1. Spirit Fanfics >
  2. Eu e você. >
  3. Um dia para esquecer.

História Eu e você. - Um dia para esquecer.


Escrita por: Winchester17

Capítulo 8 - Um dia para esquecer.


1 SEMANA DEPOIS :

- Lou! Desce logo! - Josie chamava a filha mais velha. - Temos visita!
Ela deu um sorriso amarelo para o rapaz na sua frente, que retribuiu.
- Já vou, mãe!
- Will, eu disse que não precisava vir e .... - Lou desceu as escadas rapidamente e quando olhou para o homem na sua frente tomou um susto. - Sam?
- Oi, Louisa. - Ele sorriu ao cumprimentar a moça. - Como você não deu notícias desde aquele dia, eu preferi vim até você. 
- Sem querer ser grossa. - Ela levantou uma das sobrancelhas. - Como descobriu onde eu morava?
- Pelo código do seu celular.
Ao perceber as rugas de dúvida que se formavam na testa da garota ele se adiantou.
- Calma. - Sam levantou as mãos.  - Eu não sou um serial Killer.
Sra.Clark deu uma risada do que o rapaz falou.
- Quer almoçar comigo? 
Sua sobrancelha ainda estava erguida, mas um sorriso surgiu nos seus lábios. 
- Tudo bem.
- As 12 no restaurante ao lado do castelo? - Sam perguntou.
- Mas é claro que ela vai. - A mãe de Lou se adiantou.
- Mãe! - Louisa a repreendeu. - Eu te ligo mais tarde, ok?
Ele balançou a cabeça e sorriu com os olhos, saindo da casa da garota.
- O que deu em você,  Louisa? Ele é um rapaz tão bom e... bonito. É claro que você deve ir nesse almoço.
- Não se trata disso, mãe. Eu gosto de outra pessoa...
- É o Will,não é? - Josie ficou séria. - Minha filha, o Will é um homem maravilhoso, educado, bonito... Mas ele não é a melhor opção...
A mulher olhava com pena para a filha.
- Por que ele é tetraplégico, mãe?  É por isso?  Ele não deixa de ser humano por isso. O Will tem capacidade para amar.- Os olhos da garota ficaram marejados.
- Desculpe,  Lou. Você já é grandinha o suficiente para escolher os seus namorados. E independente da pessoa, eu quero que você seja feliz.
Josie foi até a filha e a abraçou.
- Tudo bem,mãe.  - Ela respirou fundo. - De qualquer maneira Will não é o meu namorado ou qualquer coisa relacionada.
Thom chegou correndo e gritando.
- Vovó !! Olha o que mamãe me deu!
Josie abaixou e segurou as mãos do menino.
- Aí que coisa linda, Tomtom! ! Você quer comer alguma coisa? Vem com a vovó.
Ela puxou o neto pela mão e saiu, deixando Lou com os seus próprios pensamentos.
 
                                                                                                                ***

- Como vai o nosso mais novo Usain Bolt? - Lou abriu as portas de correr do quarto, com um belo sorriso. 
- 100 metros rasos em 2 segundos. - Will falou levantando com dificuldade o braço esquerdo. Ele levantou uma das sobrancelhas e deu um sorriso sarcástico. 
- Uma grande evolução, Trainor!  - A garota foi até ele e sentou no sofá a sua frente. - O que vamos fazer hoje?
- Pensei em almoçarmos naquele hipódromo que você me levou. Lembra? Consegui os cartões azuis.
Ela ficou extremamente vermelha e seu rosto não escondeu o embaraço. 
- Hum... É... Eu vou almoçar com outra pessoa.
- Com quem? - Will arqueou uma das sobrancelhas. - Não vai me dizer que o corredor tá querendo voltar.
- Não. - Lou respondeu rapidamente. - Não é ele.
- Então quem é, Lou?
- É um amigo.
Ela não havia mentido. O Sam era realmente um amigo.
- Mas podemos sair pela noite. Ver um filme, jantar.... Você escolhe Will Trainor. - Ela sorriu.
- Acho que ficarei melhor em casa. - Will respondeu, dirigindo a cadeira até a sala de televisão.  - Não estou muito disposto.
- Você está se sentindo bem? Quer que eu chame o...
- Louisa. Eu estou bem, só quero assistir um dos meus filmes. - O rapaz a cortou.
- Tudo bem. - Ela respondeu cabisbaixa. - Se precisar de alguma coisa pode me chamar.

