História Eu odeio ama você "Elena e Damon" - Às vezes ele fala umas coisas que... Acabam comigo!

- Está se sentindo bem? – ele se aproximou.

- Depois disso? – forcei um sorriso. – Não muito.

- Vou ter que entrar aí e me certificar que você vai jantar? – ele disse se sentando ao meu lado.

- Eu vou jantar. – o empurrei de leve com o ombro.

- Ótimo, achei que você não teria apetite depois de comer todos aqueles sanduiches – ele me olhou de canto.

- Ah, desculpa... – falei abaixando a cabeça. – Exagerei.

- Desculpa? – ele se afastou um pouco pra me olhar melhor. – Está brincando? Você comeu toda minha mesada em lanche, minha mãe vai pular de alegria quando eu falar pra ela que vou ter que pedir mais dinheiro para o meu pai! – ele falou animado. – Eu acho que deveríamos sair pra comer de novo! Eu pago!

Eu ri alto e o encarei. Sustentamos o olhar por algum tempo. Por que os olhos deles tinham que ser tão perfeitos? Meu coração se desesperou dentro do peito.

- Muito obrigada pelo apoio Damon – eu sorri sincera. – Eu morreria se tivesse acontecido algo de ruim com Jeremy. Que bom que você estava comigo.

Ele não disse nada, apenas levou o braço por trás de mim e me envolveu pela cintura... Uou! O que ele pensa que está fazendo!?

- Você vai ficar me devendo uma. – ele disse, apertando de leve a minha cintura. – Você... Não quer mesmo me contar o que está acontecendo pra você estar assim? – ele se afastou um pouco e me olhou.

- Eu... – tentei dizer algo, mas não consegui.

Ele estava muito próximo e a mão dele na minha cintura estava me matando!

- Pode parecer mentira, mas eu me preocupo com você – Damon apertou novamente a minha cintura.

Oh Meu Deus, se ele não parar, eu não... Meu Deus! Continua!... O quê!? Não!

- Não tem nada acontecendo – falei firme, tirando a mão dele da minha cintura. – Sério, nada que você deva se preocupar. – puxei o ar, controlando minha respiração ofegante. – É estresse já disse!

- Sei, estresse com o final do ano. – ele falou pouco convencido e tirou o braço das minhas costas. – Pretende ir ao baile?

- Eu... Vou. – confirmei, com medo da pergunta dele. – Minha mãe quer que eu vá, já arrumou até um vestido.

- Já é sábado... – ele falou encarando as mãos.

- É – me afastei um pouco dele. Aquele perfume bom dele não estava ajudando nada. – E você... Vai?

- Vou. – ele me olhou nos olhos e abriu um sorriso. Oh... Vou desmaiar. – Talvez nós nos encontremos lá.

- É. – sorri o mais tranquilo que consegui, mas tenho certeza que saiu como uma careta.

- Mas vamos nos aguentar a semana inteira até lá. – ele brincou, e se levantou de repente. – Está tarde... Tenho que ir.

- Certo. – me levantei também. – Acho que já vimos à cara um do outro o suficiente por hoje. – falei humorada.

- Também acho... Seu rosto está tão pregado na minha mente que acho que vou acabar sonhando com você. – ele falou segurando o riso. – Até amanhã.

- Até. – sussurrei, e o assisti sair.

O quê? Sonhar?

Às vezes ele fala umas coisas que... Acabam comigo! O que foi aquilo tudo?... Ele falou do baile? Por um segundo achei que ele me convidaria! E ele me pegando!? O que ele tinha na cabeça!? Eu não tinha que achar aquilo bom! Aquilo era horrível!

Busquei no pensamento todas as coisas ruins que Damon fez comigo, na esperança de acabar com aquele arrepio estranho no meu corpo. Tive que forçar minha mente, pra me lembrar de quando ele me atingiu com a bola de futebol na arquibancada do ginásio. Eu me desequilibrei e cai rolando pelo próximo degrau. Todos começaram a rir. Eu me lembrei da face do Damon. Ele era o único que não ria... Espera. Pensamento errado. Essa foi à única vez que ele apareceu preocupado com algo que fez contra mim...

“Eu me preocupo com você” A frase dele latejou na minha mente. Porque ele tinha que falar aquilo!? Idiota!

Tentei forçar minha mente novamente... Mas a memória dos olhos dele tão próximos aos meus, pareciam fazer todas aquelas lembranças ruins ficarem longe, como se fossem de outra vida.

- Hey, vai ficar ai a noite toda? – a voz do meu irmão me despertou.

Eu me dei conta que ainda estava parada de pé olhando na direção que o carro do Damon saiu.

- Já tomou seu banho? – me virei pra ele.

- Pra quê? – ele perguntou nervoso. – Mamãe vai me matar, não vou gastar meus últimos minutos de vida tomando banho.

- Que drama. – fiz uma careta e voltei a olhar pra rua.

- Já aceitou que gosta dele? – Jeremy perguntou, me fazendo girar os olhos.

- Não gosto dele. – falei séria e me sentei novamente no degrau.

- Sei. – ele se aproximou e se sentou ao meu lado. – Acredito.

- O que você entende disso pirralho? – olhei indignada pra ele.

- De garotas nada. – ele deu os ombros. – Mas sei que os garotos quando gostam das garotas colocam a mão nas costas dela. – ele sorriu de canto.

- Ficou me vigiando? – abri a boca assustada.

- Não, fiquei te protegendo, caso ele fosse fazer alguma coisa ruim com você! – ele falou sério. – Sou seu irmão!

- Mesmo eu te passando vergonha gritando com você no meio da rua?

- Já disse que não entendo nada de garotas, todas são doidas. – ele deu os ombros. – Mas parece que foi o modo de dizer que se preocupa comigo.

- Sou sua irmã. – O imitei. – Claro que me preocupo.

Ele riu e levou a mão nas minhas costas, e eu ri do movimento dele.

- Gosto de você minha irmã. – ele colocou a cabeça no meu ombro.

- E eu de você – levei meus braços o envolvendo.

Foi quando vimos o carro da mamãe fazer a manobra pra entrar na garagem ao lado da casa.

- Não vou contar sobre sua fuga de hoje. – falei o soltando. – Desde que me prometa que nunca mais vai fazer isso.

- Prometo! – ele falou animado. – Juro!

- Então está certo. – me levantei e ele se levantou também.

- Obrigado! – ele falou animado me abraçando de lado, e nossa mãe saiu do carro e veio a nosso encontro.

- Olha que bonitinho. – ela disse rindo. – Os dois vieram me receber! Espero que signifique que arrumaram tudo que mandei.

Eu e meu irmão arregalamos os olhos e trocamos um olhar. Ops...