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História Eu e o seu fantasma - Me chama no tabuleiro Ouija, bebê


Escrita por: chan_sango

Notas do Autor


Demorou mas sextou nessa bagaça aaaa
POV Adora, a fantasminha aviadada.

Bora lá? <3

Capítulo 7 - Me chama no tabuleiro Ouija, bebê


O ambiente era só de silêncio e infelicidade depois que Catra tentou apresenta-la à família. Uma pena não terem acreditado, jogaram fora não só seu próprio esforço durante todos esses dias, como também a confiança da jovem viva, que estava tão animada para integrar o pai e a irmã à doideira que era ter um fantasma 24 horas por dia.

Adora percebeu e contou cada suspiro pesado da morena nesses 4 dias que se passaram desde a briga. Ultrapassou a casa das dezenas facilmente, e mais ocorriam quando ela chegava em casa e tinha que evitar todos os cômodos em que ouvia as vozes de um deles. A nova rotina dentro da rotina, agora, era sair de casa sem sequer uma troca de olhar de bom dia e depois chegar para correr direto para tomar banho e dormir. As refeições estavam sendo feitas fora, mesmo Adora insistindo para que Catra parasse de se contentar com salgados de rua e sanduíches como almoço e janta.

Ela era teimosa, jamais arriscaria comer em casa e ter que encarar Micah ou Glimmer. Um dia ou outro, até ouvira os apelos da fantasma para que se alimentasse propriamente de uma refeição. Não era sempre, porém, que podia gastar o ‘suado dinheirinho’ em algo melhor, palavras da própria.

Era tão ruim a situação criada. Adora se sentia culpada de alguma forma por tudo isso. Se não fosse sua presença ali, eles não teriam brigado, Catra não teria chorado até dormir por dois dias seguidos e, principalmente, não estaria questionando a própria sanidade. Estava tão calada ultimamente, como se não quisesse lidar com sua presença, como se tivesse voltado aos primeiros momentos em que o questionamento sobre Adora existir ainda era presente.

Estar do lado não vivo dessa história também tinha suas angústias, a loira bem sabia. Uma delas era justamente ter que provar que não era uma mentira, porque acreditar em Catra era muito mais fácil. Ela estava ali, estava respirando, vivendo bem na sua frente. Já Adora, nem sequer sabia o que era, só sabia que precisava que a outra mulher não a ignorasse, porque era a única com quem podia contar.

Nesse momento, estavam no trabalho da jovem de cabelos castanhos. O movimento era bem pacato, como na maioria das vezes, e ela não parava de digitar no celular. Pelo menos a fisionomia era mais animada, tinha um pequeno sorriso no rosto enquanto olhava para a tela.

Adora decidiu se aproximar determinada e tentar a sorte, na esperança de ter uma conversa que durasse mais de 3 frases seguidas com ela. Seria a primeira desde o ocorrido:

– Olha só o que temos no seu rosto!

– Hã? – O sorriso sumiu e deu lugar a uma expressão neutra. – O que? Tem algum resquício da coxinha que comi na janta?

–Nã-

Droga! Se for isso vai ser o maior mico! – Catra interrompeu voltando para a tela e rolando a página freneticamente em busca de algo. – Acabei de mandar uma foto pra Mara!

– Não era isso... – A loira queria sumir de tanto constrangimento. – Era que você estava sorrindo, o que não tem acontecido muito nesses dias e... Também foi uma tentativa de puxar assunto.

“O sorriso era porque estava conversando com a minha irmã, provavelmente.”

– Que susto, Adora! – Depois de um suspiro aliviado, ela voltou a olhar para a mais alta e sorriu. Dessa vez o sorriso era para ela mesmo. – Suas habilidades sociais são péssimas!

– Vai ver está piorando agora que tem decidido falar menos comigo, não é. – Cruzou os braços e balbuciou desviando o olhar.

– Foi mal... – A morena desistiu de vez do celular e o colocou no bolso para dar atenção plena à amiga do além. – Acabei entrando em conflito com toda essa situação depois da briga com Micah e Glimmer, mas, eu tô melhor... Desabafei com a Mara ontem e ela até que me deu conselhos pertinentes!
– É, a Mara é ótima mesmo com essas coisas... – Com todas as forças, Adora tentava empurrar àquela tal sensação, que autodenominou como egoísmo, para o fundo de sua mente ao responder casual. – Ela me ajudava bastante quando eu estava na fossa. E eu tentava fazer o mesmo por ela.

