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História Eu, Katsuki e os sete - 1 - Our meeting.


Escrita por: lalulacatas

Capítulo 1 - 1 - Our meeting.


Izuku Midoriya


☘️


— Obrigado. - Agradeci o senhor beta muito gentil que vendia algodão doce, sorrindo para ele quando o vendedor fez o mesmo gesto facial.


Me virei para trás e olhei as sete criancinhas que comiam animadamente o doce de açúcar colorido de cada uma.


Na verdade, oito, se contar a Uraraka que tinha um rosa enorme, — tenho certeza que ela encheu o saco do moço pra ele fazer um desse tamanho — e a desgraçada não queria me dar um pedaço do dela, nem um pedacinho! E foi eu que paguei!


— Tudo bem mãe, eu te dou do meu. - Eri, minha filha mais velha estendeu um pedaço generoso do algodão dela para mim, afirmando que eu podia pega-lo de sua mão.


— Obriga- - Acabei sendo cortado por uma voz infantil, bem revoltada até, me impedindo de pegar o que a pequena me oferecia.


— Ei! Eu também quero dar doce pra mamãe! - Kota falou alto, arrancando um pedaço bem rápido do seu doce de cor azul, estendendo para mim também e fazendo consequentemente a acizentada ao seu lado ficar irritada.


Acabei soltando uma risada baixa, achando muito fofo essa atitude dos dois. Não consegui responder novamente por ter mais uma interrupção, e foi das outras pestinhas ao redor deles.


— Não! Nós que vamos dar! - Nejire e Tamaki estenderam os braços com mais pedaços de algodão, mas esses eram da cor amarela, sendo dos dois iguais até no tamanho já que os gêmeos amavam combinar em tudo.


Eu que sempre me ferro com essas crianças, até nessas horas fofinhas.


Mas não acabou aí! Meu outro filho chamado Mirio, me ofereceu o resto do algodão doce dele já que uma parte que faltava do doce estava sujando o seu rosto, e o resto estava na sua barriguinha de buraco negro.


Fiquei olhando para os olhos de felino das crianças que se encaravam sem abaixar os braços, notando Katsuma e Mahoro se encararem também já que um tinha o algodão praticamente inteiro e a outra apenas segurava o palito sem nada.


Achei fofo que o Katsuma deu quase todo o seu doce para a irmã e eles dois ofereceram o que tinham para mim também.


— Que fofos! - Tive uma enorme vontade de apertar as bochechas de todos os meus filhos, mas tenho que me controlar no meio da rua. — Okay, eu aceito mas não precisava! É praticamente metade do de vocês! - Peguei o que eles ofereciam, deixando o Katsu e a Mahoro com os deles já que eram os maiores pedaços.


Sempre foi assim a nossa vida depois que se tornaram sete filhos. Sair pra passear na rua se tornou algo quase impossível, mas no final era a coisa mais divertida que a gente fazia, ainda mais por estarmos todos juntos.


— Izuku, acorda pra vida! - Ouvi a voz da Ochako, voltando para a realidade e já vendo ela abrir a porta da van para colocar as crianças nas cadeirinhas.


Uraraka é minha melhor amiga desde a época do pré, e ela vem me ajudando com as crianças desde que Eri nasceu já que eu não consigo criar sete pestes dessas sozinho, ainda mais sem o apoio da minha família.


— Hora de contar os anões! - Falei e as crianças se arrumaram em fila na frente da porta. — Um, dois.. - Fui contando e colocando elas lá dentro da van enquanto a morena me dava as mesmas no colo.


— Seis! - A ômega me deu a Mahoro que logo eu a sentei na cadeirinha, então a morena se virou olhando para trás, mas logo me encarou de volta só que com um olhar de desespero.


— Seis?.. - Olhei para as crianças sentadas nas cadeirinhas, contando mentalmente cada uma delas e parando quando vi que a cadeirinha do Katsuma era a única vazia, apenas com o ursinho que ele quis trazer em cima.


— Puta merda.. - A morena murmurou, arregalando os olhos junto de mim por termos notado a mesma coisa.


Pulei da van no segundo seguinte, ouvindo a Ochako gritando meu nome enquanto eu corria no meio daquela multidão na calçada para que eu a esperasse, mas eu não a esperei, não dava para esperar, eu perdi o meu filho!


