História Eu, rock n' roll e um roqueiro - Desentendimentos (Castiel)

Na manhã seguinte Lysandre disse que estava indisposto e que não iria para escola e então resolvi não contar para ele sobre Sophia e eu, não era hora ainda, vesti minha jaqueta com uma camisa branca e uma calça jeans, fazia sol então peguei meu óculos, decidi pegar minha moto que eu quase não usava já que a escola era próxima, fui até o apartamento de Sophia para tomar café, quando ela abriu a porta a achei particularmente mais bonita, ela usava uma camiseta de alça, uma calça jeans escura cintura alta e um salto, o clima estava ótimo, leve, rimos e brincamos descontraidamente, na hora de irmos para a escola, ela pegou a mochila, fechou a porta, peguei sua mão e caminhamos até  a portaria do seu prédio, ela me observou quando subia na moto.
  - Você vem ?- disse a encarando
  - Não sabia que andava de moto? - disse ela
  - Eu tenho muito truques baby - disse
  - Então você vem ou não? -continuei, ela subiu na moto, porém seu corpo estava longe do meu - Vem coloque seus braços aqui - disse a puxando para perto de mim, ficamos colados sorri descarado  - Confia em mim ?- disse
  - Em tese - disse ela, acelerei a moto, como ainda tinhamos tempo demos uma volta pela cidade, quando estacionei a moto e descemos coloquei meu braço na sua cintura, caminhamos juntos ela pareceu tensa todos olhavam para nós.
  - caramba tá todo mundo olhando para gente - disse Sophia
  - É  inevitável não reparem na minha presença marcante- disse rindo
  - Você é sempre assim tão convencido? - disse ela sorrindo de forma sexy
  - Auto- estima é tudo na vida - disse depois de alguns minutos de olhares contínuos e comentário- Estamos causando o maior alvoroço- comentei
  - É  que somos um casal improvável, sem dúvida o casal do ano- disse
  - Improvável? - ri
  - Sim a santa e o pecador - disse ela rindo
  - Acho que esses papéis  estão trocados - disse
  - Você  santo? nunca - disse ela
  - Você  não me pareceu tão santa ontem - disse sussurando em seu ouvido ela corou, e me deu um empurrão que mal me tirou do lugar
  - Não  fale essas coisas eu tenho vergonha - disse ela
  - Vergonha de que ?- disse
  - Castiel eu nunca tinha ficado com ninguem antes de você ...então  é  estranho - disse ela
  - Não  vejo nada do que ter vergonha, somos duas pessoas que se curtem então- " curtem " que merda
  - Bom pode ser - disse ela - Mas ainda sinto vergonha - continuou
  - Então teremos que tratar disso - disse a beijando na porta da escola, ouvi o murmurinho crescer, vi pelo canto do olho Ambre jogar sua bolsa de grife no chão, sorri e continuei a beijar Sophia.
  Quando me afastei vi ela corar mais ainda
  - É  acho que não deu certo teremos que continuar treinando - disse colocando minha mão ao redor da sua cintura e caminhamos escola a dentro.
  Eu a levei até  a sua sala dei um beijo e fui para minha sala.
