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História "Eu irei proteger-te, Hinami..." HIATUS - Desespero...


Escrita por: Shippadoraaa

Notas do Autor


Voltei!!
Com 3000 e tal palavras!
Muitas revelações!
Muitos segredos!
Novos personagens!

Boa leitura!!💕

Capítulo 9 - Desespero...


Fanfic / Fanfiction "Eu irei proteger-te, Hinami..." HIATUS - Desespero...

Ayato Kirishima

O som de um zíper a abrir acorda-me do meu sono. Levanto-me de imediato, impedindo a preguiça de me manter na cama pelo resto do dia. Abro os olhos com certa dificuldade. A visão turva vai focando e o que encontro deixa-me um tanto alterado.

Isso é muito errado...

Os meus olhos encontram as costas de Hinami, parcialmente cobertas por uma toalha. Ela estava à procura de algo dentro da sua mala, e talvez ainda não tenha notado a minha presença.

— Fueguchi?— chamo o seu nome, quebrando o silêncio que reinava no local.

— A-Ayato-san?— Ela roda o seu corpo para me encarar.

Engulo em seco com a visão à minha frente. Fueguchi estava enrolada apenas numa toalha branca. Os seus seios quase saltavam para fora da toalha. Os seus cabelos cobriam parcialmente o rosto corado da mesma. Não consegui parar de a olhar. É impossível não olhar!

Merda...É bom demais...

— E-eu vou indo!— Ela levanta-se bruscamente e a toalha que antes cobria o seu corpo, agora encontrava o chão, revelando todo o seu corpo.

Os meus olhos estavam tão arregalados que cheguei a pensar que sairiam das órbitas! Aquele corpo...nossa! Barriga lisa, pele clara e visivelmente suave, seios grandes, e põe grandes nisso! Cintura larga, mas não demais, na medida perfeita. Corpo de violão. Pernas impossíveis de se comentar. Aquele corpo é indescritível! Acho que nunca desejei tanto um corpo como desejo o dela, disso tenho certeza.

Meu Deus, no que raios estou eu a pensar?

Ao voltar para a realidade, noto que Fueguchi já não se encontrava no quarto. Provavelmente foi se vestir.

Acho que é óbvio que foi!

Cubro o meu rosto com as mãos, tentando esquecer o que aconteceu à momentos atrás. Não dá para esquecer!, concluo após algum tempo a tentar.

Resolvo finalmente sair da cama e vestir-me. Tiro da minha mala as minhas roupas e visto-as. Deixo o meu cabelo desarrumado mesmo, não estou com um pingo de paciência para o pentear. Saio do quarto em direção à cozinha. Na cafeteira despejo água e ponho para ferver no fogão. Espero alguns minutos e enquanto isso vou retirando do armário um pacote de café que já se encontrava lá dentro quando chegamos. Ponho o cafe dentro da cafeteira e pronto, temos café!

Durante todo o processo consegui sentir o olhar da pequena morena pousado em mim. Sentia aqueles olhos cor de mel a analisar o meu corpo de uma ponta à outra, como que a decorá-lo. Isso deixava-me um tanto incomodado, mas ignorei.

Deitei o café numa xícara e sentei-me na cadeira pensativo. Hoje estou decidido a descobrir quem são os líderes daquela organização. Vou vigiá-los até descobrir o seu esconderijo! Tenho de descobrir quem são esses líderes. Não compreendo porque este assunto está a inquietar-me tanto. Sinto necessidade de o saber.

Chega a dar raiva...

Concentro-me na xícara de café à minha frente. O líquido já não se encontrava quente, havia arrefecido, apresentando uma temperatura morna, quase fria. Deixo que um suspiro discreti seja liberto de meus lábios. Dou um gole do meu café e viro o rosto para o lado. Fueguchi saltava sem parar, em tentativas falhas de tirar uma xícara da prateleira mais alta daquele armário de madeira.

Observo cada tentativa dela. Atento ao movimento que os seus longos cabelos castanhos faziam quando a mesma dava um salto. Iam de um lado para o outro, brilhando resplandecente. Apanhei-me a imaginar a suavidade de seus fios de cabelo. O quão sedosos e macios seriam. Também não deixei de ficar atento ao seu corpo. Tão pequeno, tão frágil. A sua pele clara, quase branca. O vestido que constava em seu corpo. A saia preta que subia e descia à medida que ela dava um salto. A imagem de seu corpo nu voltou-me à mente. Cada curva, cada detalhe. O beijo de sua pele. Barriga lisa, seios com um tamanho generoso.

Merda...vou acabar por ficar teso...