Olhei para todos os lados atrás de encontrar o meu pequeno, tendo meu coração a mil batendo no peito por pura preocupação e desespero. Como eu deixei isso acontecer?! Quando que ele se afastou?! Por que eu não prestei atenção em todos eles?! Katsuma era mudo, não emitia nenhum som desde que nasceu, o que me deixava ainda mais preocupado e com muito mais medo. Como ele vai pedir ajuda? Como ele vai me chamar caso me veja? É tudo culpa minha! Eu fui irresponsável e agora um dos meus filhos está desaparecido no meio do calçadão lotado de gente! Ele é tão pequeno, como eu vou encontra-lo num lugar desses?!


O parto dele e da Mahoro foi de muito esforço, me lembro bem dos médicos comentando que talvez eles nascessem mortos.


Eu entrei em desespero no meio no parto.


Não recomendo.


Mahoro nasceu às 11:58, já Katsuma às 12:02 e eu sempre faço eles comemorarem em dias diferentes porque é mais animado e eu acho bom mostrar que até na hora de nascerem os dois foram diferentes, nem que seja por minutos.


Parei de andar olhando ao redor, desesperado em achar ele, nem percebendo quando lágrimas desciam pelo meu rosto e a minha respiração começava a falhar. Ele não estava ali, nem aqui, nem na esquerda, na direita, em lugar nenhum! O Katsuma não estava em canto algum e a culpa era minha! — Não! Não! Katsuma! - Gritei de coração acelerado, sentindo meu peito doer e a minha respiração começar a falhar. Uma pessoa desconhecida bateu no meu ombro e foi com muita força, mas não estava doendo aquela área do meu corpo, o que mais me doía era o meu coração pois eu não achava o meu filho, eu não o via e nem sentia o seu cheirinho de nozes que sempre foi uma piada fofa na família.


Eu quase caí no chão aos prantos, mas com isso eu consegui ver, bem longe de mim, um menino com cabelos castanhos claros puxando o casaco de um homem alto, esse que começou a prestar atenção no garotinho depois de notar a sua roupa sendo impulsionada ao chão.


Mas o menino se parecia com.. ERA O KATSUMA.


Comecei a correr o mais rápido que eu conseguia até lá, limpando meu rosto enquanto isso e esbarrando em algumas pessoas durante o trajeto, mas dei a mínima pra elas. Que eles se fodam! Eu achei o meu filho!


— Katsuma! - Gritei o nome dele, o vendo se virar na minha direção para ver quem tinha o chamado, e talvez ter certeza que era eu.


Parecia que tudo estava em câmera lenta. Os olhinhos castanhos dele se encontrando com os meus, o sorriso delicado do mesmo começando a aparecer naquele rostinho pequeno, então ele começou a correr até mim estendendo os seus braços para que eu o pegasse, e assim que cheguei perto o suficiente para realizar essa ação eu o peguei, prendendo seu corpinho minúsculo no meu e sentindo meus olhos lacrimejarem de novo pela emoção.


— Não me assusta assim Katsu! Não mata a sua mãe desse jeito! - Esbravejei fazendo um carinho nos cabelos dele, cheirando depois os seus fios e sentindo um alívio pelo aroma de nozes que vinha dele, não parando com o cafuné um segundo sequer, dando beijinhos na sua cabeça enquanto isso.


Fiquei assim com o meu garoto por mais alguns segundos até perceber um olhar sobre nós dois, lembrando do homem que meu filho estava tentando chamar a atenção. Levantei o meu olhar da minha criança para encarar o senhor ali na frente, quase tendo um ataque cardíaco quando vi seu belo rosto.


Ele era absurdamente lindo! Cabelos loiros, olhos vermelhos brilhantes e muito bonitos, as suas roupas pareciam ser de grife, e além disso eu senti o seu cheiro e rapidamente percebi que ele era um alfa lúpus.


Lúpus. Puxa vida Katsuma, tanto senhor de idade na rua e você me vem com essa? E o pior! Ele me encarava de volta, não desviando os olhos de mim em momento algum. Por Deus, que olhar profundo. Talvez eu me perdesse nele se ficasse olhando por mais tempo então rapidamente cortei o contato visual e voltei a minha atenção ao pequeno Midoriya que eu segurava.


