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História Eternos Amantes - Capítulo 11 - O Desfecho


Escrita por: anachenri

Capítulo 11 - Capítulo 11 - O Desfecho


OITO MESES DEPOIS

(NARRADO POR RICHARD)

Oito meses é muito tempo. Nesse tempo muita coisa aconteceu... Inclusive o julgamento que selaria de vez aquele atentado horroroso no cemitério.

Altiva não foi condenada porque o médico atestou que ela não estava em seu juízo perfeito, não respondendo por seus atos, então não teria de ficar presa, mas, voltaria para o hospício e ficaria sobre vigilância, uma vez que reforçaram a segurança do lugar.

Já Mateus, foi condenado a cinco anos de prisão, reduzidos a quatro porque era réu primário e sem antecedentes criminais. Ele ainda estava em coma, isso porque, mesmo o tiro não tendo atingido algum órgão vital em seu corpo, o processo de entrada e saída da bala através de sua carne casou grande estrago quando atingiu a artéria axilar.

Independente de todos esses incidentes dos últimos tempos, eu estou feliz. Não é uma felicidade daquelas que parece que vamos flutuar como um balão de gás. Mas uma alegria sólida, como se eu olhasse para a estrada e percebesse que o pior já ficou para trás.

Ah... Em oito meses também pude acompanhar todo o crescimento de minha filha com Santa Maria! Sim, estamos esperando uma menina, Julieta. Eu descobri que elas são muito mais do que eu jamais imaginei. Muito mais do que eu sonhava. Muito mais do que eu mereço. Nossa vida está a cada dia melhor!

- Richard, nossa filha! -Despertei de meus pensamentos quando escutei Santinha gritar.

- O que aconteceu, Santa Maria? -Disse me levantando da cama.

- Cólica! Acho que nossa Julieta está nascendo, mon amour.

(NARRADO POR SANTA MARIA)

- Vou pegar a bolsa e vamos para o hospital agora mesmo. Fique calma! -Ele disse se referindo às bolsas que já havíamos deixado prontas para esse dia.

Ele me pegou no colo e foi correndo até sairmos de casa. Colocou-me no carro e fomos direto para o hospital. Por sorte meu médico era o plantonista. A dor era tamanha que não estava prestando atenção em nada! Só sei que em poucos minutos estava na maca esperando para ser levada para a sala de partos. A bolsa estourou. Senti muita vontade de fazer força. Minha primeira filha, e provavelmente única, estava encaixada e sua cabeça fazia pressão no meu períneo.

- Entrego, confio, aceito e agradeço. - Eu rezava e repetia segurando a mão de Richard.

Quando atravessei o corredor, senti outra contração forte e, quando o médico percebeu que Julieta estava coroada, acelerou a maca e entramos rapidamente na sala. Na contração seguinte, ela nasceu com 3,045 quilos e 45 centímetros.

Imediatamente, a dor passou. O médico colocou minha pequena Julieta em meus braços. Ela me olhou e chorou. Era a coisa mais linda do mundo! Richard acariciava sua cabecinha com uma mão e a minha com a outra. Nós dois nos olhávamos e também choramos de tanto amor.

Depois de finalizar os procedimentos, fui para ao quarto no hospital mesmo. Então, pude colocar minha filha nos braços e amamentá-la. Aquele contato, pele com pele, ela me olhando, linda e saudável, era meu maior presente.

Helena, Florência, Artêmio e Dorothy chegaram bem nessa hora. Toda Greenville já estava sabendo do nascimento de nossa filha.

Ficamos dois dias internadas, mas sem medicação. Somente por segurança.

Um mês depois que saímos de lá, resolvi que levaria minha filha para Altiva vê-la.

- Altiva? -Chamei-a.

- Santa Maria! -Ela disse virando-se para mim e sorrindo. Mas seu sorriso desapareceu quando ela viu Julieta em meus braços e Richard a meu lado. - Quem é essa criança?

- É sua sobrinha, minha irmã. A Julieta.

Ela se levantou da cama, veio em minha direção olhando fixamente para Julieta, pegou em sua mão e começou a chorar. Eu e Richard nos olhamos sem ação.

- Eu posso? -Fez um gesto pedindo permissão para pegá-la. Apenas assenti com a cabeça. Estava emocionada.

Ela a pegou e foi andando lentamente com a menina nos braços pelo quarto cantando uma cantiga de ninar que nossa mãe cantava para gente toda noite. Richard me olhou preocupado, com medo de que ela fizesse algum mal para nossa filha, mas lhe disse para ficar calmo, estava tudo bem. Fui até minha irmã e coloquei minha mão em seu ombro, fazendo com que ela olhasse para mim. Foi até Richard, o entregou nossa Julieta e falou:

- Dê para essa menina todo o carinho que eu lhe privei de dar para teu filho que gerei. Me desculpe também pelo todo mal que lhe causei. -Ela fez uma pausa. - E faça minha irmã muito feliz, ou volto a ser a maior megera que já conheceu! -Nós todos rimos.

- Ele já me faz muito feliz, Altiva! -Falei quando me aproximei novamente dela que em um instante me abraçou forte e começou a pedir perdão.

Eu não conseguia falar, não conseguia sequer raciocinar, minha irmã estava realmente arrependida. Não acredito que ela havia se transformado em uma santa, mas tenho certeza que está se redimindo... Prometi a ela que voltaríamos mais vezes.

Ficamos lá por mais um tempo e fomos embora para casa.

Quando chegamos, ele ficou no British Club e disse que me esperaria ali. Subi e Julieta dormiu assim que a coloquei no berço.

- Um ano passa muito rápido! -Falei chegando por trás de Richard e abraçando seus ombros. - E de pensar que demoramos tanto para nos acertar…

- Por você e nossa princesa, valeria a pena esperar toda uma eternidade! -Ele falou.

- É claro, porque não valeria? - Brinquei e franzi a testa, me fazendo de desintendida.

- Vai ter recompensa no final? -Ele perguntou. - Porque para aturar essa sua humildade… - Com aquele sorriso mais lindo do mundo, ele continuou minha brincadeira.

-Final? -Eu disse ficando de frente para ele. - Acho que a recompensa vai ser no começo, no meio, e de final é o que eu menos quero saber, por mim não precisa terminar é nunca!

A gente sorriu um para o outro mais ainda, mais aos pouquinhos fomos ficando sérios, e ele chegou mais perto. Eu estava quase desmaiando de tanto frio na barriga. Isso acontecia sempre quando ficávamos tão próximos. Ele sempre mexe comigo! Sem desviar os olhos dos meus, Richard colocou uma mão atrás do meu pescoço e passou a outra pela minha cintura, me puxou devagarzinho na sua direção e aí eu parei de olhar para os olhos dele. Mas só porque fechei os meus para mais um de nossos beijos…


Notas Finais


Olá leitoras do meu coração ❤ Quero agradecer de verdade por todo o carinho que vocês tiveram com a fic, pelos comentários, pelos incentivos a continuá-la, pelas ideias... Por tudo mesmo! Se não fosse por vocês eu com certeza não teria escrito essa que foi a história mais gostosa que já escrevi até hoje kkk Obrigada por tudo e até a próxima 😉


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