que eu aspiro a ser. Tudo o que eu queria que o mundo fosse. É tão fácil para mim amá-lo que me assusta, porque eu o amo como nunca amei alguém antes. 

Tombei a cabeça para trás e umedeci meus lábios, fechando os olhos. Eu não devia fazer isso mas eu preciso. Pressionei o pedaço de vidro no meu pulso e aos poucos o sangue foi escorrendo para o chão. Mordi meus lábios com força e fiz vários cortes sobre os antigos que estava cicatrizados. 

Joguei o caco longe e minha respiração estava ofegante. Encarei a parede branca a minha frente e vi o rosto de mamãe sorrindo docemente. Esbocei um sorriso fraco com os olhos marejados. Eu sentia tanta falta deles. E até hoje não conseguiram descobrir quem causou o acidente. E ainda hoje eu me pergunto: Porque eu sobrevivi? 

Eu desejava ter morrido no mesmo momento que eles. Pisquei os olhos e de repente o rosto de mamãe foi substituido pelo rosto bravo de Harry, me encarando com desdem. Senti um enorme bolo se formar na minha garganta. Seu rosto se tornou um monte de borrões e eu comecei sentindo minha cabeça rodando. 

Tentei me levantar do chão e caminhei lentamente até a sala, onde me sentei calmamente no sofá. Eu poderia acabar com minha vida nesse momento mas eu não consigo, eu me prendi a ele. Meu celular começou a vibrar dentro da jaqueta que estava jogada no sofá e me estiquei lentamente, pegando o celular. Meu dedo trémulo deslizou pela tela a desbloqueando e encostei o celular no meu ouvido. 

- Onde você está? - Ouvi a sua voz rouca e brava soar.

- Eu estou bem. - Sussurrei com a voz chorosa. 

- Não foi isso que te perguntei! - Harry realmente estava bravo.

- Em casa. - Murmurei.

Ele não respondeu apenas desligou a ligação. Respirei fundo e coloquei o celular do meu lado no sofá. Fiquei uns minutos encarando o chão enquanto o sangue do meu pulso começava a secar. De repente um arrepio sombrio percorreu meu corpo. E se ele vier aqui em casa? Me levantei do sofá rapidamente sentindo uma tontura e me apoiei no sofá, para não cair no chão. Esperei minha visão voltar ao normal e fui na cozinha pegar uma vassoura. 

Varri todos os cacos de vidro e peguei o molde do espelho, o jogando no lixo junto com os cacos. Depois lavei o chão, tirando as manchas do meu sangue. Quando terminei suspirei, mas eu ainda teria que lavar meu pulso. Abri a torneira da pia e estiquei meu braço debaixo da água e mordi meu lábio inferior. Aos poucos aquele sangue seco foi saindo e um terrível cheiro a sangue invadiu minhas narinas.

Desliguei a torneira e sequei meu pulso, passando um creme logo de seguida. Voltei a cobrir meu pulso com a manga da blusa e ardeu assim que o pano entrou em contacto com os cortes. Voltei para a sala e me sentei no sofá, com a mente vazia enquanto encarava um ponto à minha frente. Passaram uns minutos e ouvi a porta de casa se abrindo e logo a ser fechada com força. Fechei meus olhos e ouvi os passos de Harry se aproximando de mim. 

- Porque caralho você não me ligou? - Sua voz estava completamente alterada, mais rouca e mais grossa. Por pouco ele não gritou. 

- Eu... - Murmurei mas ele não me deixou terminar. 

- Você o quê? - Gritou e eu me encolhi no sofá. Sua voz me assusta tanto quando ele grita. - Porra, Selena! Porque nunca cumpre com as coisas? - Seu tom continuava bravo e eu senti algumas lágrimas correndo pelo meu rosto e agradeci mentalmente pelo meu cabelo estar tampando meu rosto. - Não vai me responder não? 

Minhas pernas estavam fracas mas mesmo assim me levantei do sofá e comecei a caminhar lentamente para o quarto, com a cabeça baixa. Eu sentia seu olhar queimando minhas costas. Abri a porta do meu quarto e antes de entrar, Harry me pegou no braço me voltando num movimento brusco para ele. Só então eu olhei para o seu rosto, ele estava realmente bravo. Nunca imaginei que ele ficasse assim só porque não lhe liguei.

Sua expressão mudou assim que encarou meus olhos marejados e meu rosto vermelho. 

- O que aconteceu? - Por conta de ele ter gritado, sua voz estava mais rouca do que o seu normal. Balancei a cabeça, negando, e as lágrimas correram com densidade. Abracei sua cintura e encostei minha cabeça no seu peito. 