Desvio esses pensamentos de minha mente. Volto a focar-me na Hinami, que agora apenas encarava a prateleira com um olhar derrotado e frustrado. O seu corpo vira-se para me encarar. Os nossos olhares cruzam-se e por momentos fixam-se um no outro. Ela desvia o olhar timidamente, voltando a encarar a alta prateleira onde constavam as tão desejadas xícaras.

Sem me dar conta, já estou levantado e a caminhar em direção a Fueguchi. O meu corpo em contato com o dela, mesmo com as roupas a separar-nos, fez com que um arrepio percorresse o meu corpo. A minha temperatura subia. O coração pulava algumas batidas. Respirei fundo. Não entendo a razão para o meu corpo reagir assim perto dela.

Seria atração?

Levantei o braço e peguei a tão desejada xícara. Afastei o meu corpo do dela, sentindo uma espécie de alívio com isso. Fueguchi permanecia de costas viradas para mim. Estiquei o meu braço, dispondo à mesma a sua xícara. Ela finalmente resolve se virar. Hinami encara-me durante alguns instantes, analisando o meu corpo de cima a baixo. Um sorriso tímido pareceu em seus lábios. As suas mãos foram de encontro à xícara e retiraram-na da minha mão. As nossas peles tocaram-se por um mísero instante, mas só isso foi o suficiente para me fazer arrepiar por inteiro.

— Obrigada, Ayato-san.— respondeu ela finalmente, após alguns segundos de espera.

Não digo nada, apenas volto a sentar-me na minha cadeira a bebericar o meu café, agora quase gelado. Novamente pensativo, a velejar nos oceanos que eram as minhas preocupações. A mente viajava, atravessando cada preocupação, cada problema, cada arrependimento. Tantos arrependimentos, tantas palavras que deviam ter sido ditas, tantas atitudes que não tive. Tudo podia ter mudado com apenas algumas palavras. Tantas tragédias que podiam ter sido evitadas com uma simples verdade. Apenas um aceno com a cabeça podia ter tornado o rumo desta história diferente.

Estaria a mentir se dissesse que não me preocupo. Tentar convencer-me do contrário é uma missão impossível. Por anos achei que nada mais importava além de mim. Que os outros não passam de mais um ser vivo a gastar o oxigênio do planeta. Mentiria se dissesse que já não quero saber da minha irmã. Por mais ódio que eu sinta por ela, existe e sempre existirá aquela preocupação idiota. Aquele alívio ao saber que ela se encontra viva. Eu odeio preocupar-me tanto com a Touka. Aquela idiota! Aquela chata, sempre a dar-me na cabeça por tudo e por nada. Que não perde uma oportunidade para me repreender pelos meus atos. Na realidade sempre foi assim. Duas crianças, a mais velha sempre a repreender o pequeno. Tantas discussões, tantas brigas, tudo nos levou à situação atual. Não conseguimos estar no mesmo local sem que o passado invada as nossas cabeças.

Que ódio...

Disperso estas memórias da minha mente e o meu olhar encontra o de Fueguchi. Mesmo que por instantes, consegui ver aquele seu brilho tão característico do seu olhar. Os seus olhos cor de mel, tão puros, tão inocentes. Ela encara o café em sua xícara, provavelmente a navegar pelos seus pensamentos e preocupações, se é que ela as tenha.

De repente, a noite passada volta a passar pela minha mente. A preocupação em seu olhar, as suas perguntas enroladas em meio aos seus soluços. No momento não havia entendido aquela sua atitude. Achei tão infantil e inútil. Agora que revejo toda a cena novamente, percebo finalmente o que estava a acontecer.

Ela estava... preocupada.

Sinto agora a necessidade de a avisar, de a deixar descansada e sem qualquer preocupação.

— Fueguchi.— chamo pela mesma, que me encara um tanto surpresa, mas atenta ao que eu iria dizer.- Vou sair para investigar umas coisas. Só voltarei hoje à noite.

— Eu vou contigo!— disse ela de repente, deixando-me um tanto abalado.

— Nem pensar nisso, Fueguchi!— nego de seguida. Nem pensar que a vou levar, ela apenas vai me atrasar.

— Porquê?— questiona ela, pousando a sua xícara na mesa um pouco irritada.

— Porque vou andar a vigiar um grupo de ghouls daqui da zona.— respondo calmamente, também pousando a minha xícara na mesa.— E pode se tornar perigoso para alguém sem experiência de combate.— realço subtilmente a última parte, a encarando sério.

— É só vigiar, certo?— insiste Fueguchi, fazendo uma voz diferente sem que se apercebesse.

