História Eu sabia que ia dar certo... - O acerto de contas... e um happy end...

Gina tomou a porção revigorante e somente depois que começou a comer o seu lanche que percebeu como realmente estava com fome. Harry permanecia no quarto com ela. Seus pais tinham acabado de sair, depois de terem certeza que ela havia melhorado. A sra. Weasley voltou a recomendar a Harry para que ele não se demorasse e também fosse descansar. Já em seu quarto com o marido, ela falou:
- Arthur, será que não é melhor eu voltar lá pra ver se a Gininha está realmente bem e fazer o Harry ir dormir? Você sabe que devemos manter, como dizia nosso querido olho tonto Moody, vigilância constante!
- Meu amor, eu sei disso, mas eu também confio na nossa filha, e no Harry também. Eles não vão fazer nenhuma bobagem inconsequente. Vamos dar um voto de confiança pra eles, está bem?
- Está bem, então. Vamos voltar a dormir.
Já no quarto de Gina, Harry permanecia sentado em uma cadeira, perto da cama dela.
- Harry, pode ir dormir... já estou melhor...
- Obrigado, Gina. Mas vou ficar por aqui até você dormir.
- Não precisa Harry...
- Precisa sim! – Harry se levantou da cadeira, andou um pouco pelo quarto e se dirigiu até a janela. Gina o seguiu com os olhos. Tinha dado tudo errado do que ela havia planejado com Hermione. Ficou triste... Ela iria voltar pra Hogwarts na segunda-feira e ele iria pra França em seguida. Sua mente começou a imaginar um monte de coisas: “Com certeza ele vai encontrar alguma francesinha aguada e...”. De repente se lembrou da irmã de Fleur, Gabrielle... “Ela sempre teve uma quedinha pelo Harry. Com certeza a Fleur já deve tar dito a ela que o Harry vai pra França e ela deve tá planejando vários encontros com ele.”
- A sua... se você se atrever... – disse Gina quase num sussurro, se esquecendo completamente que Harry estava no quarto. Ela tava tremendo de raiva só de pensar naquela aprendiz de Vella se insinuando pra Harry. Para o seu Harry!
- Gina o que foi?- Correu e se sentou ao lado dela, na beirada da sua cama e pegou suas mãos – Você tá tremendo! Suas mãos estão frias! Eu vou te levar para o hospital, agora! Vou chamar seus pais.
- Não, não Harry, espera! – Ela o segurou pelo pulso quando ele se levantou – senta aqui. Eu só estou um pouquinho nervosa com tudo que aconteceu. Vou melhorar...
Harry voltou a se sentar e ficou esfregando as mãos dela nas suas, para aquecê-la. Depois ele ficou olhando-a e passou a mão em seu rosto.
- Fazia um tempinho que eu não ficava tão desesperado. Você quase me fez enfartar.
- Desculpa Harry, eu não queria te preocupar...
- Não é preciso me pedir desculpas meu amor... você não teve culpa...
Gina ficou sem palavras. Ele a chamara de amor! “Calma Gina, não seja burra. Não vai estragar tudo. Te controla”.
- Gina, eu... queria te pedir desculpas por tudo que te disse naquele dia. Eu não tava falando coisa com coisa... sabe, eu ainda não me acostumei com isso tudo... com essa atenção toda em cima de mim... nunca me acostumei... só tinha vontade de tentar me afastar pelo menos por um tempo disso...
- Eu sei Harry, já entendi. Não é preciso você me justificar nada, nem se desculpar... eu disse a você naquele dia que ia me afastar... seguir em frente... é o que eu tô tentando fazer...
- E não comer vai te ajudar em alguma coisa? – Harry bufou – Gina, você tem que se alimentar... Como você acha que vou ficar lá na França sabendo que eu não vou poder te vigiar o tempo todo? Vou ficar preocupado...
- Preocupado com o quê? Você não disse que queria experimentar coisas novas? Que queria ter certeza do que queria? Por que se preocupar se eu tô comendo ou não? Em que isso te importa? – Gina não conseguiu disfarçar sua mágoa, e acabou falando de maneira ríspida.
- Tudo relacionado a você me importa – Harry não se abalou com o tom ríspido da garota e continuou falando da forma mais amável que conseguia. Era justo ela falar daquele jeito com ele. Ele a magoara.
- Eu já não tenho tanta certeza disso Harry. E pra falar a verdade, eu também não quero me importar com isso agora. Preciso focar minhas atenções aos meus estudos... e tentar ser feliz de novo... tentar encontrar outra pessoa que possa me fazer feliz do jeito que você não pôde... – Gina resolveu arriscar... “Tô pisando em ovos”, pensou.
- Encontrar outra pessoa? – Harry falou em um tom de voz tão calmo que assustou Gina. O verde dos seus olhos escureceu e sua expressão ficou meio que homicida. Mas ela não recuou.
- Não era isso que você queria? Que não queria me privar? Então, isso inclui também um namorado. O Dino falou comigo na semana passada. Ele vai voltar pra Hogwarts. Vamos estudar juntos agora. Quem sabe, a gente não resolva reatar...
