- (S/n)! - mesmo de costas eu já sabia quem era. Ele não me deixaria em paz nem na hora da saída?
- Droga. - praguejei baixo e Yerin me cutucou.
- Pensei que não te encontraria. - virei-me para ele, que estava com as mãos apoiadas no joelho, aparentemente cansado. - Eu corri por toda escola atrás de você. - ajeitou sua postura. - Vai fazer algo essa tarde?
- Eu vou est...
- Ele não vai fazer nada. - Yerin me interrompeu.
- Ótimo! - sorriu abertamente. - Passo 'pra te pegar às 18h. - virou-se e saiu. Eu? Bem, eu fiquei com cara de paisagem e Rin se dispôs a rir de mim.
- O que foi isso? - comecei a caminhar.
- Acho que um pedido de encontro. - riu novamente.
- Pedido? Não lembro dele pedindo algo em hora alguma. - bufei. - Que convencido!
- Se não fosse assim você nem aceitaria. - não rebati, ela estava certa.
- Mas e agora? - olhou-me divertida. - Digo, não sei com que roupa ir.
- Nós podemos resolver isso muito rápido. - sorriu de lado, já sabia a onde ela queria chegar.
- A não, shopping não!
- Vamos logo, não quero ouvir reclamações. - empurrou-me na direção contrária qual íamos.
Não demorou tanto para chegarmos já que o shopping não era tão longe.
Assim que pisamos no local, senti o olhar das pessoas queimando sobre nós.
- Rin vamos logo.
- Não precisa ter medo, só estão admirando sua beleza. - me puxou para uma loja. - Isso vai ficar ótimo no seu corpo. - empurrou uma calça de couro preta para mim.
- Isso não é muito pequeno?
- Claro que não, vai ficar ótima. - olhou um pouco e sorriu. Passou ao meu lado e puxou uma blusa branca com um design bonito, mas seu tecido era um tanto transparente. - Vai lá experimentar.
Caminhei até o provador e a atendente me olhou mordendo o lábio inferior, e sinceramente, achei que ela seria capaz de me atacar alí.
Saí do provador, e a mesma atendente de antes me encarou.
- Você tem um ótimo gosto.- sua voz fina me deu náuseas.
Vi Rin caminhar até ela é sussurrar algo em seu ouvido.
- O que disse a ela? - perguntei, enquanto pagava as roupas.
- Que você não gosta do que ela tem no meio das pernas.
- Rin! - a repreendi.
- O que foi? Só falei a verdade. - riu.
- Você não tem jeito. - parou-me.
- Acho bom você aproveitar.
- Aproveitar?
- Não seja inocente. - sorriu de lado. - Tenho certeza que se você quiser ele te deixa tirar bem mais que uma casquinha.
- Yaa! - senti minhas bochechas esquentarem. - Eu amo ele. - falei involuntariamente e Rin riu ainda mais ao me ver corar intensamente. - Não quero que as coisas sejam assim.
- Eu sei, eu sei. - abraçou-me de lado. - Só espero que você fique bem no final. - mesmo tendo dito baixo pude escutar.
...
Faltavam apenas cinco minutos para às 18h. Olhava-me no espelho, meu nervosismo está realmente evidente.
Respirei fundo, três vezes, sentindo meu coração se acalmar, no entanto, foi temporário, assim que escutei o barulho da campainha meu coração acelerou-se mais uma vez.
Desci as escadas com cuidado, do jeito que eu estava, era capaz de acabar caindo.
Abri a porta lentamente, e lá estava ele. Eu realmente me pergunto como alguém consegue ser tão bonito, as vezes chego a duvidar se ele é realmente real.
- Oi. - falei sem jeito.
- Você está muito gostoso com essa roupa. - me surpreendi completamente com suas palavras. - Desculpa. - riu fraco. - É difícil me controlar perto de você.
- Tudo bem. - sabia que minhas bochechas estavam vermelhas.
- Vamos?
- Uma moto? Que clichê. - sussurrei, subindo em sua moto em seguida.
Eu não sabia ao certo para onde ele estava me levando, e fiquei relativamente surpresa quando paramos em frente a um parque de diversões.
- Gostou? - perguntou olhando-me com dúvida. - Eu não costumo sair em escontros desse tipo. - Sorriu de lado. - Eu pensei em você, e, achei que gostaria desse tipo de lugar.
- Eu gosto sim. - olhava para as diversas luzes do local com encanto, era realmente bonito a essa hora.
Nós caminhamos um pouco, Kim comprou algodão doce para nós. Ele não falava muita coisa apenas me observava, acho que era realmente a primeira vez dele saindo com alguém sem intenção de levá-lo para cama.
- O que acha de irmos alí? - apontou para a roda gigante. - Prometo não fazer nada. - juntou as mãos e eu sorri minimamente. Pensei que não mas ele acabou percebendo. - Eu fiz você sorrir!
- Não foi exatamente um sorriso.
- Aceite a derrota. - pegou minha mão e puxou-me para dentro da cabine.
Eu olhava para o céu admirada, era uma vista extraordinária.
- Do que está rindo? - perguntei.
- De você. - sorriu sem mostrar os dentes. - Você parece uma criança admirando as coisas. Não é algo ruim, na verdade isso te deixa ainda mais lindo. - eu não consegui respondê-lo, era difícil com tudo o que eu estava sentindo, achei que meu coração até mesmo fosse pifar por estar batendo tão rápido. Sua mão acariciou minha bochecha, e ele colou nossas testas, fechando os olhos em seguida. Nossos lábios se tocaram por apenas um segundo, já que a porta da cabine de abril, anunciando que deveríamos sair dali.
...
-Eu posso? - ele estava tão perto, não conseguia parar de fitar seus olhos, isso fez com que eu demorasse a responder. - Vou entender seu silêncio como um sim.
Eu não tive tempo para pensar, seus lábios se colaram as meus e dessa vez pude senti-los intensamente. Suas mãos adentraram minha blusa, apertando fortemente minha cintura. O contato de seus dedos com minha pele nua fazia a temperatura de meu corpo subir.
Por sorte, no processo, eu já havia destrancado a porta. Abria rapidamente.
- Boa noite. - disse rápido, então tranquei a porta. Já do lado de dentro, deslizei até o chão, pondo a mão sobre o peito. - Acho que vou morrer.
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