Aquela voz mexeu comigo. A mesma pode não ter notado que o seu tom de voz mudou, mas eu notei, e o meu psicológico ficou muito afetado.

Como isso é possível?

A Hinami prossegue dizendo:

— Não precisaremos de lutar se for apenas para os observar.

— Que chata!— Bufo frustrado por acabar por ceder àquela voz incrivelmente convincente. Reviro os olhos no final.

— Isso é um sim?— pergunta ansiosa, abrindo um sorriso esperançoso no final.

—Tenho outra opção?— pergunto encarando os seus olhos com certa indiferença.

— Não.— respondeu, soltando no final uma pequena risada.

— Partimos em cinco minutos.— aviso de seguida, levantando-me da cadeira e colocando a minha xícara no lava-loiça.

Saio da cozinha, deixando Fueguchi sozinha. Ando pelo corredor até à entrada. Calço os meus sapatos e visto o meu casaco de couro. Espero, impaciente, por Fueguchi, que agora passara pelo corredor em direção àquele que é o "nosso" quarto.

Mais um problema. O idiota do Kaneki não me havia avisado que que só haveria um colchão para nós os dois. Não que eu tenha detestado. Não odiei totalmente a ideia, mas se não fosse o cansaço que sentia e a minha pouca sanidade mental talvez o meu corpo faria coisas das quais iria me arrepender.

Quer dizer, não totalmente...

O meu pé batia contra ao chão quase que freneticamente. Eu estava impaciente e a demora de Fueguchi não estava a ajudar em nada. Bufo entediado. Logo ouço uma risada ecoar pelo corredor.

— Anda logo, Fueguchi!— reclamo impaciente.

— Estou a ir!— diz ela, parando mesmo a meu lado.

— Vamos.— digo antes de abrir a porta do apartamento e sair dele acompanhado por ela.

Descemos as escadas do prédio em completo silêncio, apenas se ouvindo os nossos pés a embater contra o chão das escadas. Abri a porta do prédio e saímos para o exterior.

O sol brilhava, mas as temperaturas continuavam baixas. Em tudo o que fosse lugar, podíamos ver pessoas a realizar as suas rotinas. Elas saiam com sacos cheios de comida de dentro das lojas. Passavam com os carros de um lado ao outro, outros calmamente outros mais apressados. Também conseguimos ver crianças aqui. Essas corriam umas atrás das outras, competiam entre si, jogavam com a bola, mesmo com o piso húmido. As suas risadas traziam certa alegria ao lugar.

Hinami continua a meu lado desde que saímos do apartamento. As minhas mãos encontravam-se nos meus bolsos das jeans. Eu olhava em frente, mesmo que as vezes apanha-se o meu olhar encaminhado para Fueguchi. As senhoras ao nosso redor iam comentando a nossa passagem. Pude ouvir de tudo. Cada comentário mais meloso que o outro.

"Que lindo casal.." diziam umas.

"Parecem tão apaixonados!" , diziam outras.

Revirava os olhos mentalmente sempre que estes comentários chegavam ao meu ouvidos. Realmente é verdade o que dizem! Nós temos três vidas: a nossa, a que os outros cuidam e aquela que inventam.

Sinto o olhar de Hinami sobre mim. Tentei ignorar por um bocado, mas um sentimento estranho começou a apoderar-se de mim. Seria vergonha? Não sei.

— Tenho alguma coisa na cara, Fueguchi?— pergunto finalmente, mas sem a encarar.

— N-não! Nada disso, Ayato-san.— respondeu ela. Pelo canto do olho consegui ver a mesma baixar a cabeça envergonhada.

— Isto não é um passeio, Fueguchi.— repreendo-a.— Estamos a procurar os nossos alvos, então fica atenta a qualquer movimento estranho.

— Sim.— Ela assentiu, logo levantando o olhar, atenta a cada movimento suspeito.

Um sorriso de canto despertou em meus lábios sem razão alguma. Olhei em volta à procura de algum movimento suspeito. Teria que estar atento a tudo se quisesse encontrar estes ghouls. Dentro de minutos estaremos no mesmo sítio onde os ghouls estavam da última vez. Devemos começar por aí.

Pouco antes de lá chegar, ouvi vozes conhecidas a aproximar-se de nós. Toquei no ombro de Hinami, no intuito de lhe chamar a atenção. A mesma pára de seguida, encarando-me um tanto confusa. Expliquei-lhe tudo, ela apenas assentiu e questionou-se acerca do passo a dar a seguir. Fico pensativo, engendrando um plano para o efeito.

Coloco Fueguchi em meus braços, corro durante alguns segundos e salto. Nós praticamente voamos para o cimo do prédio. Não era muito grande, apenas quatro andares, penso eu. Hinami encolhia-se em meus braços. Tão frágil...