- Gina, você não me provoca! – agora ele estava com a expressão completamente homicida. Ôps! Era melhor parar de provocá-lo – Você é minha, entendeu? Minha! Eu não vou admitir...
- Você não vai admitir o quê Harry? – Agora ela tinha ficado com raiva – Quem você pensa que é pra controlar a minha vida? Não foi você que me descartou? Qual o direito que você tem sobre mim agora? Eu faço o que eu quiser e bem entender!
- Você não vai voltar com aquele imbecil!
- Eu namoro quem eu quiser! Sou livre e desimpedida!
- Não é não!
- Sou sim!
- Não é! Você é minha! Só minha! – e Harry a beijou. De início, com raiva, quase esmagando os lábios dela contra os seus. Mas depois mudou e ficou carinhoso, mas de certa forma exigente.
Gina ficou entorpecida. Perdeu a noção de tudo. Eram só eles dois. Harry aprofundou mais o beijo e começou a acariciá-la. Começou a percorrer suas mãos pelo corpo de Gina, mas elas tremiam. Tudo era novo, tanto para ele como para Gina. Aos poucos ele deteve suas carícias na barriga dela e suas mãos começaram a subir. Gina suspirou, mais sem desgrudar os lábios dos de Harry. Aos poucos Harry a deitou na cama e se posicionou sobre ela. Começou a beijar o pescoço de Gina e ela se arrepiou. Gina sentiu uma pressão em seu ventre. “Nossa! O que é isso que eu tô sentindo?!” - Ela pensou. Mesmo com o turbilhão de sensações que estava sentindo, sua mente a alertava que tinha de fazê-lo parar. Depois de muito esforço, ela conseguiu dizer:
- Harry... não podemos...
- O quê? – Harry parecia não ter entendido o que ela estava falando.
- Harry, eu... não tô preparada... – Ela baixou os olhos e estes se encheram de lágrimas – você vai embora e eu também. Você escolheu que queria se afastar de mim... – e as lágrimas escorreram pelo seu rosto. Dessa vez ela não conseguiu segurá-las – eu não vou suportar outra rejeição sua Harry. Se eu me entregar pra você agora, sem ter a certeza do que você realmente quer, eu não vou suportar Harry... não vou...
- Gina... – Foi um golpe fundo vê-la chorando e sofrendo daquele jeito – Me perdoa. Eu não queria te magoar. Eu fui um burro, um idiota de te dizer aquelas coisas. Eu não quero mais ninguém. Só você! Não preciso de nenhuma provação. Eu te amo. Se eu te perder eu vou enlouquecer. Eu não consigo mais viver sem você meu amor. Volta pra mim? – Harry nem percebeu, mas também haviam lágrimas em seu rosto.
- Ah, Harry! Era tudo que eu mais queria... Eu também te amo. E te quero pra sempre...
E Harry tornou a beijá-la. De uma maneira que jamais ninguém a beijou. E as coisas voltaram de onde haviam parado. Lentamente ele baixou a alça da sua camisola, fazendo uma trilha de beijos, desde sua orelha e descendo pelo pescoço. Uma das suas mãos percorria a perna de Gina indo em direção da sua coxa, apertando-a, sem machucá-la. Gina acariciava as costas de Harry, arranhando-a levemente, deixando-o todo arrepiado. Ele começou a beijar todo o seu rosto, começando pelos olhos, as bochechas, o queixo, o pescoço e continuou descendo. Gina estava a ponto de perder o controle, mas, utilizando os últimos resquícios de consciência, ela o afastou de si... não podia perder a confiança dos seus pais.
- Harry... pára... não podemos...
Fazendo uma cara de criança que acabou de ter o seu pirulito roubado, Harry disse:
- Parar por quê? A gente não já voltou a namorar? Então, qual é o problema? Não estamos fazendo nada de errado! Essa é uma das etapas naturais de todo relacionamento – Harry falou, fazendo a cara da Hermione quando explicava algum assunto. Parecia mais um PHD.
- Harry James Potter! Você tá pensando que eu sou o quê, hein? Eu sou uma bruxa de família, viu?
- E eu disse o contrário? Eu sei meu amor que você é de família. E no futuro nós também vamos criar a nossa quando nos casarmos, mas até lá... a gente precisa praticar, né? Pra sair tudo perfeito: filhos lindos, gordinhos... – e sua voz foi sumindo. Gina o fuzilava com o olhar.
- Tá bem, tá bem, eu desisto! Eu caso virgem! – Harry falou com uma carinha de cachorro sem dono. Gina não agüentou e começou a sorrir. Olhando-a nos olhos, Harry voltou a ficar sério e falou:
- Eu espero por você o tempo que for preciso. A gente não precisa se precipitar. Vamos fazer tudo no momento certo. Tudo bem assim?
- Obrigada por me entender, meu amor. Eu só quero que tudo seja perfeito, sabe? Quando nós tivermos a plena certeza dos nossos atos. Sem fazer nada escondido ou às pressas. E eu também não quero perder a confiança dos meus pais. Sem contar a quantidade de ruivos raivosos que irão te perseguir caso a irmãzinha caçula deles engravide fora da hora.
