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História Eternidade - Prólogo


Escrita por: JennevivD

Notas do Autor


Olá, pessoal! Como vão vocês?

Honestamente, espero que bem! Bom, eu decidi investir na ideia de compartilhar minhas estórias com vocês e caso gostem, talvez, eu vá publicá-las em livro físico ou em formato de e-book.
Tudo depende de como vou me sair escrevendo as maluquices que passam pela minha cabeça e forma como posso descrevê-las para vocês é tudo o que importa para mim, em outras palavras, se conseguir escrever boas estórias, significa que um dia poderei sonhar mais alto.
Agora, chega de enrolação e vamos ao que interessa!

Tenham uma boa leitura! ☺❤

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Eternidade - Prólogo




 Eu não sentia boa parte do meu corpo e até mesmo respirar doía muito, o cheiro de sangue era a única coisa que parecia estar entrando pelas minha narinas. Abrindo os olhos com certa dificuldade, percebo que sequer consigo ver o que há na minha frente, mas seja lá o que for, está vindo bem rápido até mim fazendo algum barulho que parece estar bem distante, mas sou incapaz de ouvir algo com clareza.

Não faço ideia de onde estou nem o que aconteceu comigo, até pisco em uma tentativa fracassada de conseguir ver alguma coisa mas está escuro e gelado, no entanto, sinto uma fagulha de calor quando a figura misteriosa para, abaixando-se bem na minha frente. Só tenho tempo de notar mais duas coisas vindo logo atrás e tudo fica bem mais escuro, meu mundo volta a ficar totalmente silencioso.

Acordo em algum momento, mas mesmo abrindo os olhos não vejo muito além de borrões de luzes que se movem e quando um deles vira para mim, todos os outros fazem o mesmo. Ouço murmúrios distorcidos por quase um minuto inteiro até conseguir escutar uma frase em específico.



— Majestade, ela acordou! — parece ser uma voz feminina soando entre dentes como um rosnado desdenhoso, mesmo estando bem baixa posso notar esse pequeno detalhe.

— Finalmente! — agora uma voz masculina chega até os meus ouvidos, seguida de passos apressados e ruídos de metais sendo chacoalhados. — Saiam, por favor! Deixem somente a Maeve aqui!



Sinto a superfície ao meu lado afundar um pouco, virando minha cabeça lentamente para o lado e piscando mais algumas vezes, consigo ver a imagem borrada de um corpo escuro com algo longo balançando.



— O olhar dela parece muito vago. — ouço o comentário vindo da minha esquerda e é uma voz feminina outra vez, mas essa demonstra preocupação.

— Ei! — vejo uma mão se aproximar do meu rosto cautelosamente. — Consegue me ouvir? — a voz desse homem é suave e gentil, agradável de se ouvir.



Assim que pisco mais uma vez, minha visão foca nele, me permitindo ver que ele tem um longo cabelo loiro — quase branco de tão desbotado — e que aquele corpo escuro, na verdade é uma armadura negra. Naquele instante, vejo a imagem de um homem bem em cima de mim, usando uma armadura como esta por um milésimo de segundo e em seguida, ela desaparece, como se estivesse sendo arrancada do fundo da minha mente e trazida para a realidade.

De repente o medo invade minhas entranhas e a mão que ainda se aproxima de mim, mesmo que devagar, me faz perceber que estou deitada sem sentir quase do meu corpo como antes. Eu entro em desespero, sentindo meu coração bater tão forte que parece rasgar minha carne a cada batida.

Facilmente perco o controle e começo a me debater tentando mover o que ainda conseguia sentir, gritando devido a forte dor que vem logo depois, mas o som morre na minha garganta antes mesmo de sair, dando lugar para um chiado baixo. É bem provável que tenha conseguido assustá-lo com isso, afinal, ele recolheu a mão antes de conseguir me tocar e era justamente o que eu queria, não ser tocada por alguém que poderia ter alguma relação com essa breve visão que tive — aquela imagem me transmitiu um horror inexplicável, obviamente não poderia significar algo bom.