Seus braços passaram a minha volta e me aninhou nos seus braços. Naquele momento não havia Niall, não havia Louis, não havia mais ninguém a não ser eu e ele. Eu não consigo fingir que está tudo bem quando não está. 

- Selena. - Murmurou. Sua voz estava mais suave e eu solucei. - Por Deus, Selena. O que aconteceu? 

Me afastei lentamente do seu corpo quente e passei minhas mãos pelo rosto, limpando as lágrimas. Virei as costas e passei as mãos no cabelo, entrando no quarto. Não gosto que ele me veja chorando, me deixa constrangida porque estou demonstrando o quão fraca eu sou. Me sentei na cama e Harry entrou no quarto, ficando na minha frente de braços cruzados. 

- Foi por que ter reagido daquele jeito com você? - Perguntou sugestivo e eu balancei a cabeça. Harry se agachou e colocou as mãos nos meus joelhos, com o seu polegar puxou meu queixo para cima, para o olhar. - Fala comigo.

- Eu não aguento mais, Harry. - Murmurei e solucei. 

- Não, não fala isso. - Se aproximou mais e passou uma de suas mãos no meu rosto. - Estou aqui com você para tudo, você sabe. - Sussurrou e eu assenti, molhando meus lábios. 

Harry ficou me encarando e o choro foi cessando, juntamente com o soluços. Lentamente, senti minhas bochechas começarem arder. Ele realmente se preocupa comigo e eu me senti tão estúpida por ter feito o que fiz à uns minutos. Coloquei meu cabelo para trás da orelha e o fitei. Seus olhos verdes me olhavam atentos enquanto sua boca avermelhada estava entreaberta. 

Passei minhas mãos no seu rosto e franzi os lábios. 

- Porque você é tão bom para mim? - Sussurrei.

- Porque eu me importo com você, Sel. - Esboçou um fraco sorriso e eu passei meu polegar pelo seu lábio inferior, sentindo o quão macio era. 

- Harry, fica comigo hoje? - Perguntei com um sorrisinho. - Não quero ficar sozinha. 

Ele assentiu e me abraçou, depositando um beijo na minha bochecha. Harry se sentou na cama e me puxou para sentar no seu colo de lado. Passei meus braços pelo seu pescoço e beijei sua covinha visível.

- Quer me contar seu dia? 

- Não foi interessante. - Dei de ombros e ele me encarou sério, mas com uma leve expressão de divertimento. - É sério. - Ri fraco e escondi meu rosto no seu ombro. - Hoje seu amigo me ajudou.

- Que amigo? - Levantei meu rosto e o olhei.

- Niall. - Ele franziu os lábios e eu decidi contar a história desde o início. - Eu estava no meu armário, pegando os livros para a primeira aula e o idiota do Charles chegou me ofendendo. Eu por impulso dei um tapa nele, sem nem pensar. Aí, quando ele ia avançar para cima de mim o Niall me puxou e me levou para a quadra. - Suspirei. - Harry, acho que o Charles viu alguma coisa. E se ele viu, mais alguém pode ter visto.

- Porque acha isso? - Arqueou uma sobrancelha.

- Porque ele me chamou de puta. Coisa que nunca me tinha chamado. - Harry trancou a mandíbula e senti seus músculos se contrairem. - E a última coisa que eu quero nesse momento é briga com a tia Janett. - Revirei os olhos. 

- Ele não vai falar nada. - Falou entre dentes.

- Harry, sabe se ele contar para alguém você está ferrado né? - Ele assentiu e eu passei minhas mãos no seu cabelo. - Eu não quero que você arranje problema por causa de mim. - Sussurrei. 

- Confia em mim. Aquele garoto não vai abrir a boca para ninguém. - Harry sorriu sombrio e eu lhe dei um selinho. 

Deitei minha cabeça no seu ombro e relaxei. Harry ficou me contando coisas que ele fazia na faculdade e senti ciúmes quando ele falou que era um mulherengo. Talvez eu tenha pintado essa imagem estúpida em minha mente que Harry é o meu lugar seguro, como a minha casa. Mas talvez não seja tão estúpida assim. Talvez seja isso que me mantém sã e a respirar.


Notas Finais


Não sei porque mas eu amei esse cap. *.*
Me falem o que acharam do cap nos comentários.
Se alguém quiser, eu deixo aqui meu TT pra vcs falarem comigo; https://twitter.com/Littlee_BizZle
Bj ❤


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