Era até injusto dar tanto espaço à ideia que constantemente se formava em sua cabeça de que ela deveria ser a pessoa mais importante, ela deveria fazer o papel de alicerce na vida de Catra. Ia além do egoísmo, algo dentro de si a dizia que estava falhando em alguma coisa, falhando em um compromisso.

– Ela tem sido a razão do meu ânimo esses dias. – Catra a encarou com uma das sobrancelhas arqueadas e um sorriso meio maligno, como se tivesse descoberto algo pela sua reação inquieta. – Será que eu tô apaixonada?

– Se é o que acha, vai em frente... – A loira fala entre os dentes sem perceber. – Que que é? Tá me olhando assim por que?

– Por que fica assim toda vez que eu falo da Mara?

– Sei lá, Catra, sei lá.

– Ciúmes?

Impossível – respondeu rápida e o mais determinada possível. – Primeiro que não te conheço direito, e não costumo gostar de alguém antes de conhecer, quem dirá ter ciúmes. E segundo, é muito mais provável que eu esteja preocupada em proteger a minha irmã por não saber das suas intenções.

Era nisso mesmo que acreditava. Até porque... Ciúmes da Catra? Seria maluquice!

– Como assim ‘minhas intenções’? – A mais baixa riu irônica. – Você tá falando como um daqueles pais super conservadores do século passado, Adora!

– Não é que quero controlar com quem ela sai ou deixa de sair. – A mais alta deu de ombros e, mais uma vez, engoliu a repentina raiva. – É que me preocupo com ela, com a felicidade dela, tudo isso.

– Eu não tô prestes a pedir a mão dela em casamento nem nada do tipo, mulher, relaxa. – Catra, ainda rindo, balançou as mãos com desdém. – Além do mais, eu já falei qual é minha prioridade, não é? Eu estou só preparando o terreno para vocês se comunicarem. O que vier para mim é lucro...

– Falando assim é pior ainda! – Adora animou algumas balinhas avulsas que ficavam perto do caixa e as atirou na direção da outra mulher em sequência. – Você tá objetificando a Mara, sua ridícula!

– Meu Deus, Gasparzinha, calma! – A crise de gargalhada foi ainda mais forte na jovem de cabelos castanhos, que não sabia se protegia o rosto com as mãos ou limpava as lágrimas no canto dos olhos de tanto rir. – Eu tô brincando! Eu estava brincando desde o início! Para!

A fantasma fez o que foi pedido e ficou olhando para mais baixa, curiosa:

– Brincando?

– Você sabe bem que eu quase não saio. Como eu seria essa comedora de casadas que você acha que sou? – Ela tinha um sorriso largo no rosto, consequência de como ainda parava de rir aos poucos até cessar e continuar em um tom mais casual. – E nem sei também se a Mara quer alguma coisa. Ela é o meu tipo, verdade, mas não sei se tenho essa coragem toda de investir.

– Mas... Mas... – A informação foi um baque e tanto. Não sabia ainda se era algo tão positivo assim quanto sua mente a fazia acreditar. – E se a Mara estiver interessada? Você vai investir?

– ‘E se’, ‘E se’... – Catra mimicava a voz da outra propositalmente mais fina. – Não acho que essa deveria ser sua preocupação, e sim quando vamos fazer esse encontro para que eu conte toda a verdade e vocês se falem.

 É. Verdade. Catra tinha um ponto, e era muito mais relevante.

– Tem razão... – Adora quase cochichou, estava envergonhada com o alarde sem necessidade.

– Mas tudo bem. – A morena buscou os olhos cianos com os seus próprios e sorriu genuinamente. – A sessão de paintball com balinhas foi a coisa mais divertida que me aconteceu esses dias... Talvez nesse ano inteiro!

– Idiota! – A loira deu uma risada espontânea.

Essa noite foi um progresso e tanto na socialização e aproximação das duas. Objetivo alcançado. Claro, ainda tinha o grande peso de a mulher viva não querer falar com a família por se sentir traída por eles. O lado bom era que tinha voltado, ao menos, a contar com Adora para se distrair, para conversar, e isso beneficiava ambos os lados. Era questão de tempo até se curar e ser convencida pela fantasminha camarada a deixar a desavenças de lado.

A oportunidade de ajudar na reconciliação não demorou muito para vir.

No dia seguinte, Catra tirou uma das milhares de folgas que tinha no banco de horas do trabalho e, então, chegou cedo em casa, logo depois da faculdade, no final da tarde.