— Calma! Você está muito machucada! — ele tenta se aproximar outra vez e sinto a dor me esmagar, mesmo em partes que não conseguia sentir até então.

— Aqui! Cheire isso! — a mulher coloca uma flor no meu nariz, como se quisesse me sufocar.



Tento me afastar, mas é inútil e acabo inspirando o aroma doce daquela flor contra minha vontade. Quase que instantaneamente, sinto meu coração desacelerar e o medo se dissipar completamente... é estranho, mas me sinto relaxada tão de repente que meus olhos se fecham sozinhos, mesmo que eu não vá dormir e então, sinto a flor ser afastada de mim.



— O que é isso?! — o homem pergunta, parecendo assustado.

— Goldie. — ela responde, girando a flor dourada nos dedos. — Inalar o pólem dela é um calmante instantâneo muito poderoso, majestade. Mas não se preocupe, foi o suficiente para aquietá-la, ela ainda está acordada.

— Maeve... — a chama, levantando um pouco o que deve ser um lençol cobrindo meu corpo. — ...ela ainda está sangrando muito. A cama já está quase que inteiramente vermelha. — consigo notar sua voz falhar no fim da frase, ele está genuinamente preocupado.



Posso ouvir os passos dela dando a volta na cama.



— Ela já deveria estar morta, majestade. — sussurra, estando bem perto dele. — Ninguém sobreviveria por tanto tempo sangrando em um local aberto e gelado. Tem algo muito errado acontecendo com essa moça e eu ainda não consegui descobrir o que é.

— Você não faz ideia do que fazer, não é?

— Infelizmente, ainda não. Preciso de tempo para tentar fazer algum remédio que possa fechar essas feridas abertas e parar essa hemorragia também.

— Quanto tempo?

— Eu não sei, mas estou fazendo tudo o mais rápido que posso desde que, vossa majestade, a trouxe para cá. Recomendo não ficar aqui, ou ela pode ter outro surto e isso só vai piorar tudo.



Eu ouço um longo suspiro e sinto a superfície ao meu lado se erguer aos poucos, indicando que ele estava levantando.



— Certo. Vou para a biblioteca procurar alguma anotação que possa te ajudar.

— Isso não é necessário, majestade!

— Sim, é. E eu vou ajudar com o que puder.



Ouço o baque de uma porta se fechando e o som de seus passos está cada vez mais distante. Estou sozinha e isso parece ser o ideal para mim porque eu deveria gostar muito de estar só, mas algo no fundo do meu coração diz que preciso de companhia... que conflitante.

Tento lembrar de como vim parar aqui, mas apenas os vultos turvos que vi antes de acordar aqui me vêem à cabeça, nada além disso. É como se eu não existisse antes daquilo acontecer, não há nenhum vestígio de lembrança de absolutamente nada.

Então... esse era o início da minha vida? Eu havia acabado de alcançar a consciência de que estou viva?


O efeito da flor parece estar acabando, pois sinto a dor voltando aos poucos, ficando mais intensa a cada segundo transcorrido. De repente, o som da maçaneta se movendo chega aos meus ouvidos, interrompendo meus pensamentos incertos. Abro os olhos lentamente, vejo a porta abrir e se fechar sozinha, mas não tem nada lá fora ou aqui dent-...



— Tira isso logo! — um corvo parece materializar-se do nada, voando rapidamente pelo quarto até pousar no grande lustre e parece estar estressado.

— Ah, finalmente... — ouço a voz de um garoto vindo da porta e o baque de um par de botas caindo no chão.



Imediatamente, meu olhar encontra seu rosto fino e suas mãos que parecem estar flutuando no ar até que ele puxa uma espécie de capuz para trás, fazendo seu longo cabelo dourado aparecer conforme o tecido invisível desce até seus ombros. Ele desfaz o que parece ser um laço, permitindo aquele manto invisível escorregar pelo seu corpo, caindo no chão e revelando todo o restante.