Ele se aproximou, pouco, mas foi o suficiente para mim poder sentir o quanto o corpo dele era quente. Jesus no céu e ele na terra! O cheiro desse alfa era amargo como chocolate, mas era prazeroso, nem um pouco enjoativo. Poderia aprecia-lo todo dia a toda hora, falando sério.


— Olá, sou Katsuki Bakugou. - Ele sorriu e foi de um jeito que fez meu coração dar uma falhada. É a adrenalina do tanto que eu corri ou ele que é muito gato e eu não vejo um homem assim a muito tempo? — Ele é seu filho, não?


— Si-sim! Ah.. - Me perdi um pouco na fala, desviando o olhar dele e arrumando o Katsuma no meu colo, o segurando de lado já que era melhor assim. — Eu estava tão avoado que nem percebi quando ele se afastou de mim e dos irmãos. Seu pestinha! - Comecei a fazer cócegas no citado que como reação deu risadinhas sem som, me fazendo sorrir por ser uma graça de qualquer forma. — Katsu, por que você estava puxando a roupa do senhor Bakugou? Consegue explicar pra mamãe? - Perguntei e ele assentiu. O pequeno apontou para as costas do loiro, mostrando que queria ficar em cima, depois colocou as mãos na frente do rosto fazendo círculos na frente dos olhos, sinalizando ser um binóculo, olhando ao redor até que parasse no meu rosto e fazendo um sinal de joinha em seguida, sorrindo para mim depois. — Hum.. Então você queria subir nas costas dele para me procurar? - O mesmo assentiu. — Que espertinho! - Baguncei o seu cabelo, o fazendo rir sem som novamente.


— Ele é realmente esperto. - Katsuki falou, chamando a minha atenção e a do meu filho. — Iria conseguir te achar bem fácil. Sou muito alto, não é Katsuma? - Meu pequeno assentiu, sorrindo abertamente para o alfa na nossa frente.


Só então percebi o quanto estávamos próximos, eu até senti a sua respiração bater contra o meu rosto por ele ter ficado bem mais perto para poder falar com o meu filho que estava nos meus braços. Os seus olhos cor rubi se cruzaram com os meus verdes, e foi como se eu tivesse ficado em uma prisão, mas já tinha pagado a fiança pois a voz estridente da Uraraka me libertou daquilo.


— Graças a Deus! - Ela gritou vindo até a gente, me fazendo dar passos para trás, dando uma singela fugida do alfa. — Porra! Não sai correndo assim seu doido! As crianças tão chorando no carro e-! - A ômega parou a fala assim que percebeu a presença do lúpus. — Mas que garanhão é esse? Meu pai amado.. - Quis bater na cara dela por isso, morrendo de vergonha pelas suas palavras ditas.


Na hora de entregarem as melhores amigas me deram uma louca no lugar! Ela só me faz passar mico em público!


— Muito obrigado senhor Bakugou! Você de uma certa forma me ajudou a achar o meu filho e eu estou eternamente grato, mas agora eu tenho que ir! - Sorri forçadamente por estar constrangido, empurrando a Ochako para irmos logo, tentando dar passos mais rápidos enquanto segurava a minha criança e levava a maluca. Depois eu bateria na morena, segura a emoção Japão!


— Espera! - Katsuki gritou mas eu apenas o olhei por cima do ombro, não parando de andar. — Qual é o seu nome?! - Ele gritava e eu apenas andava rápido com a morena sem vergonha que resmungava, e o Katsu.


— Izuku Midoriya! - Gritei ainda andando rápido, suspirando quando a minha amiga gritou um "tchau" para o loiro e o meu filho acenava para ele.


Assim que chegamos na van me assustei um pouco com o choro de todos, mas depois eles cessaram quando viram o Katsuma comigo. Arrumei o fujão na sua cadeirinha e limpei o rosto de todos que choravam por medo de perderem o irmão mais novo, rindo com o exagero deles.


Dramáticos, não sei de quem puxaram isso.