Pousei-a no chão e fui andando até à beirada. Deitei-me no chão e observei-os atentamente. Logo sinto a presença de Fueguchi a meu lado. Ignoro-a e tento absorver o máximo de informação possível. Estavam apenas dois ghouls ali. Pareciam estar a discutir acerca de um evento importante.

— Caralho! Que horas são?— perguntou um, com um semblante preocupado.

— Cinco para a hora.— respondeu o outro, olhando para um relógio em seu pulso.

— Então vamos logo, porra! Estamos aqui a fazer o quê?— reclama o anterior, quase a gritar.

— Fala mais alto, Yukine! Na Rússia não te ouviram.— retruca o outro, encarando o tal de Yukine com desdém.

— Cala a boca, Tanaka!— Yukine encarou o tal de Tanaka tanto irritado.- Vamos.- disse por fim, caminhando para fora do beco.

Tanaka apenas seguiu Yukine, sem mais reclamações ou provocações. Olhei para o lado e o meu olhar reencontra o de Hinami. Quebro aquela troca de olhares levantando-me, Fueguchi imita o meu gesto de seguida, esperando uma ordem minha. Espero durante alguns minutos e logo vejo os dois ghouls a saltarem de telhado em telhado em direção ao seu destino, que eu rezo que seja o seu esconderijo. Faço sinal para Hinami e fomos saltando e correndo pelos telhados dos prédios, mas sempre a tentar não ser descobertos.

Enfim eles pararam. Uma fábrica abandonada, ou mais propriamente restos da mesma. Eu e Fueguchi escondemo-nos atrás de um pequeno muro mesmo ao lado de algo que eu suponho que tenha sido uma janela. Evito espreitar para ver, apenas escuto as conversas que eles têm.

— Olhem os atrasados!— comentou um dos ghouls que já se encontravam na fábrica.

— Então as princesas chegaram, é?— outra voz comenta, desta vez arrancando varias risadas de outros membros.

— Sim. Vocês têm uma piada doida! Porque não vão para comediantes?— a voz de Tanaka é ouvida num tom sarcástico e irritado.

— Calem mas é a boca e organizem-se! Não tarda o Black e a White chegam.— avisou Yukine, num tom sério mas ao mesmo tempo descontraído.

O Black e a White? Estes nomes, tão desconhecidos mas ao mesmo tempo tão familiares. De onde é que eu já ouvi esses nomes? Procuro por cada canto da minha mente, mas não consigo lembrar-me! Está tão perto mas tão longe...

As risadas que antes preenchiam o local, agora se silenciaram, como se uma presença superior tivesse chegado ao lugar. Vencido pela curiosidade, espreito pelo buraco, que outrora fora uma janela, e procuro por essa tal entidade.

Os meus olhos fixam-se naqueles dois ghouls. O meu corpo paralisa. Engulo em seco. Sete biliões de pessoas no mundo, e são logo eles que lideram esta pequena organização.

São eles, Blackbear e Whitebear. Os irmãos Bear como são mais conhecidos. Rumores sempre apontaram para a morte dos dois, depois de um confronto no sétimo bairro entre a Comissão Anti-Ghouls e a família Bear. Ghouls sádicos, sem qualquer piedade, sem um pingo de dó. A mãe, uma louca, rumores diziam que ela já chegou ao ponto de cometer o tão raro canibalismo. O pai, o único normal, foi devorado pela mulher. Uma família de loucos, sem noção. Os irmãos Bear parecem ser os únicos sobreviventes da família.

Como sei de tanta coisa?

O meu passado me condena, e neste caso não é diferente. De todo!

Bear Naomi. Dezesseis anos. Um metro e sessenta e oito. Cabelos pretos, cabelos de ouro. Corpo generoso, nada demais. Génio forte, muito mal-humorada, ninfomaníaca. A minha primeira vez. Pois é. A minha primeira foi a Naomi. Foi a melhor? Não, de todo não. Ela foi apenas a primeira de muitas. Uma fase conturbada da minha vida. A Aogiri ainda não existia. Eu apenas andava por todos os bairros a causar problemas e confusão. Conheci-a numa noite da qual eu já não me lembro. Ela estava lá, a atrapalhar a minha caça, e eu não estava com um pouco de paciência para a confrontar. Algo deve ter acontecido para acabar-mos encostados à parede de um beco a foder iguais a dois ninfomaníacos. Depois daquela noite ficamos realmente próximos, mas depois de um tempo cansei dela e fui embora.

Ela era incrivelmente chata...

