Os dias foram passando e eu e Castiel estavamos nos dando melhor, muito melhor ele ainda me provocava, sim, ainda mantinha o contato físico exagerado, sim, mas não posso dizer que não gostasse de estar perto dele, mesmo que eu soubesse que tudo aquilo não passava de carência dele.
Nós tinhamos até uma rotina, eu acordava primeiro ele depois ia fazer sua corrida matinal, enquanto isso tomava meu banho e arrumava tudo, quando ele chegava tomavamos café, a tarde acertavamos detalhes das minha músicas e ensaiavamos, a noite assistiamos algum filme ou serie da minha tv à cabo e depois iamos dormir juntos, a presença dele do meu lado da cama já nem me deixava nervosa, era até bem confortável e agora nos já dormiamos abraçados, afinal mesmo dormindo antes cada um para cada lado no meio da noite acabavamos nos juntando os dias estavam sendo muito frios, e por mais que o ar condicionado ajudasse o abraço do Castiel parecia me aquecer mais, nos dias que se seguiram recebemos a notícia que a escola ter ficado fechada por esse tempo foi ruim por um lado, pois depois teriamos que correr com as matérias, mas bom por outro, isso significa passar um tempo com Castiel, não queria nem pensar em como seria horrível ficar sem ele quando ele finalmente voltasse para casa
Foi no domingo a noite que tive uma surpresa Lysandre estava me ligando, Castiel e eu tinhamos pedido pizza, atendi o telefone
- Alô- disse uma voz apática ao telefone
- Lysandre ?- perguntei
- Olá Sophia - disse ele numa voz irreconhecível
- O que você tem ?- disse
- Eu peguei uma virose não vou poder voltar - disse ele
- Mas vai ficar bem logo ?- perguntei
- O que foi ?- perguntou Castiel
- Espera - disse
- É o Castiel?-perguntou Lysandre
- Sim- respondi
- Estou tentando falar com ele a dias - disse Lysandre
- Ah é que ele está sem celular, porque ele ficou preso fora de casa - disse
- Como assim ?- disse ele dando uma tossida horrorosa
- Ele esqueceu a chave na escola - disse
- E o que ele fez? - disse Lys
- Ele está ficando aqui, até abrirem a escola - disse um pouco envergonhada
- Ele esta na sua casa ?- disse ele se sobressaltando mas tossiu logo em seguida - Porque ele não pediu para alguém trocar o trinco da porta?- disse ele
- tudo bem Lysandre-disse
- Não é adequado ele ficar na sua casa - disse Lys no meio de uma crise de tosse
- Não ia deixa- lo na rua - tentei baixar o tom de voz para que castiel não ouvisse
- Lysandre deixa de ser pé no saco - disse Castiel perto do telefone
- Será que você voltará antes do show de talentos- disse preocupada
- Não sei minha avó não vai me deixar voltar até ver que estou completamente recuperado- disse ele
- Então creio que teremos que desistir da dança- disse
- mil perdões Sophia, eu prometo compensa-la - disse Lysandre parecendo realmente triste
- Tudo bem teremos outra oportunidades- disse tentando fazer-lo se sentir melhor
- Eu sinto muito mesmo- disse ele
- eu sei - disse
- Lysandre desliga esse telefone vai piorar a rouquidão menino- disse uma voz idosa
- já vou vó- ele tentou gritar mas sua voz falhou
- desejo melhoras- disse
- obrigado - disse ele
- fique bem - disse
- Sophia... - disse Lysandre
- sim ?- disse
- ...estou ... sentindo sua falta - disse ele, travei
- E..er eu também estou sentindo sua falta ... na verdade todos nós- disse, Castiel me encarava com um ar irritado
- Boa noite Sophia- disse Lysandre
- Boa noite Lysandre- disse desligando o telefone, Castiel continuou me olhando
- o que Lysandre tem ?- disse Castiel
- pegou uma virose muito forte não vai poder voltar até estar bem - disse
- entendi .... preciso de uma cerveja - disse ele indo até a geladeira - Que história de dança? - perguntou ele ainda olhando dentro da geladeira.