                                                                                                                   ***
LOUISA POVS ON

Depois de ter arrumado a casa quase toda, tinha dado a hora do almoço e as 11:50 eu já estava pronta para encontrar Sam. Estava mais do que nervosa, então isso seria um encontro? Não,  não pode ser um encontro. Era uma reunião de amigos. Apenas isso.
Depois de me despedir brevemente de Will, que estava aparentemente me evitando, eu cheguei no restaurante proposto e lá estava ele, sentado em uma das cadeiras olhando alguma coisa no celular. Respirei fundo e fui.
- Olá, Sam. 
- Louisa? - Ele levantou rapidamente, passou as mãos na camisa, em uma tentativa falha em consertar a camisa levemente amassada.
Nos cumprimentamos com dois beijos na bochecha e finalmente sentamos.
No primeiro momento conversamos sobre diversos assunto.
- Uau. - Sam arregalou os olhos. - Essa história realmente é muito assustadora.
- Nem me fale. - Eu falei respirando fundo ao lembrar dos maus momentos que vivi ao lado de Will, no suicídio assistido. - Foram os piores dias da minha vida.
- No início eu odiava o Will. Ele era rabugento, ainda é,né?  - Dei um sorriso. - Mas depois ele foi amolecendo e... Desculpa, eu falo muito.
- Não precisa pedir desculpas.- Ele colocou a mão na minha, me fazendo sentir um "calafrio bom". - Eu gosto de ouvir você falando.
- Tem certeza que gosta? Por que eu...
- Lou. - Ele me cortou e deu um sorriso lindo, que eu provavelmente parei de respirar. - Eu adoro.
Nessa mesma hora um celular tocou, eu tirei a minha mão debaixo da dele e fui olhar o meu celular, mas não era meu.
Pude perceber que quando ele olhou o visor e viu quem era, seus olhos entraram em pânico.
- É... me dê um segundo. - Sam atendeu o celular.
- Calma, Jake. Preciso que você mantenha a calma, cara. - Ele tinha um tom tranquilizador, mas eu sentia que estava nervoso. - O seu pai não está aí?  Tudo bem, eu vou pegar vocês dois.
- O que aconteceu?
- Minha irmã está passando mal. - Ele falou levantando da mesa e pegando a chave do carro. - Eu preciso ir agora. Você quer ir comigo? Eu preciso de ajuda com algumas coisas.
- É, eu... Tudo bem.
O que eu tinha acabado de fazer? Meu Deus,  eu só ia atrapalhar.
Entramos no carro e eu estava inquieta, balançava as mãos a todo instante.
- Desculpa ter te chamado. - Ele mexeu na marcha e continuava a olhar pra frente. - O meu sobrinho tem 12 anos. Eu não vou dar conta de cuidar dele. Por isso pedi a sua ajuda.
- Eu fico feliz em poder ajudar.

                                                                                                                   ***
Chegamos em 20 minutos. Jake estava aos prantos ao lado da mãe, que estava coberta de vômito e sangue. Eu estava completamente chocada com a cena. Não sabia o que fazer e nem como agir com o garoto.
- Jake. Vai com a Louisa. - Sam apontou para mim, enquanto checava o pulso da irmã. 
- Eu não posso deixar a minha mãe.  - Ele falou com a voz embargada. - Tenho que esperar o meu pai.
- Eu vou cuidar dela. Fique tranquilo. - Sam deu aquele olhar cuidadoso e que passava segurança para o sobrinho.
O menino balançou a cabeça concordando e veio até mim.
- Oi Jake. - Falei um pouco nervosa andando ao lado do menino.
- Oi.
Sentamos em um banco qualquer na frente da casa e ficamos por lá, em silêncio, por quase 30 minutos até a ambulância chegar.
Sam estava arrasado. Seu semblante era de pura tristeza.
Meu celular tocou nesse instante.
- Oi Nathan.
" - Lou, onde você está?  São quase 15 horas. "
- Eu tive um problema pessoal.
" - Aconteceu alguma coisa? "
- Eu estou bem. Foi com um amigo.
" Eu sinto muito. "
- Tudo bem, Nathan. Daqui a pouco eu estou aí. "
" - Tchau, Lou. "
Desliguei o celular e olhei para Jake, que recomeçara a chorar. Meus olhos encheram de lágrima.
Esse tipo de coisa nunca aconteceu na minha vida, mas sempre é difícil ver uma pessoa sofrendo por um ente querido, principalmente uma criança. 
Eu o abracei apertado e fiquei assim com ele até o seu pai aparecer.

                                                                                                                  ***

- Clark, por onde você esteve? -Will andava com a cadeira até a porta, por onde eu havia entrado.
- Ocorreu um imprevisto. A irmã do meu amigo passou mal.
Ele abaixou a cabeça e depois me olhou.
- Eu seria um idiota se perguntasse se o nosso jantar iria acontecer? 
A pergunta me assustou.  Por que ele seria um idiota por isso?
Andei até ele e sentei em seu colo. Coloquei as minhas mãos entre lançadas no seu pescoço.  Juro que não tinha outra intenção, só queria que alguém me reconfortasse depois desse dia tão pesado. Will percebeu que havia algo de errado, então dirigiu a cadeira até o quarto.
- Eu estou aqui, Clark. Quando estiver preparada pode me contar o que aconteceu. - Ele levantou, com os seus poucos movimentos, o seu braço e com desordenados movimentos acariciou meus cabelos, que estavam soltos.
- A irmã do meu amigo passou tão mal. - Falei com a voz embargada. - Foi uma cena que eu quero esquecer. O filho dela... Meu Deus, Will... Foi horrível...
Ele ficou um tempo sem falar nada, esperando eu tentar me acalmar.
- Mas agora ela está bem?
- Parece que sim.
- E esse seu amigo?  Qual o nome dele?
- Sam.
- Sam?
Balancei a cabeça me ajeitando na cadeira, para ficar cara a cara com ele.
- Qual é o sobrenome dele?
- Fielding.
Will ficou pálido.
- Will, você está bem?
De repente, ele mudou completamente. Virou a cadeira bruscamente e saiu.



 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...