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História Eu, rock n' roll e um roqueiro - A maior perda (Castiel)


Escrita por: SophiaEverdeen

Capítulo 40 - A maior perda (Castiel)


Fiquei no banco balançando a perna freneticamente, parecia que Janne estava lá  dentro a hora quando ela finalmente saiu corri em sua direção
  - que demora - comentei
  - foram só  20 minutos - disse ela
  - Foi uma eternidade - disse - e então  como eu vou entrar ?- perguntei
  - você vai vestir isso - disse ela me passando uma roupa de médico - Eu peguei de um médico daqui ele vai chegar daqui mais ou menos 40 minutos, então você  vai se vestir rápido  e eu te encontro lá  dentro em 5 minutos vou ver se descubro qual é  o quarto dela, nada de escândalos se não perco meu  emprego, agora corre -disse ela andando rápido  para dentro do hospital
  - Ei Janne - chamei, ela se virou - Obrigado - sorri e ela retribuiu.
 
Me vesti rápido  atrás  de uma moita e fui rápido para dentro do hospital, quando entrei encontrei Janne logo na porta.
  - Você deu sorte Sophia é  uma das minhas pacientes na escala de hoje - disse ela
  - Bom dia doutor Marcus - disse uma enfermeira, acenei com a cabeça, andamos pelos corredores, quando  chegamos ela entrou ao meu lado, o brutamontes estava do lado de Sophia que estava dormindo.
  - bom dia doutor - disse o tal de Ruly, acenei com a cabeça, olhei para Janne
  - O senhor poderia nos dar uns minutos com a paciente, precisamos fazer alguns testes -disse Janne tranquilamente
  - Porque a algo de errado com ela - disse o homem
  - Não, só vamos fazer a checagem do dia, sabe verificar sinais vitais essa coisas -disse Janne
  - Tudo bem vou tomar um café  - disse o homem.
  Quando ele finalmente saiu tirei a máscara.
  - Ela está  muito pálida  não  é  ?- disse me sentando na maca
  - O que ela tem ?- disse acariciando os seus cabelos
  - Vou olhar no prontuário dela - disse Janne pegando o prontuário que estava penturado na grade da cama, fiquei olhando para ela.
  - Talvez seja a falta de açúcar  no sangue ... isso já  aconteceu uma vez com ela - disse
  - Ela teve hipoglicemia  a pouco tempo ?- perguntou ela folheando o prontuário
  - É  a alguns meses - disse bufando, fiquei olhando para ela quando vi Janne revirar os papéis com mais afinco.
  - O que foi ? Descobriu o que ela tem ?- perguntei me levantando e indo até  Janne, que parecia chocada - O que foi Janne é grave? o que ela tem ? - disse já  ficando impaciente
  - O que aconteceu ontem exatamente ?- disse ela
  - A gente estava discutindo e ela disse que estava passando  mal, desmaiou e tipo ela tava sangrando - disse
  - Vocês  já  .... ?- disse Janne me encarando
  - Já?... - continuei depois de sua pausa
  - Vocês já dormiram juntos ?- perguntou ela finalmente
  - Porque dessa pergunta agora ? Fala logo  que ela tem e para de fazer suspense - disse irritado
  - Ela teve um principio de aborto - disse Janne
  - O que ? - disse tomando os papeis de sua mão e lendo o prontuário, e realmente estava escrito isso, levantei os olhos do papel e olhei para Sophia.
  - Grávida? - disse incrédulo
  - Quando foi que vocês....? - disse ela, parecendo decepcionada
  - uns dois meses não sei - disse
  - Aqui diz que ela está  com dois meses e meio - disse ela finalmente
  - Mas ela perdeu ?- perguntei preocupado
  - Não  - respondeu ela, fiquei em silêncio um bom tempo - E agora o que vai fazer ?- continuou ela
  - Manda o cara entrar - disse recolocando a máscara 
  - Ficou maluco - disse Janne
  - Faz o que pedi - disse irritado, Janne abriu a porta e homem estava sentado numa cadeira perto da porta, ele se levantou
  - Então  ?- disse o homem
  - Ela está fora de perigo, porém  vai ficar em observação por um tempo, e o melhor no momento e deixa-la só  para que se recupe e se manter longe de possiveis fontes de infecção, ela não  pode ficar doente no momento isso a fragilizaria mais, então  peço  que o senhor vá para casa, nos avisaremos se houver qualquer intercorrencia - disse mudando um pouco a voz
