História Eu sabia que iria acontecer - Mulher.

Na minha cabeça tudo esta acontecendo em câmera lenta. Ela esta usando um vestido justa, que foi justamente o vestido que pedi. Ela esta sorrindo e emocionada, e até a ver conseguir segurar minha emoção. Ela está aqui, isso que dizer que topou casar comigo, dividir sua vida com um maluco como eu, que conhece a pessoa e em dois meses já está noivo e em sete meses já esta casando. 

A sociedade diz que é cedo, mas quem são eles? Eu a amo e sei que esse sentimento é recíproco, não vejo motivos racionais que me impeça de casar aos 21 anos. Na verdade aos 20, porque amanhã faço 21. Não foi premeditado, iríamos nos casar depois dessa data, porém ela quis se casar aqui e eu adiantei tudo que era pra ser realizado da li um mês. 

Ela estava perfeita e não parava de derrubar pequenas gotículas de água daqueles lindos olhos azuis. A medida que foi se aproximando meu coração foi disparando mais rápido, comecei a tremer, minha nuca suava frio, meu corpo formigava só de a ter tão perto. Quando meu sogro a entregou em meus braços senti seu cheiro doce, mas não enjoativo. 

- Cuida bem dela. - me avisa ele 

- Isso é uma música! - fala João de boca cheia comendo sabe o que lá, ganhando um pescotapa de alguem e fazendo o pouco de pessoas que ali estavam rir. 

Fico de frente para Karina a olho, a mesma que não tirou os olhos de mim. Ergo minhas mãos e seco suas lágrimas. Ela sorri pra mim. ah, esse sorriso! Sorriu para ela também e nos comprimentamos com um singelo selinho. 

- Agora não se beija. 

- Cala a boca João! - gritam todos. 

Karina desviou o olhar de mim só ao fechar para poder rir. Minha linda noiva tem o olho puxadinho então quando rir nem parece que aquelas safiras estão ali. 

- Vamos dar início a cerimônia... 

Viramos de frente ao pequeno púlpito e entrelaçamos nossos dedos. A medida que o juiz de paz ia falando sobre: O regime de bens, regime se separação de bens etc, Karina apertava mais minha mão. Como quem estava celebrando a cerimônia era um Padre, estávamos casando apenas no civil, então decide que Karina teria meu sobrenome. 

Ele da continuidade ao que precisa ser dito e eu começo a pensar besteiras, era para ser uma celebração curta, mas no meu relógio biológico estava longa, eu queria que terminasse logo, o medo do não me assombra. Karina notando meu nervosismo começou a acarinhar o dorso na minha mão com seu dedão, em forma de apoio. Não ajudou muito mas fez a diferença saber que ela estava ali. 

- Karina Duarte. Aceita Pedro Ramos para todo sempre? 

- Sim! 

A resposta dela foi tão objetiva e rápida que nem tive teve de a olhar para ver responder. Depoia do maravilhoso Sim dela, veio o meio que foi mais certeiro ainda. 

Trocamos as alianças com ela olhando dentro dos meus olhos. Pelo o brilho de seu olhar pude deduzir que ela gostou de nossa nova aliança. 

- Agora assinem aqui. 

Ele nos da sua caneta e quem assina primeiro e ela. A mesma pega na caneta e vai de encontro ao papel, lê algo que ali esta, olha para mim e sorri para logo depois assinar a certidão de casamento. Assino também, concordando com os termos que ali estão. 

- Agora as testemunhas. 

- Putz. - resmunguei

Eu esqueci! ah gente, eu tinha que fazer tudo e ainda por cima lembrar disso?! Agora fudeu. Karina me olha sorrindo e eu dou de ombros, acho que ela me entendeu.
 
- EU. EU. PEGA EU. 

João. 

- Vem Duca e Nat. Vocês serão nossa testemunhas. 

Poderia ser meus irmãos, mas preferi meu primo e sua namorada. Meus irmãos serão padrinhos sim, mas dos meus possível futuros filhos. 

- Há  muleke! Vem gatinha... - ela cede o braço pra ela 

- E eu? - fala João de pé com as mãos na cintura

- Você será padrinho do de Cobra

- No meu mesmo não! 

- Isso terá volta Pedro. - diz ele emburrado - Vou comer todos os bens casados dessa festa. Todos. 

- Vamos continuar? - rimos e assentimos - Assinem aqui por favor. 


Eles assinaram bonitinhos e caladinhos mas a voz de Fabi - amiga de Karina - ecoou pelo ambiente, mas tem que abrir a abençoada boca né?! Santo Cristo. 

- Vem cá, vocês não fizeram os votos. 

Puta que pariu! 

- Não precisa...  - tento contornar a situação
 
- Precisa sim! - Grita dona Dalva das cadeiras. 

Olho para todos que ali estão e noto que tem números olhares sobre mim. Olho para Minha Mulher a vejo me olhando como se queria que eu dissesse ou fizesse algo a respeito. 

- Bom, então vamos lá. - Começo. - Essa menina que aqui se encontra e a pessoa mais estranha que já conheci. Ela tem ciúme de foto, grita quando se assusta e chora quando eu a irrito. Tem uma risada alta porém uma voz suave, faz careta do nada, come tudo que "engorda" sem culpa, acha que sabe cantar e quando cai da risada do próprio tombo e ainda briga com o móvel se caso bata o dedinho. Para muitos ela é Karina Duarte, uma garota tímida e fresca. Já para mim ela é uma mulher mimada e determinada, inclusive para mim ela e Karina Ramos. 

- Eu te amo! 

Ela sussurra antes de grudar em meu pescoço e me beijar.