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História Eu não preciso de você - Segunda despedida


Escrita por: TiaYuki

Notas do Autor


OLHA SÓ QUE MILAGRE!! Qual milagre é mais milagroso: escrever um capítulo em um dia, fazer atualização dupla ou estar com a fic praticamente encerrada? Talvez os três juntos.

Então, sem mais delongas, tenham todos uma boa leitura! ♥

Capítulo 11 - Segunda despedida


– Ah, o dia está deveras lindo! Os pássaros estão cantando, as flores estão desabrochando, eu continuo lindo, e você ainda não se acertou com o menino Zin. Puta merda, Teruaki, onde foi que eu errei com você?! Me diz! 

– Por favor, Kaya, menos. – o guitarrista resmungou de forma manhosa. – Eu não preciso de sermão, preciso de ajuda. 

– Eu já falei o que você tem que fazer, ficou surdo, foi? – o vocalista questionou sem a mínima paciência. – Está esperando o que para ir falar com ele? Um convite postal perfumado? 

– Não é tão fácil assim! – Teru defendeu-se à medida que encolhia os próprios ombros. 

– É claro que é fácil, você que é um fresco. O que tem de tão difícil em chegar no pobre coitado e falar "me desculpe, Zin, eu sou um idiota e gosto de você demais, isso está me agoniando, aceite meus sentimentos"? 

– Eu não quero me declarar para ele... 

– Teruaki, você pode enganar um trouxa, mas a mim não. 

– Você não está me ajudando. – o acinzentado suspirou com certo pesar, fazendo com que o outro revirasse os olhos. 

– Pelo contrário, eu estou te dando todas as soluções possíveis para o seu problema, mas você está sendo idiota o suficiente para não conseguir colocar um ponto final na sua agonia. – o de fios negros falou antes de bufar. – Já lhe disse isso várias vezes, mas irei dizer de novo: se você se sente agoniado e ansioso perto dele, imagine que o mesmo acontece do outro lado da moeda. Tem muita pressão sobre o Zin, o que aconteceu entre vocês é um mero detalhe que intensifica essa pressão. Ninguém é de ferro Teru, e alguma hora esse garoto vai chegar ao seu limite, e aí já vai ser tarde demais para você. 

– Não consigo entender o que você quer dizer. 

– Então tente entende o mais rápido possível, ou fale com ele sem entender nada, mas fale com ele. – Kaya deixou um longo suspiro escapar de seus lábios, gesto esse que foi imitado por Teru. – Você apenas precisa ter a consciência de que pode ser tarde demais. 

– Não é à toa que Hizaki aprecie seus conselhos. – o guitarrista sorriu enquanto colocava-se de pé, prestes a deixar a residência alheia. 

– E pelo visto você também está começando a valorizar os meus dotes de conselheiro, não? – o moreno sorriu de canto, havia um certo sarcasmo em sua voz que fez o maior rir brevemente. – Se bem que, se você continuar do jeito que está, será considerado um caso perdido. Este é meu último conselho sobre esse assunto para você. 

 

– Pois então, se o Kaya falou isso para você, eu não tenho o que contrariar ou opinar. – o guitarrista de fios loiros comentou à medida que bebia o vinho que restava em sua taça, sorrindo minimamente para o acinzentado à sua frente. 

– Hizaki, você não passa de um pau mandado. – Teru praguejou antes de suspirar profundamente. – Eu queria uma segunda opinião, mas nem para fazer esse papel e pensar você presta. 

– Ah, mas para pagar o seu salário eu presto, não? Seu interesseiro. – uma careta magoada se formou no rosto de Hizaki por breves segundos, e logo ele abanou a mão no ar em descaso às palavras do outro. – Afinal, o que você quer que eu diga? Kaya está certo, como sempre, aliás. Eu não tenho muito o que dizer. 

– Não sei como falar com ele. 

– E depois eu que sou o trouxa, né? Parece que o jogo virou, Teruaki. – o loiro sorriu, a forma como zombava da situação alheia era como uma espécie de vingança. 

– Vai tomar no meio do seu cu, Kawamura. – o maior retrucou. 

– Já fui. – riu antes de adotar um tom levemente sério. – Mas sabe, você podia falar com ele antes do ensaio, chame-o até o terraço, podem ter privacidade lá. 

– Quem me garante que não terá nenhum fumante compulsivo? – Teru indagou de forma hesitante. 

– É só mandar fumar na rua, caralho. – Hizaki deu um tapa em sua própria testa. – A única coisa que precisa é achar um lugar calmo e levá-lo até lá, mas faça. Nada cai do céu, Teru, exceto chuva, e as vezes ela vem com pedra. 