Assim que anunciou que ia tomar um banho para depois comer e assistir alguma coisa na televisão, Adora preferiu ficar no primeiro andar da casa, circulando. Na cozinha, estava Glimmer, rodeada de alguns livros e cadernos. Provavelmente teria prova em breve, já que estava bem compenetrada estudando. A fantasma usou do privilégio de não ser vista para tirar um tempo e observar a mulher de cabelo lilás.

Ela estava bem abatida, mesmo por cima de toda a concentração, via-se um quê de tristeza. Realmente a briga com familiar não fizera bem para ninguém ali, e os impactou muito mais do que o normal. Vai ver trazia lembranças de maus momentos. Vai ver não mais estavam acostumados a ficar tão distantes.

Adora moveu um dos lápis ao lado de Glimmer de maneira discreta. A jovem desviou o olhar e acompanhou o objeto. Voltou a atenção à leitura logo em seguida, porém. Por isso, a loira tentou mais uma vez, com um movimento mais reparável agora. Revirou duas, três folhas do livro ao lado. Aí sim Glimmer parou tudo e começou a olhar em volta da cozinha.

– O que...? – A princípio, sussurrou assustada. Depois de alguns segundos, suspirou e falou, ainda bem baixo. – É a Adora?

Como resposta, a fantasma foleou o livro mais uma vez. Tomara que ela entenda.

– É você, não é? – A mulher sorriu triste. – Sabe... Eu acredito em você agora. Ontem fiz um jogo com as pedras rúnicas e descobri que realmente não é uma alucinação da Catra. Ela tava certa esse tempo todo e eu fui uma filha da puta em não defender minha irmã quando o pai questionou... Aliás, ele tá super mal também, doido para que ela dê uma chance de conversar.

Certo. Agora precisava de uma resposta mais complexa. Não dá para replicar uma admissão dessas só virando página e mexendo caneta. Olhou, então, para os materiais de estudo até ter a brilhante ideia de tentar escrever de novo, em um dos cadernos ali expostos.

Demorou significativos minutos e a letra estava horrorosa, era muito difícil manter uma pressão adequada só com a mente. O que importa é que a mensagem era clara:

“Ela gosta muito de vocês. Acho que se derem o tempo para ela esfriar a cabeça um pouco mais, uma hora ou outra vão conversar. Só que precisam passar a confiança de que acreditam nela de verdade.”

Depois de alguns segundos se esforçando para ler o garrancho do além, a jovem suspirou e respondeu com o mesmo sorriso desanimado de antes. – Tem toda razão... Sinto falta dela, sabe?

E lá foi Adora rabiscar de novo para dizer o quanto ela ficava mal toda vez que brigava com a irmã também. Só que estava demorando séculos dessa vez, porque além de ser um esforço e tanto para sair uma letra, a caneta ainda estava falhando.

Ainda bem que a santa Glimmer levantou repentinamente eufórica da mesa depois de observar toda a dificuldade da fantasma.

– Eu sei de algo que pode te ajudar! Tenho um tabuleiro Ouija, vou pegar e já volto! – A baixinha saiu em disparado da cozinha.

Quer dizer, então, que esse tabuleiro para falar com espíritos existe mesmo? Até que era uma certa sorte ter parado em uma família exotérica assim. Logo iriam achar um jeito de praticamente fazê-la aparecer para eles, não tinha dúvida disso.

Apesar de que o foco é descobrir que Catacumbas Assombradas dos Vales Sombrios estava fazendo presa à Catra.

A de olhos lilás e brilhantes não demorou muito para voltar. Sentou-se novamente no lugar onde estava antes e dispôs o tabuleiro para que Adora movesse a paleta pelas letras e, assim, soletrasse sua fala. Quando a resposta era ‘sim’ ou ‘não’ era mais fácil ainda, pois ambas as palavras já ficavam bem ali, prontinhas, no topo. Ficaram bons minutos conversando sobre o principal assunto que tinha em comum: Catra. O que mais podia ser, afinal?

Mal se tocou que a sensação de imã que a puxava cada vez que a morena estava longe, foi sumindo e sumindo até não existir mais.

