—Respirando fundo, respirando fundo! Você consegue Irwin! Vai lá e diga finalmente o que sente pela Mandy! Chega de ficar observando ela passar pelos corredores da escola, ignorando o quanto a ama! Chega disso! Vai lá e se confesse a ela! Eu vou, eu consigo! -respirou fundo, ajeitou os óculos e se virou para seu incentivador. -Mas o que você ganha me ajudando, Puro-Osso?
—O que eu ganho? O que eu ganho? -pergunta o Ceifador. -Que tal sossego? Se ela ficar ocupada com você, irá parar de me atormentar.
Irwin refletiu e após pensar melhor, e acreditem este não é o seu forte, decidiu ir até Mandy, seguindo os conselhos de Puro-Osso. Foi até a loirinha, que guardava seus livros no armário e se preparava para ir embora da escola.
Ao ver o colega aproximar-se, o encarou com tédio e ergueu uma sobrancelha como se esperasse algum comentário idiota por parte dele. O garoto respirou fundo, fez que ia dizer algo, recuou.
Irwin se repreendeu em pensamento, chamando a si mesmo de covarde e burro, não podia recuar agora. Pois além de não saber se teria coragem novamente para se declarar, corria o risco de Puro-Osso voltar a perturbá-lo por ter desperdiçado esta oportunidade. Sem Billy para atrapalhar, sem qualquer ser estranho ou fenômeno paranormal inexplicável para interromper o que seu coração apaixonado desejava falar.
—Vai manter esta pose idiota de personagem de anime ou vai me dizer o que quer? -perguntou achando estranho o modo de Erwin agir, mais estranho que o de costume.
Respirou fundo, ela desejava saber o que seu coração apaixonado teimava em dizer. Seria agora...teria coragem?
Mandy esperava pacientemente, olhando o relógio que ele decidisse o que dizer, como não falava nada, apenas suava e tremia, quebrou o silêncio:
—Então? Vai dizer alguma coisa ainda neste milênio ou posso ir embora para a minha casa? -cruzando os braços e batendo o pé com impaciência.
—Irei dizer, Mandy! Mas não me interrompa quando estiver falando!
A loirinha revirou os olhos e disse com indiferença.
—Tudo bem.
Irwin respirou fundo e começou a falar:
—Mandy eu sei que me julgará um idiota por dizer isso! Mas eu te amo desde que te conheci e éramos só dois bebês pequeninos e babões. Eu amo seu jeito malvado de ser, sua autoridade, sua indiferença, sua pose de quem quer conquistar o mundo! Eu peço que me ouça com atenção, o que meu coração tem a lhe dizer! Eu te amo, Mandy! Não posso viver sem você! Seja minha para sempre!
Mandy arregalou os olhos, um silêncio constrangedor, depois voltou a assumir sua expressão fria e sem sentimentos, e disse:
—Eu não ligo a mínima para o que você disse. Cai fora antes que eu te arrebente. -e o empurrou, indo embora.
Erwin ficou parado, depois suspirou recuperando-se da reação de Mandy e gritou em desespero ao constatar uma terrível verdade.
—Ela me ama!
Fim!
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