- Lysandre iria me ajudar na minha apresentação no show de talentos- disse ela
- vocês... iam dançar?- perguntou ele - como eu só fiquei sabendo disso agora?- disse ele
- A gente estava ensaindo aqui, não queria que ninguém soubesse- falei dando um olhar significativo para ele
- Entendi ...com ninguém você quis dizer eu - disse dando um longo gole na cerveja
- você não disse que ia parar de beber ? - perguntei
- disse, mas não posso voltar atrás? - disse ele
- mas amanhã começam as aulas - disse
- Amanhã é feriado - disse ele
- Ah!- corri até o calendário- realmente, que ótimo mais um dia para descansar - disse
- Não entendo para que tem bebidas se nunca toma- disse ele
- É claro que eu bebo - disse ela
- deve ser porque fica chapada com um gole só, esse seu corpinho de vareta não aguenta nem ouvir o nome álcool- disse ele
- como pode ter tanta certeza ?- disse
- É só olhar para você- disse ele
- você quer apostar?- disse desafiadora
- Você me desafiando?- disse ele levantando uma sombrancelha
- Exatamente- disse decidida
- E o que eu vou ganhar?- disse ele virando o encosto da cadeira e se sentando de frente pra mim
- já cantando vitória- disse rindo
- Eu nunca perco - disse ele
- Muito bem o que você quer ?- disse ela
- Se você perder vai ter que ir de biquíni para escola - disse ele convencido de que eu fosse amarelar
- Okay - disse, ele arregalou os olhos
- Sério?- perguntou ele de boca aberta
- sério- disse
- Isso está ficando interessante- disse ele
- E se eu ganhar? - disse
- não a menor chance - disse ele convencido
- okay, mas na mais remota possibilidade de eu ganhar, o que você vai me dar ?- disse, Ele gargalhou
- Eu faço o que você quiser- disse ele
- Tem certeza do que está dizendo ?- disse levantando uma sombrancelha
- absolutamente- disse ele
- Depois não venha chorar - disse
- Vai nessa - disse ele
Peguei umas garrafas de vodka que tinha na geladeira e ainda fui comprar mais, decidomos 15 copinhos de vodka para cada
- bom quem conseguir tomar todas ganha - disse
- moleza- disse ele
- se os dois conseguirem vale que terminou primeiro - disse
- okay- disse ele, mal sabia ele o que o esperava, liguei meu ipod em meu bom e velho companheiro rock, era "you could be mine" de guns n'roses, coloquei dois copinho, entreguei um para ele, ergui o meu e ele bateu o copinho dele no meu, contamos até três, eu tomamos juntos, mas eu terminei primero, a cada copinho Castiel parecia mais confiante, foi no 7 °copinho que as coisas começaram a ficar interessantes, ele começou a piscar os olhos com mais frequência e ficou espantado por ver eu ainda não demonstrava sinais de estar bêbada, eu apenas sorria com cara de paisagem, no 12° copinho Castiel já soluçava e errava a mão para pegar o copo, eu estava com um rubor no rosto, mas ainda olhava determinada para ele
- Você ... deve ...t-ter ... essa sua bebida está ...m-muito fraca - disse Castiel com o pensamento desconexo
- Quer trocar?- disse, ele começou a tomar as minhas, mas percebeu que não fazia diferença, eu terminei primeiro faltava 5 copinho para Castiel, e ele já não falava nada com nada
- vamos tome as outras 5 - disse
- do... queeee vai adiantaaar continua esta porra, você já ganhou já tomou todas - disse ele com raiva soluçando
- desisti? - disse levantando minha sombrancelha
- eu ... Não conheço essa palavra - disse ele pegando outro copinho, quando ele tomou mais um gole vi sua careta, então ele correu para o banheiro, só ouvi o barulho da bebida sendo colocada para fora, quando ele voltou estava branco sem um pingo de sangue
- Chega dessa... porra -disse ele
- okay então eu ganhei ?- disse
- ganhou - ele respondeu
- agora eu quero ganhar com estilo - disse e engoli os outros copos que havia sobrado do Castiel - Agora engole essa - disse fazendo minha dancinha da vitória ele estava jogado no sofá, tentando se restabelecer
- E eu achava ....que bebia demais - disse ele com a mão sobre os olhos
- Eu ganhei, você perdeu, eu sou a maioral aqui, seus putooooos- disse gargalhando e me jogando ao seu lado no sofá, foi quando percebi seu mal estar - Castiel? - disse me aproximando - você está bem ?- disse tirando seu braço dos olhos, ele me olhou
- Estou ... sim - disse ele me olhando fixamente - onde aprendeu a beber tanto ... desse jeito?-disse ele distraído
- A vida me ensinou tudo que não presta - disse, sentindo o peso do meu passado
- você parece triste toda vez que fala do seu passado - disse Castiel
- Minha vida não foi aquilo que eu sonhava que seria - disse
- posso te fazer uma pergunta ?- disse ele brizando
- mas quem ganhou foi... eu e você que pede coisas - disse sorrindo
- Quem é Trevon ?- disse ele, eu gelei
- Onde ....viu esse nome ?- disse
- Vi um desenho dele no seu caderno - disse
- Mas caramba você não acredito que folheou meu caderno - disse brava
- Isso não vem ao caso - disse ele ainda soava bêbado
- Eu não quero falar nele - disse
- Porque não ?- disse ele
- porque eu não gosto de pensar nele - disse eu odiava quando eu bebia por causa disso me tornava sincera e vulnerável demais mostrava minhas fraquezas para quem quisesse ver
- Me conta - disse ele de uma forma tão gentil - Afinal somos ... amigos né - disse ele e pela primeira vez pareceu sincero, suspirei.