E isso só podia significar uma coisa:

– Adora você não vai acreditar! – A voz da de olhos coloridos vinha crescente do corredor que dava até a cozinha. – Enquanto eu tomava banho, tive a melhor ideia para aquele texto que empaquei da faculdade e-

Ela parou no portal da cozinha. Interrompeu a própria fala e caminhada em busca da loira assim que seus olhos encontraram os de Glimmer, que parou de fitar o tabuleiro assim que ouviu a aproximação da irmã.

– O que está fazendo? – Catra jogou a pergunta.

Adora não tinha certeza se tinha sido para si ou para a outra mulher presente. Ainda assim, se prontificou em responder, aproximando-se da amiga:

– Glimmer agora acredita em você! Estávamos conversando e ela arrumou esse tabuleiro para facilitar a comunicação.

– E por que ela acredita agora? Do nada? – Ignorando completamente a presença da irmã, Catra focava o olhar na fantasma que só ela enxergava e ouvia.

– Disse que jogou umas pedras ou runas, sei lá – fez uma careta pensativa para tentar resgatar o nome.

– Pedras rúnicas? Ah! Com certeza ela fez isso! Sabe por quê, Adora? – O tom era repleto de ironia e rancor. A de cabelos castanhos chegou a cerrar os punhos. – Porque é mais fácil acreditar em pedras com letrinhas do que em mim!

– Ei! Não fala ass-

– Não estou falando com você! – Catra repreendeu a tentativa de Glimmer de entrar na conversa.

– Pelo menos ela não desistiu de tirar a prova, Catra, pensa bem! – Adora chamou a atenção da amiga de volta para si. – Quer dizer que ela quis acreditar em você! Senão fechava os olhos e nem tentava conferir! Ela é sua irmã, aposto que em nenhum momento pensou em te fazer mal com nenhuma das atitudes... Não pega tão pesado assim... Você é melhor do que isso, lembra?

Podia esperar duas respostas depois de tentar ser tão invasiva assim nas decisões dela: ou Catra pensaria no assunto, ou daria um fora daqueles por estar se metendo.

E pelo humor atual, Adora estava quase convicta de que a segunda opção viria certeira.

Surpreendentemente errou. Por algum milagre divino, a rispidez não veio.

Catra preferiu refletir de verdade sobre o que falara e, depois de alguns segundos em um silêncio contemplativo, olhou com um pouco mais de complacência para Glimmer e murmurou:

– Por que não fez isso antes? Ou por que simplesmente não ficou do meu lado naquele dia?

– É que-

– Tudo bem se não tava levando fé no que falei, mas comprou o lado do Micah na hora e eu saí como maluca! – Apesar de aumentar um pouquinho, o tom ainda era de conversa. – E olha só! No final, você descobriu que eu estava certa o tempo todo.

Adora ficou apenas de segundo plano. E tudo bem. Essa era o momento de as outras duas se entenderem. Até se afastou um pouco mais para sair do campo de visão de Catra e deixá-la completamente focada em Glimmer. As duas já estavam com os olhos marejados, lutando contra lágrimas insistentes.

– Eu estava preocupada demais contigo, Catra, essa é a verdade! – A jovem de cabelos lilás conseguiu falar uma frase inteira sem ser interrompida. Aproveitando o silêncio, continuou. – Porque se... Se realmente fosse uma daquelas alucinações, tinha que ser logo tratado! Eu morro de medo de você ficar mal de novo... Nunca mais quero te ver tão mal quanto daquela vez que ficou semanas vendo a Weaver te perseguindo... Aquilo foi um pesadelo, mana, e você sofreu tanto...

As duas não mais seguravam o choro. Glimmer foi criando coragem para, a passos pequenos, se aproximar da irmã postiça. Quando notou que não seria afastada por ela, abriu os braços e a envolveu iniciando um abraço apertado. Catra estava estática em seus braços.

– Desculpa, me desculpa, por favor... – A mais baixa de todas dizia entre soluços, com o rosto enterrado no ombro da jovem de olhos azul e âmbar.

– Tá...Tá tudo bem... – Finalmente Catra correspondeu o abraço determinada, mesmo ainda aos prantos. – Eu entendo que você e Micah se preocupam comigo, mas... Vocês precisam confiar em mim. Eu estou mais forte que antes, principalmente em relação a isso... E você sabe, Glimmer... Você sabe!

– Sim, sim, eu sei. Tem toda razão.

– Não faz mais isso.

– Tá. Prometo.

As mulheres desfizeram o abraço aos poucos e começaram a limpar os respectivos rostos chorosos. Adora ainda estava lá no canto, olhando orgulhosa toda a cena. Seu sorriso era gigante, podia senti-lo de ponta a ponta no rosto, e Catra a encarou bem na hora.