  - Mas vou poder vê- la - perguntou o homem
  - Melhor não  no momento - disse
  - Tudo bem ... só  me faça um favor e um favor a ela, não deixei que aquele garoto entre aqui para pertuba- la  - disse o homem
  - Tem minha palavra .... mas se me permite a pergunta porque? Não deixa o rapaz vê la ?- disse
  - Porque é  por culpa dele que ela esta nessa situação, ele a usou e depois caiu fora, Sophia tinha um futuro brilhante e agora .... ela não  que ele saiba de nada - disse o homem
  - Mas porque se ele é  o .... pai ?- disse
  - Me perdoe doutor mais não  entendo porque quer saber diss?  -disse o homem
  - Eu só  queria entender como essa jovem chegou nesse estado - disse disfarçando 
  - Entendo .... bom então  eu vou para casa -disse o homem me olhando desconfiado, mas saiu
  - E agora ?- disse Janne que parecia estar com a respiração presa na garganta
  - Eu vou ficar do lado dela - disse.
  Eu tirei a roupa do médico e me sentei do lado de Sophia
  - Porque ela não acorda ?- perguntei depois de alguns minutos a olhando
  - Ela perdeu sangue é  normal ter sono depois - disse Janne
  - Porque essa estupida  não  me contou ?- disse suavemente estava me sentindo tão  culpado  talvez se eu não tivesse falado tudo aquilo ela não estivesse assim agora.
  - Talvez não quisesse que você se sentisse pressionado a ficar com ela - disse
  - Isso é  tudo culpa minha - disse colocando o rosto nas mãos
  - Você  não tinha como saber - disse Janne colocando a mão  no meu ombro
  - Janne pode me deixar sozinho com ela ?- disse
  - Claro - disse ela retirando a mão - qualquer coisas é  só  chamar - falou ela antes de sair
  - O que foi que eu fiz ?- disse, fiquei olhando para ela.
  Sophia estava com os lábios brancos, sem cor, sua respiração  lenta, por um momento  foi como reviver o adeus de Loiuse, me reclinei na poltrona e cruzei os braços sobre o peito, ainda não  tinha caido a ficha, Sophia grávida, era estranho pensar em mim como pai, cara eu tinha 18 anos que futuro ia dar para essa criança, eu nem sabia o que ia fazer depois que terminasse o 2° grau, fiquei ali pensando por um bom tempo, eu nunca tinha pensado em ter uma família, então foi um baque do nada ter uma.
Horas se passaram então Sophia começou  a gemer de dor chamei o médico que me expulsou do quarto, depois do que pareceu um longo tempo o médico  saiu com um semblante derrotado
  - Então como eles estão  ?- disse, era estranho falar no plural
  - Eu sinto muito - disse o médico, corri para dentro do quarto onde encontrei uma Sophia desolada.
  - Sophia - falei baixinho
  - O que está  fazendo aqui ?- disse ela me olhando com profundo ódio 
  - E- eu sinto muito - disse
  - Não  sente nada sai daqui ... eu não  quero te ver - disse ela se levantando aos tropeços
  - Não  pode se levantar - disse a enfermeira a segurando, mas Sophia se soltou e começou  a socar meu peito, chorando
  - Some daqui .... eu te odeio ... É  tudo culpa sua... Eu te odeio ... odeio ...Você...eu te odeio  - disse ela chorando, e pela primeira vez em anos lágrimas sairam de meus olhos .... Os socos de Sophia foram  perdendo a força ela começou a deslizar para o chão, eu a segurei e abracei forte
  - Me perdoa - disse com um nó na garganta a culpa me esmagando de forma brutal.
  - Eu te odeio - disse ela
  - Me perdoa - disse a agarrando junto a mim
  - Suas desculpas não vai traze- lo de volta - disse Sophia fraca
  - Eu sei ... Eu sei - disse de forma lenta, minha garganta se fechando, eu não  consegui dizer mais nada, só  fiquei abraçado a Sophia até  que seu corpo tomou num cansaço  profundo, eu nunca senti uma dor como aquela.
  Aquela com certeza se tornou  a perda  número um da minha vida, Sophia jamais me perdoaria eu a tinha perdido  para sempre.



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