– Você poderia me ajudar, então? – o acinzentado questionou em tom baixo, quase que em um sussurro enquanto deitava a cabeça no encosto do sofá que pertencia ao loiro. 

– Se isso ajudar a terminar esse drama, eu até estou disposto a trancar Zin para fora da sala de ensaios. – o menor respondeu de forma indiferente, arrancando um riso do outro. – Considere isso como uma recompensa por tudo que fez por mim nesses anos. 

– Obrigado. – acabou por sorrir minimamente, sentia que o peso que sentia em seus ombros estava ficando cada vez mais leve. 

– Mas diga a verdade, você gosta dele, não é mesmo? 

– Como você pode pensar algo assim? – Teru questionou com certo desespero, logo sentando-se corretamente no sofá. 

– Não é bom negar isso a ninguém, e nem a si mesmo. Pelo contrário, apenas irá deixar sua vida ainda mais difícil e complicada. – o guitarrista solo suspirou profundamente. – Você sabe, falo por experiência própria. 

– Isso está tão na cara? Eu realmente gosto dele? – o acinzentado perguntou praticamente em um sussurro. 

– Creio que para mim ficou um pouco mais claro porque eu lhe conheço bem, é a consequência por todos esses anos de convivência. Mas pare de fugir disso, não é bom para você, e muito menos para o Zin

Após alguns minutos de reflexão, Teru percebeu que – por incrível que pareça – Hizaki tinha razão. 

– Hizaki? 

– Sim? 

– Desde quando você presta para dar conselhos amorosos? 

– Ah, vá se foder, você veio aqui para isso em primeiro lugar! – o Hizaki retrucou, pegando a almofada mais próxima de si e jogando no maior sem muita força. 

 

♪ 

 

– Ah, Zin! – o rosto de Teru iluminou-se assim que o vocalista entrou no cômodo. – Chegou em boa hora! – exclamou enquanto levantava-se, porém, o sorriso que havia se formado em seu rosto não tardou a se desmanchar no momento que percebeu o quão cabisbaixo o outro aparentava. – Aconteceu algo? 

– Onde estão os outros? Eu tenho algo para dizer. – o loiro respondera de forma incerta, o que deixou o guitarrista preocupado. 

– Creio que não vão demorar, seja lá o que estejam fazendo. – o maior respondeu, sua vontade era de acariciar os fios loiros do mais novo. 

– Opa, o que estão falando da gente? – Hizaki questionou assim que abrira a porta, tendo Rucy e Daisuke logo atrás. 

–Nada que lhe interesse. – Teru falou antes de virar o rosto para a direção oposta à do menor. 

– Vocês têm um minuto? – Zin proferiu, atraindo a atenção de todos com sua seriedade, o silêncio que se estabeleceu no local era um sinal claro para que o loiro terminasse de dizer o que desejava. – Eu quero sair da banda. 

Os orbes de Teru arregalaram-se quase que imediatamente, e o guitarrista base não demorou para levantar-se de seu lugar e agarrar o pulso do vocalista à fim de arrastá-lo até o terraço do prédio da gravadora. 

– Aconteceu algo? – Rucy perguntou, visivelmente preocupado com a situação. 

– Se há algo que não sabemos, não iremos insistir nisso. – Daisuke respondeu, porém, era fato que também estava preocupado. 

Já no terraço, Teru procurava recuperar o fôlego que havia perdido, tendo este ato repetido pelo mais novo. 

– Teru-san, agora eu quem pergunto: aconteceu algo? 

– Sim. – o acinzentado fora direto, causando surpresa no outro. – Eu quero que você me desculpe por ter deixado as coisas chegarem até esse ponto! 

– Do que está falando? – o loiro questionou com hesitação, um riso nervoso deixou seus lábios logo em seguida. 

– Eu gosto de você, é disso que estou falando! Na verdade, eu amo você, mas fui idiota o suficiente para deixar você nessa situação. Isso pode soar extremamente confiante da minha parte, mas você decidiu isso por minha causa?  

– De forma alguma. – Zin respondeu, deixando que um pequeno sorriso se formasse em seu rosto à medida que se aproximava do maior. – A propósito, o sentimento é recíproco, então tenha certeza de que você seria o último motivo que me faria deixar a banda. 

Após ditar tais palavras, o vocalista deixou o local onde se encontravam, o sorriso em seu rosto não havia desaparecido, o que lhe deixava extremamente feliz. 

Definitivamente, existiam situações que apesar de parecerem ruins ou triste, sempre haverá o lado positivo que lhe trará felicidade. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo, favoritem, comentem, compartilhem, deixem amor para essa mera autora, amor nunca é de mais, viu?

Até o próximo!


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