Posso ver que seu traje se parece com um vestido branco e roxo tão longo que mal posso ver seus pés descalços, mas este é muito requintado, decorado com camadas de finas correntes douradas penduradas na gola, cruzadas sobre seu peito que estão presas no tecido jogado sobre seus ombros como uma capa, por pequenas asas feitas de ouro, jóias azuis como os seus olhos, presentes nos anéis responsáveis por prenderem as luvas prateadas, costuradas nas mangas, aos seus dedos do meio e no jabot branco com renda delicada que circunda seu pescoço, uma calça branca embaixo de todo esse tecido e um cinto de couro com o que parecem ser pequenos compartimentos para carregar vários objetos que não ocupem muito espaço, um deles estando com um frasco brilhante que ele puxa para segurar em sua mão enquanto vem na minha direção.



— Ela está acordada! — o corvo avisa, balançando o lustre.

— Sim, eu não sou cego. — ele fecha a cara, olhando para a ave por um breve momento antes de me encarar. — Ei... me desculpe por invadir seu quarto, mas eu vim te ajudar.

— Quero morrer. — é tudo que consigo dizer, com minha voz falhando tanto que sequer sei como entendi minhas próprias palavras.



Ele para de andar, ficando praticamente paralisado, com suas vestes balançando para frente e para trás graciosamente devido a interrupção súbita dos movimentos de seu corpo, me olhando com uma expressão confusa que logo depois se torna triste.



— Mas por quê?



Sou incapaz de formular uma boa resposta, mas a minha existência não está fazendo muito sentido. Não sei de nada, não lembro de nada, não sei quem sou... apenas sinto dor, muita dor.

Talvez alguém tenha tentado me matar e um outro alguém me trouxe até aqui acreditando ser possível salvar a minha vida, mas tudo em mim está doendo, não só no corpo, mas na mente, no espírito e na alma também. Dor e desespero são as únicas coisas que consigo sentir quando tento pensar em algo, quando tento me lembrar de alguma coisa e pode ser porque não tenho nada para reviver, talvez, por ser tão horrível quanto o que vi minutos antes.

Se minha vida foi feita de dor e mesmo assim insisti em viver, eu não quero ser salva agora. Quero ser livre e isso só vai acontecer quando puder deixar toda essa bagagem para trás.


Lágrimas começam a rolar pelo meu rosto e eu fecho os olhos com força, tentando ignorar a dor crescente por todo meu corpo. Sinto uma aproximação ao meu lado e quando abro os olhos novamente, posso ver o garoto me encarando com um olhar de quem está se sentindo culpado.



— Por favor, beba isso. Eu juro que você vai se sentir muito melhor. — ele pede, segurando meu rosto gentilmente com uma mão enquanto segura o frasco perto da minha boca com a outra.



Se ele realmente quisesse me ajudar, não teria entrado aqui escondido, certo? Ele pode estar mentindo e esse líquido transparente deve ser veneno.

Mas eu não tenho mais nada a perder, então, se ele veio me matar, que seja. Agradeço muito pelo esforço de ter vindo até aqui para me dar isso.

Reúno todas as forças que tenho para abrir a boca quando sinto o frasco gelado tocar meu lábio inferior, mas estou tão fraca que não consigo fazer muito. Ele usa o frasco para empurrá-lo para baixo com cuidado e derrama seu conteúdo em minha boca, eu fico surpresa ao perceber que é água fresca.


Engulo com certa dificuldade, mas em poucos segundos sinto a dor desaparecer, meu corpo não me responde mais, meus olhos começam a se fechar e meus sentidos parecem estar se desligando.



— Está funcionando? — o garoto pergunta, olhando para mim com os olhos arregalados.

— Boa noite, menina! — o corvo gargalha de uma maneira assustadora, mas não tenho tempo para ouvir muito porque caio no sono.





Notas Finais


Olá, novamente!

Me desculpem pelos erros ortográficos e espero que isso não tenha afetado a leitura de vocês de maneira negativa. Muito obrigada por terem lido até aqui, de cotação!
Sintam-se à vontade para comentar o que acharam deste prólogo, suas expectativas para o primeiro capítulo ou até mesmo para me xingar se quiserem, o espaço é de vocês! Até breve! ☺❤


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