A aula foi chata como sempre, quando finalmente acabou as atividades do dia fui até meu armário, Sophia guardava seus livros, abri meu armário joguei as coisas lá  dentro, e peguei um chiclete, Sophia olhou por cima do meu ombro
  - você  tem um pote de chiclete dentro do armário? -disse ela levantando uma sombrancelha
  - Que foi um cara mal não pode gostar de doces? - disse
  - você não é mal- disse ela sorrindo
  - o quê você disse ?- disse dando um meio sorriso, ela sorriu de forma desafiadora - Não devia me subestimar -disse a puxando com força, ela me olhou de forma ardente
  - Sabe eu fiquei refletindo sobre o você me falou e você  tem razão, eu não devo ter vergonha de nada afinal você  é  meu ... namorado - ela sorriu ao dizer essa última  palavra
  - É  - foi tudo que consegui dizer, eu lhe dei um beijo suave, não era bom com essa coisa de sentimentos, estavamos no maior clima quando o celular de Sophia tocou
  - Alô- disse ela um pouco ofegante - Sim sou eu mesma... Sério ? ... Não  claro que eu quero... amanhã cedo ....estarei ai ... obrigada não  vai se decepcionar- disse ela
  - O que foi isso ?- disse
  - Eu consegui - disse ela dando uns pulinhos muito engraçados, eu ri - lembra daquela boate que fui esses dias
  - Sim? - disse
  - Eu consegui que eles me aceitassem para cantar nos fins de semana, no fim de semana tem música ao vivo e a vocalista está de licença a maternidade- disse 
  - uau! Isso é  ótimo 
  - o dono quer que eu esteja lá amanhã  para acertamos tudo - disse ela - Ah esse dinheiro vai vir bem a calhar - continuou ela
  - Nossa meu parabéns- disse a abraçando - quando a soltei ela parecia tensa - Que foi ?- disse
  - Nada - disse ela
  - Não tem sim, porque toda vez que me aproximo você fica tensa - disse
  - Não estou tensa - disse ela, cruzei os braços e levantei uma sombrancelha, ela suspirou
  - Tá  é que .... Você  não acha que temos que ir mais devagar ... todos estão falando sobre nós - disse ela
  - Não sabia que se importava com o que as pessoas falam - disse
  - Não é  isso é que estar com você é  assustador - disse ela
  - Eu tenho  cara de bicho papão- disse
  - Castiel entenda ... minhas experiências  não foram boas - disse ela acariciando meu braço
  - Eu que peço  para que entenda para de me julgar de acordo com suas más experiências, e nem todo homem é igual isso se alguém pode chamar os seus outros de homens - disse
  - outros? - disse ela se irritando- quem você  pensa que eu sou para o seu governo eu não saio com qualquer um okay - disse ela
  - Será  que dá  para calar a boca e só  me deixar te beijar - disse puxando para junto de mim
  - Castiel - disse ela
  - Mas que saco - disse saindo e a deixando para trás quando estava próximo da moto que estava parada na calçada da escola
  - Castiel ? - disse ela correndo na minha direção foi quando ela tropeçou e caiu de joelho do chão, corri até ela
  - Olha ai sua idiota - disse me agachando do seu lado, olhei para o joelho ela tinha batido  o joelho numa pedra que rasgou a calça  e fez um corte nela, corri na mochila peguei um band-aid e minha garrafa de água joguei um pouco em sua perna para limpar o sangue e coloquei um curativo em seu machucado
  - Sua idiota olha só esse corte é  fundo esse curativo não vai dar conta - disse quando vi o vermelho preencher o band- aid
  - Desculpa- disse ela
  - Pelo que ?- disse fazendo uma careta
  - Eu não quero brigar com você ... eu só tenho medo de me machucar de novo, medo de perder alguém  que eu amo de novo, tenho medo de escolher ficar com você e estar correndo o risco de ter escolhido o cara errado de novo - disse ela acariciando meu rosto
  - Eu não  posso te garantir que sou o cara certo ninguém nunca vai poder, ficar comigo é  assumir o risco de que eu faça  alguma merda no futuro coisa que provavelmente vou fazer muitas vezes - disse eu queria dizer muito mais tanto ela como eu tinhamos medo eu também tinha medo de me apegar demais e se voltasse a sentir a dor da perda como foi quando Loiuse morreu .... - Olha só a vida não é  feita só de acertos, mas você  escolheu apostar em mim, o tempo vai dizer se fui uma boa aposta - continuei
  - E se não  for ?- disse ela me olhando profundamente
  - Então só terá perdido algumas fichas ainda vai poder fazer outras apostas - disse me levantando e estendi a  mão  para ela - Mas ainda está  em tempo de desistir da aposta -disse quando ficamos frente a frente
  - Agora é  tarde - disse ela
  - Porque ?- perguntei levantando uma sobrancelha
  - Porque eu já  apostei todas as minhas fichas em você- disse ela quando se aproximou para me beijar, no começo não retribui, mas não  pude resistir à  suas investidas, mesmo estando com raiva e com medo de sua entrega, ela tinha um jeito de me fazer ceder  eu só  não queria ela triste e com isso ela conseguia mais de mim do que qualquer um, estavamos nos beijando quando ouvimos um barulho de freada brusca e um baque quando nos viramos , meu sangue gelou na hora
  - Lysandre - foi tudo que consegui dizer