- Nem me fale uma coisa dessas! – Harry falou em tom exasperado – Só de pensar nisso eu fico desesperado. Amor, acho que mesmo depois que a gente casar eu ainda vou pensar que o que estaremos fazendo é pecado. Olha! – Harry mostrou o seu braço a Gina – Fiquei arrepiado! Isso é um sinal Gina! Enfrentar seus irmãos, sua mãe e seu pai juntos é 10 vezes pior do que enfrentar Voldemort! É melhor eu ir para o meu quarto – Harry continuou em um tom sério, mas na verdade estava brincando (Será?!)
- Ô amor, deixa de coisa e me abraça – Harry sorriu e a abraçou. Adorava quando ela fazia esse jeitinho manhoso - Sabe, eu me apaixonei por você assim que te conheci, e já sabia que eu não amaria mais ninguém nesta vida, assim como eu te amava. E com o passar do tempo eu passei a me conformar com a ideia de que nunca iria conseguir te conquistar, e que teria que me contentar apenas com a sua amizade. Mas pra te ser sincera, lá no fundo do meu coração sempre cultivei a esperança de ter o seu amor.
- Perdoa meu amor, por não ter percebido que a mulher da minha vida estava bem ao meu lado. Mas você há de concordar comigo que aquele berrador com os sapinhos de chocolate que você mandou pra mim no 5º ano foram terríveis!
- Não me lembra disso, amor! – Gina ficou vermelha de lembrar do mico, ou melhor, king kong que pagou quando era mais nova – Eu era muito bobinha nesse tempo. Achava que ia te conquistar com aquela estratégia. Mas depois aprendi outros truques mais poderosos, sensuais...
- Ai Ai... – Harry suspirou – Eu que o diga, já que fui completamente laçado... Mas saiba que depois que nós nos acertamos, eu sempre soube que ia dar tudo certo entre a gente... Eu tenho o poder da clarividência! – Harry brincou, colocando os dedos indicadores nas têmporas, imitando o jeito da profª Trelawney, de adivinhação.
- Seu bobo, mentiroso! – Sorrindo, Gina bateu de leve no braço de Harry – Você nem prestava atenção em mim!
- Por que eu era um burro, um idiota – E com o semblante sério, Harry ficou de frente pra Gina, vendo o seu reflexo nos olhos da ruiva - Fiquei procurando por algo, quando tudo o que queria estava aqui, bem na minha frente. Tudo o que eu quero Gina é você. É tudo que me basta. Sem você eu não sou nada, não sou ninguém. Eu te amo, mais do que tudo.
- Eu também te amo Harry. Sempre te amei, desde o primeiro dia que te conheci. Um amor de criança que vai durar pra sempre.
Com lágrimas nos olhos, e extremamente feliz, Gina o abraçou.
- Vem cá, deita aqui com a cabeça no meu peito. Deixa eu te fazer carinho até você dormir... Tá cansada, né?
- Pra falar a verdade tô sim... mas eu tô mais manhosa do que cansada... – Disse ela, deitando com a cabeça no peito de Harry e fazendo um biquinho.
- Mais que biquinho mais lindo é esse?! – Ele a apertou nos braços – Eu te amo Gina. Você é minha vida.
- Eu também te amo Harry – Disse Gina, já quase dormindo.
Harry ficou acariciando os cabelos de Gina, até que sentiu que ela dormiu. De uma coisa ele tinha certeza: não importava quanto tempo ficaria fora, ele a queria pra sempre em sua vida. Ela seria sua esposa e a mãe dos seus filhos. Isso ninguém ia tirar dele. A sua vida já tinha recomeçado. E dessa vez, ele seria feliz por completo.

FIM

“EI, NÃO É FIM NÃO! ESPERA UM MOMENTINHO AÍ!” – Falou, ou melhor, gritou Harry (Em seus pensamentos, claro! – Detalhe: a autora é uma excelente legitimente).
De repente, ele se lembrou de uma coisa que Gina dissera: “O Dino falou comigo na semana passada. Ele vai voltar pra Hogwarts. Vamos estudar juntos agora”. Isso não vai dar certo... Eu, na França. Ela, em Hogwarts. Dino, também em Hogwarts. Vou enlouquecer!!! Preciso dar um jeito nisso.
Operação Noivado! Amanhã a Mione e o Rony terão que dar o jeito deles pra me ajudar, mas tenho que noivar com a Gina até o domingo. Preciso achar o anel perfeito, pra todo mundo ficar sabendo que ela é minha! Quem vai se meter a besta com ela sabendo que EU, Harry Potter, sou seu noivo? (Olha a modéstia!) Já enfrentei Voldemort! Ai de quem tentar me tirar a minha ruiva!
Huááá!!! – Harry bocejou. Tô com sono. Vou dormir por aqui mesmo. É até bom, por que a Sra. Weasley vai concordar rapidinho com o noivado quando me encontrar amanhã aqui.
E assim Harry dormiu. Com a Gina em seus braços e um sorriso no rosto. Tinha muita coisa pra fazer no dia seguinte. Mas isso, já é uma outra história...

FIM (Agora de verdade!)