Escuto cada palavra proferida por eles. Ao que parece, esta reunião não passa de algo rotineiro. Resumir o número de caças e programar as futuras para o mês. Foram relatados alguns confrontos com os pombos, o que me deixa mais atento ainda ao que é dito. Talvez eu até descubra se os pombos costumam revistar este bairro com frequência.

— Ayato-san?— a voz de Fueguchi invade os meus ouvidos num sussurro tímido e receoso. Deixo de olhar pelo buraco e encaro-a, voltando a sentar-me no chão.

— O que é?— pergunto também num sussurro.

— Já conseguimos retirar alguma informação útil?— pergunta inocente, brincando com os seus dedos.

— Já.— suspiro.— Esta organização tem cerca de vinte ghouls. Dezoito são liderados por dois líderes, Blackbear e Whitebear.— ela assente, escutando atentamente cada palavra proferida por mim.— E como deves ter escutado, os seus horários de caça são regulares.— sou interrompido.

— Eles caçam de noite em duplas, certo?— fico um tanto surpreendido pela atenção com que ela esteve.

— Exatamente.— deixo que um canto dos meus lábios suba, num sorriso de lado.

Um sorriso sincero brinca nos lábios da pequena ghouls ao meu lado, como se ela estivesse orgulhosa de si mesma pela sua descoberta. Tão inocente. Não sei como não estou a achar aquele sorriso irritante como já é habitual. Isso tem acontecido bastante pelo que estou a ver. No início, aquele seu sorriso era a coisa mais irritante que eu alguma vez vira, agora não consigo sequer pensar em ter raiva dele.

Estarei a ficar louco?

Volto à posição em que estava. Observo e analiso cada detalhe e cada palavra proferida por eles. Uma menina entre dezanove homens. O Kakeru já deve ter matado muitos elementos da organização por causa da irmã. Ele é daqueles irmãos ciumentos, então é possível prever um cenário desses.

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Não sei quanto tempo passou. Talvez uma hora ou então mais. Hinami tem estado calada desde a nossa última conversa. Tenho estado tão concentrado a observar e analisar esta organização que até me esqueci da presença dela.

Finalmente os ghouls dão a reunião como terminada. Eles dispersam-se, cada um para um lado. O local fica vazio. Suspiro de alívio, as informações que consegui serão muito úteis para mim e para a Fueguchi.

— Finalmente podemos voltar Fue...

O meu coração acelera. As mãos suam, aliás, todo eu estou a suar. Levo a mão aos meus cabelos, puxando os mesmos numa tentativa de me acalmar. A respiração ofegante. Porquê que isto está a acontecer? Logo agora?

Fueguchi já não se encontrava ao meu lado. No lugar dela havia apenas um bilhete e gotas de sangue ainda fresco. Ela desapareceu. Não, ela não desapareceu. Hinami foi sequestrada por eles!

Pego o bilhete e abro-o. A mensagem é clara. Eles sempre souberam que estávamos aqui. Que idiota fui eu, a pensar que ia ser fácil. Não, o mais idiota foi eu ter trazido a Fueguchi comigo. Eu tinha apenas uma função: cuidar dela até que me fosse incumbido o contrário. Algo tão simples, que afinal não é tão simples assim. Eu devia saber que ela é conhecida por grande parte dos bairros. Os seus pais eram tão conhecidos e nem notavam, e agora a sua filha é ainda mais por conta da sua kagune única, que confere o mais forte de seus progenitores.

"Levamos a Fueguchi connosco.
Devias ser mais cuidadoso com um material tão precioso quanto uma kagune rara.
Podes dizer adeus a ela.
Esperamos que tenhas aproveitado, idiota.


Blackbear & Whitebear"


Eu tenho que a encontrar. Caso contrário, o Kaneki de certeza vai me matar quando descobrir! Preciso ter calma. Tenho de pensar em alguma coisa. O desespero está a tomar conta da minha mente. É impossível pensar ou engendrar um plano com este desespero!


Desespero...



Notas Finais


Pois é!!!
Muitas revelações...

O que foi mais chocante de saber?
O que pensam do Ayato agora?
Alguma teoria acerca dos irmãos Bear?
Teorias acerca do Yukine e do Tanaka?
Teorias sobre o desaparecimento de Hinami?
O que acham que o Ayato vai fazer?

Peloamordosghouls Eu quero tanto saber!

Hoje as notas finais são só perguntas mesmo. 😂😂

Já agora...
Gostam dos capítulos grandes assim?
Preferem mais pequenos?
Em média quantas palavras?

Respondam nos comentários, okay?😉😍

Até ao próximo capítulo! (Ou então nos comentários)


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