O olhar dela era muito mais leve, era mais feliz até.

A loira manteve firme o sorriso e acenou com a cabeça, afirmando o quanto aprovara o que vira. Em resposta, Catra piscou em sua direção e depois abriu um sorriso genuíno. Que conforto incrível o ato trouxera para o coração não vivo de Adora.

– Aí... O pai hoje não dorme em casa – Glimmer anunciou, ainda com a voz meio anasalada de um pós choro, e captou a atenção da irmã de volta para si. – Quer dar uma volta comigo? Aproveitar que tá cedo ainda e você está em casa...

– Não quero ficar bêbada hoje, brilhante

– A gente pode pegar um cineminha e depois só sair para jantar. – A outra mulher sorriu. – Tudo por minha conta, pra me redimir. Que tal?

– Por acaso está comprando meu perdão com coisas supérfluas? – A morena insinuava ofensa, mas, era visivelmente de brincadeira. – Nossa... Você me conhece mesmo, porque isso super dá certo. Vamos!

Glimmer gargalhou quando sentiu Catra enlaçar o braço no dela e puxá-la com um sorriso animado no rosto ainda inchado para fora da cozinha.

Sem muita opção, a fantasma foi junto.

Não que ela tenha se sentido excluída ou algo do tipo. Pelo contrário. Glimmer, durante o jantar, fez todas as perguntas possíveis sobre a condição de assombrada/assombração de Catra e Adora. Quando era a loira quem respondia, a outra de cabelos castanhos reproduzia a resposta para a irmã postiça, e assim funcionou maravilhosamente a noite.

Até ficou contente por se entrosar tanto assim com a outra jovem viva, principalmente porque seria mais uma pessoa com quem poderia conversar e parar consecutivamente de morrer de tédio com a rotina de Catra, mesmo estando morta literalmente.

Assim que chegaram em casa, as vivas foram para seus respectivos quartos depois de se cumprimentarem. O clima era outro, de fato. Faltava agora resolver as coisas com Micah, e a mais alta tinha a breve sensação de que seria bem rápido.

Era inevitável não admirar a expressão mais alegre de Catra. Preferia quando ela estava assim, mais falante, mais sorridente.

Afinal, aquele sorriso era lindo demais para ficar tanto tempo escondido.

Por falar em sorriso, lá estava ela de novo, fazendo isso diretamente para a tela do celular. Anunciou distraída que estava desejando uma boa noite de sono para Mara depois de contar que fizera as pazes com Glimmer. A sensação do egoísmo fez presença mais uma vez. A milésima essa semana...

Adora tinha que parar com isso. Principalmente depois de uma noite de tamanho progresso. E era até bom que Catra tivesse outras pessoas ao seu redor, de preferência, vivas.

Sem que fosse notada, a fantasma levou uma das mãos ao peito e respirou fundo, no intuito de espantar o que quer que fosse aquela sensação a dizendo que não era com Mara que Catra tinha que ficar, que não era nela que deveria investir.


Notas Finais


Autora falando:

Primeiro, vamos ao vocabulário dos ocultismos tretosos usados no cap:

Pedras rúnicas: elas funcionam como oráculo (tipo cartas de tarot), só que são riscadas com um alfabeto antigo de povos nórdicos. Geralmente são usadas por quem adere magia.

Tabuleiro de Ouija: é aquele tabuleiro com o alfabeto que o povo usa para invocar e se comunicar com espíritos.



Agora, à notícia não muito boa:

Sempre tenho dois capítulos adiantados por semana, o que me dá um espaço seguro para eventuais bloqueios criativos ou correrias no trabalho. Porém, as duas últimas semanas foram de tanto job, que eu mal parei pra comer, quem dirá escrever. Então, provavelmente semana que vem não vou postar nada, porque não tenho nada pronto. Pode acontecer de eu salvar um tempo para ter pelo menos umzinho, sabe? Não quero prometer nada até porque meu cérebro tá derretido e precisa de descanso. De qualquer maneira, isso não é um super hiatus, não vai durar meses, nem nada, é só uma semaninha até a miséria desse job acabar.

Nunca atrasei minhas fics e ter que fazer isso agora me deixa na bad, ainda mais numa história nova. Masss, como não posso fazer nada a respeito, só me desculpem :(

E, claro, boa semana, descansem, bebam água, make love, do crimes. <3


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