- Era meu namorado, antes de me mudar para cá- disse me levantando do sofá, recolhendo os copos e as garrafas e andando em direção à cozinha.
- Não sabia que namorava - disse ele - Nunca imaginei que alguem fosse querer você - continuou ele rindo, foi quando transpareci minha tristeza
- Ele não me queria - disse abaixando o olhar para a pia e começando a lavar os copos
- Sophia- disse ele, não respondi - Sophia ... desculpa - disse ele se calando
- Eu o amava, mas do que a mim mesma .... por causa dele fiz muitas loucuras... deixei meu lado ruim se sobressair para chamar a atenção dele, até que ele me pediu algo que eu não pude fazer - disse tentando segurar as lágrimas
- O que ele te pediu ?- disse ele
- Que eu roubasse meus pais para que ele pagasse a um cara para quem ele devia uma grana- disse não contendo as lágrimas- ele disse que depois que eu fizesse isso nos iriamos fugir e iriamos morar juntos .... mas eu não pude fazer isso, minha mãe já não é uma estrela no auge da carreira, eles estavam passando muitas dificuldades, mas dias depois eu soube que ele tinha sido morto... e me sinto culpada por causa disso ... sinto a morte dele nas minhas costas, mesmo ele sendo um cara com a vida desregrada, mas ele não me tratava como um erro .... como a ovelha negra, eu sei que ele nunca me amou, mas ele me tratava melhor que os meus pais que simplesmente ignoravam minha existência - disse chorando, foi quando Castiel fez o impensável, ele me abraçou
- Eu não acho que você seja um erro - disse ele, comecei a chorar mais ainda -Vem - disse ele me puxando até a sala onde me sentou, ele começou a enxugar minhas lagrimas e arrumar meu cabelo atrás da orelha
- perdão - disse tirando as lágrimas antes que elas continuassem caindo
- Não, me peça desculpa, você tem motivos mais que suficiente para chorar- disse ele alisando meu cabelo- Você passou muita coisa .... e eu admiro sua força e sua habilidade de beber - continuou ele sorrindo, eu sorri
- gostaria de ver você assim mais vezes - disse sorrindo, ele ficou me olhando fixamente
- gosto quando sorri - disse ele passando a mão em minha bochecha, ele se aproximou lentamente e depois de alguns segundos seus lábios tocaram os meus, de forma lenta e gentil, diferente da primeira vez, agora ele me beija sem pressa, sem plateia, sem mentira, eu retribui seu beijo, ele começou a se mover no sofá, ele se deitou sobre mim, e começou de forma lenta acariciar minha barriga com o polegar por baixo da minha camisa.
- Castiel - disse suspirando - E melhor a gente parar - disse
- E melhor - repetiu ele baijando meu pescoço - Eu tô muito bêbado- disse ele beijando meus lábios
- Nos estamos muito bêbados- disse respondi começando a beijar seu pescoço, ele jogou a cabeça para trás para que eu pudesse ter livre acesso, eu sabia que não deviamos mas não queria parar, agarrei seu cabelo beijando o
- Isso não é não nada adequado -disse
- Nem um pouco - disse ele sorrindo, depois de minutos nos beijando Castiel tombou ao meu lado e respirou fundo eu me aconcheguei no seu abraço e minutos depois caimos no sono, foi a melhor noite de sono da minha vida inteira.
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