Caminho em silêncio, preso em meus pensamentos. Alice está sentada ao meu lado no jardim da minha casa comendo salgadinho. Minha mãe pediu ajuda para pintar a casa e acabou recrutando a castanha também.
Em quanto ela foi comprar as tintas, Alice e eu estamos esperando ela chegar. Assim que minha mãe chega com as tintas, ela entrega uma lata para cada juntamente com os rodos para pintar.
-Jerry e Alice pintam os fundos e eu vou pintar a frente. Mas pintem direito, senão coloco os dois de castigo. -Diz minha mãe séria.
Porém Alice e eu caimos na gargalhada. Eu fico com a parte direita da parede e Alice com a esquerda. Começamos a pintar no mesmo sentido para não haver diferença. Logo escuto Alice rindo e quando me viro para sua direção, vejo ela se aproximando de mim com o rodo pincel em minha direção.
-Alice, não. Não faça isto. -Digo olhando para a castanha.
-Sim, Jerry, sim.- Alice abre um enorme sorriso e vem na minha direção. -Lhe deixarei como uma obra de arte.
-Eu me vingarei, sabe disso. -Rebato sorrindo.
-Cuidado mosqueteiro. Eu posso ser um zorro. - Alice passa o dedo na ponta do pincel do rodo e passa no meu nariz.
-Mas é cada uma. -Digo revirando os olhos e fazendo o mesmo com ela.
-Jerry, Jerry. -Antes que eu posso dizer algo, ela passa a tinta em todo o meu rosto.
-Sua praga. -Retruco e passo tinta em seu braço.
Começamos a jogar tinta um no outro. Quando cansamos, olhamos um para o estado do outro e começamos a rir feito dois idiotats. Estamos completamente sujos. Inclusive nosso cabelos.
-Sua mãe vai matar a gente. -A castanha olha para a grama e ver metade da tinta derramada ali.
-Oh merda. -Bato a mão na testa e olho para a situação do lugar. -Vamos terminar de pintar a parede. Assim diminui a bronca. -Digo e logo voltamos a pintar a parede.
A tinta em nossos corpos começa a endurecer e começo a ficar encomodado. Minha chega assim que terminamos de pintar a parede. Ela olha para a gente e faz uma feição zangada, mas logo começa a rir.
-Vão tomar banho, seus sujeiras. Te empresto uma roupa, Alice. -Minha mãe guia a castanha até o quarto dela.
Depois que nos livramos de toda a tinta possível, a parte mais difícil foi tirar do cabelo. Minha mãe pede pizza e comemos na varanda de casa olhando para as estrelas e rindo. A sintonia que tenho com minha mãe é muito forte. Diferente de muitos jovens não tenho vergonha da pessoa que faz tudo por mim, então sempre passeio com ela, a levo nas festas da escola e lhe apresentei todos meus amigos. Principalmente Alice.
A castanha e eu estamos sentados na escada em frente a minha casa. Minha mãe voltou para dentro de casa. Ficamos rindo e conteplando as estrelas. Até que seu pai um pouco alcoolizado aparece em frente a minha casa chamando a atenção da castanha.
-Vamos.....glub....para casa......glub......agora. -Seu pai cambeleava em direção a nossa direção.
-Ela não vai com você.-Digo ficando de pé.
-Jerry, por favor, deixa isto comigo. -Alice levanta-se e segura em meu braço.
Olho para a castanha e ela sorrir.
-Ele está alterado, não é seguro. -Seguro ela pelos ombros.
-Eu sei me cuidar, Jerry. -Ela beija minha bochecha e caminha na direção do seu pai.
Seu pai segura em seu braço e a puxa violentamente. Dou um passo para frente e sinto uma mão segurar o meu braço.
-Se for lá, vai ser pior para ela. -Minha mãe sorrir singelamente para mim e me puxa para dentro de casa.
Quando entrei no meu quarto e vi minha guitarra sobre a cama me lembrei que eu não convidei a Alice para ir na minha apresentação na lanchonente amanha. Liguei para ela e como ela não me atendeu, deixei uma mensagem em sua caixa de entrada.
O dia passou rápido e logo eu estava no palco da lanchonente fazendo minha primeira apresentação, ainda não tenho uma banda. Mas resolvi começar a testar meu talento antes de formar uma banda.
Minha apresentação já havia começando e ainda não avistei a castanha em nenhuma mesa. Realmente queria que ela estivesse ali. Na minha penultima música, vejo a castanha entrando de óculos escuros e blusa de manga logo. Subitamente uma raiva sobe em minha mente, se o pai dela tiver batido nela, eu mesmo bato naquele cafajeste. Volto a tocar a última música e assim que apresentação acaba. Alice se levanta e começa a me aplaudor entusiasmada. Logo ela vem na minha direção e me abraça.
-Você é demais, Jerry. Quero um autográfo seu, antes que fique mundialmente famoso e se esqueça de mim. -Alice começa a beijar todo o meu rosto e apenas consigo ficar sorrindo.
-Nunca vou esquecer você, Alice. -Digo sincero.
-Até parece, vai viajar o mundo inteiro e eu estarei presa nesta cidade. -Alice se separa de mim, mas continua sorrindo.
Antes que a castanha desça do palco eu tiro rapidamente seus óculos. Seu olho esquerdo está roxo e inchado. Alice abaixa a cabeça para que eu não veja seu rosto. Mas eu já vi tudo. Devolvo seu óculos.
-More comigo, sei que minha mãe não se importará. -Digo em quanto guardo minha guitarra.
-Eu tenho que aguentar esta cruz. -Alice ajeita seu óculos em seu rosto. -Vamos beber alguma coisa? Pergunta em quanto segue em direção a uma mesa.
Acabamos bebendo cerveja. Até que bebiamos ao final de semana, mas quando a castanha pediu vodka, eu me assustei, ela nunca havia bebido isto, nem eu havia. Era bom e era ruim ao mesmo tempo. Bebi só dois copos, em quanto Alice bebeu todo o restante da garrafa. Acho que minha amiga está virando uma alcoólica.
Levei a castanha para minha casa. Ela estava tão bebâda que nem se deu conta que estava na minha casa. A deitei em minha cama e fui dormir no sofá da sala.
No dia seguinte quando subir para o meu quarto, encontrei-o vazio, procurei ela por toda a casa, mas não a encontrei. Deve ter acordado e foi para casa.
No fim da tarde de domingo, a polícia bate na minha porta, a príncipio achei que era engano, mas quando o policial perguntou se eu conhecia a senhorita Alice Bresner, percebi que algo havia acontecido.
-O pai dela alega que ela está desaparecida deste pela manha. Viu a garota ontem? -Indaga o policial.
Droga Alice, onde você está? O que você fez? Pelo amor, que ainda esteja viva.
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