— Eu achei que ele tinha sido sequestrado! - Eri exclamou com a mão no coração, fazendo uma feição de preocupada com uma mistura de medo. — Alfas maus que pegam as criancinhas inocentes como nós e botam em sacos de pano pra nos transformar em sabonete! - Fiquei chocado com o que a mesma disse, me perguntando aonde ela ouviu isso.


— Verdade! - Tamaki concordou, tendo a sua gêmea em concordância consigo também.


— Meu maninho não pode me deixar, eu preciso dele! - Kota se pronunciou dessa vez, e de uma certa forma isso me surpreendeu.


— Katsu não pode sumir! Você nos deu um enorme susto! - Mirio falou com muito medo, ainda com certas lágrimas em seus olhos, me fazendo rir baixinho por isso.


— Com quem eu dividiria a beliche se o Katsuma nunca mais voltasse?! - Mahoro disse desesperadamente, fazendo os outros entrarem em pânico também por relembrarem o medo de antes.


— Crianças! Vamos ter calma, eu já achei ele, não tem porquê isso agora! Vamos relaxar desse susto, está bem? - Todos assentiram e vi cada um pegar um de seus doces que compramos hoje e darem para o Katsuma.



Já estávamos em casa e tinha se passado o jantar, agora eu estava terminando de guardar os brinquedos das crianças que sobraram no quintal. As vezes elas não vêem alguns, mas eu vejo todos já que cada um foi caro e eu não quero perder eles pra ter que recomprar. Eram praticamente o preço do meu rim só um daqueles ursinhos ou carrinhos.


Até que então o loiro de mais cedo me veio na minha mente.


O sorriso dele era lindo, a voz era maravilhosa de se ouvir e os fios de cabelo dele pareciam bem macios, igual os dos meus filhos. O cheiro dos feromônios do loiro eram bem atraentes e eu nem preciso falar daqueles olhos encantadores que pareciam uma galáxia — que eu adoraria me perder, aliás.


"Katsuki Bakugou", um nome bonito para uma pessoa bonita.


Se bem que bonito é pouco para definir aquele alfa gostoso. Será que existe definição para o que ele é? Provavelmente não. Mas no que eu tô pensando? Eu sou mãe! Melhor eu parar, nunca mais vou ver ele de qualquer jeito, pelo menos é o que eu penso, ainda mais que meu caminhãozinho não carrega tanta areia assim.


— Ah.. Se eu pudesse ver ele de novo.. - Murmurei, negando com a cabeça pelo o que eu disse e voltando para dentro de casa, arrastando a porta de vidro até ela chegar do outro lado e a mesma trancar automaticamente.


Vi Uraraka terminando de lavar a louça, mexendo a bunda dela ao som de "Thot Shit" da Megan Thee Stallion, tocando bem baixinho já que as crianças estavam dormindo.


— Ainda bem que todo mundo tá dormindo, eles não merecem ver isso. - Falei e ela riu, terminando de lavar dois pratos e os deixando de lado.


— Você fala isso de mim mas é pior! - Agora foi minha vez de rir, guardando um pacote de pão que estava na mesa no armário de cima. — Mas como você tá? Depois desse susto que o Katsu nos deu.


Pensei por um tempo, olhando para ela que secava as mãos molhadas com o pano de prato enquanto me encarando de volta. — Não sei dizer, mas sinto um pouco de medo misturado com alívio, sabe? - Ela assentiu, compreensiva, mas a feição dela mudou no outro segundo para uma maliciosa, me fazendo revirar os olhos, já querendo cair fora dali.


— E aquele alfa gostosão? Hum? - Comecei a andar para fora da cozinha, negando com a cabeça para evita-la nesse assunto. — Izuku, não fuja! Eu sei bem o que isso significa! - Passei pela sala e subi as escadas rápido, tendo ela atrás de mim enquanto apagava as luzes da casa. — Desembucha!


— Boa noite Uraraka! - Falei alto para ela ouvir, fechando a porta do meu quarto e a deixando sozinha no corredor. — Eu vou é dormir, já tive sofrimento demais em um dia só. - Suspirei, andando até o meu banheiro para escovar os dentes antes de me jogar na cama e capotar.


Notas Finais


Nova fanfic! Espero que vocês gostem dessa fanfic também, obrigado pelo apoio 😊


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